Com Bento Freitas lotado, Brasil empata com o Grêmio

O JOGO

O Brasil enfrentou o Grêmio na noite dessa quarta-feira no estádio Bento Freitas em busca de se firmar entre os oito primeiro colocados no campeonato. Já o Grêmio queria a vitória para chegar à vice-liderança. No Brasil Aloísio e Rennan Oliveira eram desfalques, ambos ainda entregues ao departamento médico. Wender assumiu a titularidade no lugar de Eder Sciola e Galiardo herdou a vaga de Leandro Leite, suspenso. No Grêmio o técnico Renato Gaúcho colocou o seu time titular, que vem disputando a Libertadores. Com exceção do goleiro Marcelo Grohe, que sentiu um desconforto muscular durante o aquecimento.

Coma a bola rolando, a primeira chegada foi com Marcinho, aos 3 minutos. Após bola alçada na área, a defesa gremista afastou para o alto e na caída Marcinho emendou uma bicicleta, mas a bola foi por cima do gol de Léo. Após os 10 minutos de jogo, o Grêmio começou a tomar conta do jogo, com uma posse de bola muito maior que o Brasil. Miller Bolaños tabelou na entrada da área com Pedro Rocha e chutou de canhota no canto, mas Eduardo Martini se esticou e fez linda defesa, colocando a bola para escanteio. O Grêmio sguiu pressionando o Brasil e abriu o placar aos 22 minutos. Em um bate e rebate na entrada da área Xavante, Ramiro chutou e a bola desviou na cabeça de Cirilo e entrou, sem chances de defesa para Eduardo Martini. O Brasil tentava sair pro jogo mas abusava das ligações diretas, entregando a bola para o Grêmio. Em um dos poucos ataques trabalhados na primeira etapa, Nem fez belo passe para Marcinho que bateu fraco e o goleiro Léo quase que tomou um frangaço.

Aos 32 minutos, Cirilo deu um bago para o ataque e Marcelo Oliveira foi cortar e cedeu escanteio. Na cobrança, Marlon bateu em curva e Gustavo Papa saiu da marcação de Jaílson e tocou forte, de cabeça, no canto esquerdo de Léo. Era o gol de empate do Brasil. O quarto gol marcado por Gustavo Papa na temporada, sendo o segundo no Gauchão. Antes do apito final da primeira etapa, o Grêmio chegou com perigo com Luan, que arriscou de fora da área com um chute forte e em curva, mas Eduardo Martini fez outra grande defesa.

No intervalo o Brasil voltou com Eder Sciola no lugar de Lenilson. Dessa forma Wender passou para o meio de campo. E a segunda etapa começou da mesma maneira, com o Grêmio com maior posse de bola e tentando armar as melhores chances de ataque. Luan tentou colocar o time da capital à frente em cobrança de falta, mas Eduardo Martini deu um tapinha na bola colocando para escanteio. Aos 20 minutos Gustavo Papa cabeceou para fora uma bola cruzada por Wender. Em outra chance com bola aérea, João Afonso quase marcou de cabeça, em cobrança de falta de Marlon, mas a bola saiu à direita do goleiro Léo. Aos 32 minutos, após tabela com Lucas Barrios, Bolaños saiu na cara de Martini que saiu abafando chute do equatoriano e colocou para escanteio. O Grêmio pressionava o Brasil nos minutos finais e Léo Moura fez grande jogada pela direita e passou para Luan. O camisa 7 gremista chutou na saída de Eduardo Martini mas a muralha Xavante fez uma grande defesa e salvou o Brasil. Aos 38 minutos, Everton pedalou para cima de Cirilo e chutou forte, no pé da trave de Martini, e não entrou. Rogério Zimmermann precisou mexer duas vezes na equipe nos minutos finais. Entraram Tiago Silva e Evaldo e saíram Nem, cansado, e Eder Sciola machucado. O Grêmio tentou marcar o gol da vitória mas a defesa Xavante teve supremacia e garantiu o empate em casa.

Com o empate o Brasil chegou aos 8 pontos e assumiu a sétima colocação no campeonato, ficando à frente do São Paulo o saldo de gols. A próxima partida será contra o São José em Porto Alegre na próxima segunda-feira, 20/03, às 20:30h. Jogo será transmitido pelo Premiere.

ANÁLISE DA PARTIDA

O Brasil novamente não fez uma boa partida, no aspecto técnico. No quesito vontade, fomos perfeitos, como sempre. O Brasil jogou ontem correndo atrás do Grêmio, principalmente na primeira etapa. As ligações diretas novamente foram utilizadas em excesso no primeiro tempo, principalmente. Lenilson mais uma vez não foi bem. As poucas bolas que o camisa 10 pegou, não conseguiu criar nada. Quem tentava fazer a bola rolar eram João Afonso e Nem. Aliás, quando conseguimos um volante que sabe jogar, não temos um meia de qualidade para jogar com ele. No ataque Marcinho recebeu poucas bolas, mas foi muito participativo quando acionado e marcou bem a subida do lateral Marcelo Oliveira do Grêmio.

Contamos mais uma vez com as grandes defesas de Eduardo Martini. Que goleiro! Leandro Camilo muito bem também. E um fato interessante é que nesse jogo o Camilo usou muito menos as ligações diretas. No segundo tempo, principalmente, o xerife Xavante saiu jogando pelo chão, várias vezes, com os volantes Galiardo e João Afonso. Será uma maior confiança no toque de bola da dupla? Talvez sim.

O Brasil jogou como nas partidas anteriores nesse ano, sem a posse de bola. Somos muito competentes defensivamente mas sem a posse de bola, criamos muito pouco. Em muitas oportunidades os zagueiros devolvem a bola pro adversário. Não sabemos se a mando do treinador, pouca confiança nos volantes pra sair jogando ou pouca qualidade mesmo. Só sabemos que isso é irritante demais. Já temos três meses de treinamentos e a coisa não evolui. Já foram nove jogos oficiais em 2017 e não tivemos nenhuma boa partida do time. Como falamos, somos competitivos pois a vontade que esses jogadores entregam é espetacular, mas ta faltando jogar bola. Passamos o jogo alçando bola na área, seja ela em cobrança de lateral ou qualquer falta a um palmo da linha do meio de campo. Com a bola nos pés na defesa, trocamos dois ou três passes e despachamos a redonda pro ataque, onde na maioria das vezes entregamos ela pro adversário.

Será que é isso que treinamos todos os dias? Será que o professor Rogério pede uma coisa e os jogadores fazem outra?

Sabemos que o Grêmio é um time de Libertadores e que o empate não foi um mau resultado, longe disso. Porém não conseguimos jogar com a bola no pé. É somente isso que gostaríamos de ver. Nos resta é torcer e esperar que acabe esse Gauchão de uma vez, sem riscos.

BOLA DENTRO

Eduardo Martini fez ótimas defesas, o que não é surpresa alguma. Temos um baita goleiro. Mas o que vem jogando o João Afonso é de ser destacado. Muito firme nos desarmes e sempre sendo opção para o passe, saindo para o jogo. Outro destaque vai para o Nem. Ele se achou jogando como o terceiro homem do meio de campo. É o jogador mais lúcido na armação do time em busca do gol. Com um bom camisa 10 ao seu lado poderá render mais ainda. E vale salientar os gols que Gustavo Papa vem fazendo. Nós muito o criticamos aqui no Blog e ele vem dando resposta com gols.

BORA FORA

O nosso camisa 10, Lenilson, ainda não se achou no Brasil. Ontem mais uma vez foi pouco participativo e parecia nervoso, apesar de já experiente. Acho que a camisa ta pesando. Rogério Zimmermann precisa achar uma solução para a nossa meia cancha.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Galiardo, João Afonso, Nem e Lenilson (Éder Sciola); Marcinho e Gustavo Papa. Técnico: Rogério Zimermann.
Grêmio: Léo, Léo Moura, Kannemann, Thyere e Marcelo Oliveira; Jaílson (Fernandinho), Michel, Ramiro, Miller Bolaños e Pedro Rocha (Lucas Barrios); Luan (Everton) Técnico: Renato Gaúcho.
Local: Estádio Bento Freitas, em Pelotas (RS).
Data: 15 de março de 2017, quarta-feira.
Horário: 19h30h.
Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por Fabrício Lima Baseggio e Mateus Olivério Rocha.
Cartões amarelos: Wender, Marlon (Brasil de Pelotas) , Bolaños (Grêmio).
Gols: Ramiro aos 23 minutos do primeiro tempo (GRE) e Gustavo Papa aos 32 minutos do primeiro tempo (GEB).

Foto: Jonathan Silva – AI/GEB.

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

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