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Amarga herança

Por Marcelo Barboza

Há poucos minutos atrás o Brasil enfrentou o Boa Esporte na Baixada e empatou em 0 a 0, em partida válida pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Essa foi a penúltima rodada antes do fim do primeiro turno e o Brasil está terminando a rodada na 16ª colocação, a primeira posição fora da zona de rebaixamento.

O jogo de hoje foi pobre tecnicamente, dos dois lados. O Brasil teve muita transpiração e pouca inspiração. As principais chances de gol do Brasil foram em jogadas individuais, principalmente de Marcinho. Misael e William Ribeiro acertaram o travessão quase no final do jogo. O Brasil ainda teve dois gols anulados, e bem anulados, por sinal. Mas coletivamente o time não foi nada bem.

Clemer vai ter muito trabalho no comando do Brasil. Estamos no mês de agosto e o Brasil ainda não tem um time titular e está longe de fazer boas apresentações. A direção do clube e a antiga comissão técnica erraram muito nas contratações e em algumas convicções. Agora o Brasil paga em campo pelos erros. Obviamente que não é fácil perder doze jogadores de uma temporada para outra, e isso aconteceu com o Brasil. Mas da mesma forma que o clube perdeu jogadores, muitos recursos começaram a entrar nos cofres da Baixada. Nunca tivemos uma vitrine tão grande. Mas sem um comando forte por parte do presidente clube e um departamento de futebol largado na mão do treinador, muitas escolhas foram equivocadas.

Erros em contratações sempre irão ocorrer, é normal no futebol. Errar com Éder Sciola, que teve boas passagens por outros clubes, errar com Aloísio, que parece ter qualidade mas também parece ser de vidro, até se entende. É “aceitável”. O que não se entende são contratações como Lenilson, jogador apagado em muitos clubes pelos quais passou e saiu do São Paulo-RG para ganhar mais no Brasil e com aumento de salário para a Série B, já pré acordado na contratação. Até dias atrás nem treinando estava, não foi embora porque não aceitou a proposta de rescisão. Contratações como a de William Ribeiro, que jogou a Série D pelo São Paulo-RG e estava parado, jogando pelada em Pelotas, hoje virou solução para o Campeonato Brasileiro da Série B. Errou um gol hoje na cara do goleiro que até o Nathan Cachorrão faria. Que convicção é essa de “escolha a dedo”?

Sem falar no open bar de gratidão. Peguemos nomes como Cirilo, Wender e Gustavo Papa, que nos deram muitas alegrias mas que hoje não podem estar jogando uma Série B de Campeonato Brasileiro. Não tem lógica alguma isso. Se hoje um deles encerrasse o seu contrato com o Brasil, conseguiriam vaga em algum time da Série B. Óbvio que não. E olha que sou muito fã deles, por tudo que fizeram por nós. Mas gratidão tem limite. Ainda tinha que ouvir nas entrevistas: “- A importância de um Gustavo, a importância de um Leandro”. Não né! Dos mais antigos, Eduardo Martini e Leandro Leite viraram reservas, pois não vinham jogando bem. Muito normal serem reservas, e até acredito que ainda podem nos ajudar. Mas no mundo em que vivíamos até poucos dias, seria o fim do mundo colocar um deles no banco. Esperamos muitas rodadas da Série B para isso acontecer, principalmente com o capitão Leandro Leite, que fez um Gauchão muito ruim.

Alguns jogadores passaram pelo Brasil nos últimos anos e hoje são destaques em seus clubes. Jonatas Belusso é o artilheiro da Série B jogando como centroavante, no Brasil marcava a subida dos laterais. Volante Marcão jogava como meia direita no Brasil, mas pelo Botafogo-SP, jogando o Paulistão como primeiro volante, sua função de origem, foi o segundo maior ladrão de bolas do campeonato. Hoje joga a Série A pelo Atlético-GO. Jardel não teve seu contrato renovado com o Brasil pois o Brasil (Rogério) queria somente seis meses de contrato. Ele pouco jogou e quando jogou foi lateral-direito. No Novo Hamburgo, como segundo volante, foi campeão Gaúcho. Foram as famosas convicções. Esses jogadores estão longe de serem craques, mas um treinador de futebol tem que saber aproveitar as principais qualidades dos seus jogadores e usar isso a favor do time. E eles provaram que foram mal utilizados no Brasil.

Agora o primeiro turno vai acabando e o que se vê pela frente é meio nebuloso. Se pegarmos nossos melhores jogadores, até temos um bom time titular. Marcelo Pitol, Ednei, Leandro Camilo, Evaldo e Marlon; João Afonso, Itaqui, Wagner e Rafinha; Marcinho e Lincom. Dá pra fazer uma campanha mais ou menos com esse time. O brabo é sair o Rafinha e entrar o Juninho, sair o Lincom e entrar o Rodrigo Silva, sair o Ednei e entrar o Sciola, ter o Wagner tomando trago todos os dias e não acertando nenhum passe, ter apenas um volante no banco de reservas, e por aí vai. São muitas escolhas erradas.

E agora o discurso é que não se tem dinheiro. Mas é claro. O estádio anda vazio, com o ingresso mais caro da Série B e o presidente mandando a torcida ficar em casa ouvindo pelo rádio se não tiver dinheiro. Os jogadores remanescentes de 2013 a cada renovação de contrato agregaram mais valores aos seus salários, logo hoje são caros e sequer jogam. Lenilson não joga há meses, recebendo salário e ficando em casa. Aí realmente não vai ter dinheiro mesmo. Nem o maior patrocínio da história (Caixa), nem o quadro ativo de sócios, nem o maior contrato de TV da história dará conta de tanta escolha errada.

Tudo que foi falado aqui é opinião de torcedor. Não estamos aqui para se ter a razão de tudo e ser dono da verdade. São apenas visões como torcedor. Pode ser que daqui a pouco o Rodrigo Silva comece a fazer dois gols por jogo, que o Sciola acerte todos os passes, que o William Ribeiro prove que não é peladeiro, tudo isso é possível, mas é pouco provável.

Agora o clube não tem ninguém administrando o departamento de futebol. O treinador treina o time e a diretoria toca o departamento de futebol. Assim funciona um clube de futebol com um mínimo de organização. Quem mandava no futebol, foi demitido. E agora, quem assume a barca? O presidente? O Armando, que ninguém sabe direito qual a função dele no clube?

Só sei que estou preocupado. Erramos demais esse ano e podemos colocar tudo que foi conquistado em risco. Clemer vai ter muito trabalho e tenho sérias dúvidas se ele terá um bom suporte por parte da direção do clube para poder fazer esse time jogar. A hora é agora, se tiver que mexer no elenco tem que ser agora. Para nós torcedores, nos resta torcer.

Entrevistas coletivas com Cassiano e Misael

As duas últimas contratações do Brasil conversaram com a imprensa no estádio Bento Freitas nessa quinta e sexta-feira. Os atacantes Cassiano e Misael falaram das suas primeiras impressões ao chegarem no Brasil, sobre o treinador Clemer e sobre o futuro do Brasil no Campeonato Brasileiro da Série B.

Os dois atacantes fizeram as suas estreias na última terça-feira contra o ABC, em Natal, na derrota do Brasil por 1 a 0. Agora eles se preparam para o jogo da próxima terça-feira, contra o Boa Esporte, no estádio Bento Freitas.

Confira as duas entrevistas abaixo. As imagens são da TV Xavante, a tv oficial do G.E.Brasil.

ENTREVISTA COLETIVA COM CASSIANO

ENTREVISTA COLETIVA COM MISAEL

Noite quente em Caxias do Sul

Por Marcelo Barboza

A noite dessa terça-feira promete ser quente em Caxias do Sul, mais precisamente no estádio Alfredo Jaconi. O Brasil visita o líder Juventude em partida válida pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Depois de uma ótima vitória contra o Vila Nova-GO, o Brasil viajou no domingo para Caxias e treinou nessa segunda-feira para definir o time que irá à campo hoje. Rogério Zimmermann já deve ter em sua cabeça o time que sai jogando hoje à noite, mas é uma incógnita para o torcedor Xavante. A torcida clama pela manutenção de Itaqui e Breno no time titular, mas é muito provável que Leandro Leite e Marlon retornem da suspensão e sejam titulares. A única baixa será Elias, que com uma lesão muscular ficará 30 dias afastado. As alternativas para a escalação do time são as mais variadas, mas se pudéssemos chutar uma, seria Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Evaldo e Marlon; Leandro Leite, João Afonso, Itaqui e Wagner; Rafinha e Lincom. Bruno Lopes daria lugar a Itaqui, Rogério manteria o time mais fechado e “agradaria” o torcedor mantendo Itaqui no time. Não é a melhor formação, mas é uma possibilidade que Rogério pode estar pensando.

O Juventude não terá Leílson, um dos destaques do time, que está com caxumba. Fahel e Bruno Colaço voltam de suspensão e devem ser titulares. O time da serra é o líder do campeonato com 18 pontos e está invicto. Seu principal destaque é o atacante Tiago Marques, que já marcou cinco gols na competição. Olho nele.

