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Washington anuncia a sua saída do Brasil

O pernambucano Washington chegou para jogar no Brasil em Junho de 2012, para a disputa da Divisão de Acesso. O jogador foi indicado pelo treinador Rogério Zimmermann, que voltava ao clube naquele ano. Os dois tinham trabalhado juntos na Cabense-PE e na Ulbra.

Washington participou de todas as últimas conquistas do Brasil. Foi campeão da Divisão de Acesso de 2013 e era titular absoluto nos acessos à Série C em 2014 e Série B em 2015. Ao lado de Leandro Leite, formou uma dupla de marcação muito forte e sem bola perdida.

Mas agora chegou a hora de buscar novos desafios. Depois de 202 jogos com a camisa rubro-negra, onde marcou 4 gols, o W8 informou em suas redes sociais que está de saída mas não disse onde será a sua nova casa. Mas o destino deve ser o Fortaleza ou o futebol japonês.

Abaixo o texto publicado por Washington no Facebook:

“Quero agradecer ao GE Brasil, comissão técnica, jogadores e torcedores que nunca deixaram de apoiar essa equipe. Junho de 2012 cheguei no xavante e novembro de 2016 encerro essa caminhada no GE Brasil. Tive muitos momentos felizes e grandes conquistas, levarei na memória todos os momentos que passei aqui nesse clube e cidade.

É com muito carinho e emoção que me disperso desse clube que me proporcionou grandes momentos.

UM FORTE ABRAÇO A TODOS…”

Fica o nosso imenso agradecimento à você Washington, que sempre lutou com muita valentia vestindo a camisa 8 do G.E.Brasil. Foram anos de muita dedicação que jamais esqueceremos. Muito obrigado por tudo.

A hora da vitória chegou

Depois de tudo o que aconteceu nesse final de semana histórico para o G.E.Brasil, ouvi de um grande amigo um breve relato sobre um jogo da Série C de 2008 contra o Marcílio Dias, em uma fria noite de quarta-feira, em Itajaí-SC. O Brasil perdeu por 2 a 1, de virada, e voltando para casa com alguns amigos e seu pai, o seu coroa disse: “Vocês ainda vão ver o Brasil perder muitas vezes”. E ele estava certo. Passamos por momentos difíceis depois de 2008. Hoje o pai desse grande bruxo não está mais entre nós, nos deixou há dois anos atrás e não tivemos tempo de dizer a ele que a hora da vitória chegou. Mas lá de cima certamente ele está vibrando.

O que aconteceu na Arena Castelão foi algo surreal. Não por garantirmos a vaga na Série B, mas da forma que tudo aconteceu. A torcida do time cearense armou um clima de guerra e lotou o Castelão com 62 mil pessoas. No lado rubro-negro cerca de 200 guerreiros Xavantes estavam lá ao lado do time. O Fortaleza vinha de seis anos de tentativas frustradas de subir para a Série B e o peso desse histórico pesava nas costas dos jogadores e sua torcida. Mas o Brasil foi gigante. Se armou para a guerra e fez de cada lance uma briga sedenta pela bola. A concentração e seriedade com que o Brasil jogou foi incrível. A ansiedade da torcida Xavante era imensa e a cada minuto que passava o nervosismo aumentava. Eduardo Martini relembrou aquele 19 de outubro de 2014, quando ele fechou o gol contra o Brasiliense na capital federal. O homem de gelo pegou tudo. A nossa defesa foi intransponível e segurou o, talvez, inesperado 0 a 0.

É impressionante o que esses jogadores e comissão técnica já fizeram pelo G.E.Brasil. Nos tiraram do limbo lá em 2013 e hoje estamos na Série B do Campeonato Brasileiro com verbas de tv e até no álbum de figurinhas oficial do campeonato em 2016. Haja bafo. Esses caras talvez não tenham a noção do que eles fizeram. Poucas torcidas nesse mundo apanharam tanto do destino quanto a torcida do Brasil. Perdemos jogos impossíveis de se perder, aguentamos alguns pernas de pau, tivemos nossos corações dilacerados naquele acidente em 2009, os inúmeros absurdos no STJD e ainda assim seguimos vivos. Como disse o jornalista Douglas Ceconello: “Porque xavante não torce, ele pertence a uma causa”. E é isso mesmo. Nesses 104 anos sempre defendemos a nossa essência, em ser o clube do povo. E é isso que mantém o Brasil vivo. Cerca de 30 mil torcedores saíram para as ruas na tarde do último domingo para agradecer aos jogadores e comissão técnica. Pelotas parou.

Enfim a hora da vitória chegou. E foi daquele jeito, sofrido. Como dizem por aí, lá no limbo, “queremos a taça”. Vamos jogar com o Vila Nova-GO nas semifinais nos próximos dois finais de semana. Se vamos ser campeões brasileiros eu não sei, mas a alegria que o Brasil nos proporcionou nos últimos anos já nos enche de orgulho e esperança. E com certeza, lá de cima, o negão Alberto está comemorando.

Abaixo um pouco do que vivemos no último final de semana. Aos poucos vamos postando mais materiais.

ÁUDIOS

ÁUDIOS CAPTURADOS DA RÁDIO PELOTENSE AM

MINUTOS FINAIS – RÁDIO TUPANCI

MINUTOS FINAIS – RÁDIO GUAÍBA (AO VIVO EM FORTALEZA)

MINUTOS FINAIS – RÁDIO BANDEIRANTES DE PORTO ALEGRE

ÁUDIOS CAPTURADOS DA RÁDIO UNIVERSIDADE AM NA FESTA DO ACESSO À SÉRIE B NA BAIXADA

Sala de Redação de 19/10/2015

ATL Grenal de 19/10/2015

VÍDEOS

MELHORES MOMENTOS – ESPORTE INTERATIVO

 

MELHORES MOMENTOS – TV DIÁRIO DE FORTALEZA

 

LANCES DA PARTIDA – BOLA AO CENTRO

 

ENTREVISTAS APÓS A PARTIDA – TV ARTILHEIRO

 

MATÉRIA GLOBO ESPORTE RS

 

MATÉRIA DO JORNAL DO ALMOÇO DE PELOTAS

 

MATÉRIA DO GLOBO ESPORTE DO CEARÁ

 

CHEGADA DA DELEGAÇÃO – BLOG XAVANTE

 

CHEGADA DA DELEGAÇÃO EM PELOTAS – TV UCPEL

 

IMAGENS AÉREAS DA CHEGADA DA DELEGAÇÃO – TOPCAM

 

RECEPÇÃO NO AEROPORTO SALGADO FILHO EM PORTO ALEGRE

 

GALVÃO BUENO FALA DO ACESSO XAVANTE NO BEM, AMIGOS

 

SPORTV NEWS

 

Jornal Nacional em 20/10/2015

 

Jogo completo via Esporte Intarativo HD


ÁLBUM DE FOTOS

CRÔNICAS

 

Vivi para ver | Ivan H. Schuster

Minhas companheiras e meus companheiros de arquibancada, vou dizer-lhes, não foi fácil. Foi sofrido, angustiante, sufocante, mas foi maravilhoso. Não foi uma apresentação de gala, superior. Foi a apresentação do possível, meticulosamente preparada e ensaiada. Sofremos, mas subimos! Chorem polenteiros. Subimos para a Série B, vocês ficaram. Chorem mais um pouco. Mais ainda. Um pouco mais. Isto, sofram bastante. Liguem para os seus amigos lobinhos e chorem juntos.

Gastei um bom tempo pensando sobre o que escrever. Fiquei imaginando que este deveria ser um texto especial. Deveria estar, obrigatoriamente, a altura do feito conquistado pelo Xavante. Pensei em falar da batalhada dos 300 guerreiros de Esparta frente ao exército de Xerxes, uma alusão aos bravos Torcedores Xavantes que estavam no Castelão representando toda a Nação Xavante. Pensei em falar sobre as apresentações memoráveis do GEB como o Bra-Pel dos 5×3, quando ganhamos a identificação de Xavantes; a vitória em cima da seleção Uruguaia, que, poucas semanas depois, viria a ser campeã mundial em 1950; a ida a Estrela; os 2×0 no Flamengo de Zico & Cia; o Bra-Pel dos 9×11; o Brasil x Grêmio do “Eu estou dopado”; enfim, apresentações que, presenciadas ou não, estão registrada na História, na alma, de cada Xavante. Pensei, também, em falar dos nossos sofrimentos, da nossa sina de enfrentar a tudo e a todos, de nada ser fácil, do acidente, da reconstrução. Pensei, pensei, pensei. Cheguei a conclusão que não saberia o que dizer. Melhor, não tem nada a ser dito. Este é o nosso momento. Não é para ser descrito, é para ser sentido.

Estou feliz, estou em êxtase. Sinto-me o rei da montanha, o craque do time, o bonitão do baile, o nota 10 da aula. Sou o cara! Amigos, vizinhos, conhecidos, pessoas que nem sei quem são, telefonam-me, cumprimentam-me, param-me no supermercado, mostram-se entusiasmados e alegres com a nossa conquista. Definitivamente somos o clube com o maior número de Torcedores, admiradores e simpatizantes do Estado. Nunca um time do Rio Grande do Sul reuniu tantos adeptos. É bom ser Xavante! Que chorem os desconhecidos e insignificantes. Façam por merecer. Tua inveja só aumenta a nossa glória. Pausa para chorarem mais um pouco.

Não, não acabarei este texto sem cobrar dos corneteiros que peçam desculpas em público ao RZ e aos nossos bravos Guerreiros. Sugiro que na próxima apresentação Xavante, no Bento Freitas, frente ao Vila Nova, levantem-se e gritem a plenos pulmões um pedido de desculpas, iniciando com “Desculpem-me, sou corneteiro!”. A partir disto peçam desculpas para o RZ, Martini, Cirilo, Nena, Cleiton e todos os outros que apresentação após apresentação cornetaram com convicção e teorias futebolísticas imbatíveis. Imbatíveis e falsas. Pobres mesmo. Pura corneta. Este é o momento de vocês se manifestarem corneteiros. Arrependei-vos, pois! Chora corneteiro!

Que momento! Estou feliz, aliviado, relaxado. Foi-se a uruca, não tem mais aflição e angústia. Agora é só alegria. Somos a terceira força futebolística do Estado. E conquistamos isto pelos nossos próprios méritos, pelas nossas próprias forças. Não arrendamos o departamento de futebol e muito menos o clube. Somos 100% paixão. Somos a Torcida que tem um time. Somos 100% Xavantes!

Por fim, quero deixar registrado aqui para que, algum dia, daqui a dezenas, centenas de anos, alguém leia e saiba que no dia 17 de outubro de 2015 o Grêmio Esportivo Brasil, empurrado pela Torcida Xavante, alcançou um feito notável, desejado há muito tempo, e eu presenciei, vivi, senti e chorei. Estamos entre os 40 melhores times do Brasil.

É bom ser Xavante!

Abs.

Vitória de time grande

A semana que se passou foi a mais longa do ano, sem dúvida nenhuma. E quando o sábado chegou, não queríamos que acabasse. Qualquer pré-jogo do G.E.Brasil é um ritual em frente ao Bento Freitas. O churrasquinho da esquina, a cerveja gelada do Zé, as parcerias, a chegada do time e enfim a entrada pro estádio. A tarde desse sábado foi muito especial, enfrentamos um dos grandes clubes desse país e vencemos. Vencemos com autoridade, jogando na força quando foi necessário e com inteligência nos pontos fracos do Fortaleza. O time encarnou o espírito de decisão como nós torcedores esperávamos. Leandro Leite foi um monstro no jogo, jogou demais. Diogo Oliveira com uma certa liberdade comandou o nosso ataque e Cleverson pode ser o autor do gol do acesso. Clevershow!

Agora ficou tudo para o Castelão. Jogaremos por um empate ou vitória nossa. Estamos muito perto daquele sonho antigo que em 2008 e 2009 estivemos tão perto. Mas será um jogo muito difícil e precisamos fazer a melhor partida do ano. A confiança é total nesse time. A vitória de ontem foi de time grande.

Vamos com tudo para Fortaleza. Na força e na fé. Vamos subir.

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante

 

Entrada do Brasil em campo

 

Recepção da torcida

 

Melhores Momentos da partida

 

Álbum de fotos (Recuperado do site Interior Forte)

 

 

 

Isso é Xavante | Ivan H. Schuster

Minhas companheiras e meus companheiros de arquibancada, que momento! Não dá para se queixar nem do frio, do vento ou da chuva. Na verdade, foi tudo armado com São Pedro. Jogamos com doze. Os onze Guerreiros e São Pedro. Teve atleta deles que jogou de luvas. Pensei que no segundo tempo viriam de galochas e manta enrolada no pescoço. Tiveram sorte que este ano o inverno foi ameno e praticamente já estamos no verão.

Foi uma apresentação de gala. Uma tarde para lembrarmos para o resto de nossas vidas. Uma daquelas apresentações para se dizer “eu estava lá, eu participei”. O Bento Freitas estava bonito. O Caldeirão sem arquibancada é morno, com arquibancada ferve. E se a Torcida Xavante fazia a festa nas arquibancadas, os nossos Guerreiros não fizeram menos dentro de campo. Foram aplaudidos em pé. Que partidaça!

Foi um domínio completo. Acho que nem o mais ferrenho corneteiro poderá discordar. Apresentamo-nos com a grandeza do nosso orgulho e felicidade de sermos Xavantes. O adversário está longe de ser um time fraco. Aliás, foi o melhor que enfrentamos até o momento. Valorizaram muito a nossa vitória, mas não conseguiram nos superar em momento algum. Os comandados do RZ tiveram um controle completo e total os noventa e tantos minutos. Digo mais, saiu barato para o Fortaleza. Ainda não entendi como não entrou aquela bola que o Nena mandou de cabeça na trave. Eu estava na linha da bola e vi que entraria. Eu pisquei e ela foi na trave. Estou me sentindo culpado.

Foram duas semanas de angústia e tensão colocadas para fora em um grito de gol. Um momento único de euforia, de libertação, de magia e de felicidade extrema. Eu desconfio de pessoas que não se emocionam com o gol do seu time, ainda mais se este time for o GEB. Juro que senti o capeta saindo pela boca, enquanto eu gritava sei lá o que. Senti-me livre, como se flutuasse, acima do bem e do mal. Era o gol do meu Xavante. Tenho certeza que o mundo parou para que os deuses do futebol pudessem festejar. Foi muito bom. Chora secador!

Conhecedor contumaz de toda esta emoção, atrevo-me a deixar um conselho para os nobres Xavantes frequentadores das cadeiras cativas. Experimentem um dia, uma única vez, cantarem, ficarem em pé, pularem, baterem palmas no ritmo da charanga, apoiarem as jogadas, mesmo quando não saem perfeitas. Enfim, experimentem ser Torcedor. Deixem-se levar pela emoção. Abram mão das análises, da crítica, de ficarem prestando atenção nos erros e sintam a emoção impagável que é a de torcer, apoiar de forma incondicional e ser recompensado com um gol. Chega a dar pena vê-los sentados tão sem graça, enquanto o espetáculo rola solto no resto do estádio. Experimentem ir para a arquibancada e deleitem-se com o calor da vibração da massa ao som da charanga. Não dói, faz bem ao corpo e, principalmente, à alma. É viciante. É vida. É Xavante!

Não sei se classificaremos. O que sei é estamos com boas chances. Não apenas pela vitória conquistada, mas principalmente porque temos um bom time. Muito bom time. Um excelente time. Um time como há muito não víamos na Baixada. Time forte, coeso, lutador, que toca a bola com qualidade, que joga de cabeça em pé, que não se abate e não se assusta. Um time que valoriza e honra o manto que veste. Um time com a alma Xavante.

A todos aqueles que, já lá atrás, quando empatamos com os Polenta em casa, diziam que estava tudo acabado, que não tinha jeito, que o RZ era teimoso, que o plantel era fraco, que havíamos chegado ao nosso limite, meu cordial “vai carpir, corneteiro!”. E não esqueçam de reconhecer que estavam errados, que não entendem nada de futebol e que, na verdade, são apenas corneteiros. Xavantes, mas corneteiros.

À nossa querida imprensa esportiva pelotense, que por tanto tempo e com muito esforço tenta nivelar por baixo o futebol da cidade, deixo uma frase do imortal colunista social carioca, Ibrahim Suede: As vaca ladram e a caravana passa.

Abs.