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Brasil estreia na Copa da Primeira Liga em busca de quebra de tabu

Por Marcelo Barboza

Na noite dessa quarta-feira o Brasil enfrenta o Internacional no estádio Beira-Rio em partida válida pela primeira rodada da Copa da Primeira Liga. Será a estreia do Brasil em um novo campeonato que tem tudo para ser maior a cada ano que passa. Toda a mídia que a Copa proporciona e os grandes confrontos que o Brasil irá encarar, são conquistas do grande trabalho que o clube vem desenvolvendo nos últimos anos. Nessa quarta, será a chance do rubro-negro quebrar um longo tabu de 20 anos sem vencer o Internacional.

Já são 20 anos, 9 meses e 11 dias sem uma vitória Xavante no confronto. A última foi em 11 de maio de 1996, no Bento Freitas, quando o Brasil venceu o Internacional pelo placar de 1 a 0, gol de Pablo, em partida válida pelo Gauchão daquele ano. O Brasil jogou essa partida com Cássio; Júnior, Sérgio Márcio, Pablo e Marquinhos; Wolni, Dido (Fábio Bagé) e Luizinho; Evandro Brito, Badico e Dario. O treinador era Silva, ex-zagueiro do clube.

O confronto entre os clubes já possui 103 anos, sendo o primeiro em 1913 em partida amistosa no estádio Augusto Simões Lopes, na Estação Férrea, onde o Internacional venceu por 7 a 1.

A primeira vitória Xavante veio acontecer somente em 1941, no quinto confronto entre os clubes na história. O Brasil visitou o Internacional para partida amistosa em 14 de junho daquele ano e venceu pelo placar de 4 a 3, no estádio da Timbaúva, em Porto Alegre. Os gols do Brasil foram marcados por Birilinha (duas vezes), Tatão e Pepito. Brasil entrou em campo com Munheco; Antoninho e Chico Fuleiro; Alvim, Ramón Jesus e Tavares; Birilinha, Pepito, Massinha, Nede e Tatão (Amaral). O treinador era José Francisco Duarte Júnior, o Teté.

Jogando no estádio Beira-Rio, o tabu é ainda maior. A última vitória do Brasil foi em 1984, em partida válida pelo hexagonal final do campeonato gaúcho aquele ano. O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Bira, aos 45 minutos do primeiro tempo. O Brasil foi para o jogo naquela ocasião com Noslen; Bastos, Amauri, Hélio e Jorge Batata; Doraci, Márcio e Roberlei; Canhotinho, Bira (Murilo) e Zezinho.

Abaixo você acompanha o retrospecto geral do confronto entre Brasil e Internacional ao longo desses 103 anos. Os dados são do pesquisador Izan Muller, mestre no assunto.

ESTATÍSTICAS DO CONFRONTO

JOGOS: 108
VITÓRIAS DO BRASIL: 17
EMPATES: 24
VITÓRIAS DO INTERNACIONAL: 67
GOLS PRÓ: 77
GOLS CONTRA: 189
SALDO DE GOLS: -112

JOGOS COM MANDO DO BRASIL

JOGOS: 57
VITÓRIAS DO BRASIL: 13
EMPATES: 15
VITÓRIAS DO INTERNACIONAL: 29
GOLS PRÓ: 44
GOLS CONTRA: 86
SALDO DE GOLS: -42

JOGOS COM MANDO DO INTERNACIONAL

JOGOS: 51
VITÓRIAS DO BRASIL: 4
EMPATES: 9
VITÓRIAS DO INTERNACIONAL: 38
GOLS PRÓ: 33
GOLS CONTRA: 103
SALDO DE GOLS: -70

Nos últimos 37 anos foram apenas três vitórias do Brasil em 36 partidas disputadas. Mas não há momento melhor para uma vitória no Beira-Rio como agora. O Internacional vive momento ruim, onde caiu para a Série B do Campeonato Brasileiro e não foi bem na estreia do Gauchão onde empatou com o Veranópolis em 1 a 1.

O Brasil vive um momento de reformulação, onde novos jogadores chegaram e querem mostrar serviço. É hora de tirar essa toca, quebrar esse tabu. O momento é bom. Temos que acreditar e jogar de igual para igual.

Mais um teste, mais uma vitória

No segundo teste preparatório para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, o Xavante venceu o time B do Internacional por três a zero no estádio Bento Freitas.

Os gols da partida foram marcados por Ramon, de cabeça, Nena, de pênalti, e Ramon novamente, após ser lançado por Diogo Oliveira e sair cara a cara com o goleiro colorado. O Brasil começou o jogo com Eduardo Martini, Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Xaro; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia e Diogo Oliveira; Marcos Paraná e Ramon.

Nesse sábado o Brasil realiza mais um amistoso, dessa vez contra o Sindicato dos jogadores profissionais o RS. A partida será às 16 horas.

ÁUDIO

VÍDEO

Os gols da partida – Giro Esportivo

Obrigado, Grêmio Esportivo Brasil

Torcida do Brasil compareceu em peso no Beira-Rio. Foto: Flávio Neves

Torcida do Brasil compareceu em peso no Beira-Rio. Foto: Flávio Neves

E o campeonato gaúcho de 2015 chegou ao fim para o G.E.Brasil. Com uma grande campanha, o Xavante terminou o campeonato na terceira colocação e conquistou novamente o campeonato do interior, título também conquistado no ano passado.

Ainda tentando uma vaga na final do campeonato, o Brasil enfrentou o Internacional, no Beira-Rio, na tarde desse domingo. Precisando vencer a partida para alcançar a classificação, o time rubronegro soube segurar as ações do time colorado na primeira etapa. O destaque do primeiro tempo foi o goleiro Eduardo Martini, fazendo grandes defesas. Já na segunda etapa o Internacional voltou com um grande volume de jogo, superando o excelente jogo defensivo do Brasil. Alex abriu o placar, Valdívia marcou de fora da área e Rafael Moura ampliou o placar para 3 a 0. Márcio Jonatan descontou para o Brasil.

A diferença técnica entre os elencos era sabida e notória. Sem falar na diferença financeira. Mas a torcida do Brasil foi até o Beira-Rio com a esperança de eliminar o Inter. Como muito torcedores falaram: “Se eu não acreditasse, não saia de casa”. O Brasil precisava jogar o seu melhor futebol do ano e contar uma má tarde do time colorado. Aconteceu que o Brasil manteve o seu volume de jogo habitual, esperando o Inter para jogar no contra ataque. Mas o Inter fez um grande segundo tempo, muito acima do que vinha jogando nesse Gauchão. Aí não teve o que fazer.

O ano de 2014 tinha fantástico para o torcedor do Brasil. Havíamos saído da famigerada segundona e só isso já era um alívio. Aí veio o campeonato do interior, vaga na Copa do Brasil e a vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D. Na disputa da Série D, veio o acesso à Série C e o vice-campeonato da competição. Para 2015, a direção Xavante fez todos os esforços possíveis e manteve Rogério Zimmermann e grande parte do elenco vencedor de 2014. O Gauchão começou com tudo, com o Brasil vencendo seus jogos e liderando a competição. Nesse meio tempo, ainda jogamos contra o Flamengo no Bento Freitas e no Maracanã. Histórico. Vencemos o Grêmio na Arena e nos classificamos para as finais do Gauchão com algumas rodadas de antecedência. Nas quartas vencemos o Lajeadense e nas semifinais paramos no Internacional. Dessa forma garantimos a vaga para a Copa do Brasil de 2016 e fomos bi-campeões do interior. De lambuja ainda vimos do Caxias ser rebaixado junto com o Alex Brasil. Coisa linda.

Nas arquibancadas, a torcida Xavante seguiu dando o seu show. Esteve presente em todos os jogos fora de casa. Esgotou todos os ingressos no jogo da Arena da OAS e no Beira-Rio. Lotamos o estádio que alugamos, aquele mesmo, acostumado a ficas às moscas. Lotamos também o Aldo Dapuzzo. Estivemos entre as dez maiores médias de público entre todos os estaduais no país e fomos o clube de interior que mais levou torcedores às arquibancadas em todo o país.

Resuma tudo isso citado acima e tente ficar triste pela derrota de hoje pro Inter. Consegues? Óbvio que não. Temos é muito orgulho desse time e desse clube. Vamos agradecer eternamente ao Rogério Zimmermann e seus jogadores por tudo que eles vêm fazendo pelo nosso querido Grêmio Esportivo Brasil. E agora vem o Campeonato Brasileiro da Série C. No mínimo teremos 18 jogos até o final do ano, buscando o acesso à Série B. Aí sim, subindo para uma Série B o clube muda de patamar. Se subiremos nós não sabemos, mas temos certeza que percorreremos esse país atrás desse clube. Isso é o que faz a torcida do Brasil viver, poder viajar e ver o Brasil jogar. Nada mais do que isso.

Que comece logo essa Série C. Vamos com tudo, Xavante!

VÍDEO

Melhores Momentos – RBS TV

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

Bi-Campeão do Interior, no mínimo | Ivan H. Schuster

Vou começar pelo triste acontecido e deixar o de melhor para o final do texto. Não apenas uma ocorrência triste, ,mas lamentável e estúpida. Os brigões devem se achar machões, quase gladiadores, mas, antes de tudo, são é muito burros, estúpidos e imbecis. Não necessariamente nesta ordem. Isto se forem realmente Torcedores Xavantes, o que não os considero. A pergunta que sempre fica é, quem irá arcar com os prejuízos quando as penalidades vierem? Homem mesmo, assume as merdas que faz e não se esconde em meio a multidão.

Sou da opinião que a diretoria do GEB deve solicitar as imagens, identificar os que forem possíveis de serem identificados, excluí-los do quadro social para sempre e denunciá-los à justiça. Incomoda-me profundamente ver a imagem da Torcida Xavante, a minha inclusive, ser associada a estes retardados. Certamente não representam a Torcida Xavante e muito menos o GEB.

Esclarecedor o texto publicado no Facebook pela (acho) mãe da menina que foi filmada saindo carregada para a ambulância. A menina não foi atingida por pedrada e nem estava ferida, felizmente. O que ocorreu é que foi acometida por uma crise asmática, causada pelo estresse vivido e, provavelmente, pelo gás lançado pela polícia.

Importante também neste relato, é a informação de que tudo começou com a torcida colorada atirando pedras em direção à Torcida Xavante. Houve revide, os ânimos se exaltaram e a meia dúzia de brigadianos que estava ali ficou com medo de perder o controle da situação – que provavelmente já haviam perdido – e partiram para o ataque com gás, bombas de efeito moral e tudo mais o que foi visto. Deu no que deu.

Duas observações: 1) o despreparo da BM em lidar com conflitos entre torcedores é um fato. Existe uma única ação definida: baixar o cacete. Até torcedores que em meio a confusão estão tentando apaziguar tomam borrachada nas costas. Inteligência é preciso; 2) Como costumeiramente faz, a imprensa não procura os fatos, mas as imagens fortes para criar as manchetes sensacionalistas. Publicam opiniões, não fatos. A imprensa brasileira virou(sic) opinativa e tendenciosa. Pena. A imagem da menina sendo carregada não precisava. Uma enorme falta de bom senso. Também, pelo menos até agora, ninguém procurou saber a origem da confusão. Sequer foram atrás da menina para saber o que se passou. O que interessa é mostrar as imagens dos torcedores brigando entre si, o que, sim, é uma vergonha e merece investigação e punição. Mas não li, ouvi ou vi em nenhum lugar, sequer uma única menção a respeito das pedras jogadas pela torcida do Internacional de Porto Alegre. E não faltam relatos por parte de Torcedores Xavantes, inclusive este da mãe da menina.

A parte boa foi que fizemos uma grande apresentação dentro de campo. Depois de um primeiro tempo equilibrado, no segundo, massacramos o Internacional de Porto Alegre. Não é pouca coisa para um clube que tem um orçamento vinte, trinta vezes menor. Chamar nossos atletas de guerreiros é pouco. São titãs.

A prova de que fomos bem superiores, é que o goleiro colorado foi o melhor deles em campo. Jogaram com time misto, dirão os mais angustiados e apressados corneteiros. Verdade? Então, diz aí, qual é o time titular, pois nem o treinador deles sabe ao certo. Até o momento não repetiu uma única escalação em todo o ano de 2015. Se eles não tinham o D’alessandro, nós não tínhamos o Washington.

Eu fiquei bastante satisfeito com o que o Esquadrão Xavante produziu e acho que com um pouco mais de sorte teríamos ganho. Estamos vivos, confiantes e, certamente, iremos lotar todo o espaço que nos derem no Beira-rio. Afinal, não vai ser agora que iremos deixar o bi-campeão do interior do RS se apresentar sozinho.

É bom ser Xavante!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

Empate e invasão à capital

Rafael Forster comemora o gol de empate com a torcida. Foto: Carlos Queiroz.

Rafael Forster comemora o gol de empate com a torcida. Foto: Carlos Queiroz.

Os primeiros noventa minutos da decisão para a final do Gauchão 2015 entre o G.E.Brasil e Internacional, já se foram. E começou tudo igual. A partida no Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, terminou em 1 a 1 em tarde muito tensa no campo e na arquibancada.

No último minuto da primeira etapa, Rafael Moura marcou de cabeça para o Internacional após cobrança de falta de Valdivia. Uma ducha de água fria. Na segunda etapa o time Xavante voltou ainda mais focado e teve o controle do jogo. Com Gustavo Papa no lugar de Nena, o Brasil soube aproveitar de melhor forma as bolas aéreas que o zagueiro Cirilo insistia em rifar. E em uma cobrança de escanteio, Papa deu um testaço e o goleiro Alisson salvou milagrosamente. Seguindo na pressão, em um rebote de escanteio, Cirilo foi claramente puxado dentro da área pelo volante Nico Freitas do Inter, na cara do Daronco, e ele nada marcou. O Brasil seguiu com o controle do jogo e em um chute de Alex Amado, o zagueiro Alan Costa enfiou a mão na bola dentro da área e Daronco novamente nada marcou. O lance gerou escanteio para o Brasil e, após cruzamento de Wender, Diogo Oliveira foi derrubado dentro da área. Pênalti para o Brasil. Daronco acabou marcando o “menos pênalti” de todos. Vai entender. Rafael Forster soltou um míssil e empatou a partida. Depois disso o Brasil criou mais algumas chances de gol mas o placar não saiu do 1 a 1.

Com o 1 a 1, o Brasil precisará vencer o Inter no Beira-Rio ou empatar com placar acima de 1 a 1 para avançar para a final. Empate em 1 a 1 leva para a decisão nos pênaltis e 0 a 0 dará a vaga ao Inter.

O fato a se lamentar foi a confusão que ocorreu no intervalo da partida. Na divisória das torcidas, torcedores Xavantes e Colorados se provocavam, como acontece em todo jogo. Para dispersar os torcedores, a Brigada Militar mostrou todo o seu despreparo para trabalhar em estádios de futebol e ao invés de apaziguar, provocou ainda mais confusão. Obviamente que depois disso alguns marginais disfarçados de torcedores, aproveitaram da situação para aumentar ainda mais a confusão. Ninguém é santo nessa história. Mas o despreparo que a Brigada Militar mostra, já há longos anos, foi mostrado hoje novamente. Como ouvi de um amigo: “eles não entram para amenizar, eles entram para brigar”. Eles tratam todos como marginais e foda-se. Nisso, a gigantesca maioria dos torcedores que lá estavam apenas para acompanhar uma partida de futebol, sofreram com os cassetetes e bombas de efeito moral. Uma lástima. Cabe agora ao G.E.Brasil, ou seja quem for, identificar os envolvidos e puni-los da forma que for conveniente. Temos que correr esse tipo de torcedor de dentro do estádio. Não temos mais como aturar esse tipo de coisa. E não está difícil de identifica-los. As imagens são claras e a própria torcida do Brasil pode fazer esse trabalho.

Mas agora ficou tudo para o Beira-Rio. Grande parte da imprensa da capital está levando tudo de barbada. E isso e ótimo. Um mar vermelho e preto vai invadir a capital no próximo domingo. Podem esperar. Certamente eles irão restringir ingressos, dificultando a presença em massa da torcida do Brasil, mas lá estaremos, ao lado do G.E.Brasil, contra tudo e contra todos. E o melhor, temos futebol para vence-los, sim senhor.

ÁUDIOS

VÍDEOS

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