Em Casa | Ivan H. Schuster

Enfim de volta ao Caldeirão. A saudade é grande. Cinco mil, sei mil Torcedores, meia arquibancada, um terço de arquibancada, sem arquibancada, não importa. A apresentação está marcada para domingo, dia 28, 11h. Horário estranho, fora do usual. Quem liga? Poderia ser às 3h de terça-feira(segunda, não!). O que realmente importa é que nos apresentaremos – o GEB não joga, apresenta-se – em casa, no nosso palco, junto aos nossos.

Ocuparemos todos os espaços que nos permitiram ficar, é certo. A saudade é grande. Alguns irão direto da noite e farão na Princesa Isabel o desjejum com churrasquinho, pastel e cerveja. Outros deixarão os cunhados secadores tomando conta do churrasco em casa, já que os infelizes não têm mais nada para fazer. Haverão aqueles que atrasarão o almoço na casa da mãe. Muitos apenas estarão lá, depois tratarão das questões menores, como comer e beber.

Coincidentemente o adversário será o Londrina. Adversário de más lembranças recentes. Não de lembranças esportivas, muito ao contrário, destas temos as melhores, mas da falta de esportividade. Temos que ir, lotar o Caldeirão, incentivar os nossos Guerreiros os noventa minutos, fazer a festa, mas não podemos em momento algum irmos além disto. Estarão de olho em nosso comportamento. Um deslize e nos punirão. Dar motivo para nos punirem, além de nos trazer mais prejuízo, que não podemos suportar, será um atestado de burrice e estupidez que não precisamos ter. Além do que, acho que ficou bem claro que quando aquele que se diz profissional não possui as qualificações propagandeadas, o tempo trata de corrigir eventuais enganos. Chora mané, punição e rebaixamento vergonhoso foi o que te restou. “As vacas ladram e a caravana passa”, diria o Ibrahim Suede (Se tiveres menos de 50 anos, provavelmente nunca ouviste falar neste cara, mas pergunta para o Google que ele te informa).

Vai ser uma apresentação diferente, platéia apertada, na sombra, de costas para o sol. Mas que não duvidem da nossa capacidade de empurrar o esquadrão para frente, de dar pressão no juiz, de fazer festa e mostrar ao mundo a força incontestável da Maior e Mais Fiel Torcida do Interior do RS. Estaremos lá, como sempre estivemos. Somos parte integrante e ativa do espetáculo. A saudade é grande, torcer é preciso.

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS