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Um sonho fruto da paixão – Ivan H. Schuster

Em um artigo anterior, já havia me manifestado a respeito da maquete do estádio Bento Freitas que, então, estava em construção. Nesta primeira visita havia apenas a parte inferior da arquibancada, mas já dava para perceber que o que estava sendo feito não era produto de amadores. Ontem fiz uma nova visita à empresa 360° Visualização da Arquitetura e conferi o trabalho pronto.

Não há palavra que faça justiça a obra feita pela Mariana, Diego e demais membros da equipe da 360°.

A arte não está na maquete em si, mas em cada detalhe. Dá para passar um dia inteiro olhando, descobrindo novas coisas que não haviam sido percebidas antes. Detalhes de gente que conhece, vive e sente o Caldeirão. O cooler ao lado do carro no posto de gasolina, a mochila do cara entrando no estádio, o Torcedor sentado na janela do carro, a bandeira tremulando, os instrumentos da charanga, a iluminação interna, a criança de mão com os pais, o espaço da muvuca(agora VIP), o som da Torcida e da charanga… É clara a percepção de que ali houve trabalho, dedicação, esforço e muito sentimento. Não é uma simples montagem. Além do profissionalismo, teve a paixão.

A maquete permite que se conheça e entenda todo um projeto que vem sendo pensado e elaborado há meses. Uma coisa é falar sobre um projeto que está sendo feito, outra é ver o Novo Bento Freitas em pé, pronto. Está ali, é real. A maquete antecipa o resultado, definindo a importância e dando a dimensão do trabalho que vem sendo realizado pelas pessoas envolvidas neste projeto, do arquiteto a construtora, dos Torcedores que fazem doações e participam das campanhas de arrecadação aos ex-proprietários do terreno permutado. É a materialização do sonho há muito sonhado. É possível vê-lo, tocá-lo. Não tem como não se emocionar. O saudoso e benemérito Bento Freitas deve estar com sorriso largo lá no céu, todo pimpão, se exibindo: “Viram só o meu estádio como vai ficar?”.

Vou falar por mim. Estou muito orgulhoso. Não de ter feito algo, porque minha participação neste empreendimento foi zero. Meu orgulho vem de ser Xavante, de fazer parte de uma comunidade que tem profissionais como a Mariana e o Diego, que vão além do torcer. Para mim, ser Xavante é isto, é emocionar e se deixar emocionar. É muito além do torcer pela vitória. Pobres almas aflitas que acham que futebol é um esporte que define vencedores e perdedores. Quem vai ao estádio apenas para ver o time vencer, não sabe o real significado de ser Xavante.

Obrigado a vocês, Mariana e Diego, pela emoção que me causaram e que, imagino, causarão em todos que tiverem a oportunidade de apreciar o trabalho de vocês.

O Xavante será do tamanho que quisermos.

Abs.

Bento Freitas em 360° | Ivan H. Schuster

Semana passada tive duas gratas surpresas. A primeira quando fui conhecer a maquete do novo Bento Freitas, que está sendo construída pela empresa 360° Visualização da Arquitetura, do meu amigo e muito Xavante Diego Abeijon. É sensacional! Devido a minha grossura e ignorância, não tinha idéia do nível de detalhamento deste tipo de trabalho. De cair os butiás do bolso.

O trabalho é muito minucioso. Tem detalhes incríveis. Além de muita técnica, habilidade e conhecimento de materiais, tem que ter uma paciência gigantesca para fazer um trabalho destes. São peças minúsculas que precisam ser modeladas, construídas, pintadas e afixadas. Só para terem uma idéia, serão colocados mais de 13.000(treze mil!) elementos representando os Torcedores Xavantes nas arquibancadas. Mas não são uns bonequinhos feitos ali na esquina ou imagens toscas de papelão. São componentes minúsculos, produzidos em material sintético(antigamente era tudo plástico), muitos feitos em impressora 3D, e pintados manualmente, um por um. Cada elemento é caracterizado de uma forma e, obviamente, devidamente fardados de rubro-negro. Luxo!

Neste momento, estão concluindo a construção do anel inferior e quase colocando o gramado. Só não estão mais adiantados devido a demora em receberem o projeto definitivo. Mas já dá para arrepiar com o que se vê. Pretendo voltar lá quando estiverem mais próximo do término. Mas aí, vou ter que tomar um remedinho para segurar o coração.

A segunda grata surpresa veio com a notícia da possível extensão do contrato do GEB com o RZ até o final de 2017. Da parte da diretoria, nada mais racional. Por parte do RZ, segurança para poder, enfim, desenvolver um projeto mais longo, com categorias de base, CT(para quando?) e o novo estádio sendo construído. Acho que é o sonho de todo treinador e que, cá entre nós, deveria ser também o sonho de todo cartola e de todo torcedor.

Sei que tem uma turma que não gosta, nunca gostou e, provavelmente, nunca gostará do RZ. É só o GEB perder e eles aparecem assoprando furiosamente suas cornetas. Muitos destes Torcedores insuflados por uma mídia esportiva parcial, rancorosa e vingativa, isto é, amarela. Homens de alma pequena, saudosos dos tempos em que o time era “motivado” com chutes na porta do vestiário, quando se contratava pernas de pau a rodo, sem qualquer planejamento e, não raramente, ficávamos a mercê de um ou dois jogadores que derrubavam o técnico da vez. Trocava-se de técnico três vezes ao ano e depois, ainda, reclamava-se que o time não tinha conjunto, que era só balão.

Há quem justifique o não gostar do RZ por ele ser autoritário. Dizem até que manda mais que o Ricardinho. Não sei e não tem a menor importância. O que sei é que vem dando certo. O GEB tem crescido dentro e fora de campo. E muito. É só parar e pensar onde e como estávamos há 5, 7, 10, 15, … anos atrás. Acham que avançamos pouco? Olhem ao redor e vejam o quanto cresceram(?) os demais. Isto mesmo, comparem o nosso crescimento e evolução com o do Caxias, Juventude, Pelotas, 15 de Campo Bom(quem?), Novo Hamburgo, Esportivo… pode pegar qualquer um. E não esquece de acrescentar a tragédia do acidente em 2009, que, não bastasse a perda de pessoas queridas por muitos, custou-nos mais de meia década para voltarmos ao ponto em que estávamos. É, companheiro, o nome disso é trabalho com competência. O resto é inveja, ignorância ou ingratidão.

RZ fez tudo sozinho? Claro que não. Mas também é certo que os resultados obtidos em campo contribuíram muito para que todo o resto também evoluísse. E se é verdade que o RZ é quem manda, então, a ele também deve ser dado o crédito por ter conduzido com sucesso todo o processo. Embora eu não tenha conhecimento do que acontece internamente no GEB, acredito mais que o RZ seja um profissional exigente e muito ciente das condições estruturais necessárias para o crescimento do GEB como clube e time. De fato, o que sabemos é que com o trio Ricardinho, Montanelli(mitou ontem na entrevista após a apresentação Xavante) e RZ o GEB só cresceu, conquistando todos os seus objetivos.

A Copa do Brasil vem aí, pela terceira vez consecutiva. Chorem! A inveja é uma merda.

Abs.