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Chiliquentos – Ivan H. Schuster

O #ForaRZ da semana passada pode ter me deixado indignado, mas não surpreso. Há bastante tempo, quando estávamos em alta e ninguém ousava tocar corneta, eu já alertava para não nos iludirmos, pois bastaria um deslize, uma sequência de maus resultados e elas voltariam a serem sopradas em altos decibéis. Bingo!

A má campanha no Gauchão deste ano é fato inegável. Não há discussão e nem argumentos. Muitas podem ser as causas. Provavelmente não exista uma única causa, mas um conjunto de fatores. A simplificação do apontar o dedo para um ou dois culpados é um erro infantil, covarde e ineficiente. Acredito que os que estão a frente do GEB, RZ inclusive, possuem plenas condições de analisar a campanha finalizada, identificar os pontos fortes e fracos, e implementar as correções necessárias. O show não pode parar.

Não é novidade para ninguém que há tempos muitos profissionais da imprensa esportiva pelotense desejam a saída do RZ. Há um ranço deste com aqueles. Provavelmente pela forma que o RZ evidencia nas entrevistas o quão fracos e despreparados são. Não conseguem ir além das frases feitas, dos jargões e das análises superficiais de resultado. Seguidamente ficam nus. Esta rixa ficou muito evidente nesta semana passada, pela insistência em fazerem o RZ culpado, seja confessando e pedindo perdão pelos pecados, seja através de um posicionamento enérgico da diretoria. Seria a glória. Por fim, RZ seria derrotado. Seria. Não conseguiram. E não conseguindo, partiram para uma hipócrita indignação pela arrogância na entrevista pós-apresentação frente ao Passo Fundo. Se não consegues combater o teu adversário, faço-o desacreditado, desqualifique-o. Patético.

Não irei entrar no mérito se o RZ foi ou não arrogante. Para mim é indiferente. Estou nem aí. Não me senti ofendido em momento algum. Sou agradecido, e muito, pelo trabalho do RZ junto ao GEB. Entendo, sim, que ele é o grande responsável por este momento único que estamos vivendo e tem o direito de externar isto. Foram inúmeras vezes que diretores e muitos que participam do dia-a-dia da vida do clube já se manifestaram a respeito. Tenho plena convicção que, não fosse ele, estaríamos até hoje viajando para Venâncio Aires e São Gabriel, como outros clubes que possuem profissionais altamente capacitados, de fala cordial e que não se indispõem com a imprensa. #ChoraSecador.

No meu humilde entender, estes que se sentem tão ofendidos ao ouvirem que existem dois Brasis, antes de RZ e depois de RZ, são aqueles que ainda não entenderam o que aconteceu, porque aconteceu e, muito menos, o que poderá vir a acontecer. Humildade falta a estes que insistem em não reconhecer o trabalho que vem sendo feito há 5 anos. Menos humilde é aquele que não reconhece o valor do outro e não o que se deprecia de forma hipócrita. Aliás, a hipocrisia e a desfaçatez são, muitas vezes, confundidas com humildade.

Na ausência de talento para escrever um texto minimamente elegante e racional, faço minhas as palavras do Nauro Júnior, em excelente texto escrito no blog SatolepPress. Não há como pensar e entender diferente. 

O que vimos neste final de campeonato para o GEB foi muito mimimi. A minoria de sempre fazendo muito barulho e querendo dar a entender que são representantes do todo, porta vozes de uma nação. Não são. São cornetas do apocalipse. Chiliquentos, apenas chiliquentos.

“As vaca ladram e a caravana passa”(Ibrahim Suede).

Abs.

Diarreia – Ivan H. Schuster

É, meus amigos, não é fácil. Estamos vivendo um tempo de mudanças. Mudanças comportamentais. Estamos mudando a forma como expomos nossas idéias, nossos valores, a forma como interagimos com outras pessoas, como trocamos visões, opiniões e conhecimento.

Certamente a internet tem atuado como o grande veículo desta mudança. Não que tenha atuado na mudança de pensamento das pessoas, mas viabilizou que pensamentos, antes reclusos, fossem liberados para o mundo. Por exemplo, racistas, fascistas e homofóbicos sempre existiram. E em boa quantidade. Tenho certeza que todos conhecemos uma ou várias pessoas que se enquadram nestas definições. Até pouco tempo atrás, era difícil vermos pessoas defendendo essas ideias, pois teriam que fazê-lo em público, o que certamente geraria discussões e conflitos. Hoje essas ideias são expostas na internet, com a proteção e o conforto do computador. As vezes do anonimato. Posta-se qualquer coisa, desliga-se a máquina e pronto. Se alguém retrucar, é só excluir, bloquear ou mesmo nem dar atenção. Há uma falsa sensação de segurança e impunidade muito grande. E quando refiro-me a segurança e impunidade, não refiro-me a legal, mas a moral. Em como a sociedade enxerga você, através do que pensas.

O resultado desta “facilidade” na exposição de um pensamento e, costumeiramente, da crítica é que muitas pessoas perderam a autocrítica, a sensatez e a noção do ridículo. Expõem-se de maneira obtusa, grosseira, sem uma auto-censura e sem uma análise prévia um pouco mais profunda. Escrevem sem pensar. Agridem de forma gratuita. Expõem-se ao ridículo de forma desnecessária. Tenho certeza que 80% das opiniões e críticas que são postadas nas redes sociais não seriam ditas pessoalmente.

Meu conselho, se me permitem, pensem antes de escrever. O que irás postar é realmente necessário, vai acrescentar algo de valor à discussão, possui lógica, faz sentido, é realmente este o teu pensamento? Enfim, é desta forma que queres que as pessoas(o mundo) te vejam?

Não sou contra críticas, muito ao contrário, adoro uma discussão. Entendo que discutindo, expondo e defendendo visões diferentes, é que se descobre outras formas de enxergar uma mesma imagem. Há aprendizado e evolução. Mas uma coisa é discutir, defender pontos de vista. Outra, é a agressão gratuita, o ódio. Defender ideia é saudável, criticar e ofender pessoas é ruim. Se achas que a forma de alguém pensar não está certa, defenda o teu ponto de vista, mostra o que entendes por certo, mas não mate a pessoa. Um dia será a tua vez de ser questionado. A vitória sobre o corpo, obtida na força, pode ser rápida, mas é fugaz e passageira. A vitória sobre o pensamento, obtida com o diálogo, pode ser mais demorada, mas cativa a alma e é eterna.

Falo isso tudo, porque fiquei impressionado com o que li sobre o GEB nestas últimas semanas. Foi de arrepiar os cabelinhos da zona do agrião. Na verdade, entendo que há um grupo que nunca gostou do RZ e do Ricardinho, seja lá por quais motivos. Talvez por entender que não sejam competentes, por interesses próprios, por achar que criticar o fará parecer mais esperto ou, então, apenas por não gostar deles. O fato é que com quatro anos de crescimento contínuo fica complicado fazer oposição. Não se iludam, até os abutres pousam quando há falta de animal frágil no rebanho. Sempre atentos aos movimentos e a situação, alçam vôo e atacam na primeira oportunidade. Foi o que vimos neste início de temporada. Bastou um começo irregular e veio a pancadaria.

Alguns agressores são facilmente identificados como oportunistas. Pessoas que, por não possuírem luz própria, tentam sair das sombras roubando a luz de outro. Almas pequenas. Outros já conhecemos de longa data. São corneteiros tradicionais. O GEB estará disputando uma final de Libertadores frente ao Boca Juniors e estarão reclamando do passe longo, que faltam um 10 de ofício e um atacante matador. Almas aflitas, amargos. E, finalmente, um grupo maior composto pelos que vão na onda. Os comentaristas de resultado. Entendem nada, vão para onde o vento parece ir. Seguidamente, o vento vira e quebram a cara. São os que a cada início de ano dizem que iremos cair se não houver mudanças. Fracos, dignos de pena.

Entendo que o time é bom. Parece-me que o elenco é melhor, com mais qualidade técnica, que o do ano passado. O trabalho precisa ter continuidade, para as correções serem feitas e haver mais entrosamento. Não se monta um time em 60 dias. Até o Guardiola, considerado o melhor treinador da atualidade, com um time recheado de craques, tem passado por dificuldades. É preciso conter a angústia e apoiar.

Deixem o homem trabalhar. Torcedor, torce.

Abs.

Renascendo – Ivan H. Schuster

Domingo teremos o início oficial da temporada de apresentações Xavantes em 2017. Depois de mais de dois longos meses, mais precisamente, sessenta e oito dias, estamos de volta para uma nova turnê nacional. Para colocar um pouco de mais emoção e angústia, esta apresentação inaugural será frente ao nosso tradicional adversário da serra, contra quem disputamos o posto de terceira força do futebol Gaúcho, o Juventude.

Não acredito em uma apresentação com bom futebol para nenhum dos lados. Além de ser a primeira apresentação, ambos times perderam peças importantes. Os Polenta, inclusive, perderam o seu bom treinador. Embora eles levem um pouco mais de vantagem por terem iniciado a pré-temporada um pouco mais cedo, a peleia é dura e nenhum resultado será motivo de surpresa, salvo uma goleada para algum dos lados. Particularmente, saio feliz com um empate e viro à noite fazendo festa em caso de vitória Xavante. Mentira, a mulher não deixa e eu obedeço. Ao menos, voltarei de alma lavada e enxaguada, como diria o personagem Odorico Paraguassu, da novela O Bem Amado(Google nele).

