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Sou Xavante | Ivan H. Schuster

Como sempre acontece neste período sem apresentações Xavantes, ocupa-se o tempo pensando, analisando, discutindo, criticando sobre qualquer coisa relacionada ao GEB. Lê-se, ouve-se, escreve-se e fala-se sobre tudo. Desde desejos, anseios, idéias e sonhos até as inevitáveis certezas absolutas sobre algo que só os dirigentes não enxergam.

Particularmente, tenho apenas um receio, o de, em algum momento, por um motivo ocasional qualquer, o GEB seja assumido por algum “empresário” e deixemos de ser um clube voltado para o Torcedor Xavante. Acho isto tão sério que por mim deveria constar do estatuto do clube, como uma espécie de cláusula pétrea: “O GEB sempre será dirigido por pessoas reconhecidamente Xavantes, oriundas do quadro social, e o Torcedor Xavante será sempre a principal razão do clube existir”. Ou seja, um clube feito por e para os Torcedores Xavantes.

Lembro de há alguns anos ter surgido a notícia de que o Ronaldinho Gaúcho, ou seu irmão, estaria interessado em “investir” no GEB e torná-lo um clube-empresa, um modelo análogo aos clubes ingleses. Acreditem, fiquei dias dormindo mal. Torci desesperadamente para que o acordo não saísse. Quando finalmente veio o anúncio que não havia acordo, respirei aliviado.

Entendo que o nosso maior patrimônio é sermos um clube que motiva e é motivado pelos seus sócios e torcedores. Gente simples, que torce em pé, na tela. Que chora nas derrotas. Que chora nas vitórias. Que empurra e é empurrada pelo time. A Torcida Xavante não é formada por simples espectadores e muito menos por clientes. Também não ficamos pulando e cantando monotonicamente. Somos integrantes do elenco, somos parte do espetáculo. Sentimos o jogo. Sofremos e a festejamos juntos. Somos, de verdade, o que todos gostariam de ser, o décimo segundo jogador. Ser Xavante não é para qualquer um.

Meu desejo é ver uma campanha de sócio que fosse baseada somente na paixão e no entendimento do que é ser Xavante. Sem promoções, sem vantagens, sem sorteios, nada além do ser sócio pelo orgulho em ser sócio. Sou Xavante, sou sócio. Simples assim. Algo já entendido e aceito como óbvio e natural. Acredito que a oferta de vantagens extras, a vinculação a promoções ou a possibilidade de pagar menos pela entrada, deturpa o verdadeiro entendimento da importância em se ser sócio, o que faz com que o vínculo entre o Torcedor Xavante e o GEB fique frágil. O Torcedor Xavante que é sócio por entender que ele é o próprio clube, que o clube só existe porque existe um quadro social e que quanto maior o número de sócios, mais forte será o clube, é um sócio mais fiel, mais estável e mais resiliente as adversidades.

Eu tenho a impressão de que quem mora em Pelotas não tem a exata noção de como os demais torcedores do nosso estado, isto é, os torcedores da dupla gre-nal, nos enxergam O mais comum é ouvirmos “vocês são realmente uma torcida diferente”, “sou Xavante no interior”, “torço muito por vocês”, etc. É sair na rua vestindo o manto e logo se ouve alguma buzinada ou um “dá-lhe Xavante”. Somos admirados, nos veem diferentes, únicos, vibrantes. Somos um clube, e torcida, que ainda trás consigo a essência do futebol. Onde a paixão pelo torcer, o orgulho em ser, sobrepõe a grandeza patrimonial, os títulos e os grandes nomes do elenco. Isto pode ser explorado.

Acho que o momento não poderia ser melhor para se empreender uma campanha focada unicamente no orgulho em ser Xavante, em ser sócio, dono do clube, bem como no entendimento da importância do clube possuir um quadro social forte.

Nos próximos dois ou três anos viveremos um tempo de afirmação e definições sobre o nosso futuro. Estamos em um período de transição. Mais do que em qualquer outro tempo vivido, precisamos construir um quadro social que proporcione segurança e estabilidade ao clube. E, no meu entendimento, não se consegue isto com prêmios e promoções, mas com uma campanha que promova o que temos de maior e mais sagrado, o orgulho em ser Xavante.

O Xavante será do tamanho que quisermos.

Abs.

Coração e alma | Ivan H. Schuster

Com mais de meio século nas costas, aprendi que nada acontece por acaso. Não há conquista que não tenha sido fruto de muito trabalho. Até para ganhar na Megasena tem que tirar a bunda da cadeira e ir fazer a aposta. Gosto muito da frase que diz que “a sorte é a esquina da oportunidade com a competência”. Da mesma forma foi muito boa a resposta do golfista norte americano Tiger Woods, quando questionado sobre a sorte de ter feito um “hole in one” – quando o golfista acerta o buraco em um única tacada –, “sim, quanto mais treino mais sorte tenho”.

Desculpem-me os que acham que rezando para algum santo ou alguma santa, ou mesmo diretamente a Deus, irá fazer alguma diferença na hora da cobrança do pênalti ou mesmo no resultado de uma partida. Não consigo ser convencido da efetividade disto. Primeiro, porque Deus, ou qualquer outra entidade divina, e sem entrar no mérito existencial, certamente possui muito mais o que fazer do que ficar se preocupando com uma partida de futebol. Segundo, porque do outro lado certamente há aqueles que rezam para que ocorra o inverso. A quem atender, ao cobrador ou ao goleiro? O que me leva a ficar imaginando quais seriam os fatores de julgamento e decisão para uma intervenção divina. Complicado.