Na história Brasil e Juventude já se enfrentaram em 103 oportunidades e o time da serra tem ampla vantagem no retrospecto. São 42 vitórias do Juventude, 34 empates e 27 vitórias do Brasil. O primeiro jogo entre os clube ocorreu em um amistoso em 29 de março de 1958 e o Juventude venceu por 6 a 0, no Alfredo Jaconi. Jogando no Jaconi, a primeira vitória do Brasil foi em 6 de setembro de 1979, quando o Brasil venceu por 1 a 0, gol de Flecha, em partida válida pelo Campeonato Gaúcho. A última partida entre os clubes foi no Gauchão desse ano, um 0 a 0, também no Jaconi. A última vitória Xavante jogando em Caxias foi naquele jogaço da Série C de 2015. O Brasil venceu pelo placar de 3 a 2 com dois gols de Leandrão e um de Alex Amado. Em competições nacionais, os números são bem equilibrados. Brasil e Juventude já se enfrentaram 9 vezes, com 2 vitórias para cada lado e 5 empates.

A partida começa às 19:15h e terá transmissão do Premiere para todo o país. A arbitragem será de João Batista de Arruda (RJ), auxiliado por Eduardo de Souza Couto (RJ) e Gabriel Conti Viana (RJ).

Temos tudo para ter um grande jogo. O Brasil vindo de uma grande partida contra o Vila Nova-GO e o Juventude líder invicto do campeonato.

Dados estatísticos: Izan Muller

Em noite de bom futebol, Brasil vence o Vila Nova-GO

Em busca da reabilitação no Campeonato Brasileiro da Série B, o Brasil entrou em campo na noite desse sábado para enfrentar o Vila Nova-GO no Bento Freitas e venceu depois de duas derrotas. Mas mais importante do que vencer, foi jogar bem.

Desde o início da partida, quem tomou as ações do jogo foi o Brasil. Aos 10 minutos Rafinha entrou à drible na área e bateu para defesa do goleiro Wendel. No rebote Bruno Lopes perdeu grande chance chutando para fora. Em outra jogada de Rafinha, o meia ameaçou o chute de canhota e passou para Elias que tentou cruzar, ao invés de bater no gol, e a defesa afastou para escanteio. Bruno Lopes e Rafinha ainda arriscaram chutes de fora da área mas sem muito risco ao goleiro Wendel. Eduardo Martini fez a sua primeira defesa aos 35 minutos do segundo tempo, em um chute mascado de Marcos Paulo. Com controle da partida, o Brasil ia para o final do primeiro tempo com o placar em branco. Mas aos 42 minutos, em bola roubada por Itaqui na frente da área, o camisa 5 Xavante passou para Lincom que deu um toque para o lado e bateu cruzado, rasteiro, e abriu o placar da partida.

No segundo tempo o Brasil não deu nenhuma chance para o Vila. Com 18 segundos de jogo, Rafinha arrancou do meio de campo e bateu perto da trave esquerda de Wendel. E as coisas ficaram um pouco mais fáceis com 1 minuto de segundo tempo. Maguinho, que já tinha cartão amarelo, subiu para uma disputa de bola com Lincom e deixou o braço na cabeça do camisa 9 Xavante. Cartão vermelho para ele. Aos 14 minutos Bruno Lopes recebeu de Rafinha e chutou duas vezes para duas defesas de Wendel. Marcinho entrou no primeiro tempo, no lugar de Elias, machucado, e enlouqueceu a defesa goiana. Em uma de suas jogadas, Marcinho arrancou do meio de campo, invadiu a área e caiu. O árbitro da partida entendeu como simulação e deu cartão amarelo para Marcinho. Atitude acertada.

Aos 26 minutos, veio o lance mais bonito da partida. Evaldo deu uma assistência de camisa 10 para Lincom, que tocou por cobertura na saída do goleiro Wendel e marcou o seu segundo gol na partida e o quarto na Série B. A partir do segundo gol o Brasil rodou a bola e foi administrando a partida. Eduardo Martini não fez nenhuma defesa no segundo tempo. E quando parecia que o dois a zero seria o placar final, Rafinha fez um golaço de falta, pelo lado esquerdo, onde colocou a bola na gaveta. Uma baita bucha! E o gol foi para fechar o placar nessa bela vitória do Brasil.

Com a vitória o Brasil chegou aos 11 pontos e alcançou a 12ª colocação na classificação. A próxima partida será contra o líder Juventude na próxima terça-feira, às 19:15h, em Caxias do Sul.

ANÁLISE DA PARTIDA

Sem sombra de dúvidas foi o melhor jogo do Brasil no ano. Com a bola no chão e rodando o jogo, o Brasil mandou no jogo. E enfim temos um camisa 9 matador. Lincom pouco toca na bola, mas finaliza com uma precisão gigante. Marcou o seu quarto gol e em três partidas já é o artilheiro do Brasil na temporada, ao lado de Gustavo Papa. Rafinha foi muito bem jogando pelo meio e não pelo lado, como ele jogou outras vezes. Marcinho entrou voando no jogo, muito bem. Lá atrás a defesa foi firme e com grande atuação de Evaldo.

Mas o destaque da partida foi a dupla de volantes. João Afonso é o jogador que mais comete faltas na Série B, porém é o 9º que mais desarma e o jogador do Brasil que mais acerta passes na competição. Foram 245 passes certos em 8 jogos. E hoje não foi diferente. João Afonso acertou 60 passes e errou apenas dois. Mas o diferencial de hoje para outras partidas foi a entrada de Itaqui no lugar de Leandro Leite. A qualidade na saída de bola aumentou uma barbaridade. Itaqui acertou 60 passes hoje, três vezes mais que Leandro Leite, que teve 20 passes certos em uma partida como sua melhor marca nessa Série B. Leandro Leite sabe da sua deficiência com a bola no pé e se esconde na saída de bola. Com Itaqui tivemos outro time em campo, além de ótima qualidade na bola parada. Breno foi outro que entrou muito bem no time. Com toque rápido e velocidade, foi uma das opções de ataque do Brasil pelo lado esquerdo.

Esse time de hoje encaixou e fica o problema para Rogério Zimmermann, que para o jogo com o Juventude terá Wagner, Leandro Leite e Marlon à disposição. Mas eu aposto dois litrões com vocês que Leandro Leite e Marlon voltam pro time semana que vem. Se isso é certo ou errado, é o professor quem sabe. Nós aqui só damos pitaco e cornetamos, com excelência, aliás.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

COMPACTO BLOG XAVANTE

Melhores Momentos – Imagens Premiere

Em busca da reabilitação, Brasil recebe o Vila Nova-GO na Baixada

Depois de dois maus resultados contra Ceará e Luverdense, o Brasil volta à campo na noite desse sábado para enfrentar o Vila Nova-GO na Baixada. Com três desfalques por cartões amarelos, o treinador Rogério Zimmermann será obrigado a fazer mudanças na equipe. Wagner, Leandro Leite e Marlon estão fora da partida. Como de costume, Rogério não disse em sua entrevista coletiva quem serão os substitutos. A tendência é que Elias, Itaqui e Breno entrem no time, assim indo pro jogo com Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Evaldo e Breno; Itaqui, João Afonso, Elias e Rafinha; Bruno Lopes e Lincom.

A torcida já vinha cobrando melhores atuações de Leandro Leite e Marlon. Portanto será uma boa oportunidade para vermos um time diferente, com novas opções. Wender, poupado contra o Luverdense, deve voltar ao time titular, assim como Rafinha. A pressão por uma vitória será grandes nas arquibancadas, pois o time não vem de bons resultados e o futebol apresentado está longe do esperado pela torcida.

O Vila Nova-GO vem à Pelotas com o intuito em se manter no G4. O time goiano tem 14 pontos e ocupa a terceira colocação. Das quatro vitórias no campeonato, duas foram fora de casa e já são cinco jogos sem perder. Ainda sem o atacante Moisés, principal destaque da equipe, que não fez a sua estreia na Série B, o meio-campo Geovane vem sendo o destaque da equipe na competição. Olho nele. Hemerson Maria deve enviar à campo Wendell, Magno Silva, Wesley Matos, Brunão e Gastón; Geovane, PH, Alan Mineiro e Alípio; Mateus Anderson e Marcos Paulo.

Na história o Brasil nunca venceu o Vila Nova-GO, são seis partidas com cinco empates e uma vitória do time goiano. Vitória essa que aconteceu ano passado no jogo em Goiânia em que o time da casa venceu por 3 a 1. No jogo do Bento Freitas a partida terminou em 2 a 2, gols do Brasil marcados por Felipe Garcia. O primeiro confronto entre os clubes na história foi em 1985, pela 1ª fase da Taça de Ouro, e terminou empatado em 2 a 2, com gols do Brasil marcados por Bira e Lívio.

O Brasil precisa da vitória a qualquer custo, caso contrário poderá terminar a rodada na zona de rebaixamento. A partida começa às 19h e terá arbitragem de Rodrigo Batista Raposo (DF), auxiliado por José Reinaldo Nascimento Júnior (DF) e Leila Naiara Moreira da Cruz (DF).

Foto: Assessoria de Impresa GEB
Dados estatísticos: Izan Muller