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Brasil perde nos pênaltis para o Juventude

Na decisão do Quadrangular da Longevidade realizado em Veranópolis, Brasil e Juventude se enfrentaram na noite desse domingo e o time da serra levou a melhor nos pênaltis. Nos 90 minutos, o treinador Rogério Zimmermann colocou dois times diferentes para jogar. Na primeira etapa jogaram Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Teco e Xaro; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia e Diogo Oliveira; Cleverson e Nena. O Juventude abriu o placar logo aos quatro munitos com Heverton, após cobrança de falta na área rubro-negra. Aos 17 minutos o Brasil empatou a partida com um golaço de Diogo Oliveira.

Na segunda etapa o comandante rubro-negro modificou dez jogadores. O Brasil voltou pro jogo com Eduardo Martini, Ricardo Bierhals, Cirilo, Fernando Cardozo e Brock; Galiardo, Márcio Hahn, Moisés e Marcos Paraná; Ramon e Gustavo Papa. Mesmo com as modificações, o Brasil seguiu melhor na partida e criou algumas chances de gol, enquanto o Juventude só chegava em bolas paradas.

Com a manutenção do empate nos noventa minutos, a decisão do quadrangular foi para os pênaltis. E na hora da decisão, o time da serra levou a melhor. Pelo Brasil converteram as suas cobranças Gustavo Papa e Márcio Hahn e erraram Marcos Paraná, Ramon e Cirilo. No final, 3 a 2 para o Juventude.

Na entrevista coletiva, Rogério Zimmermann exaltou o bom desempenho do time Xavante mesmo com a utilização de dois times diferentes. Gostou da movimentação e elogiou a organização do torneio.

Agora o Brasil realizará mais dois jogos amistosos, contra o Aimoré e o São Paulo-RG. Depois fará a sua estreia no Gauchão, dia 31 de janeiro, contra o Grêmio no estádio Centenário, em Caxias do Sul.

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

Futebol, imbecilidade e poder | Ivan H. Schuster

Fui a Caxias do Sul e voltei de alma lavada. A apresentação Xavante – o Xavante não joga, apresenta-se – foi épica. Fomos muito superiores. No campo e nas arquibancadas. O placar não mostra o que foi a apresentação. O Esquadrão do RZ sobrou. Os polentas acharam dois golos. Devem estar até aliviados por terem perdido de pouco. Era para ter sido 0x4, no máximo um 1×4. Leandro Leite e Washington formam uma dupla de volantes que dificilmente se vê em outro time brasileiro. Muita qualidade. Leandrão é cruel. Amadinho infernal.

As apresentações Xavantes têm sido de encher os olhos. É um time coeso, equilibrado, consciente e maduro, muito maduro. Não é por outra razão que somos o único time invicto das três séries principais do Campeonato Brasileiro 2015. O que não significa nada além disso mesmo, uma invencibilidade momentânea. Já vi time “campeão de tudo” que não perdia até que perdeu para o São Gabriel e ficou fora. Que não caiamos nesta armadilha. Mas que é um sentimento gostoso, isto é.

Lamentáveis, novamente, foram os acontecimentos antes da apresentação Xavante. Muitos Torcedores Xavantes, inclusive mulheres e crianças, foram hostilizados e agredidos de forma covarde na chegada ao Estádio Jaconi. Os agressores imbecis – que além de imbecis são burros – ainda colocaram na internet as imagens das agressões, vangloriando-se do que faziam. A estupidez humana não tem limites. Junta-se estupidez com falta de time para torcer, por incapacidade de fazer algo bom e bonito, e tem-se o que se viu, imbecis achando-se geniais por jogarem pedras e agredirem pessoas que estavam ali para se divertir.

Sinceramente, não sei o que têm na cabeça. Melhor, sei sim, nada. Zero! É muita babaquice. Melhor fariam se se dedicassem a fazer o que se espera de uma torcida, torcerem, promoverem um espetáculo de festa e apoio nas arquibancadas. Ao invés disto, apresentam-se de forma ridícula, com batida monotônica, chata, tentando imitar aqueles que já imitam outros. Patéticos! Um bando de piás mal saídos dos cueiros, pulando com sombrinhas e cantando em espanhol. Meu conselho: vão estudar. Se não tiverem capacidade para tal, ao menos, assistam a Torcida Xavante e vejam se conseguem aprender algo. Pelo menos, a chamada da Garra Xavante já estão tentando fazer, mas ainda muito ruim. Ser Xavante não é para qualquer um. Tem que olhar, para aprender …

Lamentável também a fala do subcomandante da BM tentando minimizar os acontecidos. Ocorrência normal, disse ele. Não, subcomandante, não é normal e não foi pouca coisa. Talvez o senhor pensasse diferente se lá estivesse com sua família. No dos outros é refresco. Entendo e apoio o corpo mole feito pela BM em razão do parcelamento dos salários, mas não tente disfarçar o ocorrido e muito menos a relação dos fatos com a falta de policiamento. Assim como o senhor, muitos dos ali presentes também eram funcionários públicos do Estado e outros, assim como eu, embora não funcionários públicos, cidadãos que merecem respeito e que pagam pelos serviços da BM. Se o Governador está lhes dando um calote, acerte com ele e não jogue nas costas da população mais este ônus.

Somos todos sabedores que o que aconteceu era o previsto. Não é de hoje que a torcida do Juventude faz o que faz de forma impune. A tal ponto que, agora, publicam os seus “feitos” com filmes e fotos para que todos vejam de forma clara, tal a segurança da impunidade. Zombam da justiça de forma geral e da própria BM de forma particular.

Por fim, não poderia deixar de comentar o posicionamento contrário, nada surpreendente, do presidente da FGF, Francisco Noveletto, a respeito da Copa Sul-Minas. Contrário se feita por uma liga dos clubes, mas se for feita pelas federações ou CBF, aí é a favor. Como se as competições atuais, promovidas pelas federações e CBF, fossem algo a serem admiradas. A questão é que não querem largar o osso, não querem soltar a teta.

É fato que os campeonatos estaduais, da forma como são disputados, são medíocres. Mudar é preciso. E para mudar, na minha modestíssima opinião, faz-se necessário mudar a forma como tudo é feito, a começar pelo relacionamento dos clubes com as federações e CBF. Em pleno século XXI não dá para aceitar que uma federação funfeca de futebol, como a FGF, acomode-se em um prédio nababesco, enquanto seus filiados penam financeiramente.

Abs.

A polenta azedou e o Brasil segue na liderança

O JOGO

Em busca da manutenção da liderança do grupo B do Campeonato Brasileiro da Série C, o Brasil foi à Caxias enfrentar o Juventude e voltou com a vitória. Foi um jogo sensacional. O Brasil fez uma grande partida e volta para Pelotas invicto e líder isolado.

O Juventude abriu o placar logo aos 18 minutos da primeira etapa com Maílson, em um pombo sem asa de fora da área. Aos 24 minutos Diogo Oliveira foi derrubado na área e Chico Neto marcou pênalti. Leandrão cobrou com perfeição e empatou a partida. Quando parecia que não teríamos mais emoções nos primeiros quarenta e cinco minutos, Wallacer marcou para o Juventude em cobrança de falta aos 44 minutos. Falta, aliás, bisonhamente cometida por Cleiton. Ir para o vestiário com a derrota não seria nada bom. Mas na saída de bola, Leandro Leite lançou para Leandrão que tentou ajeitar e a bola sobrou para Alex Amado. O Baixinho pegou de primeira e marcou um golaço, de fora da área. Tudo igual no Jaconi.

Na segunda etapa o Juventude viria pra cima, pois o empate manteria o Brasil na liderança do grupo. Mas Leandrão acabou com as esperanças dos gringos logo aos 2 minutos. Wender cobrou escanteio e Washington desviou no primeiro pau. A bola sobrou nos pés do matador Xavante e sem dificuldades ele empurrou a peronha para dentro. O Juventude ainda teve Jô expulso após falta em Xaro. Dali em diante as grandes chances de gols foram do Brasil. Rogério Zimmermann foi mexendo na equipe e o Brasil segurou o grande resultado no Alfredo Jaconi.

Com o resultado o Brasil chegou aos 20 pontos e lidera o grupo B três pontos a frente do Tupi e Juventude. E o melhor, já abriu cinco pontos do quinto colocado, a Portuguesa. Nesse domingo o Guarani recebe o Guaratinguetá fechando a décima rodada. A próxima partida do Brasil é contra a Portuguesa no estádio Bento Freitas no dia 10 de agosto, segunda-feira, às 20:15h. A partida será transmitida pelo canal Esporte Interativo ao vivo para todo país.

Como sempre falamos aqui no blog, o momento que estamos vivendo é sensacional. O Brasil consegue manter um nível de apresentação impressionante. É muita consistência. Somos os únicos invictos entre as três maiores divisões do país e temos o artilheiro da competição, Leandrão, com 9 gols. Estamos no caminho certo e precisamos seguir firmes no trabalho.

Lembrando que em um passado não muito distante a diferença entre nós e os gringos era gigante. Estávamos sem divisão no nacional e amargando há anos na segunda divisão gaúcha. Éramos motivo de chacota da imprensa e torcida caxiense. Agora as coisas mudaram. Nos últimos cinco jogos em Caxias do Sul, vencemos quatro e empatamos um. Somos os bi-campeões do interior e líderes da Série C. Aquela arrogância e soberba dos gringos sucumbe a cada apresentação do Brasil. Tem que aceitar. A negrada voltou.

FICHA TÉCNICA

Juventude: Elias; Duda, Diogão, Negueti e Adriano; Vacaria, Fabrício (Zulu), Wallacer e Obina (Erik); Jô e Maílson (Paulo Bayer). Técnico: Picoli.
G.E.Brasil: Eduardo Martini; Wender (Cirilo), Leandro Camilo, Fernando Cardozo e Xaro; Leandro Leite, Washington, Cleiton (Felipe Garcia) e Diogo Oliveira; Alex Amado e Leandrão (Nena). Técnico: Rogério Zimmermann.
Local: estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
Data: 01/08/2015.
Horário: 19h.
Arbitragem: Francisco Silva Neto, auxiliado por José Eduardo Calza e Lúcio Beirsdorf Flor.
Cartões amarelos: Diogão, Negueti e Frabrício (Juventude); Xaro e Cleiton (Brasil).
Cartão vermelho: Jô (Juventude).
Gols: Maílson aos 18′ e Wallacer aos 44′ do 1º tempo (Juventude); Leandrão aos 24′ do 1º tempo e aos 2min do 2º tempo e Alex Amado aos 46′ do 1º tempo (Brasil).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Os gols da partida

 

 

Nenhum, sou Xavante! | Ivan H. Schuster

A verdade verdadeira, é que nos apresentamos muito bem nestas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro 2015 / Série C – gosto de colocar o nome inteiro só para zoar com os secadores que andam bisbilhotando por aqui. Foram, provavelmente, as duas melhores apresentações em sequência desta segunda era Zimmermann.

Pausa no texto. Por falar no nosso comandante, parabéns Rogério Zimmermann pelo excelente trabalho até aqui realizado nestes três anos frente ao Esquadrão Xavante e muito obrigado por todos os grandes momentos que vivemos juntos. Entenda-se aqui como sendo nós, tu, comissão técnica, dirigentes, funcionários e a Torcida Xavante, onde me incluo. Só não deu para agradar aqueles que não citamos os nomes (dá um azar danado) e que hoje chafurdam no lodo do excremento esportivo ou estão a caminho dele. Fim da pausa.

Fomos bem até aqui, mas não ganhamos, dirão os da turma dos instrumentos de sopro. É verdade. E também é verdade que os nossos dois adversários choram de ruins. O time dos papos é só isso mesmo, muito papo e pouco futebol. Já a Lusa, coitada, dá pena de ver um clube com tanta tradição sofrendo desta forma. Foram quatro pontos importantes que deixamos de marcar. Não acompanhei nenhuma partida dos demais adversários, mas acredito que não podem ser piores do que foram estes dois que enfrentamos. Para serem considerados ruins, ainda terão que melhorar. E muito.

E aí? Estamos encrencados, o GEB já era, seremos rebaixados, volta Suca, Beto Almeida, …? Claro que não. Muita calma nesta hora. Preocupado eu estaria se tivéssemos feito uma apresentação pífia, sofrível e tivéssemos ganho com um golzinho espírita. Estaríamos com seis pontos, certo, mas por quanto tempo? Como ter confiança para as próximas apresentações? Da forma como nos apresentamos, uma coisa é certa, dá para acreditar, dá para confiar e, certamente, vale a pena ir conferir. Em décadas, podemos finalmente dizer, temos um time competitivo. E não para uma Copinha, mas para um Campeonato Brasileiro (chorou?).

Dos novos Guerreiros que vi em campo, gostei bastante do Xaro. O gol da Lusa foi nas costas dele. Falhou, mas faz parte. Se ninguém falhar, não sai gol (Ivan, O Filósofo). O importante é que apoia bem, tem bom cruzamento, chuta forte, volta para marcar e tem um fôlego enorme. Como disse um destes sábios do futebol, “parece que tem dois pulmões”. Leandro Camilo entrou bem. Gostei da presença dele na área nos escanteios. Tem boa impulsão e sabe se colocar. Ainda nos dará alegrias. Leandrão ainda não encontrou o seu espaço. Mas este é conhecido e sabemos que sabe jogar. Na real, falta mais entrosamento a todos os novos. Questão de tempo. O time evoluiu bastante.

Preocupação continuo apenas com uma, o Caldeirão e as nossa condição financeira. Tá certo, duas preocupações. Mas que também são uma, pois se confundem e uma vira causa e consequência da outra. Em duas semana haverá uma parada no campeonato para a realização da Copa América. Se por um lado nos dará tempo para acertamos as “pendengas” em relação ao Bento Freitas, por outro, será um mês sem apresentações e, portanto, sem receita de bilheteria.

Fica o apelo: não abandonem o GEB nesta hora. O clube precisa que todos permaneçam sócios e com as mensalidades em dia. É a hora da verdade. É neste momento que os verdadeiros Xavantes se diferenciam dos oportunistas e daqueles que só vão nas boas. Ser torcedor do Barcelona, assistindo as partidas sentado com a bunda gorda na almofada fofa do sofá, tomando cerveja gelada e comendo salgadinho de colesterol é fácil. Não te diferencia em nada e nem agrega coisa alguma ao currículo. Ser diferente, ser único, ter grife, ter luz própria é ser Xavante e apoiar o clube e o time, sempre. É fazer o clube ser do tamanho que sempre sonhamos. É saber que o maior retorno, a maior vantagem é poder dizer com aquele sorriso irônico e ar de superioridade ao ser questionado para qual clube torces, Grêmio ou Inter, e responder: “Nenhum, sou Xavante”!

É bom ser Xavante!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS