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Péssimo futebol e nova derrota

Na abertura da terceira rodada do Gauchão 2017, o Brasil joga mal, perde pro Veranópolis, e pode terminar a rodada na lanterna da competição.

Por Marcelo Barboza

O JOGO

Nos 10 minutos de jogo, os dois times quase não conseguiram chegar um na área do outro com perigo. Jogo feio e disputado no meio de campo. Aos 11 minutos, Cirilo foi afastar uma bola fácil e deu um bago para escanteio. Na cobrança, Mateus Santana entrou sozinho na área e cabeceou para abrir o placar da partida. O Brasil tentava criar perigo somente com ligações diretas, totalmente sem sucesso. Nas poucas vezes que colocou a bola no chão, conseguiu chegar. Marcinho deu belo passe para Gustavo Papa que chegou cara a cara com o goleiro Reynaldo e chutou de perna direita em cima do goleiro. Depois foi a vez de Nem, o mais lúcido do time, a fazer belo lançamento para Gustavo Papa que novamente saiu na cara do goleiro e chutou em cima de Reynaldo, de novo.

Na segunda etapa o Brasil conseguiu ser pior. Eder Sciola tomou um sufoco do rápido Keké, enquanto o Brasil não tinha jogada com a bola no chão. Enquanto isso o Veranópolis colocou uma bola na trave com Douglas e quase marcou com Keké em jogada ensaiada em cobrança de falta. O Brasil desvairadamente tentava buscar o gol de empate mas sem sucesso. Aos 41 minutos Keké foi lançado, invadiu a área e foi derrubado por Leandro Camilo. Ele mesmo foi para a cobrança e fechou o placar no Antônio David Farina. Veranópolis 2×0 Brasil. Os últimos minutos de jogo foram de gritos de Olé por parte da torcida do time da casa.

ANÁLISE DA PARTIDA

Vamos partir do princípio que o esquema de jogo do Brasil não pode ser o BAGO, desde o primeiro minuto de jogo. Não pode um time estar treinando há 45 dias e só ter essa jogada. E o pior, totalmente ineficiente. Nas poucas vezes que colocamos a bola no chão, João Afonso, Nem e Marcinho tentaram trocar passes e fazer algo. Mas o nosso camisa 10, Rennan Oliveira, jogou os 90 minutos escondido. Pouco pegou na bola e quando esteve com ela, não criou quase nada.

Pelo lado direito da defesa, Eder Sciola tomou um sufoco do Keké, atacante rápido do VEC. Praticamente não passou do meio do campo. Pelo lado esquerdo, Marlon tentava jogar com a bola no chão mas os meias pouco apareciam. Nas bolas paradas, Marlon errou muito. Conseguimos cabecear apenas uma bola em direção ao gol durante todo o jogo em quase vinte bolas cruzadas. É muito pouco. Gustavo Papa teve duas chances claras de gol e chutou em cima do goleiro. Gustavo é um cara muito bacana e bom de grupo, mas não pode ser o nosso titular. Jamais. Marcinho tentava fazer algo mas estava sozinho, sendo caçado pela defesa do time da casa. Cirilo só sai jogando na base do balão. E é balão sem noção. O gol do VEC saiu em um balão sem necessidade dele para escanteio. É um absurdo o Brasil renovar contrato com o Evaldo, jogando o que ele jogou contra o Avaí na última rodada da Série B e contra o Inter pela Primeira Liga, e mante-lo na reserva do Cirilo. Deve ter alguma coisa nos treinos que misteriosamente não sabemos. Não é possível.

A vontade é de sentar uma hora dessas com o presidente Ricardo Fonseca e o treinador Rogério Zimmermann e fazer muitas perguntas para eles. Algumas a imprensa de Pelotas já fez, mas a grande maioria dos absurdos, ninguém pergunta. Os erros desse péssimo início de ano já sabemos quais são, mas não vamos ficar aqui falando disso.

Agora é a hora do nosso treinador mostrar trabalho e provar que é um bom treinador de futebol. Tem que inventar algo diferente para fazer esse time jogar. Porque para jogar na base do balão, cá entre nós, é inaceitável.

Hoje vimos o VEC fazendo jogada ensaiada. Escanteios bem aproveitados. E o Brasil? Eduardo Martini pegando a bola e devolvendo pro adversário num bago gigante. Cirilo e Camilo despachando a bola para a defesa adversária. No melhor ano da história do clube, com a maior verba de dinheiro da história, apresentamos o pior futebol dos últimos anos. Tem algo errado aí. E não é o azar, o mercado ou o calendário. O presidente do clube disse que “recém começamos a competição”. Não presidente. Não. Faltam apenas oito jogos pro fim da primeira fase e temos um ponto. E o pior, jogando nada. Sem falar que vamos nos acadelar contra a dupla grenal e dificilmente somaremos pontos. Então temos seis jogos apenas para buscar pontos. Seis jogos, presidente.

BOLA DENTRO

O meio-campo Nem foi um dos poucos que criou algo. Arriscou duas vezes de fora da área e deu belo passe para Gustavo Papa perder um gol cara a cara com o goleiro.

BOLA FORA

Treinador Rogério Zimmermann leva o bola fora de hoje. A insistência em algumas escolhas de jogadores e o mau futebol desse início de ano, são frutos do trabalho da comissão técnica que não vem rendendo. Como ele mesmo diz, escolheram os jogadores à dedo.

Foto: Carlos Insaurriaga

ÁUDIO

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

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