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De xiripa também vale

Por Marcelo Barboza

Depois de tirarmos a toca do Criciúma, tava na hora da toca do Guarani, clube que jamais havíamos vencido na história. Pelotas amanheceu com fortes chuvas e uma ventania danada na sexta-feira, e assim foi durante todo o dia. Na hora da partida a chuva deu uma trégua mas o vento e frio persistiram. E só quem é Xavante sabe o que é aquele vento que desce a Princesa Isabel e desemboca dentro do Bento Freitas. É congelante.

Com a bola rolando, o Brasil começou muito bem a partida. Logo nos primeiros minutos Teco e Itaqui quase marcaram. O Guarani chegou a primeira vez somente aos doze minutos, em um chute sem perigo. O Brasil chegou com perigo novamente com Itaqui em cobrança de falta. O camisa 8 cobrou falta pelo lado direito e a bola beliscou o travessão do goleiro Leandro Santos. Em cruzamentos de Éder Sciola, Juninho e Marcinho tiveram a oportunidade de marcar de cabeça mas mandaram para fora. Antes do apito final na primeira etapa, Teco teve um gol anulado, após cabeçada de Lincom e rebote do goleiro paulista. O zagueiro Xavante estava impedido.

Na segunda etapa o Guarani voltou melhor organizado e Marcelo Pitol começou a trabalhar. Jogando com o vento à favor, o Guarani começou a arriscar chutes de longa distância e Pitol teve que se virar. O Brasil chegou com perigo com Misael, que havia entrado no lugar de Juninho, com uma cabeçada que Leandro Santos defendeu no susto. Ednei ainda cobrou uma falta de longe que tinha destino certo mas Leandro Santos espalmou. O jogo era duro e parecia que o empate persistiria. Mas aos 37 minutos Misael fez linda jogada pela esquerda, driblou Diego Jussani, evitou a saída pela linha de fundo e cruzou para Lincom. O camisa 9 errou no domínio, a bola escapuliu na direção do goleiro Leandro Santos que tentou afastar com o pé mas chutou a bola no joelho de Lincom e a bola entrou. Um gol louco de feio, mas feio mesmo é não fazer gol. Foi aquele gol típico de centroavante. De xiripa, como diria meu pai. O Guarani ainda tentou buscar o empate mas a vitória era rubro-negra naquela fria noite em Pelotas.

Com a vitória o Brasil chegou aos 27 pontos e terminou a rodada na 11ª colocação. O próximo adversário será o Londrina na terça-feira, lá no Paraná, às 19:15h. O Londrina também tem 27 pontos, portanto o jogo será de extrema importância para nós.

O volume de jogo que o Brasil apresentou contra o Guarani foi muito satisfatório. Se impôs desde o início do jogo e por pouco não abriu o placar no primeiro tempo. Na segunda etapa o Guarani voltou melhor mas o Brasil soube aproveitar as oportunidades criadas e marcou um gol chorado, com cara de 1 a 0 magrinho, mas muito importante.

Clemer fez a sua quinta partida à frente do Brasil e venceu pela terceira vez, com um empate e uma derrota. Aproveitamento de 66%. Ótimo. A única derrota foi naquela noite horrorosa onde não vimos a cor da bola contra o ABC em Natal. O empate com o Boa na Baixada foi em uma noite onde se criou demais e não tivemos competência para marcar o gol. Aliás, empurrar a bola pra dentro tem sido a maior dificuldade do Brasil. A defesa parece ter se encaixado novamente. Teco fez uma partida perfeita ontem, não errou nenhum bote e colocou o Eliandro no bolso. O forte do Brasil nos últimos anos sempre foi o jogo defensivo, onde era muito difícil de levarmos gols. Porém esse ano levamos várias goleadas e hoje temos a defesa mais vazada na Série B ao lado do Figueirense, com 29 gols sofridos. Não que hoje temos tudo resolvido lá atrás, longe disso, precisamos melhorar muito, principalmente no jogo defensivo dos laterais. Mas a segurança já é maior.

Éder Sciola, que tem caído nas graças da torcida nas últimas partidas, e até nós brincamos com o bom momento do lateral em nossa Fanpage no Facebook, melhorou da água para o vinho após a chegada de Clemer. Mas essa melhora foi em relação a ele mesmo, ao que ele apresentou no Gauchão e no início da Série B. Sciola ainda apresenta erros defensivos que colocam a nossa zaga em perigo constante. Aos poucos Clemer precisa corrigir isso e, com a confiança que o jogador vem adquirindo, pode melhorar. Na esquerda Breno é muito inconstante dentro de uma mesma partida. Alterna bons e maus momentos. Marlon deve voltar em breve e assumir a titularidade. Logicamente que vai ter que tirar aquela preguiça do corpo que vinha apresentando esse ano.

Rafinha voltou ao time jogando mais centralizado e, dentro do que eu esperava, até que voltou bem. Para quem ficou quatro rodadas fora, com frio e com o gramado pesado como estava, o meia conseguiu desenvolver boas jogadas mas cansou no início do segundo tempo, quando estava errando demais. Deve seguir no time titular pois a criação é o setor de maior carência nesse elenco. Wagner teve várias oportunidades e não soube aproveitar. Aloísio pouco joga e Lenilson, reintegrado ao elenco, não é o jogador que precisamos. Elias já se machucou duas vezes e pelo que conhecemos dele, não é a solução também. Essa é uma posição onde a diretoria tem que investir e trazer um jogador diferenciado. Clemer pode jogar com Marcinho pela direita, Lincom de centroavante e Rafinha pela esquerda, cortando para o meio. O fato é que Rafinha tem que jogar perto da área, onde ele realmente é perigoso. Achei ele muito distante do gol nesse jogo com o Guarani.

Lincom mostrou mais uma vez o quanto é importante. Não fez um jogo espetacular, longe disso, mas foi muito importante fazendo parede nos lançamentos e passes que recebia de costas pro gol. Nisso ele é muito bom. E na única bola que ele concluiu para o gol, marcou. Ele não vai driblar, não vai dar longas arrancadas. Ele precisa de bola no pé e que pifem ele de frente pro gol, onde ele é muito bom. Marcou o seu sexto gol na Série B e já é o artilheiro do Brasil na temporada. E ainda temos o Marcinho, que tem sido o melhor jogador do Brasil nessa Série B. O pequeno Nasarildo é liso demais. Como já falamos aqui, se ele fosse bom nas conclusões, tava jogando na Série A. Ele perde uns gols inacreditáveis, mas daqui a pouco entra costurando pelos lados do campo e criando muitas chances de gol. E como apanha, meu Deus. É o jogador mais importante do time hoje. Misael é outro que entrou bem ontem, contra o Criciúma e contra o Boa. Poderá nos ajudar durante a competição.

Estamos longe de criar a confiança de que poderemos algo a mais nessa Série B. Mas parece que voltamos a ter um pouco de segurança de que a coisa não vai desandar há qualquer momento como vinha acontecendo. Não sei vocês, mas eu tinha a impressão que todo chute do adversário seria gol até algumas rodadas atrás, tamanha a falta de confiança no time. Não que hoje tudo esteja uma maravilha, mas parece que tomamos o prumo novamente. Se mantivermos esse ritmo de jogo, podemos alcançar o grande objetivo dessa Série B, que é a permanência.

