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Uma noite para ser esquecida

Por Marcelo Barboza

Tudo levava a crer que hoje seria uma grande noite para a torcida Xavante na partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Foram dez dias treinando com praticamente todo elenco à disposição, o gramado foi recuperado e ficou um tapete e até o frio nos ajudaria, já que o adversário era o Sampaio Corrêa, que jogou na quarta-feira em São Luiz com 32° nas costas. Mas a noite foi bem diferente da expectativa.

O primeiro tempo começou com o Brasil em cima. Já aos 50 segundos, o goleiro Andrei rebateu um cruzamento de Sciola em cima de Michel. A bola bateu no camisa 9 e quase entrou. O Brasil tinha total controle da partida nos 15 primeiros minutos e o Sampaio Corrêa fechado. Mas quem abriu o placar foi o time maranhense. Aos 16 minutos, em cobrança de falta na área, Fredson cabeceou sozinho na pequena área sem chance para Marcelo Pitol. O zagueiro maranhense conseguiu se antecipar à Rafael Vitor, que ficou perdido na jogada.

A partir do gol, o Brasil entrou em colapso. Teve contra ataque com seis jogadores do Sampaio contra dois defensores nossos, teve Heverton derrubando Leandro Leite e a bola sobrando nos pés do atacante Carlão e Pitol salvando, teve de tudo um pouco. Mas tudo contra. A favor, Michel teve uma boa chance da entrada da área, mas ele bateu de esquerda para longe. Lourency chegou a marcar um gol mas estava em posição de impedimento.

E quando todos esperavam o fim do primeiro tempo para poder ajeitar o time no intervalo, teve outro cruzamento da direita e Heverton acabou marcando contra, aos 45 minutos.

Na segunda etapa Clemer já voltou com Luiz Eduardo e Kaio no lugar de Michel e Welinton Júnior. O Sampaio já jogava retrancado no primeiro tempo, no segundo voltou ainda mais fechado. Mesmo com o jogo de ataque contra defesa, o Brasil só conseguiu chegar ao seu primeiro gol aos 16 minutos em cobrança de escanteio de Itaqui, onde Éder Sciola subiu no segundo andar e de cabeça mandou a bola para a rede. O terceiro gol do lateral na Série B.

Quando parecia que o Brasil iria pra pressão, o time não conseguiu criar a pressão suficiente para concluir. A posse de bola era gigante, mas a qualidade para o arremate no gol não era o suficiente. O Brasil voltou a chegar em outra bola parada, onde teve um bate rebate dentro da área e a bola caiu nos pés de Valdemir, que havia entrado no lugar de Lourency. Valdemir dominou e tentou tocar no canto esquerdo do goleiro Andrei, mas acabou tirando demais e chutou para fora. Foi a melhro chance do Brasil após o gol de Sciola. No resto do segundo tempo foi muita posse de bola e nenhum chute perigoso no gol. O goleiro do Sampaio não fez nenhuma grande defesa na partida inteira. Assim, o Brasil perdeu a sua primeira dentro de casa.

Com a derrota, o Brasil entrou na zona de rebaixamento, caindo para a 17ª colocação. A próxima partida será contra o Londrina também na Baixada, no dia 26, sábado, às 16:30h.

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Melhores momentos

Brasil empata com o lanterna no Maranhão

Na sua segunda partida consecutiva no nordeste do país, o Brasil foi ao Maranhão enfrentar o lanterna da competição, Sampaio Corrêa, e empatou em 1 a 1.

Do time que perdeu por 3 a 0 para o Ceará na terça-feira, Rogério Zimmermann manteve apenas o goleiro Eduardo Martini e a dupla de zaga Leandro Camilo e Teco como titulares. Os demais jogadores foram poupados da forte sequência de jogos que o Brasil vem enfrentando nessa Série B. Mas mesmo com alguns jogadores considerados reservas, o Brasil fez um bom primeiro tempo. Chegou com perigo com Marcos Paraná, que limpou o zagueiro na entrada da área mas escorregou na conclusão. Em outra chegada perigosa, Marcos Paraná lançou Nathan dentro da área mas o goleiro Rodrigo fez bela defesa nos pés de Nathan. A melhor chance de gol do Brasil foi em uma cobrança de escanteio de Brock. Na bola alçada na área, Marcão cabeceou a bola pro chão e acabou estourando no travessão, no rebote Nathan cabeceou para dentro da área e Leandro Camilo tentou finalizar com a cabeça e com o pé mas a zaga maranhense cortou. Um lance incrível. Novamente Marcos Paraná recebeu pelo lado direito do ataque Xavante, girou em cima do zagueiro, e chutou em curva para grande defesa do goleiro Rodrigo Ramos. Ainda na primeira etapa Nem arriscou um chutaço de fora da área e a bola passou raspando a trave direita do goleiro Rodrigo Ramos.

Na segunda etapa o Brasil começou criando situações de gol. Em chute de fora da área de Diogo Oliveira, a bola caiu nos pés de Nathan que tocou no canto esquerdo, mas o goleiro Rodrigo Ramos fez grande defesa e colocou para escanteio. Na cobrança do escanteio, Diogo Oliveira cruzou na área e a bola caiu no pé esquerdo de Nathan. O atacante Xavante tocou de primeira para o fundo das redes, abrindo o placar aos 16 minutos. Mas a alegria durou pouco. Aos 19 minutos o Sampaio Corrêa empatou a partida com um gol de cabeça do atacante Elias. Após o gol de empate do time maranhense, o Brasil sucumbiu. Já com Washington no lugar de Nem e Clébson no lugar de Diogo Oliveira, o Brasil não criou mais oportunidades de gol e sofreu com a pressão do time maranhense. Mas a defesa Xavante conseguiu segurar o impeto do Sampaio e o placar terminou mesmo em 1 a 1.

O resultado de empate jogando no Maranhão não é de todo ruim. Ainda mais após a grande sequência de jogos desgastante e o fato do Brasil ter ficado oito horas parado no aeroporto e ter chegado à São Luiz na madrugada. Porém o adversário era o lanterna da competição. Na primeira etapa foi notória a diferença na qualidade da saída de bola com Nem, Galiardo e Marcão. Marcão, aliás, foi o grande no do Brasil no jogo. Jogadores mais rápidos, com qualidade na saída de jogo. Na entrevista coletivo, Zimmermann disse que a saída de Nem já estava prevista para o intervalo e Galiardo pediu pra sair. Entraram Washington e Leandro Leite nos respectivos lugares. A partir daí o Brasil parou de atacar. Em um jogo desses, contra um time fraquíssimo, o Brasil tem que ir pra cima. Visivelmente Clébson entrou para cozinha o jogo. O meia que tem como maior característica ser agudo, pouco foi para cima da defesa do Sampaio, ficou cozinhando o jogo. Isso que não tem explicação. O medo de vencer que o nosso treinador possui é o que deixa a torcida irritada. E sabemos que terça-feira contra o Náutico, Washington e Leandro Leite estarão no time titular novamente. As desculpas serão diversas, cansaço, muitos jogos, jogadores que recém chegaram, mas Nem e Marcão não serão titulares por convicção de Zimmermann. Apenas por convicção e teimosia. Nos resta é esperar que toda essa teimosia resulte em algo. Foram-se dez rodadas e nada de um atacante de área. Gustavo Papa está machucado novamente, parece até piada. Renovamos contrato com um jogador que se machuca com frequência e agrega muito pouco quando entra. Alega-se que é bom de grupo. Mas então que contrate-o como auxiliar técnico, palestrante, motivador, sei lá o quê. Mas não podemos jogar uma Série B esperando que Gustavo Papa resolva algum jogo. Que se invista em um jogador novo, até mais barato que ele, mas que podemos ter um futuro com esse jogador. Temos toda a gratidão do mundo por ele, por tudo o que fez pelo Brasil, mas ciclos precisam ser encerrados. Ele não tem nada a ver com o jogo de ontem, mas situações como essas, de manutenção de alguns jogadores que claramente não estão rendendo, podem nos atrapalhar no objetivo de nos mantermos na Série B.

Mas o inaceitável é termos que jogar em Caxias do Sul os dois jogos mais difíceis do primeiro turno que teríamos em casa. Naútico e Bahia. A diretoria do Brasil sabia há vários meses que a liberação do estádio Bento Freitas era para apenas quatro jogos. O que a diretoria fez nesse período? Ficou contando que a CBF iria ceder e prorrogar a liberação. Com a óbvia negativa da CBF, o Brasil foi atrás da montagem das arquibancadas móveis quando já teria que estar com elas montadas, caso a CBF não prorrogasse a liberação. Mas não. Ficaram de braços cruzados contando com a sorte. É de um amadorismo sem explicação. É um tapa na cara da torcida do Brasil. Essa torcida que carrega esse clube até hoje, que sempre sonhou em ver grandes jogos no bento Freitas, agora terá que ver Naútico e Bahia pela tv, pois os jogos serão em dias de semana. É inaceitável. Porém ninguém fala nada. Ninguém vai no Bento Freitas cobrar explicação do presidente Ricardo Fonseca e do Armando Desessards.

Mas mesmo com tudo isso, vamos à luta. Apoiaremos até o fim e sempre acreditaremos num futuro melhor. Isso nos trouxe até aqui e é o que nos move.

FICHA TÉCNICA

Sampaio Corrêa: Rodrigo Ramos, Éder Sciola, Wagner, Luis Otávio, Rafael Estevan, Diego Lorenzi, Cleitinho (Rubens), Léo Gago, Jean Carlos (Waldir), William Paulista e Elias (Henrique). Técnico: Wágner Lopes.
G.E.Brasil: Eduardo Martini, Weldinho, Leandro Camilo, Teco, Brock, Galiardo (Leandro Leite), Nem (Washington), Marcão, Diogo Oliveira (Clébson Lima), Marcos Paraná e Nathan. Técnico: Rogério Zimmermann.
Gols: Nathan 16min2T (B); Elias 19min2T (S).
Cartões amarelos: Galiardo, Marcos Paraná e Brock (B); Léo Gago (S).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

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Melhores Momentos – Imagens PFC