Arquivo mensais:abril 2015

Obrigado, Grêmio Esportivo Brasil

Torcida do Brasil compareceu em peso no Beira-Rio. Foto: Flávio Neves

Torcida do Brasil compareceu em peso no Beira-Rio. Foto: Flávio Neves

E o campeonato gaúcho de 2015 chegou ao fim para o G.E.Brasil. Com uma grande campanha, o Xavante terminou o campeonato na terceira colocação e conquistou novamente o campeonato do interior, título também conquistado no ano passado.

Ainda tentando uma vaga na final do campeonato, o Brasil enfrentou o Internacional, no Beira-Rio, na tarde desse domingo. Precisando vencer a partida para alcançar a classificação, o time rubronegro soube segurar as ações do time colorado na primeira etapa. O destaque do primeiro tempo foi o goleiro Eduardo Martini, fazendo grandes defesas. Já na segunda etapa o Internacional voltou com um grande volume de jogo, superando o excelente jogo defensivo do Brasil. Alex abriu o placar, Valdívia marcou de fora da área e Rafael Moura ampliou o placar para 3 a 0. Márcio Jonatan descontou para o Brasil.

A diferença técnica entre os elencos era sabida e notória. Sem falar na diferença financeira. Mas a torcida do Brasil foi até o Beira-Rio com a esperança de eliminar o Inter. Como muito torcedores falaram: “Se eu não acreditasse, não saia de casa”. O Brasil precisava jogar o seu melhor futebol do ano e contar uma má tarde do time colorado. Aconteceu que o Brasil manteve o seu volume de jogo habitual, esperando o Inter para jogar no contra ataque. Mas o Inter fez um grande segundo tempo, muito acima do que vinha jogando nesse Gauchão. Aí não teve o que fazer.

O ano de 2014 tinha fantástico para o torcedor do Brasil. Havíamos saído da famigerada segundona e só isso já era um alívio. Aí veio o campeonato do interior, vaga na Copa do Brasil e a vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D. Na disputa da Série D, veio o acesso à Série C e o vice-campeonato da competição. Para 2015, a direção Xavante fez todos os esforços possíveis e manteve Rogério Zimmermann e grande parte do elenco vencedor de 2014. O Gauchão começou com tudo, com o Brasil vencendo seus jogos e liderando a competição. Nesse meio tempo, ainda jogamos contra o Flamengo no Bento Freitas e no Maracanã. Histórico. Vencemos o Grêmio na Arena e nos classificamos para as finais do Gauchão com algumas rodadas de antecedência. Nas quartas vencemos o Lajeadense e nas semifinais paramos no Internacional. Dessa forma garantimos a vaga para a Copa do Brasil de 2016 e fomos bi-campeões do interior. De lambuja ainda vimos do Caxias ser rebaixado junto com o Alex Brasil. Coisa linda.

Nas arquibancadas, a torcida Xavante seguiu dando o seu show. Esteve presente em todos os jogos fora de casa. Esgotou todos os ingressos no jogo da Arena da OAS e no Beira-Rio. Lotamos o estádio que alugamos, aquele mesmo, acostumado a ficas às moscas. Lotamos também o Aldo Dapuzzo. Estivemos entre as dez maiores médias de público entre todos os estaduais no país e fomos o clube de interior que mais levou torcedores às arquibancadas em todo o país.

Resuma tudo isso citado acima e tente ficar triste pela derrota de hoje pro Inter. Consegues? Óbvio que não. Temos é muito orgulho desse time e desse clube. Vamos agradecer eternamente ao Rogério Zimmermann e seus jogadores por tudo que eles vêm fazendo pelo nosso querido Grêmio Esportivo Brasil. E agora vem o Campeonato Brasileiro da Série C. No mínimo teremos 18 jogos até o final do ano, buscando o acesso à Série B. Aí sim, subindo para uma Série B o clube muda de patamar. Se subiremos nós não sabemos, mas temos certeza que percorreremos esse país atrás desse clube. Isso é o que faz a torcida do Brasil viver, poder viajar e ver o Brasil jogar. Nada mais do que isso.

Que comece logo essa Série C. Vamos com tudo, Xavante!

VÍDEO

Melhores Momentos – RBS TV

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

Nunca nos calarão | Ivan H. Schuster

A verdade, por mais amarga e indigesta que possa ser, deve ser enfrentada. Não há o que esconder. Tomamos um chocolate. Não tem choro e nem vela, perdemos e bem perdido. O time do Internacional de Porto Alegre dominou toda a partida. Três gols foi pouco para o que produziu. Só não fizeram mais, porque temos goleiro. Um bom goleiro. Martini fez grande partida. Claro que dói perder para um time que tem Paulão e Anderson, mas eles também tem Alex e Valdívia. Jogam muito. Ao fim e ao cabo, não dá para reclamarmos. Sonhar, sonhamos. Mais, desejamos. Chegamos mesmo a acreditar que seria possível. Mas a diferença entre os clubes é abissal. Mas não morremos de véspera. Fomos e lutamos. Demos o nosso melhor, fizemos o possível. Não deu.

Por outro lado, é verdade, também, que somos Bi-campeões do Interior e terceiro colocado do Gauchão pela segunda vez, isto é, pelo segundo ano consecutivo ficamos atrás apenas da dupla gre-nal. Não é pouca coisa. O Rogério Zimmermann fala, com muita humildade e coerência, que no nosso campeonato, aquele composto pelos clubes do nosso tamanho e que vivem a nossa realidade, ninguém no superou. E pelo segundo ano consecutivo. Chorem todos, secadores! A verdade é grande e dura, mas dói menos se aceitarem. #AceitaQueDóiMenos

Se dentro de campo, inegavelmente, somos a terceira força do Estado, nas arquibancadas todos os demais tem muito o que aprender. Estamos muito à frente. A Maior e Mais Fiel do Interior do Estado do RS, mais uma vez, ganhou de goleada. Está certo que neste quesito os nossos adversários são muito fracos, todos eles, mas é sempre bonito ver a Xavantada fazendo o seu show.

Enquanto a torcida adversária, em sua grande maioria, assistiu a apresentação sentadinha, aplaudindo somente nos gols de seu time, a Torcida Xavante cantou e vibrou o tempo inteiro. Antes, durante e depois da apresentação Xavante. A cada gol sofrido, a Torcida Xavante mais fervia, pois entendia a sua importância no espetáculo. O embate acabou e quem continuou fazendo festa foi a Negrada da Baixada. Sorry periferia, no cantamos en español. Tem que olhar, para aprender …

É certo que já deve ter corneteiro querendo mudar tudo, dizendo que o time é fraco, que só dá balão, que precisamos de uns 15 reforços, que o Zimmermann tem os bruxos dele e é muito teimoso, e tudo aquilo que sempre se ouve nestes momentos daqueles que não conseguem disfarçar suas frustrações. Mas o fato, o que realmente importa e que já está registrado para sempre na história do futebol Gaúcho, é que somos Bi-campeões do Interior, terceiro colocado do Gauchão, também pela segunda vez, que estaremos na Copa do Brasil 2016 e, de lambuja, os Polenta vão encarar o inferno lodoso da segundona, provavelmente ao lado daqueles outros que não se deve dizer o nome, pois dá azar. Que chorem e chafurdem no lodo fecal eternamente, abraçadinhos.

Agora, é cuidar da reforma da nossa casa, descansar os guerreiros e planejar a nossa turnê da Série C do Campeonato Brasileiro. E nós, Torcedores Xavantes, estaremos aguardando ansiosamente a luta por esta nova taça. Sempre prontos para participar, incentivar e vibrar a cada apresentação Xavante, porque, aconteça o que acontecer, não nos calarão, nunca, jamais.

Abs.

Luiza, Xavante | Ivan H. Schuster

Assisti emocionado a entrevista da Luiza, a menina que foi mostrada na TV sendo carregada para a ambulância devido a uma crise asmática provocada pelas confusões na arquibancada, durante a apresentação Xavante frente ao Internacional de Porto Alegre, no último sábado.

A alegria em seus olhos ao ver o capitão Leandro Leite é reveladora. Luiza é Xavante. Com o passar do tempo vamos perdendo esta naturalidade e espontaneidade que as crianças possuem. Vamos envelhecendo e vamos ficando duros, rabugentos, com vergonha de mostrar as nossas alegrias e tristezas, nossos amores e dessabores, com se fosse feio ou pecado. Mas as crianças, felizmente, ainda possuem este dom de poderem ser sinceras em sua emoções. E a Luiza deixou evidente a sua alegria em ser Xavante. É isto aí, Luiza, é bom ser Xavante.

Se a imagem da doce Luiza comove, saber que o momento de sofrimento por ela vivido poderia ter sido evitado, se a BM fosse melhor preparada e houvessem menos imbecis no mundo, revolta. É impressionante que um evento que deveria ser de diversão e alegria, produza pancadaria, bombas de efeito moral – a propósito, moral de quem? – e gás de pimenta, fazendo vítimas inocentes, como a Luiza e tantos outros que estavam ali somente para apoiarem o GEB. Algo está errado. Muito errado. Não é possível que centenas, milhares paguem pelos atos de meia dúzia. Isto não é justiça. Não é, sequer, policiamento, nem ostensivo e muito menos preventivo, é selvageria. Perderam o controle e a razão.

É certo que o clube será punido, pois é isto que o MP, BM e TJD sabem fazer, punir. Punem com borrachada nas costas, gás de pimenta e bombas de fumaça. Violência e mais violência de forma indiscriminada. Depois virá a punição para o clube. Deixará o que já está ruim, muito pior. Como se estes métodos, algum dia na história da humanidade, tivessem resolvido algo. Se punição e violência resolvessem algo, todos seríamos católicos, porque não podiam ter caçado e punido mais do que fizeram durante o período da Inquisição. O que não falta na história são exemplos de tentativas de coerção pela violência e punição. Sabemos bem que não é com punição e muito menos com violência que se educa. Não é opinião, é fato. Insistir é burrice.

Será que só eu acho estranho ver policiamento ostensivo, com equipamento para conflito, em uma partida de futebol? Será que tudo isto é mesmo necessário ou atende a interesses de alguns? Por exemplo, nas novas arenas, com torcidas muito mais numerosas e com históricos nada honrosos, como as do Corinthians, Flamengo e Palmeiras, não se vê mais este tipo de policiamento dentro dos estádios(arenas), mesmo não havendo mais divisórias entre a arquibancada e o gramado. Por que aqui ainda se usa este expediente?

Não sou especialista em segurança. Na verdade, entendo nada sobre esse assunto. Apenas tenho a certeza, como cidadão, de que como está, está ruim. E se está ruim, está errado. E se está errado, precisa ser corrigido. Só que isto requer trabalho, inteligência, disposição e vontade política das pessoas responsáveis. Está bem, melhor esquecer. Vai continuar na base da borracha e da punição, mesmo.

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS

Bi-Campeão do Interior, no mínimo | Ivan H. Schuster

Vou começar pelo triste acontecido e deixar o de melhor para o final do texto. Não apenas uma ocorrência triste, ,mas lamentável e estúpida. Os brigões devem se achar machões, quase gladiadores, mas, antes de tudo, são é muito burros, estúpidos e imbecis. Não necessariamente nesta ordem. Isto se forem realmente Torcedores Xavantes, o que não os considero. A pergunta que sempre fica é, quem irá arcar com os prejuízos quando as penalidades vierem? Homem mesmo, assume as merdas que faz e não se esconde em meio a multidão.

Sou da opinião que a diretoria do GEB deve solicitar as imagens, identificar os que forem possíveis de serem identificados, excluí-los do quadro social para sempre e denunciá-los à justiça. Incomoda-me profundamente ver a imagem da Torcida Xavante, a minha inclusive, ser associada a estes retardados. Certamente não representam a Torcida Xavante e muito menos o GEB.

Esclarecedor o texto publicado no Facebook pela (acho) mãe da menina que foi filmada saindo carregada para a ambulância. A menina não foi atingida por pedrada e nem estava ferida, felizmente. O que ocorreu é que foi acometida por uma crise asmática, causada pelo estresse vivido e, provavelmente, pelo gás lançado pela polícia.

Importante também neste relato, é a informação de que tudo começou com a torcida colorada atirando pedras em direção à Torcida Xavante. Houve revide, os ânimos se exaltaram e a meia dúzia de brigadianos que estava ali ficou com medo de perder o controle da situação – que provavelmente já haviam perdido – e partiram para o ataque com gás, bombas de efeito moral e tudo mais o que foi visto. Deu no que deu.

Duas observações: 1) o despreparo da BM em lidar com conflitos entre torcedores é um fato. Existe uma única ação definida: baixar o cacete. Até torcedores que em meio a confusão estão tentando apaziguar tomam borrachada nas costas. Inteligência é preciso; 2) Como costumeiramente faz, a imprensa não procura os fatos, mas as imagens fortes para criar as manchetes sensacionalistas. Publicam opiniões, não fatos. A imprensa brasileira virou(sic) opinativa e tendenciosa. Pena. A imagem da menina sendo carregada não precisava. Uma enorme falta de bom senso. Também, pelo menos até agora, ninguém procurou saber a origem da confusão. Sequer foram atrás da menina para saber o que se passou. O que interessa é mostrar as imagens dos torcedores brigando entre si, o que, sim, é uma vergonha e merece investigação e punição. Mas não li, ouvi ou vi em nenhum lugar, sequer uma única menção a respeito das pedras jogadas pela torcida do Internacional de Porto Alegre. E não faltam relatos por parte de Torcedores Xavantes, inclusive este da mãe da menina.

A parte boa foi que fizemos uma grande apresentação dentro de campo. Depois de um primeiro tempo equilibrado, no segundo, massacramos o Internacional de Porto Alegre. Não é pouca coisa para um clube que tem um orçamento vinte, trinta vezes menor. Chamar nossos atletas de guerreiros é pouco. São titãs.

A prova de que fomos bem superiores, é que o goleiro colorado foi o melhor deles em campo. Jogaram com time misto, dirão os mais angustiados e apressados corneteiros. Verdade? Então, diz aí, qual é o time titular, pois nem o treinador deles sabe ao certo. Até o momento não repetiu uma única escalação em todo o ano de 2015. Se eles não tinham o D’alessandro, nós não tínhamos o Washington.

Eu fiquei bastante satisfeito com o que o Esquadrão Xavante produziu e acho que com um pouco mais de sorte teríamos ganho. Estamos vivos, confiantes e, certamente, iremos lotar todo o espaço que nos derem no Beira-rio. Afinal, não vai ser agora que iremos deixar o bi-campeão do interior do RS se apresentar sozinho.

É bom ser Xavante!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS