Que tiro foi esse?!

PH Krüger

Amigos, é preciso falar do grande personagem rubro-negro em mais uma vitória contra o Juventude, desta vez pelo Gauchão por 3 a 1, no estádio Bento Freitas.

O nome da partida foi o centroavante Luiz Eduardo, que tem uma bonita história com a Caldense, e chegou ao Xavante após a saída de Casagrande (aliás: obrigado, big house).

Com apenas 15 dias de pré-temporada, problema enfrentado por todos os principais clubes brasileiros, Brasil e Juventude entraram em campo com rostos novos e um trabalho feito às pressas; porém, já vislumbramos no Bento Freitas a organização tática da equipe Xavante. A imprensa esportiva toda cravou: 4–1–4–1. Ou por que não “os números mágicos da futura equipe campeã”?  -  fica no ar o questionamento.

O craque da galera, ou como diria Nelson Rodrigues, “o homem formidável do Brasil”, foi mesmo Luiz Eduardo. Inteligente para jogar, marcou dois dos três gols na vitória rubro-negra (um foi de pênalti). Correu muito, assim como todo o escrete Xavante, que marcou e jogou como se deve encarar o Gauchão: com raça, brio, com disputa até o final.

O técnico Zago ficou mordido com a equipe. Ensurdeceu parte de seu grupo no intervalo, bem no círculo central, com palavras impronunciáveis. Ora, além de estarem perdendo de novo(!) para o Brasil, também haviam perdido três gols inacreditáveis no primeiro tempo. Azar, o deles.

O time da serra ficou zonzo na segunda etapa e correu atrás da bola como um cachorro atrás do próprio rabo, enquanto o estádio inteiro soltava uma saraivada de “oléééééé” a plenos pulmões, com a garganta retumbando mais do que as duas charangas.

Nas redes sociais, alguns torcedores da equipe derrotada reivindicaram que o clube deve jogar contra o Brasil da forma como nós os encaramos, como um clássico. Outros injuriados dizem “clássico é o escambau”. Enquanto não se decidem, o índio da zona sul distribui dentro de campo carrinhos, petelecos, gols e flechadas a torto e a direito. O ditado popular é infalível: se não aguenta, bebe leite (e como beberam…).

Infelizmente as arquibancadas móveis não puderam ser utilizadas mais uma vez, limitando a presença da massa rubro-negra. Fora isso, a bela noite de estreia abriu caminho para um campeonato estadual diferente dos últimos dois.

Com Luiz Eduardo lá na frente, avançamos com os pés no chão, mas a mente em Tóquio (ou Abu Dhabi, que não é tão legal).

Foto: Jonathan Silva (AI G.E.Brasil)

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