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Viajar é bom, mas retornar para casa é ainda melhor

Por Pedro Henrique Costa Krüger

Um Bento Freitas vazio não faz sentido. Quando há jogo no carpete verde, o estádio (mesmo em reforma) pulsa — mas não há luta, grito ou batucada desde o dia 11 de junho. Depois de muito viajar e cortar de fora a fora o país, o Xavante vai reencontrar a Baixada. É o gol mais importante das últimas rodadas.

Mesmo no período longe de Pelotas, o Brasil como mandante foi arrasador: 83,3% de aproveitamento, o maior da Série B – e poderia ser 100% pois tivemos dois gols mal anulados contra Luverdense e Náutico. O que muda é a presença massiva da torcida, que também atingiu a maior média de ocupação de estádio do certame.

Além disso, o protagonismo Xavante volta a direcionar os holofotes a Pelotas, finalmente, impulsionando-a, mesmo que timidamente, a crescer; logo ela que é uma cidade tão carente nesse sentido. O Brasil na Série B é uma vitória pintada em vermelho e preto para todo mundo.

Enfim, são muitos motivos para festejar o definitivo retorno ao lar. A faixa “bem-vindos ao inferno” voltará a ter sentido.

Acredito que boa parte da torcida tem motivos para questionar alguns erros cometidos que atrasaram o nosso retorno ao estádio, ou até mesmo os motivos que levaram a afastá-lo, mas é um assunto pertinente demais para apenas um parágrafo — inclusive já foi abordado aqui no BlogXavante.com. Vale, aqui, somente a celebração por voltar a um dos recantos mais autênticos do verdadeiro futebol brasileiro: o Bento Freitas.

Em Casa | Ivan H. Schuster

Enfim de volta ao Caldeirão. A saudade é grande. Cinco mil, sei mil Torcedores, meia arquibancada, um terço de arquibancada, sem arquibancada, não importa. A apresentação está marcada para domingo, dia 28, 11h. Horário estranho, fora do usual. Quem liga? Poderia ser às 3h de terça-feira(segunda, não!). O que realmente importa é que nos apresentaremos – o GEB não joga, apresenta-se – em casa, no nosso palco, junto aos nossos.

Ocuparemos todos os espaços que nos permitiram ficar, é certo. A saudade é grande. Alguns irão direto da noite e farão na Princesa Isabel o desjejum com churrasquinho, pastel e cerveja. Outros deixarão os cunhados secadores tomando conta do churrasco em casa, já que os infelizes não têm mais nada para fazer. Haverão aqueles que atrasarão o almoço na casa da mãe. Muitos apenas estarão lá, depois tratarão das questões menores, como comer e beber.

Coincidentemente o adversário será o Londrina. Adversário de más lembranças recentes. Não de lembranças esportivas, muito ao contrário, destas temos as melhores, mas da falta de esportividade. Temos que ir, lotar o Caldeirão, incentivar os nossos Guerreiros os noventa minutos, fazer a festa, mas não podemos em momento algum irmos além disto. Estarão de olho em nosso comportamento. Um deslize e nos punirão. Dar motivo para nos punirem, além de nos trazer mais prejuízo, que não podemos suportar, será um atestado de burrice e estupidez que não precisamos ter. Além do que, acho que ficou bem claro que quando aquele que se diz profissional não possui as qualificações propagandeadas, o tempo trata de corrigir eventuais enganos. Chora mané, punição e rebaixamento vergonhoso foi o que te restou. “As vacas ladram e a caravana passa”, diria o Ibrahim Suede (Se tiveres menos de 50 anos, provavelmente nunca ouviste falar neste cara, mas pergunta para o Google que ele te informa).

Vai ser uma apresentação diferente, platéia apertada, na sombra, de costas para o sol. Mas que não duvidem da nossa capacidade de empurrar o esquadrão para frente, de dar pressão no juiz, de fazer festa e mostrar ao mundo a força incontestável da Maior e Mais Fiel Torcida do Interior do RS. Estaremos lá, como sempre estivemos. Somos parte integrante e ativa do espetáculo. A saudade é grande, torcer é preciso.

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS