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O reencontro com a vitória

Por Marcelo Barboza

O jogo da tarde desse sábado tinha cara de decisão. Nem tanto pelos pontos a se conquistar, mas para algumas definições na sequência do campeonato. O Brasil vinha de um resultado horroroso contra o Sampaio Corrêa e o treinador Clemer, junto com o elenco, vinha muito pressionado. O adversário era o Londrina, que também não vinha de bons resultados.

A partida começou em ritmo lento. Todo o primeiro tempo foi muito sonolento. O Londrina chegou com perigo em duas oportunidades em uma cobrança de escanteio, onde Marcelo Pitol evitou o gol olímpico, e depois em um chute de fora da área que passou perto da trave esquerda de Pitol. O Brasil chegou com chute de fora da área de Itaqui, onde o goleiro Wagner espalmou para o lado e uma cabeçada de Calyson, que Wagner fez boa defesa. No mais, o jogo foi muito fraco em ambos os lados.

Já a segunda etapa foi bem diferente. O Brasil quase abriu o placar aos seis minutos, onde Éder Sciola cruzou da direita e Lucas Costa cabeceou para dentro do próprio gol mas Silvio salvou em cima da linha. Na sobra, Lourency cruzou da esquerda e a bola foi desviada para escanteio. Na cobrança do escanteio, Itaqui cruzou na área, Lourency desviou de cabeça no primeiro pau, e Éder Sciola entrou sozinho no segundo pau para tocar com o de pé direito para o fundo das redes. Era o gol do alívio para o Brasil.

Aos 20 minutos veio o segundo gol. Em bola cruzada na área, Luiz Eduardo cabeceou a bola nas costas da zaga paranaense e Calyson dividiu com o goleiro Wagner. Na sobra, Luiz Eduardo tocou de lado para Lorency encher o pé e estufar a rede de Wagner. Uma paulada. Aos 22 minutos Calyson perdeu um gol feito, depois de um grande lançamento de Luiz Eduardo. O camisa 10 Xavante esperou demais e acabou perdendo o gol na cara de Wagner. Mas aos 28 minutos, o menino Kaio, que havia entrado no lugar de Calyson, fez grande jogada pela direita, deu um drible da vaca no lateral Roberto, e cruzou para trás, onde estava o artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B 2018, Éder Sciola, que bateu de primeira no canto de Wagner. Foi o quinto gol de Sciola no campeonato, artilheiro da competição ao lado de Gustavo do Fortaleza.

Depois do terceiro gol, o Londrina se entregou. Então o Brasil administrou o jogo, chegou com perigo em algumas bolas paradas e alcançou a sua segunda vitória no campeonato.

Com a vitória o Brasil chegou aos 8 pontos e no momento é o 11º colocado. A rodada ainda prossegue com mais dois jogos hoje. A próxima partida será contra o CRB em Maceió, onde vencemos nos dois últimos anos. A partida será no próximo sábado, às 16:30h.

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Uma noite para ser esquecida

Por Marcelo Barboza

Tudo levava a crer que hoje seria uma grande noite para a torcida Xavante na partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Foram dez dias treinando com praticamente todo elenco à disposição, o gramado foi recuperado e ficou um tapete e até o frio nos ajudaria, já que o adversário era o Sampaio Corrêa, que jogou na quarta-feira em São Luiz com 32° nas costas. Mas a noite foi bem diferente da expectativa.

O primeiro tempo começou com o Brasil em cima. Já aos 50 segundos, o goleiro Andrei rebateu um cruzamento de Sciola em cima de Michel. A bola bateu no camisa 9 e quase entrou. O Brasil tinha total controle da partida nos 15 primeiros minutos e o Sampaio Corrêa fechado. Mas quem abriu o placar foi o time maranhense. Aos 16 minutos, em cobrança de falta na área, Fredson cabeceou sozinho na pequena área sem chance para Marcelo Pitol. O zagueiro maranhense conseguiu se antecipar à Rafael Vitor, que ficou perdido na jogada.

