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Procura-se um camisa 9

Por Marcelo Barboza

A camisa 9 do G.E.Brasil sempre foi vestida por grandes jogadores em toda a sua história. Na história mais recente, Bira, Gilson Cabeção e Nena marcaram gols importantes vestindo a 9 Xavante. Vale ainda lembrar os gols de Leandrão na Série C de 2015 que ajudaram a colocar o Brasil na Série B de 2016.

No planejamento para 2017, Rogério Zimmermann já busca um camisa 9. Na Série B ficou evidente a falta que fez um camisa 9. Nena foi pouco aproveitado por Zimmermann e Gustavo Papa nada acrescentou. Ramon jogou como centroavante e marcou 9 gols no campeonato, porém não era a função dele. Quem acabou fazendo as vezes de matador, foi Felipe Garcia. É só ver os gols do camisa 7 Xavante no campeonato. Todos foram de bolas cruzadas na área, rebote do goleiro ou passe recebido dentro da área. Nenhum dos gols foi carregando a bola e invadindo a área, característica principal do Felipe. Arrisco até em dizer que com um bom camisa 9 teríamos ido mais longe na competição. Logicamente sem menosprezar os 9 gols do Ramon, que fez uma grande Série B ao lado de Felipe.

Diogo Oliveira, Marlon e Weldinho serviram os atacantes com frequência no campeonato, mas algumas vezes faltava alguém para empurrar a bola para dentro. Marlon foi o segundo maior assistente para gols no campeonato (8) e o terceiro maior assistente para finalizações (57). Marlon e Weldinho, juntos, cruzaram 340 bolas na área do adversário durante toda a Série B, sendo apenas 82 deles aproveitados pelos atacantes rubro-negros.

Nena passou por uma má fase no Gauchão desse ano e praticamente não foi utilizado na Série B. O atacante deixou o Brasil com 108 jogos e 37 gols marcados, média de um gol a cada 2,92 jogos . Alguns desses gols de extrema importância pro Brasil. Como não lembrar do gol de cabeça contra o Veranópolis no Gauchão de 2014 que deu o título do interior ao Brasil e a vaga para a Série D. Como não lembrar do gol contra o Grêmio na vitória de 1 a 0 na Arena deles, no Gauchão de 2014. Dos gols contra o Londrina na semifinal da Série D. Do gol contra o Brasiliense, no jogo do acesso à Série C. Quando Leandrão nos deixou para ir jogar no Vasco, na reta final da Série C, Nena estava lá marcando gols importantes contra Tombense, Madureira e Tupi.

Gustavo Papa está no clube desde julho de 2012. No Gauchão de 2014, chegou a marcar três gols contra o Passo Fundo e indicava que seria um bom Gauchão do camisa 9. Porém acabou se machucando, mais de uma vez, e não rendeu o esperado. Em 104 jogos, marcou 17 vezes, ou seja, um gol a cada 6,11 jogos. Nos dois últimos anos o jogador tem sido aproveitado por Rogério Zimmermann sempre na segunda metade do segundo tempo, porém sem eficácia. Saiu do banco para mudar o resultado da partida somente uma vez, contra o São Paulo no Gauchão. Conhecido por ser muito bom de grupo e querido pelos jogadores, o jogador teve seu vínculo renovado com o clube para 2017, para a sua sexta temporada no clube.

Mas onde buscar o camisa 9? Um bom jogador da posição não é barato. Mas aí é problema da direção do clube e do treinador Rogério Zimmermann. O próprio presidente Ricardo Fonseca já disse que o Brasil terá o seu maior orçamento da história em 2017. É difícil que não encontrem um camisa 9 que venha a agregar ao elenco. Na Série B vimos em campo Léo Gamalho e Marcão pelo Goiás, Jael pelo Joinville, Leandrão pelo Vasco, Zé Carlos pelo CRB, Grampola pelo Bragantino, Bill pelo Ceará, bons jogadores mas que requerem um investimento maior, mas mostram resultado. Alguns falam que é difícil administrar jogador caro. Na verdade difícil é administrar jogador ruim, isso sim.

Se não buscarmos um camisa 9 já conhecido, com experiência, que se tente uma aposta. Algum jogador jovem que possa progredir junto com o time, assim como o Brasil apostou no Ramon e deu certo. Com todo respeito e admiração que possuímos pelo Gustavo Papa, que é um cara sensacional e faz muito bem para o grupo e muito nos ajudou, mas não podemos apostar nele, nem como opção de segundo tempo. Já com 37 anos, Papa já mira outros planos no futuro e os números jogam contra ele. Se for para ter alguém no banco, para elenco, que se invista em algum jovem que possa render algo lá na frente.

Quem virá nós não sabemos, mas precisamos de um camisa 9 matador. Rogério Zimmermann terá que reconstruir o time do meio para frente após as saídas de Diogo Oliveira, Elias, Felipe Garcia e Ramon, responsáveis por 27 dos 40 gols do Brasil na Série B. Não vai ser nada fácil, mas precisamos investir.

Mais três jogadores anunciam saída do Brasil

Com o final da Série B, vários jogadores começam a deixar o Brasil. Alguns por simplesmente não entrarem em acordo com a direção do clube e outros por terem propostas de outros clubes.

O centroavante Nena anunciou por uma de suas redes sociais que não ficará no Brasil em 2017. O atacante agradeceu ao clube e a torcida: “Me despeço com imensa gratidão por todo reconhecimento ao meu trabalho e conquistas que realizamos juntos. Agradeço ao G.E.Brasil, a comissão técnica, jogadores e a toda nação Xavante”. Nena disputou 108 partidas e marcou 37 gols com a camisa Xavante.

Outro atacante que não permanecerá na Baixada é Ramon. O jogador também utilizou uma rede social para agradecer à torcida: “Um agradecimento especial a nação Xavante que nos ajudou e acompanhou onde quer que nós estivéssemos atuando, levarei vocês para sempre no meu coração”. Ramon marcou 15 gols em 56 partidas com a camisa rubro-negra.

E Diogo Oliveira foi anunciado hoje pela manhã pelo Paysandu. O meia Xavante não chegou a um acordo com a direção do Brasil e deixa o clube após dois anos. O maestro, como era chamado pela torcida, também agradeceu em sua rede social: “Hoje venho dar um até breve a esse Clube, essa torcida (XAVANTE), pelos 2 anos maravilhosos que vivi em Pelotas. Fica meu agradecimento ao Presidente e a todos dentro do Clube pela oportunidade de vestir a camisa do G.E. Brasil”. Diogo disputou 101 jogos e marcou 12 gols com a camisa do Brasil.

Agora já são sete jogadores que oficialmente não permanecerão no clube em 2017. Além de Nena, Ramon e Diogo Oliveira, Felipe Garcia, Washington, Xaro e Marcos Paraná já haviam anunciado as duas saídas.

Fotos: AI GEB/Italo Santos

Mais um teste, mais uma vitória

No segundo teste preparatório para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, o Xavante venceu o time B do Internacional por três a zero no estádio Bento Freitas.

Os gols da partida foram marcados por Ramon, de cabeça, Nena, de pênalti, e Ramon novamente, após ser lançado por Diogo Oliveira e sair cara a cara com o goleiro colorado. O Brasil começou o jogo com Eduardo Martini, Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Xaro; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia e Diogo Oliveira; Marcos Paraná e Ramon.

Nesse sábado o Brasil realiza mais um amistoso, dessa vez contra o Sindicato dos jogadores profissionais o RS. A partida será às 16 horas.

ÁUDIO

VÍDEO

Os gols da partida – Giro Esportivo

Mais um jogo, mais um empate

O jogo de ontem que era para ser o da redenção do Brasil no Gauchão, mas foi o jogo do inacreditável. O Brasil vencia o Aimoré até os 43 minutos do segundo tempo por 3 a 1 e acabou cedendo o empate em um minuto e meio. O empate em 3 a 3 deixou o Brasil na mesma posição em que começou a rodada, em 11º, muito perto da zona de rebaixamento. O alerta já ligou há muito tempo mas os resultados não chegam.

Podíamos aqui escrever mil e uma teorias sobre o que está acontecendo com o Brasil. Achar culpados, vilões e soluções. Mas essa quinta-feira foi extremamente longa e murrinha. A noite mal dormida depois de tudo que aconteceu ontem à noite na Baixada não nos anima a escrever muita coisa. Talvez amanhã, com um pouco mais de lucidez, tentaremos debater aqui no Blog o que está acontecendo com o G.E.Brasil. É um momento complicado que nós não estávamos preparados para passar. Mas temos que ter paciência e, principalmente, esperar alguma atitude por parte do clube, comissão técnica e elenco. Se nada for feito, não vai ser fácil.

Acompanhe o material multimídia da partida.

FICHA TÉCNICA

Brasil: Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Cirilo, Xaro, Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Galiardo), Ramon (Gustavo Papa) e Nena (Marcos Paraná). Técnico: Rogério Zimmermann

Aimoré: Alessandro, Diego Supert (Moacir), Cesar Lucena, Donato, Tiago Alemão (Arilton), Talyson, Elias, Mateus, João Henrique (João Artur), Danilo Goiano e Igor Nobre. Técnico: Abel Ribeiro

Gols: Nena, 24min1T, Ramon, 26min2T, e Marcos Paraná, 40min2T (B) – Mateus, 38min1T, Moacir, 43min2T, e João Artur, 44min2T (A)

Cartões Amarelos: Washington e Ramon (B) – Talyson, Arilton e Moacir (A)
Cartão Vermelho: Washington (B)

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Xavante e Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Matéria do Jornal do Almoço de Pelotas

 

Os gols da partida – Globo Esporte RS

 

Empate e gols perdidos em Vacaria

A primeira vitória no Gauchão 2016 parecia que viria na tarde desse sábado em Vacaria, mas o que veio foi mais um empate, em 1 a 1 com o Glória.

A partida começou muito igual com o Glória ditando o ritmo do jogo. O Brasil escapava nos contra ataques com Felipe Garcia e Diogo Oliveira, mas sem oferecer muito risco ao gol do Glória. Aos 34 minutos da primeira etapa, em um cruzamento de Ramon pela esquerda, Nena tentou cabecear no primeiro pau e na disputa de bola o árbitro Francisco Neto marcou pênalti. O próprio Nena foi para a cobrança e marcou. Antes do apito final da primeira etapa, Xaro foi na linha de fundo e cruzou na cabeça de Nena que cabeceou para fora mesmo sem goleiro. Uma grande chance perdida. Na primeira etapa o Glória pouco chegou ao gol de Eduardo Martini e fomos para o intervalo com o 1 a 0.

Na segunda etapa o Brasil voltou com a mesma postura, jogando no contra ataque. Aos três minutos, em grande jogada de Diogo Oliveira, o maestro Xavante deixou Ramon na cara do gol. O atacante chutou em curva, tirando do goleiro, mas a bola passou raspando a trave e foi para fora. Mais uma grande chance para poder abrir dois gols de vantagem. O Glória ia aos poucos se jogando para o ataque e o treinador Rogério Zimmermann realizando substituições para fechar o meio-campo. Saíram Ramon, Diogo Oliveira e Felipe Garcia para a entrada de Galiardo, Márcio Hahn e Marcos Paraná. Quando o Brasil se armava para garantir a vitória, Cleiton chutou de fora da área e Eduardo Martini deu rebote. O próprio Cleiton pegou o rebote e dentro da área foi derrubado por Teco. Um pênalti claro. Paulista cobrou e empatou a partida. O Brasil ainda teve uma chance de vencer a partida em um contra ataque. Marcos Paraná lançou Márcio Hahn que sem velocidade foi desarmado por Luanderson. E assim terminou a partida, 1 a 1.

O resultado não foi bom devido as chances de gols desperdiçadas pelo Brasil. Foi mais um jogo, assim como contra o Cruzeiro e Ypiranga, em que o Brasil perdeu a chance de levar três pontos para a Baixada.

Passamos por um momento de muitas dúvidas e incertezas, pelo menos por parte da torcida. Nos últimos anos nos acostumamos a levar poucos gols e nessas quatro primeiras rodadas já foram seis gols sofridos. Os resultados em si não são tão ruins, perdemos para o Grêmio jogando em Caxias e tivemos três empates, sendo dois fora de casa. O problema é o rendimento do time. Hoje o jogo foi na base do balão. Diogo Oliveira foi o único lúcido que tentava colocar a bola no chão. Na defesa o lado esquerdo segue sendo o caminho dos adversários. Xaro e Teco não se acertaram na marcação nesse Gauchão. Teco, aliás, está longe de ser o Teco da Série C. Não sei o que acontece com o zagueiro, se ele tem algum problema particular que vem afetando o seu desempenho ou se o time que não vem ajudando. Mas está longe daquele zagueiro que fez uma ótima Série C. Na defesa, o destaque tem sido Leandro Camilo, sempre muito firme e bem posicionado. Os nossos volantes parecem que sempre estão atrás dos adversários. Hoje Washington abusou de errar os botes. Chegava sempre atrasado. O nosso capitão errando muito passes. Outro fator que parece estar afetando o nosso desempenho é o preparo físico. Os três jogadores que foram substituídos hoje saíram por cansaço. Chegamos na metade do segundo tempo e o rendimento cai muito. Lógico que estamos no início da temporada, mas comparando aos anos anteriores, o time parece bem mais cansado.

Como foi falado acima, o momento é de dúvidas e incertezas. Não temos como justificar o mal desempenho do time em campo. Somente quem sabe o que está acontecendo são os jogadores e o treinador Rogério Zimmermann. Nós, torcedores, ficamos no achismo. Só esperamos que o ritmo de jogo volte ao normal o quanto antes, para que não tenhamos sustos nesse Gauchão.

A próxima partida é contra o Lajeadense, em Lajeado, no próximo domingo às 19:30h. É a chance de conquistarmos os três pontos e, principalmente, voltarmos a jogar bem.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Teco, Xaro, Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia (Marcos Paraná), Diogo Oliveira (Márcio Hahn), Ramon (Galiardo) e Nena. Técnico: Rogério Zimmermann.

Glória: Rafael, Jhon Lennon, Danilo, Alisson, Márcio Goiano, Luanderson, Elyeser (Vinicius), Cleiton, Leandro (Paulista), Calyson e Giancarlo (Germano). Técnico: Clemer.

Gols: Nena 34′ 1º tempo; Paulista 33′ 2º tempo.

Cartões Amarelos: Wender, Teco e Diogo Oliveira (GEB); Alisson, Luanderson e Simão (GLO).

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Os gols da partida – Imagens do canal PFC e áudio da Rádio Pelotense