Agora vamos com tudo pra cima do Londrina. O retrospecto deles jogando em casa é horroroso e hoje levaram três do Inter. E foram três gols de cabeça. Temos que aproveitar o nosso centroavante e as bolas paradas. Mas, principalmente, continuar buscando o jogo pelo chão, como temos tentado nas últimas partidas.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

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*capturados da Rádio Xavante

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A vontade de vencer

Por Marcelo Barboza

Na noite da última sexta-feira, o Brasil foi à Criciúma fechar o primeiro turno em busca de pontos para não entrar na zona de rebaixamento ao fim da 19ª rodada. Mas mais do que pontos, o Brasil precisava buscar o bom futebol que raras vezes apareceu nesse ano de 2017. Depois de um empate com o Boa Esporte na Baixada, em uma partida de muitos erros, vencer no Heriberto Hulse parecia algo impossível aos olhos da torcida Xavante. Primeiro porque a fase não é das melhores e a outra é que jogar em Criciúma era sinônimo de derrota, desde sempre.

Clemer tinha mais opções para o jogo em Criciúma e acabou mexendo na equipe. Lincom e Marcinho voltavam ao time titular e Wagner começava no banco de reservas, dando lugar à Juninho. Por opção de Clemer, Leandro Leite voltava ao time titular e Itaqui seria o terceiro homem de meio de campo, função já testada com Nem em outras partidas. O jogo começou e o Brasil se comportava muito bem na partida. O Criciúma chegava com perigo mas o Brasil buscava o jogo pelo chão, sem balões. Criciúma chegou com perigo com duas bolas na trave de Silvinho. Mas quem abriu o placar foi o Brasil. Em um contra ataque pelo lado direito, Lincom deu belo passe para Juninho que invadiu a área e não viu Marcinho e Itaqui entrando sozinhos e tentou marcar o gol, mas o goleiro Luiz fez boa defesa. No rebote a bola caiu nos pés de Lincom, que deu alguns passos para o lado esquerdo e soltou um chutaço, em curva, na gaveta. Um baita golaço. Era o quinto gol de Lincom na Série B, artilheiro Xavante na competição e na temporada.

O Criciúma seguiu pressionando o Brasil e Marcelo Pitol fazendo boas defesas. E assim acabou o primeiro tempo, com o Brasil na frente do placar. A segunda etapa começou novamente com o Criciúma em cima. O gol dos catarinenses parecia questão de tempo. Mas o Brasil seguiu buscando o jogo, com a bola no chão, e assim chegou ao seu segundo gol, no auge da pressão catarinense. De uma cobrança de falta de Teco no campo defensivo, iniciou-se toda a jogada do segundo gol. Os dez jogadores de linha do Brasil tocaram na bola até ela rodar o campo todo e Marcinho dar uma linda assistência para Éder Sciola invadir a área e chutar de primeira, no canto direito do goleiro Luiz. Era o justo dois a zero para o Brasil, visto a sua eficiência defensiva e extrema competência no ataque.

A pressão do Criciúma persistiu, agora de forma desesperada. E em um dos inúmeros cruzamentos na área do Brasil, aos 23 minutos, Teco foi afastar de perna direita e acabou marcando contra. Ali o torcedor Xavante sentiu calafrios, pois sabia que o Criciúma viria com tudo pro ataque. Seriam mais vinte e poucos minutos de sufoco. E realmente o Criciúma se jogou pro ataque, mas o Brasil soube se fechar muito bem e jogar no contra ataque. Em dois deles, Juninho e Marcinho quase marcaram o terceiro gol. E assim foi até os últimos minutos, com o Criciúma desesperado, desordenado, e o Brasil fechado e jogando com a bola no chão, buscando manter a posse de bola. Depois de cinco minutos de acréscimos, o juizão apitou o fim do jogo e enfim o Brasil vencia o Criciúma no Heriberto Hulse.

Foi uma noite para acalmar o coração rubro-negro. Enfim tivemos um bom futebol em 2017, em agosto, no final do primeiro turno da Série B. Meio tarde demais, não? Mas ainda temos um turno inteiro pela frente. Obviamente um jogo e um resultado como o de sexta-feira deixam o torcedor empolgado, mas ainda temos muita coisa para arrumar e melhorar. Mas o que se viu em Criciúma, mais importante do que os três pontos, foi a vontade de vencer. Mesmo ganhando por 1 a 0, o Brasil foi lá e marcou outro no segundo tempo. Aos 48 do segundo tempo estava marcando o Criciúma no campo de ataque. No apito final a vibração de Leandro Leite mostra que o momento é outro. Aquela consternação de aceitar uma derrota, ou a trava para buscar uma vitória, parecem ser passado.

