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Tudo igual na primeira batalha

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Nena tentou mas a bola não balançou as redes. Foto: Paulo Rossi

E foram-se os primeiros noventa minutos da final do campeonato brasileiro da Série D. Brasil e Tombense não saíram do zero na noite do último domingo na Baixada. O jogo não foi dos mais bonitos e mais emocionantes como as decisões contra Brasiliense e Londrina. O time mineiro apresentou um ótimo toque de bola e um excelente jogo defensivo, dando muito trabalho para a equipe Xavante. Sem falar naquele goleiro maldito que saia do gol até em cobrança de lateral. Com dois bons laterais, as principais jogadas eram pelas extremidades, mas sem muita objetividade. Chegaram apenas duas vezes com perigo em duas bolas paradas. Já o Brasil fez o seu jogo de sempre, com uma consistência defensiva muito forte e tentando nas bolas paradas e em jogadas de velocidade de Alex Amado e Felipe Garcia, mas sem muito sucesso. E assim a partida terminou, sem gols.

Vale destacar a grande festa da torcida Xavante. Todos os ingressos foram vendidos e a festa na recepção do ônibus da delegação foi épica.

Agora ficou tudo para Muriaé, em Minas Gerais. Qualquer vitória ou empate com gols nos dará o título e um empate em 0 a 0 levará a decisão para os pênaltis. O Brasil perdeu Rafael Forster e Washington por terem recebido o terceiro cartão amarelo. Porém o time mineiro perdeu quatro jogadores por suspensão do terceiro amarelo. Está tudo em aberto.

A semana será de trabalho duro no Bento Freitas para acertar os detalhes e chegar em Minas com o time na ponta dos cascos. Temos feito grandes jogos fora de casa e dessa vez não será diferente. A torcida Xavante promete invadir Muriaé. Vários ônibus deixarão Pelotas já na sexta-feira e muita gente irá de avião. A expectativa é que cerca de 500 torcedores Xavante estejam em Muriaé.

Estamos muito perto de sermos campeões brasileiros. Vai ser difícil demais, isso vai. Mas lutaremos com toda a raça desse time e com a força da torcida nas arquibancadas. Vamos lutar por mais essa taça, vamos rubronegro, com garra e com raça.

VÍDEOS

Chegada da delegação Xavante no estádio

Matéria RBS TV Pelotas

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Universidade AM

Torcida Xavante na RBS TV

Na tarde da última sexta-feira a torcida do G.E.Brasil foi até a RBS TV de Pelotas participar ao vivo do Jornal do Almoço e do Globo Esporte para todo o Rio Grande do Sul. O capitão Leandro Leite e o treinador foram entrevistados e os torcedores que marcaram presença fizeram a festa. Acompanhe.

Jornal do Almoço

Globo Esporte

O matador de campeões

Xavante derruba mais um campeão estadual e está na final do Brasileirão da Série D

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Nena marca duas vezes e coloca o Xavante na final. Foto: Carlos Insaurriaga

Quando pensamos que esse time já nos deu todas as alegrias possíveis em 2014, ele vem e nos surpreende. Dessa maneira o G.E.Brasil está na final do Campeonato Brasileiro da Série D. E a campanha não foi daquelas aos trancos e barrancos, na sorte. Vencemos o campeão paulista (duas vezes), eliminamos o campeão do Distrito Federal e agora eliminamos o campeão paranaense. A campanha é irrepreensível. Digna de aplausos.

O jogo de Londrina já tinha clima tenso desde o fim da partida do Bento Freitas. Eles não estavam preparados para uma pressão tão grande como foi a primeira partida. Estão acostumados a times pequenos e sem torcida. Foram bem tratados em Pelotas e a meia dúzia de torcedores deles que compareceram também foram bem recebidos. Demos a eles o vestiário dos visitantes, como acontece com todos os adversários no Bento Freitas. Durante a semana, a imprensa de Londrina criava argumentos mentirosos para incentivar a torcida e o time deles. Davam como desculpas pela derrota na Baixada o fato do jogo ser a noite, a iluminação, a arbitragem e a pressão da torcida e do time do Brasil. O que tem de errado ai? Querem moleza? Vão jogar curling. O capitão deles disse durante a semana que só eles sabem o que passaram em Pelotas. Porra, o que aconteceu que ninguém falou nada? Só eles sabem? O que eles não esperavam era a derrota para um time do interior do Rio Grande do Sul. Soberba. Ponto.

Já na sexta-feira, ao Brasil chegar em Londrina, a várzea já começou. A torcida do Londrina fez foguetório durante a madrugada no hotel do Brasil. Mal sabem eles que isso é um baita incentivo para nós e o quanto isso dá azar. Nós sabemos muito bem disso. Já no sábado, ao chegar no estádio, o Brasil não foi direcionado ao vestiário dos visitantes, mas sim a um cubículo onde apenas seis jogadores conseguiam se fardar. Um lugar sujo e com total acesso de estranhos. Uma vergonha. Mal sabem eles, novamente, que isso foi mais um incentivo. Um ônibus da nossa torcida com o pessoal que foi de Curitiba teve três vidros quebrados por torcedores do Londrina. Felizmente ninguém se machucou. Grande parte da nossa torcida fazia churrasco nos arredores do estádio e isso deixou os londrinenses irritados. Achavam uma afronta. Coitados.

O clima de guerra instaurado pela imprensa paranaense e pela diretoria londrinense foi para dentro do campo. O time do Londrina começou o jogo visivelmente nervoso e violento, não conseguia chegar com tanto perigo ao gol Xavante. O Brasil chegava nos contra ataques. E em um deles o volante Washington deu belo passe para Felipe Garcia que deixou Nena na cara do gol. Golaço. Nena, tão zoado pela imprensa paranaense, tachado de ruim e lento, deixou o seu primeiro e correu para os braços da massa Xavante. Já no início do segundo tempo veio o tiro de misericórdia. Os trapalhões da defesa do Londrina entregaram uma bola nos pés do Alex Amado que passou para Nena e o camisa 9 Xavante chutou de primeira, indefensável. Não sei como essa defesa do Londrina ficou tanto tempo sem tomar gols na competição. Muito fraca. Levou cinco gols nosso em dois jogos. Depois do 2 a 0, a vaga já era nossa, era uma questão de tempo. O Londrina descontou aos vinte minutos com Diego Roque após lance de bola parada. Aos vinte e quatro minutos foi a vez de Silvio empatar a partida em total impedimento e em jogada de bola parada novamente. Eles, que falavam que nós só tínhamos como jogada a bola parada, marcamos duas vezes com bola rolando e eles na bola parada. Que coisa, não?

Após o gol de empate, Rogério Zimmermann saiu da área técnica para reclamar do gol impedido, ou passar instruções à equipe, não se sabe, e foi expulso pelo árbitro da partida. No trajeto para o vestiário, membros da comissão técnica do Londrina hostilizaram e agrediram Zimmermann. Os jogadores do Brasil viram a confusão e foram defender o comandante Xavante. Alguns empurrões e agressões por parte dos paranaenses deram início à confusão. Era um número impressionante de pessoas com camisa do Londrina que não tinham nada a ver com o jogo e estavam dentro do campo. Quando parecia que os ânimos tinham se acalmado, o cinegrafista Jeferson Kickhofel, da RBS TV de Pelotas, foi agredido covardemente por essa pessoas que ninguém sabe porque estavam ali. Jeferson filmava toda a confusão e dirigentes do Londrina queriam destruir o seu material de trabalho apagar o que ele tinha filmado. Nisso ele foi cercado por mais de dez pessoa do time paranaense, derrubado e agredido no chão. Nisso o goleiro Eduardo Martini viu que a situação estava feia para o cinegrafista da RBS e foi tentar apaziguar a confusão. Ao chegar no bolo, o goleiro Xavante foi empurrado e levou um soco na cara que o derrubou no chão. Aí fechou o pau. Jogadores dos dois times trocaram agressões e a polícia assistia a tudo de longe.

As imagens que já circulam pela internet mostram exatamente o que descrevemos. Essas pessoas com camisa do Londrina foram as responsáveis por toda a confusão armada. Depois que Martini caiu após levar o soco, foi ação e reação, auto defesa. Ninguém é santo em uma briga dessas. Amanhã as imagens da RBS TV de Pelotas mostrarão toda a verdade. Eles até danificaram o equipamento do cinegrafista, mas as imagens ficaram registradas e isso ninguém apaga.

Mas falando em futebol, dentro do campo, foi lindo o nosso Xavante dando de relho no Londrina. Toda a soberba dos paranaenses sucumbiram a cada gol do Nena, artilheiro da Série D e exterminador de tubarões. O desespero era visível na cara dos jogadores do Londrina a cada gol do Brasil. A vaga para a final era nossa. A festa após a partida foi tímida pois todos temiam pela segurança, tanto jogadores quanto torcedores. Os torcedores já nem estavam mais nas arquibancadas, já estavam em um barranco ao lado pois voavam pedras para o lado da nossa torcida vindas do lado dos paranaenses.

Agora estamos em uma inédita final de campeonato brasileiro. Nosso adversário será o Tombense, time novo, cria de empresários. Essa semana será demais para nós Xavantes. Curtiremos todo esse orgulho que sentimos por esse time e no domingo lotaremos o Bento Freitas. Lotaremos mais por agradecimento, por tudo que esse time, comissão técnica e diretoria vêm fazendo pelo nosso Grêmio Esportivo Brasil. Eles merecem.

Mas uma coisa é certa, vamos lutar por mais essa taça.

VÍDEOS

Os gols do Brasil (Imagens Luciano Rodrigues e áudio Rádio Pelotense AM)

Gols do Brasil – Vídeo da Assessoria de Imprensa GEB

Confusão durante a partida

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*capturados da Rádio Pelotense AM e Rádio Gaúcha

Alô Série C, chegamos!

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Torcida do Brasil comemora o acesso à Série C no Serejão. Foto: Blog Xavante

por Marcelo Barboza

Fiquei horas pensando no que escrever aqui e nada veio à cabeça. Ainda estou meio abalado com tudo que aconteceu nesse final de semana. Vira e mexe me encontro com os olhos marejados relembrando de alguns momentos vividos em Brasília. Seja dirigindo na rua, em minha mesa no trabalho ou em casa. A lágrima vem e a emoção toma conta. O que aconteceu em Brasília jamais sairá de minha memória e contarei à meus netos e bisnetos.

Não foi apenas um jogo de futebol onde o G.E.Brasil conquistou a vaga para a Série C do Campeonato Brasileiro. Toma emoção e raiva acumulada nos últimos anos foram extravasadas no Serejão, estádio do Brasiliense. Ano passado deixamos o inferno da segundona e esse ano jogamos um Gauchão quase perfeito. Mesmo assim faltava algo. Algo que nos foi tirado na mutreta do STJD, CBF e FPF em 2011. Lembrei do nosso Castelhano, que dizia que o Brasil tem obrigação de jogar competições nacionais pelo tamanho da torcida que possui. Lembrei de Belo Horizonte em 2009, do Acre em 2008 e dos anos que jogamos Gauchões para não cair. Lembrando de tudo isso, embarquei para Brasília no sábado a tarde com meu bruxo Thiago Nunes, com o qual dividi arquibancada em Itu e Palhoça e somamos seis pontos. Nos hospedamos no mesmo hotel que grande parte dos nossos amigos também estavam. Só deu tempo de chegar no quarto e descer para encontra-los. Compramos algumas cervejas para animar a conversa e começamos o pagode ali mesmo no hotel. O gerente do hotel, que filmava nossa bagunça, disse que enquanto ninguém reclamasse da nossa cantoria, poderíamos ficar ali. Pita arrebentando as cordas do banjo e Sid abraçado em sua cubana davam o tom. Lá pelas 23h o gerente apareceu, meio que contrariado, mas pediu para encerrarmos a bagunça. Carregamos as caixas de cervejas e nos abrigamos em uma pracinha perto do hotel. Lá o banjo e a cubana seguiram o baile. Com direito a volta olímpica e tudo. Nos imponentes prédios que rodeavam a praça, moradores abriam as janelas para olhar o nosso show. Tipo camarote. A polícia passou, sorriu e foi embora. Ali ficamos até às 3 horas da manhã.

Eis que o domingo chegou. O dia da decisão. A estação Concessionárias, em Águas Claras, foi tomada pela Xavantada. Uma coisa sem noção. Os seguranças do metrô filmavam e tiravam fotos daquilo que para eles era estranho e para nós tão comum de fazer, seja em Bagé ou Brasília. Invadimos. Três vagões foram lotados pela Xavantada com viagem direto no Serejão. É muita exclusividade. Nos arredores do estádio encontramos o pessoal que foi de busão, de Pelotas. Esses merecem todo o nosso respeito. Lá encontrei o Cristiano, vulgo Xirequi, um grande bruxo. Além da cara de cansado, dava pra ver o nervosismo dele. Ali encontrei outros vários amigos. E entre eles o Daniel Brahm, o homem do “toma seus merdas”, o meu ex-colega de ETFPel e parceiro de Blog Xavante. Enfim nos encontramos em um jogo do Brasil. Ali ficamos tomando uma gelada e curtindo os trinta e poucos graus e a baixa umidade de Taguatinga.

Entramos no estádio e recebemos a notícia que tínhamos cerveja à nossa disposição na Copa. Daquelas, com álcool, tá ligado? Ali eu vi que o domingo seria nosso. O jogo começou e o Brasiliense começava melhor. E rapidamente eles abriram um a zero com o Luiz Carlos. Achei cedo demais para levar um gol. Mas tudo bem, ainda estava no início. Mas ai o Luiz Carlos fez mais um e veio na nossa cara bater no peito e falar que ele quem mandava ali. Vontade de matar aquele gordo maldito. Quadrado que nem o Bob Esponja. Enquanto eu bufava de raiva, Alex Amado deixou o Nena pifado e ele guardou. Fui da raiva ao delírio em segundos. Isso é louco demais. Confesso que me faltou ar no intervalo, minutos depois do gol do Nena. A euforia foi ao extremo e não tenho mais idade para isso.

Na segunda etapa fiquei em pé atrás das arquibancadas, espiando o jogo e rezando para não irmos para os pênaltis. Nunca havia visto o Brasil ganhar uma disputa de pênaltis. A Copinha de 2007 e o Olímpico de 1996 vinham em minha cabeça. Quando o Martini defendeu aquela cabeçada do Luiz Carlos aos 43 do segundo tempo eu tive duas certeza, que aquele dia seria nosso e que quase me caguei. Já tinha aceitado os pênaltis. Xirequi, Vanessa, Bruna, Fura e Léo B preferiram não assistir aos penais. Ficaram de longe olhando pra mim e eu, no auge do meu apavoramento, ia informando a eles o que acontecera. Comecei com a má notícia do pênalti perdido pelo Nena. Depois quase me mataram quando o Martini defendeu um pênalti mas a bola entrou. Sai vibrando achando que ele tinha defendido. Mas tive que dar a má notícia novamente. Quando ficamos pela cobrança do Forster, quatro deles já estavam jogados no chão e apenas o Xirequi aguentava ficar em pé. Forster ajeitou a bola e eu me abracei em um senhor que estava sereno como um áureo-cerúleo de férias. Ele disse pra eu ficar calmo que o “Alemão” não ia errar. Forster partiu, para mim em câmera lenta, e guardou. Virei para trás e os cinco me olhavam. Depois disso lhes confesso que pouco lembro do que aconteceu. Lembro apenas de sair correndo, abraçar o Xirequi e quando me dei conta já havia descido toda arquibancada e estava aos prantos na tela. Ali eu vi que não era apenas eu que estava aos prantos, a comoção era geral.

O sentimento de felicidade, misturado com alívio, tomava conta de todos. Aproveitamos para comemorar e agradecer aos nossos guerreiros.

Ali, uma fase negra, que já havia se afastado, foi para longe para nunca mais voltar. O trauma dos pênaltis foi para as cucuias. Podemos extravasar todos os anos de angústia que essa torcida tinha vivido. Após toda a comemoração no estádio, voltamos à estação de trem e retornamos ao hotel. De lá saímos para jantar, bem mais leves do que quando chegamos à Brasília. A felicidade e tranquilidade eram visíveis no rosto de cada um de nós. Enfim, podíamos voltar para casa felizes, mais leves e na Série C.

Abaixo um pouco do que foi o jogo em Brasília. Amanhã postaremos o material sobre a festa na recepção da delegação e tudo mais que envolveu esse final de semana inesquecível.

Aproveitem e se emocionem novamente.

Um abraço, Marcelo Barboza.

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante

Melhores momentos TV Brasiliense

Reação da torcida aos pênaltis

ÁUDIOS

* cedidos pela Rádio Pelotense AM

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