Arquivo da tag: portuguesa

Muito difícil | Ivan H. Schuster

Minhas companheiras e companheiros de arquibancada, não está fácil. Dou-lhes minha palavra que estou tentando com todas as forças, mas não estou conseguindo. Tento prestar atenção no que faço, policiar-me, cuido de cada gesto ou palavra, mas a verdade, bem verdadeira, é que tenho fracassado. É muito mais forte do que eu. Desculpem-me, mas não consigo. O fato é que está muito difícil ser humilde. Não dá. Chega a ser injusto ser Xavante. Que momento!

Podem espernear, chorar, tirar as calcinhas e sapatear em cima, mas não há como negar: o GEB sobra em campo. Não é sorte ou acaso, é competência. Não tem para ninguém. Se quiserem nos enfrentar, que venham fechadinhos, na retranca, buscando um glorioso 0x0. Mesmo assim, o sucesso da empreitada não lhes será garantido. Se levantarem a crista e quiserem vir para o confronto, preparem-se, vão levar pranchaço nas ancas. Perguntem para o time da padaria. A estas horas devem estar colocando compressa quente nos quartos, de tanto chinelaço que levaram.

Tento ser uma pessoa boa. Procuro fazer o que é certo, preocupo-me em verificar se minhas ações estão prejudicando alguém e fico revoltado com a desigualdade econômica e social existente no mundo. Também me comove o sofrimento e desespero de almas polenteiras e lobobonas sofridas pela situação de seus times. Penalizo-me com a situação deles neste momento de glória do Xavante. Está bem, isto é mentira. Não consigo ser tão bom assim. Que chorem e chafurdem eternamente no limbo das almas penadas. É bom ser Xavante.

O GEB não fez a melhor das suas apresentações – o Xavante não joga, apresenta-se. Acho que o bom time da Portuguesa foi bem superior, principalmente no primeiro tempo. Tiveram mais posse de bola, forçaram mais no ataque e dominaram no meio de campo, mas o GEB foi mais eficiente. No primeiro tempo tentamos três vezes – que paulada do Felipe Garcia! – e fizemos duas. O segundo tempo foi consequência do primeiro. O confronto já estava definido. Portuguesa desesperando-se e o GEB jogando de forma segura e inteligente.

Sólido. Para mim, esta é a melhor palavra que define o time atual do GEB. O time é compacto, resistente e difícil de ser penetrado. Não temos estrelas, embora a estrela do Leandrão esteja brilhando muito. O Xavante é conjunto, é coletivo. Sai um, entra outro, e a pegada é a mesma. Não há alteração de ritmo e intensidade. Não bastasse este entrosamento dentro de campo, ainda tem nas arquibancadas uma torcida respeitada por todos, admirada por muitos, invejada por alguns, mas, superada por nenhuma outra. Que maravilha! Tem que olhar, para aprender …

Fala sério, está difícil, muito difícil. Que semana que teremos …

Abs.

E quem segura esse Brasil?

Quando achamos que o time do Brasil talvez possa estar no seu limite técnico e físico, desgastado por conta de alguns desfalques e abalado depois de uma semana conturbada de muitas sondagens à jogadores e treinador, o time vai pro jogo para defender a liderança e patrola a Portuguesa. Um baile. A vitória por 4 a 1 é muito contundente. Que momento é esse que vive o Brasil? Quem explica? Talvez nem mesmo o Rogério Zimmermann consiga. Obviamente que o árduo trabalho diário é o grande responsável junto a um excelente grupo de jogadores e comissão técnica. Mas impressiona o ritmo de jogo e a facilidade com que o Brasil venceu a Portuguesa na noite dessa segunda-feira. Portuguesa que há dois anos atrás estava na Série A.

Com 10 segundos de jogo o Brasil já mostrava o que seria a partida. Na saída de bola Felipe Garcia saiu na cara do gol e soltou um canudo. O goleiro Tom fez grande defesa. Aos 18 minutos, após aquela “manjada” jogada de cobrança de lateral dentro da área, Bolivar afastou a bola para a entrada da área e Brock pegou de primeira. Um petardo. Dessa vez o goleiro Tom nada pode fazer, 1 a 0 pro Brasil. A Portuguesa tinha maior posse de bola e controla melhor o jogo na primeira etapa, mas pouco chegava à meta de Eduardo Martini. Quando parecia que o primeiro tempo terminaria no um a zero, aos 46 minutos Brock cobrou escanteio e Leandro Camilo testou na trave. No rebote Felipe Garcia cabeceou em direção ao gol e Washington completou para as redes, também de cabeça. Era o segundo gol que daria maior tranquilidade para o segundo tempo.

A segunda etapa começou com o Brasil em cima. Logo à 1 minuto e meio Márcio Jonatan foi lançado por Brock e chutou em curva na trave. No rebote Leandrão colocou pra dentro. Foi o décimo gol do artilheiro da Série C. O placar de 3 a 0 daria uma grande tranquilidade ao Brasil para jogar o restante da partida, mas a Portuguesa queria estragar o sossego Xavante. Aos 5 minutos Guilherme Queiroz recebeu na entrada da área e chutou de esquerda, no canto esquerdo baixo de Martini. Descontava a Lusa. Será que o time paulista buscaria uma reação? Bem capaz. Sem dar tempo de pensar em reagir, Leandro Camilo marcou o quarto gol do Brasil aos 9 minutos após cobrança de escanteio que Leandrão raspou de cabeça no primeiro pau. Gol muito merecido para o Leandro Camilo. Ele buscava esse gol há muito tempo. Vinha esbarrando na trave e nos milagres dos goleiros, mas dessa vez, de carrinho, a bola entrou. Depois do quarto gol o Brasil ainda desperdiçou algumas chances de gols. Leandrão tentou de cabeça, de letra e por cobertura no goleiro, mas a bola não entrou. O jogo estava totalmente dominado pelo Brasil e assim terminou, 4 a 1.

Com a vitória o Brasil chegou aos 23 pontos e abriu oito pontos do quinto colocado e três do segundo colocado Tupi. A próxima partida é contra o Guaratinguetá, em Curitiba, no próximo sábado, às 11 horas.

Há de se destacar a torcida do Brasil na partida de hoje. O estádio não apresenta as melhores condições para receber o torcedor mas a torcida vem dando resposta. E hoje foi lindo de ver o estádio todo cantando nos últimos minutos de jogo. O torcedor está de parabéns e precisa cada vez mais tomar consciência de que ele é parte da engrenagem que vem levando o Brasil a todos esses resultados. Se hoje temos o melhor ataque, o artilheiro e somos os únicos invictos nas Séries A, B e C, grande parte desse sucesso é a torcida do Brasil. Portanto aproveite, torcedor Xavante. Curta esse momento e siga apoiando todas as ações que o clube vem fazendo. Lá na frente alcançaremos o sucesso e você será parte disso.

E a pergunta que não quer calar: Quem segurará esse Brasil?

Vamos com tudo, Xavante!

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Fernando Cardozo e Brock; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia e Diogo Oliveira(Marcio Hahn); Márcio Jonathan(Galiardo) e Leandrão(Nena). Tec: Rogério Zimmermann.
Portuguesa: Tom; Jonathan, Bolivar, Luan e Julinho; Anderson, Renan e Victor Bolt; Guilherme Queiroz, Dieguinho e Hugo. Técnico: Estevam Soares.
Gols: Brock aos 18′ 1º tempo, Washington aos 46′ 1º tempo, Leandrão aos 2′ 2º tempo e Leandro Camilo aos 9′ 2º tempo (Brasil) e Guilherme Queiroz aos 5′ 2º tempo.

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante


Melhores Momentos – Esporte Interativo


Chegada dos jogadores no estádio Bento Freitas – Imagens gebTV

 

Nenhum, sou Xavante! | Ivan H. Schuster

A verdade verdadeira, é que nos apresentamos muito bem nestas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro 2015 / Série C – gosto de colocar o nome inteiro só para zoar com os secadores que andam bisbilhotando por aqui. Foram, provavelmente, as duas melhores apresentações em sequência desta segunda era Zimmermann.

Pausa no texto. Por falar no nosso comandante, parabéns Rogério Zimmermann pelo excelente trabalho até aqui realizado nestes três anos frente ao Esquadrão Xavante e muito obrigado por todos os grandes momentos que vivemos juntos. Entenda-se aqui como sendo nós, tu, comissão técnica, dirigentes, funcionários e a Torcida Xavante, onde me incluo. Só não deu para agradar aqueles que não citamos os nomes (dá um azar danado) e que hoje chafurdam no lodo do excremento esportivo ou estão a caminho dele. Fim da pausa.

Fomos bem até aqui, mas não ganhamos, dirão os da turma dos instrumentos de sopro. É verdade. E também é verdade que os nossos dois adversários choram de ruins. O time dos papos é só isso mesmo, muito papo e pouco futebol. Já a Lusa, coitada, dá pena de ver um clube com tanta tradição sofrendo desta forma. Foram quatro pontos importantes que deixamos de marcar. Não acompanhei nenhuma partida dos demais adversários, mas acredito que não podem ser piores do que foram estes dois que enfrentamos. Para serem considerados ruins, ainda terão que melhorar. E muito.

E aí? Estamos encrencados, o GEB já era, seremos rebaixados, volta Suca, Beto Almeida, …? Claro que não. Muita calma nesta hora. Preocupado eu estaria se tivéssemos feito uma apresentação pífia, sofrível e tivéssemos ganho com um golzinho espírita. Estaríamos com seis pontos, certo, mas por quanto tempo? Como ter confiança para as próximas apresentações? Da forma como nos apresentamos, uma coisa é certa, dá para acreditar, dá para confiar e, certamente, vale a pena ir conferir. Em décadas, podemos finalmente dizer, temos um time competitivo. E não para uma Copinha, mas para um Campeonato Brasileiro (chorou?).

Dos novos Guerreiros que vi em campo, gostei bastante do Xaro. O gol da Lusa foi nas costas dele. Falhou, mas faz parte. Se ninguém falhar, não sai gol (Ivan, O Filósofo). O importante é que apoia bem, tem bom cruzamento, chuta forte, volta para marcar e tem um fôlego enorme. Como disse um destes sábios do futebol, “parece que tem dois pulmões”. Leandro Camilo entrou bem. Gostei da presença dele na área nos escanteios. Tem boa impulsão e sabe se colocar. Ainda nos dará alegrias. Leandrão ainda não encontrou o seu espaço. Mas este é conhecido e sabemos que sabe jogar. Na real, falta mais entrosamento a todos os novos. Questão de tempo. O time evoluiu bastante.

Preocupação continuo apenas com uma, o Caldeirão e as nossa condição financeira. Tá certo, duas preocupações. Mas que também são uma, pois se confundem e uma vira causa e consequência da outra. Em duas semana haverá uma parada no campeonato para a realização da Copa América. Se por um lado nos dará tempo para acertamos as “pendengas” em relação ao Bento Freitas, por outro, será um mês sem apresentações e, portanto, sem receita de bilheteria.

Fica o apelo: não abandonem o GEB nesta hora. O clube precisa que todos permaneçam sócios e com as mensalidades em dia. É a hora da verdade. É neste momento que os verdadeiros Xavantes se diferenciam dos oportunistas e daqueles que só vão nas boas. Ser torcedor do Barcelona, assistindo as partidas sentado com a bunda gorda na almofada fofa do sofá, tomando cerveja gelada e comendo salgadinho de colesterol é fácil. Não te diferencia em nada e nem agrega coisa alguma ao currículo. Ser diferente, ser único, ter grife, ter luz própria é ser Xavante e apoiar o clube e o time, sempre. É fazer o clube ser do tamanho que sempre sonhamos. É saber que o maior retorno, a maior vantagem é poder dizer com aquele sorriso irônico e ar de superioridade ao ser questionado para qual clube torces, Grêmio ou Inter, e responder: “Nenhum, sou Xavante”!

É bom ser Xavante!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

Grande jogo e mais um ponto somado

vs_portuguesa002

Era um sábado a noite, estádio do Pacaembu e um jogo contra um tradicional clube do futebol brasileiro. O G.E.Brasil fazia a sua segunda partida pelo Campeonato Brasileiro da Série C. E que partida do Xavante!

O placar de 1 a 1 não foi nada justo. O Xavante deu um banho de bola na Portuguesa. Não temos os números, mas com certeza o Brasil teve mais de 70% de posse de bola durante os noventa minutos. Jogando com a bola no chão, sem balão, o Brasil criou inúmeras oportunidades de gols mas não soube converte-las. A Portuguesa abriu o placar, em uma de suas poucas chegadas durante a partida, logo aos três minutos de jogo. Depois disso só deu Brasil. Teve bola na trave, lance duvidoso de pênalti em cima de Wender e cobrança de falta perigosa de Xaro. Isso só na primeira etapa. Na segunda etapa o Brasil voltou com o mesmo espírito, esmagando a Portuguesa. E o gol de empate veio com Xaro num golaço. O lateral-esquerdo recebeu na linha de fundo pela esquerda, deu um corte no lateral da Portuguesa e soltou uma bomba de pé direito. Na gaveta. Um baita golaço. Depois disso o Brasil seguiu em busca do segundo gol. Alex Amado tinha espaço e ia criando boas jogadas com o maestro Diogo Oliveira. Mas o gol da vitória não veio. Foi mais um ponto somado.

O volume de jogo que o Brasil vem apresentando nessa Série C já cria boas expectativas para o torcedor rubro-negro pensando no restante do campeonato. Precisamos apenas melhorar nas finalizações e continuar nesse ritmo que brigaremos por uma das quatro vagas do grupo.

Indiferente do placar do jogo, é legal demais ver o Brasil jogando em um dos maiores estádio do país e contra um clube de muita tradição no futebol nacional. Esse grupo está fazendo história no clube e proporcionando esses grande momentos à torcida Xavante.

O próximo jogo do G.E.Brasil é contra o Guaratinguetá no próximo domingo, às 16 horas, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.

VÍDEOS

Lances da partida – Blog Xavante

O gol – geBTV

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM