Arquivo mensais:outubro 2014

Com a força do povão | Ivan Schuster

Quem foi ao Bento Mendes de Freitas no sábado pode testemunhar e sentir na pele e na alma um dos maiores espetáculos já acontecido dentro do Caldeirão. Não lembro de outra ocasião em que a Torcida Xavante tenha cantado seus cânticos de guerra com tanta força e emoção. Foi de arrepiar. Time e Torcida, um único esquadrão.

O time em campo fez uma apresentação sanguínea. É certo que durante boa parte do primeiro tempo o time campeão do Paraná nos colocou na roda. Tocavam a bola de um lado para o outro e não conseguíamos acertar a marcação no meio de campo. Como também é fato que eles tocaram a bola, mas não obtiveram chances claras de gol. Não lembro do Martini passando muito trabalho ou de bolas passando com perigo.

A nossa defesa é muito segura. Para furá-la tem que suar muito. Não é só chegar e ir entrando. Tem que fazer por merecer. Já disse em outras ocasiões e repito, sou fã do Cirilo. Não apenas nos garante lá atrás, como foi dele gols importantes e em momentos decisivos nesta nossa caminhada. Cirilo é segurança e decisão. Não bastasse tudo isto, ainda é cria da casa, é Xavante de nascença.

Ao final da apresentação ouvi o treinador, ou algum dirigente, não sei bem, lamentando que fizemos três gols de bola parada. Eu acho muita graça. Se a bola estive parada, não entrava. Dãããã. No segundo gol, por exemplo, ela se mexia e com uma velocidade muito grande. Tanta que o goleiro nem a viu passar. Caiu de susto. Futebol é jogo coletivo, tem jogadas tocando bola e jogadas iniciadas com bola parada. Se não estou enganado, o forte das jogadas do Atlético de Madrid na temporada passada, eram as jogadas iniciadas com bola parada. E foram apenas os campeões do Espanhol e vice-campeões da Champions League. Vai ver que é uma estratégia ruim. Bom mesmo é tocar a bola de um lado para o outro sem conclusão.

Antes de encerrar este texto quero falar sobre algo importante noticiado neste final de semana no site Trivela (http://trivela.uol.com.br/torcida-liverpool-ergueu-voz-para-dizer-que-estadio-de-futebol-nao-e-teatro/ ). A torcida do Liverpool mostrou faixas em protesto ao rumo que está sendo dado aos jogos de futebol. São contra transformarem os estádios em teatros e os torcedores em clientes.

Ingressos caros, torcedores sentados, palmas ao invés de cânticos, partidas frias. O futebol está perdendo o que tem de mais bonito, a emoção. Estão fazendo do futebol um produto midiático, tirando-lhe a essência, a paixão dos torcedores. Estão tirando o povo de dentro dos estádios.

O futebol está sendo industrializado, virando um produto processado, esterilizado, embalado a vácuo e congelado a -37oC. As partidas continuam plasticamente bonitas, bem jogadas, mas o espetáculo perdeu a vibração. Poucos são os clubes ingleses que possuem uma torcida que possa fazer a diferença. E não falo de violência, mas de festa, alegria, pressão os 90min. Embora bem jogado, o futebol inglês chega a dar sono.

No programa Linha de Passe(ESPN), na segunda-feira passada, dia 20/10/2014, quando anunciavam os classificados para a Série C do Campeonato Brasileiro de 2015, o comentarista Mauro Cezar Pereira falou que o GEB é um dos últimos clubes do Brasil que ainda faz futebol à moda antiga. Referiu-se a nós como sendo a resistência ao que se chama de “futebol moderno”. Não falou em tom crítico, mas na forma de um elogio. Não temos dono, ainda vivemos de paixão e orgulho. Somos do povo.

Sei que não é fácil. Para colocar um time em campo nos dias de hoje é preciso muito dinheiro. Dinheiro que, na grande maioria das vezes, não se tem. Mas rogo aos atuais e futuros dirigentes do meu querido Grêmio Esportivo Brasil, mantenham o clube assim, junto ao seu torcedor, ao povão. Montem as estratégias de marketing baseadas nisto. Este é um grande diferencial que temos. Não nos homogenizem, não nos façam uma “commodity”. Não deixem que “empresários” nos tomem como seus, que façam do nosso clube um balcão de negócios e interesses pessoais, como o que vem ocorrendo com a grande maioria dos clubes no Brasil e no mundo.

Não precisamos e nem queremos poltronas acolchoadas, camarotes com ar-condicionado e muito menos serviços “à la carte”. Só o que precisamos é de um lugar para torcer, em pé mesmo, e um time guerreiro e combativo dentro de campo. Quem foi ao Caldeirão e participou do espetáculo no sábado passado sabe do que estou falando. Não há dinheiro que monte aquele luxuoso espetáculo. Não precisou de texto e nem ensaio prévio, pois foi feito com o coração e a alma. Ambos rubro-negros.

Abs.


Ivan Schuster
Onda Xavante

 

Excursão para Londrina saindo de Curitiba

E já começou a movimentação da torcida Xavante para a partida do próximo sábado em Londrina. Pessoal de Curitiba está organizando excursão com saída no sábado de manhã. Abaixo as informações:

Jogo: Londrina x G.E.Brasil
Saída: 31/10 – Sábado
Valor: R$90,00
Contato: Thiago Nunes – (41) 9187-7097

Vamos com tudo!

Derrubamos mais um

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Rafael Forster marcou duas vezes na grande vitória Xavante. Foto: Carlos Queiroz.

E foi-se o último invicto do Campeonato Brasileiro da Série D. Caiu na Baixada, não sobra nada. O Brasil venceu o Londrina na noite desse sábado por 3 a 1 no estádio Bento Freitas em noite de Baixada lotada. Rafael Forster abriu o placar aos 13 minutos da primeira etapa em cobrança de falta que o goleiro do Londrina se atrapalhou com a curva da bola. Mas o Londrina, que fez uma boa primeira etapa, empatou o jogo aos 35 minutos com Rodrigo Batata em lance duvidoso. Em uma bola cruzada na área, Rodrigo Batata desviou e a bola bateu na trave e foi afastada por Cirilo em cima da linha. A bandeirinha correu para o meio do campo e o árbitro da partida confirmou o gol. Mas é impossível saber se a bola entrou ou não. Não deu muito tempo para o Brasil sentir o gol. Aos 41 minutos o Brasil teve outra falta a seu favor, dessa vez mais perto da área, e Rafael Forster soltou um petardo que o goleiro do Londrina nem viu a cor da bola. Golaço.

Na segunda etapa o jogo foi mais parelho com algumas chances a mais de gols para o Brasil. O Londrina tentava atacar mas a defesa Xavante estava intransponível. Quando parecia que a partida terminaria em 2 a 1, em uma cobrança de lateral de Wender o zagueiro do Londrina foi tentar saiu jogando e derrubou Márcio Jonathan dentro da área. Pênalti claríssimo. Chicão foi para a cobrança e marcou.

Com a vitória por 3 a 1, o Xavante pode até perder por um gol de diferença em Londrina no próximo sábado que conquistará a vaga à final da competição. Será um jogo duro e difícil, disso não temos dúvida. Mas a superação desse time é cada vez mais impressionante. A capacidade de cumprir as ordens do comandante Rogério Zimmermann é o que tem levado o Brasil às conquistas.

E que assim sigamos, vencendo e buscando o título da Série D. Afinal, queremos gritar CAMPEÃO!

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini, Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster (Brock); Nunes, Washington, Márcio Hahn; Felipe Garcia (Chicão), Alex Amado e Nena (Márcio Jonathan). Técnico: Rogério Zimmermann.
Londrina: Vitor; Lucas Ramon, Dirceu, Silvio e Allan Vieira; Guilherme Amorim, Diogo Roque, Anderson e Celsinho; Paulinho (Alexandre Oliveira) e Bruno Batata (Madson). Técnico: Cláudio Tencati.
Gols: Rafael Forster aos 13’ 1º tempo e aos 41’ 1º tempo e Chicão aos 49’ 2º tempo (GEB); Bruno Batata aos 35’ 1º tempo (LON).
Cartões amarelos: Eduardo Martini, Forster, Washington, Márcio Hahn, Chicão e Nena (GEB); Paulinho, Guilherme Amorim, Diogo Roque e Madson (LON).
Arbitragem: Edmundo Alves do Nascimento, auxiliado Nadine Camara Bastos e Neuza Ines Back
Local: estádio Bento Freitas, Pelotas-RS.

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante

Os gols da partida – Vídeo da Assessoria de Imprensa do GEB

Primeiro e terceiro gol do Brasil


ÁUDIOS

*capturados das rádios Pelotense AM e Universidade AM

O dia em que Pelotas parou

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A noite de 20 de Outubro de 2014 entrou para a história da cidade de Pelotas. Os guerreiros Xavantes foram recepcionados por um mar vermelho e preto que esperou o ônibus da delegação já na entrada da cidade. Depois escoltaram a delegação até o estádio Bento Freitas onde mais de 15 mil pessoas esperavam para comemorar. Não era dia de jogo, mas as arquibancadas ficaram lotadas e a festa foi completa.

Abaixo assista um pouco do que foi essa noite mágica na cidade de Pelotas.

Compilação de vídeos encontrados na internet

Vídeo da Assessoria de Imprensa GEB

Diário Popular

Matéria RBS TV Pelotas

Matéria Globo Esporte RS

Comemoração dos jogadores no vestiário