Clemer parece ter conseguido mexer com o espírito dos jogadores, algo que parecia estar apagado. E esse é o primeiro passo, que pode nos trazer vitórias, como em Criciúma. Mas somente isso não basta. O elenco possui jogadores que não estão no nível de uma Série B, portanto Clemer vai ter muito trabalho para manter esse time jogando o que jogou sexta. O presidente disse que reforços devem chegar. E realmente precisamos. Juninho tem entrado bem nas partidas, mas é muito afobado na hora de marcar o gol. Foi assim em Natal contra o ABC, foi assim ontem. É novo, precisa ter mais calma, levantar a cabeça. Éder Sciola parece outro jogador, impressionante a autoconfiança que ele está mostrando, coisa que nunca teve com a camisa do Brasil. Raras eram as vezes que ele ultrapassava a linha do meio de campo.

No nosso segundo gol trocamos passes durante exatos um minuto, onde todos os jogadores de linha tocaram na bola. Breno e Misael tiveram a chance de cruzar a bola na área em mais de uma oportunidade e não fizeram. Rodaram o jogo até chegar ao gol. Isso é treinamento. Tempos atrás se passava da linha de meio de campo e já se cruzava a bola na área, à espera de um milagre. Normalmente as bolas nem chegavam até a área. Ouvíamos que Lincom tinha como ponto forte o jogo aéreo, por isso tanto cruzamento. Mas dos cinco gols marcados por ele nessa Série B, quatro foram com o pé. Olhem o passe que ele deu pro Juninho no primeiro gol, genial. Jogadores bons precisam de bola no pé. Marcinho tem sido um dos melhores jogadores do Brasil nessa Série B, com uma velocidade absurda e criando grandes jogadas. Se soubesse concluir ao gol com maestria, estaria jogando a Série A ou fora do país. Temos que aproveitar a boa fase do nosso pequeno Nasarildo. E ainda tem o Rafinha voltando de lesão.

O que se ouve vindo do Bento Freitas é que “o clima é outro”. E esse espírito precisa se espalhar no campo e na arquibancada. A relação entre o time e a torcida vem sendo bem conturbada. É hora do clube, com o presidente, treinador e jogadores, trazerem a torcida novamente para o seu lado. A verdade é que estamos loucos para gritar “time de guerreiros” ao fim de uma grande vitoria na Baixada. Dar tapa na careca do Sciola na chegada do time aos gritos de “Vamos, vamos a ganhar”. A hora é agora. Sexta-feira, contra o Guarani na Baixada, é dia de ganhar no bafo, no grito da torcida. O mais importante parece termos recuperado, que é a vontade de vencer. O resto vem com muito trabalho e com a arquibancada do Bento Freitas.

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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Em noite de bom futebol, Brasil vence o Vila Nova-GO

Em busca da reabilitação no Campeonato Brasileiro da Série B, o Brasil entrou em campo na noite desse sábado para enfrentar o Vila Nova-GO no Bento Freitas e venceu depois de duas derrotas. Mas mais importante do que vencer, foi jogar bem.

Desde o início da partida, quem tomou as ações do jogo foi o Brasil. Aos 10 minutos Rafinha entrou à drible na área e bateu para defesa do goleiro Wendel. No rebote Bruno Lopes perdeu grande chance chutando para fora. Em outra jogada de Rafinha, o meia ameaçou o chute de canhota e passou para Elias que tentou cruzar, ao invés de bater no gol, e a defesa afastou para escanteio. Bruno Lopes e Rafinha ainda arriscaram chutes de fora da área mas sem muito risco ao goleiro Wendel. Eduardo Martini fez a sua primeira defesa aos 35 minutos do segundo tempo, em um chute mascado de Marcos Paulo. Com controle da partida, o Brasil ia para o final do primeiro tempo com o placar em branco. Mas aos 42 minutos, em bola roubada por Itaqui na frente da área, o camisa 5 Xavante passou para Lincom que deu um toque para o lado e bateu cruzado, rasteiro, e abriu o placar da partida.

No segundo tempo o Brasil não deu nenhuma chance para o Vila. Com 18 segundos de jogo, Rafinha arrancou do meio de campo e bateu perto da trave esquerda de Wendel. E as coisas ficaram um pouco mais fáceis com 1 minuto de segundo tempo. Maguinho, que já tinha cartão amarelo, subiu para uma disputa de bola com Lincom e deixou o braço na cabeça do camisa 9 Xavante. Cartão vermelho para ele. Aos 14 minutos Bruno Lopes recebeu de Rafinha e chutou duas vezes para duas defesas de Wendel. Marcinho entrou no primeiro tempo, no lugar de Elias, machucado, e enlouqueceu a defesa goiana. Em uma de suas jogadas, Marcinho arrancou do meio de campo, invadiu a área e caiu. O árbitro da partida entendeu como simulação e deu cartão amarelo para Marcinho. Atitude acertada.

Aos 26 minutos, veio o lance mais bonito da partida. Evaldo deu uma assistência de camisa 10 para Lincom, que tocou por cobertura na saída do goleiro Wendel e marcou o seu segundo gol na partida e o quarto na Série B. A partir do segundo gol o Brasil rodou a bola e foi administrando a partida. Eduardo Martini não fez nenhuma defesa no segundo tempo. E quando parecia que o dois a zero seria o placar final, Rafinha fez um golaço de falta, pelo lado esquerdo, onde colocou a bola na gaveta. Uma baita bucha! E o gol foi para fechar o placar nessa bela vitória do Brasil.

Com a vitória o Brasil chegou aos 11 pontos e alcançou a 12ª colocação na classificação. A próxima partida será contra o líder Juventude na próxima terça-feira, às 19:15h, em Caxias do Sul.

ANÁLISE DA PARTIDA

Sem sombra de dúvidas foi o melhor jogo do Brasil no ano. Com a bola no chão e rodando o jogo, o Brasil mandou no jogo. E enfim temos um camisa 9 matador. Lincom pouco toca na bola, mas finaliza com uma precisão gigante. Marcou o seu quarto gol e em três partidas já é o artilheiro do Brasil na temporada, ao lado de Gustavo Papa. Rafinha foi muito bem jogando pelo meio e não pelo lado, como ele jogou outras vezes. Marcinho entrou voando no jogo, muito bem. Lá atrás a defesa foi firme e com grande atuação de Evaldo.

Mas o destaque da partida foi a dupla de volantes. João Afonso é o jogador que mais comete faltas na Série B, porém é o 9º que mais desarma e o jogador do Brasil que mais acerta passes na competição. Foram 245 passes certos em 8 jogos. E hoje não foi diferente. João Afonso acertou 60 passes e errou apenas dois. Mas o diferencial de hoje para outras partidas foi a entrada de Itaqui no lugar de Leandro Leite. A qualidade na saída de bola aumentou uma barbaridade. Itaqui acertou 60 passes hoje, três vezes mais que Leandro Leite, que teve 20 passes certos em uma partida como sua melhor marca nessa Série B. Leandro Leite sabe da sua deficiência com a bola no pé e se esconde na saída de bola. Com Itaqui tivemos outro time em campo, além de ótima qualidade na bola parada. Breno foi outro que entrou muito bem no time. Com toque rápido e velocidade, foi uma das opções de ataque do Brasil pelo lado esquerdo.

Esse time de hoje encaixou e fica o problema para Rogério Zimmermann, que para o jogo com o Juventude terá Wagner, Leandro Leite e Marlon à disposição. Mas eu aposto dois litrões com vocês que Leandro Leite e Marlon voltam pro time semana que vem. Se isso é certo ou errado, é o professor quem sabe. Nós aqui só damos pitaco e cornetamos, com excelência, aliás.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

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Primeira derrota em casa

Na busca pela terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro da Série B, o Brasil recebeu o Ceará na tarde desse sábado no Bento Freitas mas o jogo não foi nada fácil.

Nos três primeiros minutos de partida o Brasil partiu pra cima do Ceará, buscando imprimir aquela pressão inicial comum do time quando joga em casa. Algumas chances foram criadas pelo ataque Xavante mas quem marcou foi o Ceará. Aos cinco minutos, em cobrança de escanteio, Rafael Pereira se desvincilhou da marcação de Evaldo e cabeceou no canto esquerdo de Eduardo Martini. O goleiro rubro-negro não se jogou na bola pois ali estava Wender, com a incumbência de afastar a bola. Porém o lateral furou bisonhamente e a bola entrou. A partir do gol, o jogo ficou feio e poucas chances de gol foram criadas na primeira etapa. As mais claras, pelo lado do Brasil, foram em uma cabeçada de Bruno Lopes e em um chute de Rafinha. No final do primeiro tempo o Brasil fez uma blitz com escanteios consecutivos mas sem conseguir colocar a bola pra dentro.

Já na segunda etapa o jogo foi outro. Já aos 11 minutos, em bola para parada, Lincom deu um tiro de cabeça e o goleiro Éverson tirou em cima da linha. O Brasil tinha controle do jogo mas novamente quem marcou foi o Ceará. Em uma bola perdida por Rafinha no meio do campo, Tiago Cametá deu belo passe para Arthur que bateu de primeira, da entrada da área, e marcou belo gol. Era o dois a zero.

O jogo era encardido, com o Ceará fechado e o Brasil buscando o ataque. Quando Marcinho entrou no lugar de Bruno Lopes, o Brasil conseguiu ser mais efetivo. Em sua primeira jogada, Marcinho invadiu a área pela direita e passou para Wagner que girou e bateu de perna esquerda, mas o goleiro Éverson fez uma linda defesa e evitou o primeiro gol Xavante. Mas aos 28 minutos Éverson não teve como evitar. Marlon deu belo passe para Lincom na entrada da área e o camisa 9 Xavante driblou o goleiro e bateu de perna esquerda para o fundo das redes. O Brasil tinha mais 20 minutos para buscar o gol de empate.

Nessa hora a torcida Xavante cresceu junto com o time e o gol de empate não demorou a sair. Aos 35 minutos, em cobrança de falta pela esquerda, Marlon cruzou na área e Evaldo cabeceou para mais uma grande defesa de Éverson. Mas no rebote do goleiro cearense, Lincom cabeceou no canto oposto do goleiro e marcou o seu segundo com a camisa rubro-negra. Agora o Brasil tinha mais 10 minutos e os acréscimos para marcar mais um gol e comemorar a centésima vitória do clube em competições nacionais jogando no Bento Freitas.

Naquela altura do jogo, o empate já não era mau resultado. Mas o castigo veio no final. Aos 45 minutos, Rafael Carioca recebeu a bola passando o meio de campo totalmente sem marcação, adiantou a bola e sentou-lhe o chinelo. A bola foi rápida, raspando a trave direita de Martini, e entrou. Era o gol da vitória do Ceará e a primeira derrota Xavante jogando no Bento Freitas na Série B.

Com a derrota o Brasil estacionou nos oito pontos e caiu para a 11ª posição no campeonato. A próxima partida será já na terça-feira contra o Luverdense fora de casa, às 21:30h.

Foto: Paulo Rossi/Diário Popular

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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