A partir do gol, o Brasil entrou em colapso. Teve contra ataque com seis jogadores do Sampaio contra dois defensores nossos, teve Heverton derrubando Leandro Leite e a bola sobrando nos pés do atacante Carlão e Pitol salvando, teve de tudo um pouco. Mas tudo contra. A favor, Michel teve uma boa chance da entrada da área, mas ele bateu de esquerda para longe. Lourency chegou a marcar um gol mas estava em posição de impedimento.

E quando todos esperavam o fim do primeiro tempo para poder ajeitar o time no intervalo, teve outro cruzamento da direita e Heverton acabou marcando contra, aos 45 minutos.

Na segunda etapa Clemer já voltou com Luiz Eduardo e Kaio no lugar de Michel e Welinton Júnior. O Sampaio já jogava retrancado no primeiro tempo, no segundo voltou ainda mais fechado. Mesmo com o jogo de ataque contra defesa, o Brasil só conseguiu chegar ao seu primeiro gol aos 16 minutos em cobrança de escanteio de Itaqui, onde Éder Sciola subiu no segundo andar e de cabeça mandou a bola para a rede. O terceiro gol do lateral na Série B.

Quando parecia que o Brasil iria pra pressão, o time não conseguiu criar a pressão suficiente para concluir. A posse de bola era gigante, mas a qualidade para o arremate no gol não era o suficiente. O Brasil voltou a chegar em outra bola parada, onde teve um bate rebate dentro da área e a bola caiu nos pés de Valdemir, que havia entrado no lugar de Lourency. Valdemir dominou e tentou tocar no canto esquerdo do goleiro Andrei, mas acabou tirando demais e chutou para fora. Foi a melhro chance do Brasil após o gol de Sciola. No resto do segundo tempo foi muita posse de bola e nenhum chute perigoso no gol. O goleiro do Sampaio não fez nenhuma grande defesa na partida inteira. Assim, o Brasil perdeu a sua primeira dentro de casa.

Com a derrota, o Brasil entrou na zona de rebaixamento, caindo para a 17ª colocação. A próxima partida será contra o Londrina também na Baixada, no dia 26, sábado, às 16:30h.

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Melhores momentos

Com gol nos últimos minutos, Brasil empata com ao Avaí

O Brasil enfrentou o Avaí na tarde desse sábado, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Após o empate em 1 a 1 com o São Bento na estreia do campeonato, o Xavante enfrentava o Avaí que vinha de oito jogos sem vencer.

Clemer teve alguns desfalques que o obrigaram a mexer no time para essa partida. Leandro Leite, Calyson, Bruno Colaço, Toty e Luiz Eduardo ainda estão no departamento médico e Itaqui ainda se recupera da cirurgia que realizou no início do Gauchão. Dessa forma Clemer mandou a campo Marcelo Pitol, Éder Sciola, Rafael Vitor, Heverton e Artur; Vacaria, Sousa e Valdemir; Lourency, Michel e Alisson Farias.

A primeira etapa foi sofrível. Avaí e Brasil esmagaram a bola. Mas mesmo com um futebol precário, tivemos gols. O Avaí saiu na frente com gol de Renato aos 30 minutos, de cabeça, em falha de marcação de Artur. Quando o primeiro tempo se encerrava de forma preocupante pro Brasil, Valdemir cruzou uma bola na área e Michel, bem posicionado, desviou de cabeça pro fundo do gol de Aranha. O gol foi um achado, pois o Brasil não vinha bem na partida.

Na segunda etapa o jogo foi outro. O Brasil voltou melhor postado e criou as principais chances de gols. Em contra ataque puxado por Alisson Farias, o camisa 11 passou para Valdemir que, de primeira, deixou Michel na cara do gol. O centroavante Xavante bateu de primeira, de canhota, para grande defesa de Aranha. Foi uma aula de contra ataque. O Brasil seguia criando boas chances de gols mas quem marcou foi o Avaí. Aos 38 minutos, Getúlio marcou de cabeça após cruzamento vindo do lado direito de ataque do time catarinense. Foi um tijolaço de cabeça. Naquela altura do jogo, o resultado era muito injusto. O Avaí pouco criou na segunda etapa.

Mas o Brasil não desistiu do jogo. Aos 44 minutos, Kaio sofreu falta pelo lado esquerdo de ataque. Alisson Farias cobrou a falta na área e no segundo pau, sozinho, Éder Sciola cabeceou para o fundo das redes. Era o segundo gol de Sciola em duas rodadas. Era o gol do justo empate Xavante.

Pelo segundo tempo que o Brasil fez, a vitória seria justa, caso viesse. Clemer ainda busca uma nova formação e uma outra forma desse time jogar. Novos jogadores chegaram e outros estão por chegar. O time será formado durante a competição e Clemer terá muito trabalho. Mas competência não lhe falta, visto o que tem feito desde que assumiu o time durante a Série B do ano passado.

Com a vitória, o Brasil chegou aos 2 pontos e terminou a rodada na 14ª colocação. O líder do campeonato é o Fortaleza com 6 pontos. A próxima partida do Brasil será contra o Paysandu, em Belém, no próximo sábado às 16:30h.

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Os gols da partida

A vontade de vencer

Por Marcelo Barboza

Na noite da última sexta-feira, o Brasil foi à Criciúma fechar o primeiro turno em busca de pontos para não entrar na zona de rebaixamento ao fim da 19ª rodada. Mas mais do que pontos, o Brasil precisava buscar o bom futebol que raras vezes apareceu nesse ano de 2017. Depois de um empate com o Boa Esporte na Baixada, em uma partida de muitos erros, vencer no Heriberto Hulse parecia algo impossível aos olhos da torcida Xavante. Primeiro porque a fase não é das melhores e a outra é que jogar em Criciúma era sinônimo de derrota, desde sempre.

Clemer tinha mais opções para o jogo em Criciúma e acabou mexendo na equipe. Lincom e Marcinho voltavam ao time titular e Wagner começava no banco de reservas, dando lugar à Juninho. Por opção de Clemer, Leandro Leite voltava ao time titular e Itaqui seria o terceiro homem de meio de campo, função já testada com Nem em outras partidas. O jogo começou e o Brasil se comportava muito bem na partida. O Criciúma chegava com perigo mas o Brasil buscava o jogo pelo chão, sem balões. Criciúma chegou com perigo com duas bolas na trave de Silvinho. Mas quem abriu o placar foi o Brasil. Em um contra ataque pelo lado direito, Lincom deu belo passe para Juninho que invadiu a área e não viu Marcinho e Itaqui entrando sozinhos e tentou marcar o gol, mas o goleiro Luiz fez boa defesa. No rebote a bola caiu nos pés de Lincom, que deu alguns passos para o lado esquerdo e soltou um chutaço, em curva, na gaveta. Um baita golaço. Era o quinto gol de Lincom na Série B, artilheiro Xavante na competição e na temporada.

O Criciúma seguiu pressionando o Brasil e Marcelo Pitol fazendo boas defesas. E assim acabou o primeiro tempo, com o Brasil na frente do placar. A segunda etapa começou novamente com o Criciúma em cima. O gol dos catarinenses parecia questão de tempo. Mas o Brasil seguiu buscando o jogo, com a bola no chão, e assim chegou ao seu segundo gol, no auge da pressão catarinense. De uma cobrança de falta de Teco no campo defensivo, iniciou-se toda a jogada do segundo gol. Os dez jogadores de linha do Brasil tocaram na bola até ela rodar o campo todo e Marcinho dar uma linda assistência para Éder Sciola invadir a área e chutar de primeira, no canto direito do goleiro Luiz. Era o justo dois a zero para o Brasil, visto a sua eficiência defensiva e extrema competência no ataque.

A pressão do Criciúma persistiu, agora de forma desesperada. E em um dos inúmeros cruzamentos na área do Brasil, aos 23 minutos, Teco foi afastar de perna direita e acabou marcando contra. Ali o torcedor Xavante sentiu calafrios, pois sabia que o Criciúma viria com tudo pro ataque. Seriam mais vinte e poucos minutos de sufoco. E realmente o Criciúma se jogou pro ataque, mas o Brasil soube se fechar muito bem e jogar no contra ataque. Em dois deles, Juninho e Marcinho quase marcaram o terceiro gol. E assim foi até os últimos minutos, com o Criciúma desesperado, desordenado, e o Brasil fechado e jogando com a bola no chão, buscando manter a posse de bola. Depois de cinco minutos de acréscimos, o juizão apitou o fim do jogo e enfim o Brasil vencia o Criciúma no Heriberto Hulse.

Foi uma noite para acalmar o coração rubro-negro. Enfim tivemos um bom futebol em 2017, em agosto, no final do primeiro turno da Série B. Meio tarde demais, não? Mas ainda temos um turno inteiro pela frente. Obviamente um jogo e um resultado como o de sexta-feira deixam o torcedor empolgado, mas ainda temos muita coisa para arrumar e melhorar. Mas o que se viu em Criciúma, mais importante do que os três pontos, foi a vontade de vencer. Mesmo ganhando por 1 a 0, o Brasil foi lá e marcou outro no segundo tempo. Aos 48 do segundo tempo estava marcando o Criciúma no campo de ataque. No apito final a vibração de Leandro Leite mostra que o momento é outro. Aquela consternação de aceitar uma derrota, ou a trava para buscar uma vitória, parecem ser passado.

Clemer parece ter conseguido mexer com o espírito dos jogadores, algo que parecia estar apagado. E esse é o primeiro passo, que pode nos trazer vitórias, como em Criciúma. Mas somente isso não basta. O elenco possui jogadores que não estão no nível de uma Série B, portanto Clemer vai ter muito trabalho para manter esse time jogando o que jogou sexta. O presidente disse que reforços devem chegar. E realmente precisamos. Juninho tem entrado bem nas partidas, mas é muito afobado na hora de marcar o gol. Foi assim em Natal contra o ABC, foi assim ontem. É novo, precisa ter mais calma, levantar a cabeça. Éder Sciola parece outro jogador, impressionante a autoconfiança que ele está mostrando, coisa que nunca teve com a camisa do Brasil. Raras eram as vezes que ele ultrapassava a linha do meio de campo.

No nosso segundo gol trocamos passes durante exatos um minuto, onde todos os jogadores de linha tocaram na bola. Breno e Misael tiveram a chance de cruzar a bola na área em mais de uma oportunidade e não fizeram. Rodaram o jogo até chegar ao gol. Isso é treinamento. Tempos atrás se passava da linha de meio de campo e já se cruzava a bola na área, à espera de um milagre. Normalmente as bolas nem chegavam até a área. Ouvíamos que Lincom tinha como ponto forte o jogo aéreo, por isso tanto cruzamento. Mas dos cinco gols marcados por ele nessa Série B, quatro foram com o pé. Olhem o passe que ele deu pro Juninho no primeiro gol, genial. Jogadores bons precisam de bola no pé. Marcinho tem sido um dos melhores jogadores do Brasil nessa Série B, com uma velocidade absurda e criando grandes jogadas. Se soubesse concluir ao gol com maestria, estaria jogando a Série A ou fora do país. Temos que aproveitar a boa fase do nosso pequeno Nasarildo. E ainda tem o Rafinha voltando de lesão.

O que se ouve vindo do Bento Freitas é que “o clima é outro”. E esse espírito precisa se espalhar no campo e na arquibancada. A relação entre o time e a torcida vem sendo bem conturbada. É hora do clube, com o presidente, treinador e jogadores, trazerem a torcida novamente para o seu lado. A verdade é que estamos loucos para gritar “time de guerreiros” ao fim de uma grande vitoria na Baixada. Dar tapa na careca do Sciola na chegada do time aos gritos de “Vamos, vamos a ganhar”. A hora é agora. Sexta-feira, contra o Guarani na Baixada, é dia de ganhar no bafo, no grito da torcida. O mais importante parece termos recuperado, que é a vontade de vencer. O resto vem com muito trabalho e com a arquibancada do Bento Freitas.

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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