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O bagão | Ivan H. Schuster

“Não dá bagão, não dá bagão”, gritava a plenos pulmões o aflito, angustiado e muito corneteiro Torcedor Xavante que estava a poucos metros de mim. Foi um primeiro tempo dos horrores, com uma apresentação pífia, sofrível, desesperadora. Pouco futebol e muito desacerto. Vínhamos bem até tomarmos o primeiro gol, o do empate. A partir daí, fiquei com a impressão que o time entrou em pânico, como nunca antes havia acontecido neste campeonato. O segundo tempo foi um pouco melhor. A bola andou um pouco mais – muito pouco – pelo chão. Foi menos “bagão” e mais passes. Tivemos melhores opções de jogo com a entrada do Felipe Garcia e do Cleverson.

Entendo que o Felipe Garcia está merecendo lugar no time como atacante. Ao meu ver, é o único com velocidade. Estamos sem contra-ataque. Sem o Garcia o time fica lento, sem opção, a bola demora a andar. O Diogo Oliveira pega a bola e fica sem ter para quem passar, falta movimentação na frente. Aí a bola volta para os volantes e acontece o “bagão”. Normalmente há a opção de saída com os laterais, mas ontem estavam bem marcados. O time Xavante travou e, pressionado pelo resultado adverso, optou pelo “bagão”.

Chegamos a uma situação que exige atenção. Muita atenção. Vínhamos bem, de certa forma até tranquilos, mas perdemos pontos importantes em casa que não poderíamos ter perdido. Futebol tem disso. Quem não consegue aguentar o tirão que fique em casa, assistindo pela TV – sim, estamos na TV – ou sofrendo no radinho.

Não concordo com as vaias ouvidas. Poucas, é verdade, mas vaias. Acho que de nada adianta eleger um culpado. Até porque vaiar um atleta ou a equipe inteira em nada melhorará o desempenho individual ou coletivo, muito pelo contrário. Vaia é fogo amigo. Se vaia resolvesse mau desempenho, acredito que ouviríamos muita vaia feminina durante as noites. Pensem nisto, vá que a moda pegue… A hora é de seguir fazendo o que sabemos fazer de melhor, apoiar e incentivar.

Por mais que tenhamos certeza sobre a atuação do time ou algum atleta em específico, o melhor a fazer é continuar acreditando no trabalho que vem sendo feito e que já deu inúmeras provas de que é bom, muito bom. Conheço clubes que costumavam se vangloriar de conquistas e momentos gloriosos futuros, os quais nunca chegaram. Até mesmo tiraram passaporte para jogar a Champions League. Deu no que deu. O trabalho que vem sendo realizado no Bento Freitas não é de promessa, mas de resultado. Resultado este já provado e comprovado. Acreditemos, pois.

Falando em resultado, gostaria de deixar registrado o bi-rebaixamento dos Polenta neste ano de 2015. Será que igualarão o recorde de participarem de um campeonato inteiro sem conseguir, ao menos, uma única vitória? Fortes emoções. Que momento! Vai ser bonito ver o espetáculo visual proporcionado no confronto entre a torcida das sombrinhas e a turma da Xuxa. Uns oito cantando sem nem saber o quê, com um acompanhamento monocórdico e balançando sombrinhas. Do outro lado, uns cinco batendo palminhas e fazendo passinhos. Que lindo! #SóQueNão.

Para encerrar, aproveito esta data comemorativa dos 104 anos do Grêmio Esportivo Brasil para registrar os parabéns para todos nós, Xavantes, que juntos fizemos este clube cada vez mais humano, sanguíneo, alegre e cheio de paixão e emoção. E que mesmo sem conquistas de grandes títulos, sem arquibancadas e sem grandes recursos financeiros, chama a atenção e é tido como exemplo até mesmo para os grandes. Ser Xavante não é para qualquer um! Aceitem que dói menos.

Abs.

Líder | Ivan H. Schuster

Nunca antes na história deste pobre e sofrido coração Xavante havia presenciado uma virada como esta que ocorreu neste domingo, frente a boa equipe do Londrina/PR, pelo Campeonato Brasileiro 2015 – Série C.

Estávamos perdendo até os 42 minutos do segundo tempo. Eis que Leandrão ilumina-se e, em cinco minutos, marca três – eu disse TRÊS – gols para o Xavante. Encerra-se a apresentação com 3×1 para o clube da Maior e Mais Fiel Torcida do Interior do RS. Chora secador! Sofre Polenteiro!

Para mim, a apresentação mais emocionante de todos os tempos que assisti foi o Bra-Pel dos 9×11. Inesquecível! Acredito que quando eu estiver no meu mais alto comprometimento em decorrência do Alzheimer, mesmo assim, lembrarei daquela vitória. Está registrada como a vitória da dedicação e do comprometimento, contra a arrogância e a soberba. Nada mais foi igual depois daquele dia. Ali, ficamos sabendo que o impossível era possível. Aprendemos que a vontade e o trabalho sério superam qualquer adversidade. É um daqueles momentos que marca a história, que forja o caráter de um clube.

Ao meu ver, a apresentação deste domingo não supera aquele longínquo Bra-Pel em termos de emoção e importância, mas ficou muito perto. Virar um placar que era adverso até os 42 minutos do segundo tempo, fazendo três gols, não é algo que se vê todo o dia. Ainda mais em uma competição nacional e frente a um dos clubes da ponta da tabela. Para isto, precisa ter um grupo coeso, unido, ciente de sua potencialidade e seguro de si. Em momento algum vimos o time Xavante esmorecer, desistir, apelar para a violência. Tal qual um martelo malhando no ferro em brasa, fomos batendo, batendo, até atingirmos o nosso objetivo. Achatamos eles. Que momento! Fico aqui imaginando o desespero dos secadores. Chega a dar pena, ou não. Chorem, sofram, que nós estamos festejando.

Recado para alguns Torcedores, aqueles que sentaram, murcharam e até já cornetavam: tenham mais fé, acreditem mais. Estamos em um novo momento. O Xavante tem um time de qualidade, experiente, maduro e que não se entrega. Temos uma equipe muito competitiva. Só não vê quem não quer. Estou animado. Avante!

A nota ruim foi ver um torcedor do Londrina achar que estava provocando a Torcida Xavante imitando um macaco. Cara, vou te dizer uma coisa, do fundo do coração: tu és um babaca, um imbecil. Não tenho raiva, mas pena de ti. Pena da tua incapacidade de torcer para o teu clube, ou mesmo de provocar a torcida adversária, sem ter que recorrer a uma baixaria destas. Pena de ti, sim, que estás com a imagem da tua babaquice sendo mostrada para o mundo. Pena dos teus pais, que finalmente saberão o filho acéfalo que geraram e criaram. Pena dos teus professores, que fracassaram na tua formação. Pena pela decepção de todos os que te tinham como amigo, que se iludiram, achando que eras um cara legal, e agora sabem quem realmente és, um escroto, um idiota, um racista. Caiu a tua máscara, babacão.

Fora esta imagem lamentável, o resto é só alegria. Que domingo! Gol do São Gabriel!

Uh, caldeirão!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

Brustolada | Ivan H. Schuster

Al primo canto, neste domingo, dia 7 de junho, a Xavantada preparou-se para mais uma apresentação Xavante – o GEB não joga, apresenta-se. O palco, desta feita, um velho conhecido, o estádio Centenário, em Caxias do Sul. Vai longe o tempo em que se apresentar na terra da polenta, do galeto e do vinho trazia tremores nas pernas. Hoje, além da boa gastronomia e da confraternização com os Xavantes que por lá vivem, o que sobressai é a expectativa sobre de quanto venceremos, pois o show e a vitória são quase uma certeza. Chora polenteiro, o teu sonho acabou …

Da apresentação em campo, nem irei comentar. A superioridade foi total. Para mim, sabe-se que um time está maduro quando ele consegue controlar a partida, quando administra a posse de boa. A sua e a do adversário. Sim, fizemos isto ontem. Pressionamos, tocamos bola, aceleramos, acalmamos, tudo de acordo com o nosso interesse. Em alguns momentos, deixamos os Polenta terem a posse de bola e ficarem com a falsa impressão de estarem dominando as ações, quando, na verdade, estávamos preparando o bote fatal. O golpe de misericórdia até veio, com um golaço do Nena, anulado ainda não sei por qual motivo. De onde eu estava, pareceu-me tudo perfeito. Felizmente não fez falta, cozinhamos eles até o apito final com o tradicional show apoteótico da Torcida Xavante, para a inveja dos gringos. Tem que olhar, para aprender …

Até aqui foram oito pontos conquistados em doze disputados, com a ressalva das apresentações Xavantes terem sido todas longe de casa. Não é pouca coisa. Por exemplo, é muito melhor do que tomar três do São Gabriel e garantir vaga de forma antecipada na Segundona 2016. Como diria um amigo meu, dinheiro não traz felicidade, mas é muito melhor ser rico e com saúde, do que pobre e doente. Eu, eu, eu, o Lobo se … deu mal (se é que me entendem).

Por falar em dinheiro, soube ter havido uma reunião do Conselho do co-irmão quando da decisão sobre se seguiriam alugando o Salão de Festas para as nossas apresentações ou não. A negativa obteve vitória pelo expressivo placar de 9 x 3. Isto mesmo, um total de doze votantes. Até na reunião do condomínio onde moro tem mais gente. E são apenas sete residências. Resta saber se estes nove visionários que foram contra o aluguel – e com isto negarem a obtenção de necessários recursos financeiros, que possibilitariam a formação de um plantel de (bem) melhor qualidade – irão apresentar seus nomes e pedirem desculpas a todos os demais torcedores por terem usado o orgulho e a soberba ao invés da razão no processo decisório. Isto sem falar no machão aquele que foi bater no presidente. É, também acho que ficarão escondidinhos. Nesta hora ninguém aparece e ninguém é culpado. Pior, devem estar passando a sacolinha para fecharem as contas. Chora!

Polenta e Lobão, na segunda divisão! Que momento! Acho que até deveríamos solicitar à BM espaço para a Torcida Xavante neste grande clássico. Para quem torceríamos? A favor de nenhum e contra os dois. Iríamos lá só por diversão, para dar pressão no juiz para expulsar uns três de cada lado. Já imaginaram, uma parte da arquibancada isolada para uma terceira torcida? Pelo menos haveria alguém na arquibancada, porque vai ser uma peleia dura. Dura de se assistir. Que loucura! Pode seguir chorando, ajuda a aliviar a dor.

Agora pararemos por algumas semanas. Ainda não entendi porque a Série C do Campeonato Brasileiro tem que ser interrompida em decorrência da Copa América. Como é decisão da CBF não dá nem para querer entender. Talvez nem eles saibam porque. A notícia boa é que aumentaram as chances de voltarmos a atuar na nossa casa. Sem os interesses privados e escusos que envolviam o processo de liberação, que prevaleça o bom senso.

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

Uma orquestra | Ivan H. Schuster

Meus amigos e companheiros, supremacia é a melhor palavra que encontrei para descrever a apresentação Xavante no dia de ontem no Estádio do Vale. Foi de aplaudir em pé, chorando quietinho. Exagero? Talvez, mas foi sensacional. Ouso dizer que a apresentação de ontem foi o ápice do que podemos fazer. É o máximo que o grupo pode dar. Se tivermos mais o que evoluir, avisa o Guardiola, Mourinho, Luis Enrique, Allegri e companhia para se prepararem, porque chegaremos.

Claro, precisamos dar um desconto porque o time do Guaratiguentá é ruim. Desculpem-me, não é ruim, é muito ruim. Só não tão ruim a ponto de perder para o São Gabriel/RS, mas bem ruim. Poderíamos ter feito 5 ou 6 golos e não seria injustiça. Acredito que a maioria dos times que estão participando deste Campeonato Brasileiro 2015 – Série C ainda estão formando seus grupos, porque a diferença de qualidade entre o GEB e os demais está muito grande. Ontem ainda assisti a Guarani/SP x Tupi/MG e digo-lhes que dá para encararmos eles sem medo de sermos felizes. Podem se arremangar que estamos prontos. Que abram a porteira e deixem o touro sair. Aqui o peido é seco.

Não, não estou de salto alto e nem é soberba. É fato. É realidade. Se vamos ser campeões, nos classificarmos ou se nem sequer conseguiremos nos manter na Série C, não sei. Como diria um daqueles filósofos futebolísticos, “em futebol a gente perde, empata ou ganha”, mas que temos muitos motivos para estarmos confiantes em uma boa campanha, isto temos. Não dá para negar que, nas três apresentações, o time Xavante sobrou em campo. Fomos muito superiores. Fizemos apresentações de gala. Algo muito próximo a uma orquestra sinfônica regida com maestria e competência.

Na minha modestíssima opinião, ontem, o Diogo Oliveira foi o melhor em campo. Jogou muito. Fez tudo o que sempre sonhamos que um camisa 10 viesse a fazer sob o Manto Xavante. Amadinho infernizou a zaga adversária, mais uma vez. Está impossível de segurar. Nena jogou para o time, fazendo o pivô e se deslocando, abrindo espaço para os que vinham de trás. Wender e Xaro, apoiaram muito e em alta velocidade. Os volantes e laterais do Guará não conseguiam nem anotar a placa. Os volantes e zagueiros Xavantes formaram um muralha. Os jogadores adversários chegavam ali e batiam com a cara na parede. Raras vezes (duas ou três) conseguiram ir adiante da intermediária Xavante. O capitão Leandro Leite foi absoluto. Leandrão ficou pouco em campo, mas mostrou o que se espera de um atleta do seu nível, fazendo a função que faz. Deu brecha, ele senta a botina. É gol Xavante! Tem faro de gol. Não gostei do Martini. Está apoiando pouco. Acho que tem que subir mais, ter mais presença na área. Sim, porque não dá para ficar recebendo sem jogar. Já que a bola não chega nele, que vá procurar outra coisa para fazer. Que momento! É nóis!

Como sempre, não dá para deixar de falar na Torcida Xavante. Com o palco alugado, distante 300km de casa, a Maior e Mais Fiel se fez presente em bom número e em grande estilo. Nota especial para a Xavabanda que foi até o Estádio do Vale musicar a apresentação Xavante. Destaque para os elementos do sopro. De trombone e trompete, até saxofone. Estes são os “corneteiros” que todo time queria ter, mas só o GEB possui. Algumas torcidas tem banda, charanga ou sei lá como chamam aqueles amontoados de desritmados fazendo barulho. A Torcida Xavante tem musicistas. Temo que um dia apareçam com um piano de calda ou uma arpa. Chora secador! Tem que olhar, para aprender. Parabéns Xavabanda, foram nota 10!

Com tudo isto acontecendo em campo, mesmo que distante do solo pátrio, não dá para deixar de pagar a mensalidade em dia. Não basta dizer que é Xavante, tem que mostrar a carteirinha e o recibo do mês quitado. Xavante de verdade é sócio e paga em dia. Não podemos deixar a chama apagar.

Para concluir, fica o aviso para o pessoal da Polentolândia: Rubro-negro vem aí!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS