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400 vezes Rogério Zimmermann

Por Marcelo Barboza

A transformação que o G.E.Brasil sofreu de 2013 para cá é algo extraordinário, que já está marcado na história do clube. E um dos grandes responsáveis por essa ascensão é o treinador Rogério Zimmermann. Na noite dessa terça-feira, quando o Brasil enfrentará a equipe do Luvendense fora de casa, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, será a partida de número 400 de Rogério Zimmermann comandando o G.E.Brasil.

Além dos 400 jogos à frente do Brasil, Rogério fará a sua partida de número 100 em competições nacionais hoje à noite. Competições nacionais englobam Campeonatos Brasileiros Séries B, C e D, Copa do Brasil e Copa da Primeira Liga.

Durante a Série B desse ano, Rogério poderá atingir outras marcas expressivas, como a de 100 jogos em Campeonatos Brasileiros. Com 271 jogos consecutivos comandando o Brasil, Rogério poderá chegar aos 300 jogos. Um recorde absoluto na história do clube. Ele já ultrapassou Osvaldo Barbosa, o Capitão Galdino, que treinou o clube 185 partidas consecutivas.

Rogério também é o treinador com maior longevidade na história do clube. Há pouco mais de 5 anos no clube, Rogério deixou para trás um dos maiores ícones da história do Brasil, Paulo de Souza Lobo, o Galego, que comandou o clube de 05.04.1953 à 28.12.1955, disputando 120 jogos, e de 23.09.1962 à 10.07.1966 com 173 jogos. Além de Osvaldo Barbosa, que dirigiu o clube no período de 26.02.1967 à 01.08.1971 em 185 oportunidades.

Quando se fala em números de jogos, Rogério é o segundo na história. Galego é o primeiro com 468 jogos, Rogério o segundo com 399 e Osvaldo Barbosa o terceiro com 326.

Nas duas passagens pelo clube, Rogério coleciona ótimos resultados. Nas 399 partidas disputadas, o treinador Xavante levou o time à 185 vitórias, 128 empates e 86 derrotas. Esse retrospecto leva Rogério a um aproveitamento de 57% dos pontos disputados.

Além de campeão da Divisão de Acesso em 2004 e 2013, Rogério ainda foi campeão do Interior em 2014 e 2015, campeão Citadino em 2004, vice-campeão das Copas Emídio Perondi em 2005 e Hélio Dourado em 2012 e levou o Brasil ao acesso para o Campeonato Brasileiro da Série C em 2014, sendo vice-campeão do campeonato, e acesso à Série B em 2015.

A partida de número 1 de Rogério à frente do Brasil foi no dia 31 de janeiro de 2004. Na oportunidade o Brasil enfrentou a Ulbra em Canoas, em amistoso preparatório para a temporada de 2004. O Brasil venceu por 3 a 2, gols de Joel, Marquinhos e Claudio Milar. Jogando na Baixada, o seu primeiro jogo foi no dia 11 de março de 2004, em partida amistosa contra o Lami. O Brasil venceu por 4 a 2 com dois gols de Claudio Milar, Joel e Careca. Na sua segunda passagem pelo clube, de 2012 até hoje, a sua primeira partida foi na derrota de 2 a 1 para o Passo Fundo, pela Divisão de Acesso de 2012.

Em 2004 Rogério conseguiu a incrível marca de 26 jogos invictos, começando no amistoso contra a Ulbra em 03 de janeiro de 2004 e terminando em 30 de maio de 2004 contra o 20 de Setembro.

Sem sombra de dúvidas, Rogério Zimmermann já é um dos maiores treinadores da história do Grêmio Esportivo Brasil. E a cada jogo que passa ele vai quebrando recordes e levando o Brasil a patamares poucas vezes sonhado.

Fica aqui o registro dessas marcas sensacionais e o nosso muito obrigado por tudo o que você fez pelo nosso Brasil, professor.

Todos esses dados são do pesquisador Izan Muller, o maior estudioso da história do G.E.Brasil e nosso grande parceiro.

Sempre! | Ivan H. Schuster

Houve um tempo em que sofríamos muito. A cada apresentação era um novo sofrimento. Independente de adversário, ficávamos satisfeitos com o fato de não termos sido derrotados. Orávamos para não perder. Tempos difíceis. Não havia sol, habitávamos as trevas, e nossa alma ardia em desespero. Trágico, triste, dolorido, humilhante, traumatizante, desesperador. Habitávamos o sub do sub-mundo do futebol. Um local tão degradado que os deuses do futebol nem sabem que existe. Terra de ninguém. É cada um por si e ninguém por alguém. Ouvi falar que, ainda hoje, seres mesquinhos e horripilantes continuam por lá. Pobres almas. Ou não. Que chafurdem.

Quem começou a acompanhar o GEB há uma década, não tem idéia do que se passou em um passado não muito distante. Anos 70, década de 90, início dos anos 2000. Se a dor ensina a gemer, soubemos gemer como poucos. Nossa luta era injusta. Lutávamos sem armas, de peito aberto, frente a exércitos muito bem aparelhados. Se bem que, a bem da verdade, por vezes, para a incredulidade de alguns, até vencemos algumas batalhas. Nestes escassos momentos, até as cornetas, por breve instante, silenciavam.

Mas lutar não é para fracos. Não falo em fraqueza de força física ou financeira, mas fraqueza de espírito. Tínhamos a alma sofrida, mas nunca deixamos de tê-la. Parece até que quanto maior a dor, maior a alma ficava. Mais crescia e se fortalecia. Talvez, uma forma de abrandar tanto sofrimento. E assim fomos ficando cada vez mais resilientes a dor, as desilusões e a um aparente interminável sofrimento. Quanto mais sofríamos, quanto mais apanhávamos, mais duros e resistentes nos tornávamos. E lá íamos nós, transformar um estádio simples e velho, em um caldeirão de paixão e emoção. Puro sentimento. Apesar de todas as adversidades, ao longo dos anos fomos transformando tijolo e cimento no “mais humano” dos estádios. Nunca, em momento algum, deixamos de ser “A Maior e Mais Fiel Torcida do Interior do Estado”, a Torcida que tem um time.

Pausa.

Neste ponto do texto os mimimi chegam a soluçar de tanto chorarem. A inveja é uma merda.

Fim da pausa.

E agora cá estamos nós, posicionados entre os três melhores times do estado e entre os quarenta melhores do país. Calendário cheio para o ano todo e transmissão ao vivo de todas as apresentações. Não é pouca coisa. É nóis no PPV. É para fazer os mimimi se roerem de inveja, chorarem muito, estejam eles onde estiverem. E nem quero saber onde estão. Que fiquem por lá, chorando.

O ano de 2016 promete muito. Teremos grandes desafios. Conseguiremos suplantá-los? Quem pode garantir? Não há como afirmar. Só o que podemos dizer é que viemos de longe e soubemos o difícil caminho percorrido. Se por ventura, um dia, cairmos na estrada e tivermos que voltar para trás, não desistiremos. Levantaremos, respiraremos fundo, tiraremos o pó das calças e retomaremos nosso caminho para frente, pois nunca abriremos mão de tentar avançar. Resistiremos, como sempre. E caminharemos sempre de cabeça erguida, sem invejas, sem rancores e sem devaneios. Somos o que somos e sabemos bem o nosso valor. Temos luz própria. Não precisamos viver à sombra de outros. Cultivamos nossas tradições. Temos orgulho da nossa história. Não temos medo da derrota. O que nos envergonha é não tentar. Nada nos tirará a alegria de cantar, pular, festejar, torcer e lutar ao lados dos nossos guerreiros, pois Xavantes é o que somos.

Rubro-negro vem aí!

Abs.

G.E.Brasil x Joinville E.C. na história

O confronto do próximo domingo entre o G.E.Brasil e o Joinville Esporte Clube será o quinto na história. A primeira partida foi disputada no Campeonato Brasileiro de 1978 e a última em 2000, na Copa João Havelange.

São duas vitória do Joinville, uma vitória Xavante e um empate. Ta na hora de empatar esse confronto com uma vitória domingo na Baixada.

Abaixo a lista dos jogos:

26/03/1978 – G.E.Brasil 0x1 Joinville E.C.
10/02/1985 – Joinville E.C. 1×2 G.E.Brasil
31/03/1985 – G.E.Brasil 1×1 Joinville E.C.
24/09/2000 – G.E.Brasil 0x1 Joinville E.C.

E para relembrar a nossa única vitória, abaixo os melhores momentos do jogo de 1985 quando vencemos jogando em Joinville-SC.