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Estreia com derrota no Gauchão 2016

O Xavante fez a sua estreia no Gauchão 2016 jogando em Caxias do Sul contra o Grêmio e perdeu por 3 a 1. Os gols da partida foram marcados por Cleverson para o Brasil e Luan, Everton e Pedro Rocha para o Grêmio.

O Grêmio começou a partida com uma maior posse de bola mas foi o Brasil que chegou com perigo e marcou. Em cobrança de escanteio de Xaro, a bola cruzou toda a área do tricolor e caiu no pé de Cleverson, que sozinho tocou para dentro do gol. Era tudo que o Brasil queria. A partir do gol era só fechar o time e sair no contra ataque. A tática durou até os 43 minutos do primeiro tempo, quando em jogada individual de Maicon, o meio-campo gremista passou dentro da área para Luan que tocou no canto de Eduardo Martini.

Para a segunda etapa o treinador gremista Roger Machado tirou Edinho e colocou Pedro Rocha. Foi aí que o Grêmio encaixou o seu jogo e foi para cima do Brasil. Logo aos dois minutos Luan avançou pela direita, driblou Xaro com grande facilidade e cruzou na cabeça de Everton, que ganhou no ar de Wender, e virou a partida. O treinador Rogério Zimmermann então mexeu no time. Nena, que pouco tocou na bola, deu lugar à Ramon e Cleverson saiu para a entrada de Marcos Paraná. Poucos minutos depois o Grêmio chegou novamente com Maicon. Na entrada da área o meio-campo gremista deu passe para Pedro Rocha, novamente livre dentro da área, que chutou forte na saída de Eduardo Martini.

Com o placar praticamente garantido, o Grêmio desacelerou o jogo e então o Brasil conseguiu jogar. Diogo Oliveira e Marcos Paraná tiveram mais tempo para trabalhar a bola e o Brasil chegou com perigo em duas oportunidades com Ramon e a mais clara com Wender. O lateral Xavante avançou pela direita, entrou na área, driblou o zagueiro Kadu e chutou de perna esquerda para fora. Foi ali a última chande do Brasil na partida.

Perder nunca é bom, ainda mais para nós que nos acostumamos a perder tão pouco nos últimos anos. Mas o resultado contra o Grêmio não tem nada de anormal. O time da capital está muito encaixado e não é a toa que foi o terceiro colocado no Brasileirão ano passado e vai jogar a Libertadores esse ano. Cometemos falhas defensivas que não costumamos cometer e a qualidade técnica do time gremista não perdoou. Os números da partida mostram a diferença técnica. O Grêmio teve 63% de posse de bola contra 37% do Brasil. O Grêmio trocou 445 passes, sendo apenas 43 errados. Já o Brasil trocou apenas 152 passes sendo 46 errados. Alguns torcedores Xavantes dizem que o nosso campeonato não é contra a dupla grenal, que temos que brigar com os times do interior. Mas não podemos pensar assim. Temos é que trabalhar ainda mais forte para vencermos eles. Obviamente que a qualidade técnica deles é bem superior a nossa, pois a diferença de orçamento é um abismo. Mas nós podemos vence-los sim. E assim temos que pensar.

O próximo adversário será o Cruzeiro em Gravataí na próxima quinta-feira, às 19:30h. Será jogo ao vivo do PFC. Será um jogo para o Brasil apresentar o bom futebol que esse time pode apresentar. Se fossemos brincar de treinador, mexeríamos em dois nomes no time titular. Começaríamos o jogo com Brock na lateral-esquerda e Ramon no ataque ao lado de Nena. Mas quem manda, e sabe tudo desse time, é o mestre Rogério Zimmermann. Deixamos na mão dele que estará bem cuidado.

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Melhores Momentos – RBS TV

Feliz 2016! | Ivan H. Schuster

Acabou-se o ano esportivo de 2015 para nós, Xavantes. Não dá para dizer que foi um ano ruim, médio ou mesmo bom. Fui um ano muito bom, excelente até. Daqueles de encher o peito de ar, erguer a cabeça, levantar as mãos aos céus e agradecer por ser Xavante. Sim, ser Xavante é uma dádiva. Ser Xavante e campeão é pedir demais. Ninguém merece tanta felicidade. Seria injusto para com os demais.

Não vou repetir todas as conquistas deste atual grupo, porque a mídia tem feito isto recorrentemente. Aliás, só dá Xavante em todos os meios e canais de comunicação. Somos a bola da vez em todos os canais de televisão, jornais, estações de rádio e sites na internet, tanto em âmbito regional como nacional. É nóis! E há quem ache que o importante é nunca ter fechado. Fazer o quê? Só podemos rir, enquanto choram. Lamento muito. É a vida. Que chorem.

Pois, minhas companheiras e companheiros de arquibancada, que momento vivemos. Pela primeira vez, em décadas, poderemos planejar a médio e longo prazos. Aliás, poderemos planejar algo além da próxima competição. Poderemos, por exemplo, pensar em contratações para dois, três anos e não apenas para o campeonato do momento. Sei que a verba da TV é importante. É um recurso financeiro bastante significativo. Mas, acho eu, mais importante ainda é a possibilidade de estruturarmos um plano de sócios, pensando no longo prazo; é termos visibilidade nacional e atrairmos cotas de patrocínio maiores; é termos maior poder de negociação junto aos atletas que venham a nos interessar; é termos condições de projetar um fluxo de caixa com maior grau de precisão; enfim, é sairmos da situação do acordar sem saber se teremos condições de almoçar. Um tempo onde jantar é um sonho distante e improvável. É podermos pensar no amanhã, que o de hoje está garantido. Estamos de bucho cheio.

Sei que temos inúmeros problemas e que eles não desapareceram com as recentes conquistas. E tampouco desaparecerão por si só. A maioria destes problemas são relacionados a nossa infra-estrutura, que há muito tempo já dá sinais de esgotamento. Mas também sei que, com os pés no chão, com muita humildade e trabalho, estamos em condições muito melhores para enfrentá-los. Se há um momento bom para enfrentá-los – e sabemos bem que um dia teremos que fazê-lo – o momento é este. Como diz o dito, o cavalo está passando encilhado. Resta-nos ter a habilidade e inteligência para montá-lo. Pior outros, que estão tendo dificuldades até para montar em uma vaca no brejo. Que dureza!

A partir de agora teremos desafios muitos maiores do que até então enfrentamos. Dentro de campo, uma nova realidade nos aguarda. No Gauchão, seremos o time a ser batido. Contra nós jogarão a vida. Teremos que provar, a cada apresentação, que merecemos estar na posição de terceira força futebolística do Estado. Ninguém aliviará. Nas competições nacionais – sim, assim mesmo, no plural – teremos que nos adaptar a um maior grau de dificuldade. Enfrentaremos adversários mais qualificados e teremos deslocamentos enormes em um campeonato longo. Nós, Torcedores Xavantes, não conseguiremos mais fazer excursões para acompanhar os nossos Guerreiros em todas as apresentações. Vamos sentir saudades da Copinha? Obviamente não. Além do que, o Xavante nunca se apresenta sem a Maior e Mais Fiel. Torcedor Xavante é como mosca, tem em todos os lugares, seja em Livramento, Porto Alegre, Rio de Janeiro ou Fortaleza. Isto mesmo, a inveja é uma merda.

Conclusão, estamos cheios de problemas e enormes desafios a enfrentar. Que bom. Lutamos por isto. Torcemos muito para que este momento chegasse. Que venha 2016, que eu já estou começando a ficar ansioso. Que chorem todos, e muito, na Série B sou eu quem estou.

Abs.