Arquivo diários:13/10/2014

Era uma vez … | Ivan Schuster

… uma donzela que vivia no Planalto Central, pura e imaculada como a neve recém caída. Menina rica, de fino trato, usava perfumes caros e roupas de grife. Era o expoente de uma família muito tradicional. Família esta que tinha como patriarca um coronel muito famoso, dono de muitas posses, político influente na região, mas que no momento passava por alguns apertos com a justiça. Côsa pouca, uma diferençazinha que algumas centenas de milhões de reais. Não sei o termo jurídico, mas, em português bem claro, passava uma temporada no xilindró, condenado por lavagem de dinheiro, safadeza, roubo, corrupção e outros delitos de menor monta. Nada grave.

Pois a donzela esta, que nunca havia se entregue a ninguém, resolveu ir ao sul do país para participar de uma festa muito bonita, organizada por um grupo de índios Xavantes, famoso por ser um povo feliz, festivo, de muita tradição e respeitado por possuir um exército de guerreiros que lutavam de forma incansável, honrando seus antepassados e a história centenária da tribo.

Pôs bueno. Donzela na festa, dança vai, dança vem, aperta daqui, apalpa dali, gira para um lado e para o outro, e … crau. Se foi a donzela. E não só uma vez, mas duas. Quase três. E com dois guerreiros diferentes. E gostou, pois saiu do baile dizendo-se satisfeita.

A bem da verdade, deve-se ressaltar que a prenda tentou se preservar. Os deuses são testemunhas que fez de tudo para resistir. Fez até um certo charminho na primeira metade da festa, com beicinho e tudo. Mas, a medida que os tambores eram tocados, que o povo cantava e festejava a felicidade por estarem ali naquele momento, a donzela foi deixando-se levar pelos encantos da festa, pela beleza e força daquele povo, e não resistiu. Bastou um bafo quente na nuca, um roçar da unha do dedão no calcanhar, e foi-se a barca. Já era. Fato consumado. Que felicidadiiiiiiii!!!!!

Mas esta estória não termina aqui. Agora o povo Xavante foi convidado para um baile lá na casa grande do coronel aquele. Ele não deverá estar presente, pois ainda vê o sol nascer quadrado, mas o clima não é bom. Da festa em si não se espera muito. Festa de rico. Muito prá-que-isso e pouca animação e espontaneidade. Muito champanhe, docinhos, salgadinhos e pouco vuco-vuco. Se bem que, onde tem Xavante …

A questão é que comenta-se na senzala da casa grande que o coronel deu ordens para os jagunços garantirem que a ex-donzela não seja mais importunada. Até o juíz de paz foi contratado a peso de ouro para forçar um matrimônio e assim salvar a honra da tradicional família. O problema é saber se haverá entre os Xavantes um noivo que se apresente. Acredita-se que não. Na verdade, a donzela nem é tão bonita assim. Jeitosinha, mas gordinha, lerda, com gênio ruim e até com maus hábitos. Com se diz na minha terra, não é menina para casar, só para diversão.

 

Abs.


Ivan Schuster
Onda Xavante

Jogamos como nunca, vencemos como sempre

Xavante vence o Brasiliense de virada e está há um empate da Série C

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Cirilo marcou o gol de empate. Foto: Ítalo Santos

A invencibilidade deles se foi pras cucuias. Na Baixada ninguém ganha do Brasil. E assim foi essa noite inesquecível de futebol no Bento Freitas. O Brasil venceu o Brasiliense, de virada, por 2 a 1 na primeira partida das quartas de finais do Campeonato Brasileiro da Série D. Foi um bom jogo de futebol. O time do Brasiliense com ótimo toque de bola, porém com pouca objetividade nos seus ataques e o Brasil muito aguerrido após ficar atrás no placar. O gol do Brasiliense foi um achado. Apesar de estarem bem na partida, o gol foi em uma cobrança de falta em que a bola cruzou toda a área do Brasil e entrou direto, sem tocar em ninguém e enganando Eduardo Martini. Fora isso, eles não fizeram mais nada na primeira etapa. Já o Brasil criou algumas oportunidades de gols que pararam no goleiro Edson.

Já na segunda etapa, o jogo foi todo do Brasil. Zimmermann fez duas modificações no intervalo. Chicão entrou no lugar de Raulen e Felipe Garcia no lugar de Zotti.  Mas antes da virada, Fernando Cardoso quase matou metade do estádio do coração em uma bola em que ele foi cortar e chutou na trave do Eduardo Martini. E essa foi uma das poucas vezes que o time do Brasiliense chegou com perigo. O Brasil tomava conta do jogo e os gols vieram. Primeiro Chicão cobrou falta na área e Cirilo, sempre ele, o Cirilão, raspou de cabeça e empatou a partida. Minutos depois Rafael Forster cruzou da direita e Fernando Cardoso cabeceou para trás e virou a partida. Mesmo com a virada, o Brasil ainda criou outras chances de gols mas o placar termin0u assim mesmo, 2 a 1 para o Brasil.

O que parecia ser uma noite de drama na Baixada, foi de imensa alegria. Agora vamos com tudo para Brasília. Qualquer empate dará a classificação ao Brasil. Sabemos que a principal virtude do nosso time é o jogo defensivo. Temos a segunda melhor defesa da competição. Isso jogará a nosso favor em Brasília. Não é fácil fazer gol no Brasil. Ao final da partida, o treinador do Brasiliense reclamou do juiz, do fato do jogo ser a noite, do campo ser pequeno, etc… aquele papinho de perdedor. Foi-se a invencibilidade deles. Aceitem que dói menos. Alguns jogadores deles ainda falaram que o Brasil é time pequeno, que vão reverter com facilidade em Brasília. Mal sabem o que os espera. Irão conhecer as garras da chuteira do nosso capitão, as quais foram poupados hoje.

Vamos invadir a capital. Certamente teremos mais de 200 Xavantes na capital federal.

Agora falta pouco, apenas 90 minutos para subirmos para a Série C, lugar que nos foi tirado na mutreta. Vamos subir no campo e mostrar a força desse clube. Pra cima deles Brasil!

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini; Raulen (Chicão), Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Foster; Nunes, Washington e Márcio Hahn (Ricardo Schneider); Zotti (Felipe Garcia); Alex Amado e Nena. Técnico: Rogério Zimmerman.
Brasiliense: Edson; Dedê, Fábio Braz, Felipe e Kaká; Douglas e Baiano; Luquinhas (Romarinho), Rodrigo (Gilmar) e Zé Roberto (Ederson); Claudecir. Técnico: Marcos Soares.
Local: estádio Bento Freitas, em Pelotas.
Data: 12/10/2014.
Horário: 20h.
Arbitragem: Pablo dos Santos Alves, auxiliado por Fabiano da Silva Ramires e Angelo Rudimar Bechi.
Cartões amarelos: Raulen, Chicão, Cirilo, Nunes, Alex Amado e Rafael Foster (Brasil); Edson, Kaká, Baiano, Rodrigo, Claudecir e Douglas (Brasiliense).
Gols: Cirilo aos 19′ e Fernando Cardozo aos 29′ do 2º tempo (Brasil); Rodrigo aos 13′ do 1º tempo (Brasiliense).

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante

Os gols do Brasil – Imagens Brasiliense TV e áudios Rádio Pelotense AM

Os gols – Imagens da Assessoria de Imprensa GEB

Melhores Momentos – Brasiliense TV

Recepção aos jogadores – Áudio Rádio Pelotense AM

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

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