Assim, dentro da minha limitação intelectual e espiritual, só vejo uma forma de seguirmos em frente, avançando nas conquistas de forma segura e crescente: trabalho, muito trabalho. Nada acontecerá se não houver a participação e engajamento de forma maciça e intensa da Maior e Mais Fiel Torcida do Interior do Estado do RS. Se hoje somos a torcida que tem um time, teremos que ser também a torcida que construiu um estádio.

O Campeonato Brasileiro 2015 – Série C começará em poucos dias e não temos ainda um local para mandar nossas apresentações. Talvez tenhamos que ir longe de casa. Isto significa mais desgaste físico, custo adicional e restrição de receita. Como superar estas adversidades? Com a participação e sustentação daqueles que são a razão do clube existir, os sócios. Não adianta ficar noites sem dormir, rezar, fazer promessa, proclamar-se o mais Xavante de todos. Tem que ser sócio e pagar a mensalidade em dia. Nada é mais importante e mais efetivo do que termos um quadro social forte e participativo. Mas …, dirão alguns. Não tem mas, respondo. É isto ou voltaremos a chafurdar na lama, junto àqueles que não ouso declinar os nomes.

Há quem imagine estar tendo prejuízo por pagar a mensalidade e não ter apresentação para assistir. Pois eu acho o contrário. Na verdade, vejo-nos como privilegiados. Privilegiados por estarmos vivendo este momento que deverá ser um marco histórico. O tempo em que uma torcida fez a diferença sem ir ao estádio apoiar o seu time. No futuro, contarão que em 2015 a Torcida Xavante se mobilizou e não apenas garantiu recursos financeiros para manter um grupo competitivo de atletas, como ainda construiu um estádio. A hora de cada um de nós, Xavantes, colocar o nome nesta história é agora.

A empreitada não é fácil. Acredito que teremos que ser muito criativos e tentar ações amplas e arrojadas. Sair fora da casinha, expandir os horizontes, olhar para além da Ponte do Retiro. Torcedores Xavantes, somos alguns milhares; pelotenses, algumas centenas de milhares; brasileiros, somos duas centenas de milhões; e, em todo o planeta, somos vários bilhões de habitantes. O que isto significa? Que quanto mais amplo olharmos, maior será a base e menos de cada um necessitaremos. Nada demonstrou isto melhor do que a internet. O caminho é por aí.

Eu acredito muito no potencial da marca Torcedor Xavante. Aposto que se for feita uma pesquisa entre os Gaúchos para dizerem os dois clubes que mais simpatizam, seremos o mais votado. Ganharemos com grande margem. E a razão é simples, a esmagadora maioria dos torcedores da dupla gre-nal tem no GEB o seu clube do interior preferido. Não é achismo, é fato. Quem mora em Porto Alegre sabe. Vivenciamos isto no dia-a-dia. Como também é fato, termos tido recentemente, quando das apresentações frente ao Flamengo pela Copa do Brasil 2015, uma divulgação enorme sobre a nossa história e luta. Fomos caracterizados com um dos últimos clubes de futebol do Brasil que ainda cultiva o tradicional modo de fazer futebol e torcer. A torcida que tem um time. Temos que tirar proveito disto. Criar algo novo, ambicioso e amplo é preciso.

Encerro com uma frase que me passaram esta semana: “Nós, Torcedores Xavantes, não torcemos com o coração, porque este um dia parará. Nós torcemos com a alma, pois esta é eterna”.

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

VÍDEO: “Nosso sangue e a nossa raça”

“As tuas cores são nosso sangue e a nossa raça”, é a mais nova campanha promocional do G.E.Brasil que visa as empresas da cidade e os torcedores rubro-negros realizarem uma grande ação social.

Layout da campanha. Foto: Reprodução site G.E.Brasil

Na tarde desta quarta foi apresentada, no Salão de Honras do estádio Bento Freitas, a nova campanha promocional do G.E.Brasil. Trata-se de buscar empresas parceiras do clube para a comercialização de ingressos para a partida de volta da semifinal da Copa Hélio Dourado contra o 14 de Julho, no dia 18 de novembro, que serão revertidos para o Hemocentro de Pelotas, aproveitando o dia 25 de novembro que é o Dia Mundial do Doador de Sangue. Os torcedores Xavantes que fizeram doação de sangue ganharam de brinde o ticket para o jogo decisivo na Baixada. Cada empresa pode adquirir no mínimo 30 ingressos, no valor de R$ 20 a unidade; a meta é conseguir um total de dois mil e quinhentos doadores no mês de novembro, já que o Hemopel tem o gasto de 1,3 mil bolsas de sangue mensal, distribuídas nos hospitais da cidade e região. As instituições interessadas em aderirem à campanha podem entrar em contato pelo telefone (53) 3229-3999, em horário comercial, que será agendada uma visita da direção encarregada pela promoção. As empresas parceira terão divulgação nos anúncios do clube e site. Uma ótima oportunidade para ajudar o clube do povo e ainda fazer uma grande ação social.

Texto: Assessoria de Imprensa G.E.Brasil

 

Abaixo matéria da RBS TV sobre a campanha de doação de sangue.