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#Crise!

Antes de mais nada é preciso registrar que a imensa maioria da Torcida Xavante, apesar de angustiada, apreensiva e aflita, confia no trabalho que vem sendo feito pela comissão técnica e atletas Xavantes. É só conversar com os Torcedores para verificar isto. Claro que ninguém está satisfeito com a atual situação. Ficamos mal acostumados nos últimos anos. Entretanto, não significa que queiramos a substituição da comissão técnica e todas aquelas ações desesperadas e intempestivas que a mídia adora, pois gera venda, mas de pouco benefício para o clube.

Dito isto, concentro-me naqueles poucos, mas estridentes, que não conseguem conviver com situações adversas sem entrar em desespero. Fracos. Homens de pouca fé. Almas pequenas. Na verdade, minha preocupação não é exatamente com estes, mas a quem servem como massa de manobra. É sabido que o futebol acontece em um ambiente político, onde existem grupos com interesses e desejos diversos, muitas vezes conflitantes. Presenciamos isto diariamente. Pensando nisto, sempre me vem a questão: a quem interessa estabelecer uma situação de crise no GEB? Quem se beneficiaria com a desmantelamento de um projeto que vem dando certo? Bueno, não o clube e nem a enorme maioria da Torcida Xavante. Então, amigos e companheiros da geral do Bento Freitas(ah!, que saudade), muita calma nesta hora. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Já há algum tempo eu havia profetizado que bastariam alguns empates ou derrotas e os corneteiros voltariam com tudo. Corneteiro é corneteiro sempre. Nasce e morre corneteiro. Por vezes, forçadamente, hiberna. Contra a sua vontade, cala-se a espera do momento oportuno para soltar o verbo, criticando ferozmente e apontando soluções “óbvias” que só os “burros” da diretoria e da comissão técnica não enxergam. São incapazes de um elogio, por mais singelo que seja. Acredito até que vão ao estádio, não para torcer, mas para criticar. Passam todos os 90min procurando falhas, defeitos e problemas para apontar, para vaiar, para exigir enfaticamente soluções, que normalmente consistem em trocar tudo. Já vi corneteiro pedindo substituição de jogador antes mesmo da partida começar. Todos presenciamos o RZ já ser classificado de retranqueiro, mesmo com o time tendo o melhor ataque do campeonato. Coitados, devem sofrer. Pobres almas aflitas.

Não me entendam mal. Não estou dizendo que estes corneteiros sejam menos Xavantes, ou mais, que qualquer outro. Acredito, inclusive, que os corneteiros sofram muito mais com as derrotas. Tenho pena. A questão não é ser ou não Xavante, mas “como” se é Xavante, qual o entendimento do nosso papel como Torcedor Xavante, sócio e participante ativo na construção deste clube que todos amamos e queremos o melhor. Torcedor, torce. Corneteiro, sofre. Secador, chora.

Eu, por exemplo, entendo que não existe nenhuma outra comissão técnica mais competente e mais adequada ao GEB do que a atual. Dependesse de mim, assinaria um contrato por 10 anos com todos, chovesse ou fizesse sol. Certamente, durante este período haveriam momentos difíceis, de derrotas e frustrações, mas acredito que no médio e longo prazos teríamos mais a comemorar do que a lamentar. Perguntinha básica que não quer calar: não sendo o RZ, quem seria o técnico ideal para o GEB? Beto Almeida, PP, Suca, Lisca, Tite, Mourinho, Guardiola, …? Com qual destes, daria para afirmar com convicção e certeza, que teríamos melhores resultados dentro das condições financeiras e estruturais que dispomos? Sim, porque ficar experimentando, trocando tudo a cada temporada, já vimos que não funciona. Resultado, mesmo, preto no branco, obtivemos quando se definiu e implementou um modelo de trabalho de continuidade, com pessoas competentes e comprometidas com o clube. Simples assim. E os secadores, choram. Muito.

Ter convicção nas vitórias é fácil. Futebol é esporte coletivo e neste coletivo deve estar uma participação ativa da torcida, fazendo o papel que lhe cabe, torcer. E isto poucos sabem fazer melhor que a Torcida Xavante. Agora é hora de lotar o caldeirão e empurrar o time para frente.

Em tempo: pela primeira vez na vida assinei o PFC. Agora tenho motivo. Estou grandão.

Abs.