Acredito em um fevereiro com altos e baixos para o Xavante. Espero que mais altos que baixos. A grande questão está no tempo que os novos contratados levarão para assimilar a forma do GEB atuar, pensada pelo nosso estrategista Rogério Zimmermann. Quanto tempo levará para o time “encaixar” novamente? Não é uma tarefa fácil refazer uma equipe. Pepe Guardiola que o diga. O mais badalado dos treinadores de todo o mundo, vem sofrendo para fazer o time do Manchester City apresentar um bom futebol e que resulte em resultados positivos. E o que não lhe falta é material humano ou condições de trabalho. Futebol não é ciência exata.

Certamente, se os primeiros resultados não forem positivos, a corneta vai tocar alto. Queiramos ou não, torcedor não aceita resultado negativo de forma passiva, ainda mais a turminha que fica atrás do banco de reservas Xavante. Se acham, embora entendam nada. Pobres almas sofridas e angustiadas. Xavantes, não se duvida disso, mas corneteiros.

Enfim, estou ansioso e angustiado, mas esperançoso e querendo que chegue logo a data da estreia Xavante. Espero poder estar no Jaconi domingo à noite, junto com o pessoal da Onda Xavante – Porto Alegre. Afinal de contas, ser Xavante é muito bom, ver o time do GEB atuar nos palcos deste Brasil é sensacional.

Para concluir, uma notícia não relacionada ao Xavante e nem ao futebol, mas igualmente sobre um tema prazeroso, a boa música feita por boa gente. Dia 28 de janeiro de 2017, também conhecido por próximo sábado, o DVD do Grupo Renascença estará a venda nas melhores lojas do ramo de Pelotas. Aquisição obrigatória. Não apenas pelo que este grupo representa, pela proposta de “renascer” as rodas de samba em espaço público, para todos, sem distinção, como também pela qualidade do produto final. A comunidade pelotense tem muito do que se orgulhar deste trabalho. Tive a oportunidade de adquirir o DVD em pré-lançamento e digo-lhes, vale muito a pena. Parabéns a todos que participam deste projeto, em especial ao meu querido amigo Tauê, Xavante dos bons.

Ser Xavante não é para qualquer um!

Abs.

Brasil conhece a tabela de jogos do Gauchão 2017

A temporada de 2016 ainda não terminou mas já se fala em 2017 no estádio Bento Freitas. Ainda mais após a tarde dessa segunda-feira, onde em congresso técnico realizado na Federação Gaúcha de Futebol foi divulgada a tabela do Campeonato Gaúcho do ano que vem.

O campeonato contará dois doze equipes que disputarão a primeira fase em turno único, todos contra todos, onde os oito melhores passam para a segunda fase e os dois últimos serão rebaixados. Na segunda fase o primeiro colocado da primeira fase enfrenta o oitavo e assim por diante, porém agora em dois jogos, assim como na semifinal e final. Na primeira fase o Brasil fará seis jogos em casa e cinco fora do Bento Freitas. Uma novidade é que os jogos serão quase todos aos finais de semana, com apenas duas rodadas às quartas-feiras.

A estreia será novamente em Caxias do Sul, como em 2015 (Caxias) e 2016 (Grêmio), mas dessa vez contra o Juventude, no dia 29 de janeiro.

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Brasil estreia contra o Juventude em Caxias do Sul. Foto: Carlos Insaurriaga

Jogos do Brasil na primeira fase:

29/01 – Domingo – Juventude x BRASIL (Alfredo Jaconi)
05/02 – Domingo – BRASIL x Cruzeiro (Bento Freitas)
12/02 – Domingo – Veranópolis x BRASIL (Antonio David Farina)
19/02 – Domingo – BRASIL x Ypiranga (Bento Freitas)
25/02 – Sábado – Inter x BRASIL (Beira Rio)
05/03 – Domingo – BRASIL x São Paulo (Bento Freitas)
12/03 – Domingo – BRASIL x Grêmio (Bento Freitas)
19/03 – Domingo – São José x BRASIL (Passo D’Areia)
22/03 – Quarta – BRASIL x Caxias (Bento Freitas)
26/03 – Domingo – BRASIL x Novo Hamburgo (Bento Freitas)
29/03 – Quarta – Passo Fundo x BRASIL (Vermelhão da Serra)

Foi informado nessa reunião que os clubes do interior não aceitaram a proposta apresentada pela Rede Globo para adquirir os direitos de transmissão da competição. A proposta foi menor que a paga esse ano e os clubes assinaram documento negando a proposta. A FGF fará nova negociação com a Globo e possivelmente com o Esporte Interativo.