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Mais um clássico para a conta

Brasil vence mais um clássico Bra-Pel e estreia com vitória na Copa Fronteira Sul

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Wiliam Kozlowski fez o gol da vitória Xavante. Foto: Italo Santos

Em 2011 foi Athos. Em 2012 foi Marcos Paraná. E 2013 é a vez de Wiliam Kozlowski. O que eles têm em comum? A camisa 10 rubronegra e serem matadores de lobos. Wiliam Kozlowski foi o autor do gol da vitória sobre o E.C.Pelotas no clássico Bra-Pel realizado no estádio Bento Freitas na tarde desse domingo válido pela Copa Fronteira Sul. Dois anos atrás quem decidia os clássicos daquele ano era o meia Athos, marcando gol nos dois clássicos. Ano passado Marcos Paraná lançou dois torpedos de fora da área e também marcou nos dois clássicos do ano. Ambos camisas 10. E agora William Koslowski honrou a camisa 10 Xavante e marcou o gol da vitória.

Ficar aqui falando sobre os 10 anos de hegemonia rubronegra já ficou chato. A única desculpa que o lado amarelo da cidade tinha era: “Estamos na primeira”. Enchiam a boca e estufavam o peito para falar isso. Agora nem essa exclusividade eles possuem mais. Quanto as torcidas, há muito tempo não se discute mais. A tal “maior estrutura do interior”? Foi-se por água abaixo. Aliás, agora serve como desculpa para derrotas. A estrutura do Brasil, com elenco formado há mais de um ano, foi a desculpa apresentada pelo treinador da equipe adversária. Sem falar na desculpa do vento, do gramado e da arbitragem. Ta é perdendo a graça já. Ta ficando comum ganhar Bra-Pel.

Ta na hora de colar nos postes da cidade: “Procura-se um rival”.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Luiz Muller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Foster; Leandro Leite, Nunes, Cleiton (Gustavinho) e Wiliam Kozlowski (Márcio Hahn); Alex Amado e Gustavo Papa (Éder Machado). Técnico: Rogério Zimmermann.
E.C.Pelotas: Paulo Sérgio; Régis (Paraná), Pedrão, Edson Borges e Digão; Jovany, Tiago Gaúcho, Fabiano Gadelha (Ramon) e Mithyuê (Jefferson Luís); André (Elton) e Felipe Garcia. Técnico: Paulo Porto.
Copa Regional Sul Fronteira
Domingo 18/08/2013 – Estádio Bento Freitas – 16 horas
Gol: Wiliam Kozlowski, aos 13 minutos do primeiro tempo.
Cartões Amarelos: Wender e Nunes (GEB) – Tiago Gaúcho, Felipe Garcia e Paraná (ECP).
Cartões Vermelhos: Ricardo Bierhals (GEB) – Bruno Salvador (ECP).
Arbitragem: Érico Andrade de Carvalho, auxiliado por Claudio Gonçalves e Guilherme da Silva.


FOTOS

Diário Popular: Jô Folha e Moizés Vasconcellos
Assessoria de Imprensa GEB: Carlos Insaurriaga e Italo Santos
Imagens retiradas de redes sociais

VÍDEOS

O gol e o final da partida

O gol da partida – Vídeo da Assessoria de Imprensa GEB

Imagens da partida – TV Nativa

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Universidade AM

 

A pobreza da imprensa pelotense

É uma tristeza morar longe de Pelotas e depender das rádios pelotenses via web para poder ouvir os jogos. Com raras exceções, a imprensa esportiva de Pelotas sofre de uma mediocridade tremenda.

Parte deles torcem contra os clubes da cidade por motivos tortos e desconhecidos. Outros torcem descaradamente por um ou outro time, o que não é o maior problema de todos. Em todas as cidades que já tive a chance de ouvir as rádios locais, sempre ouvi eles apoiando os clubes da cidade, promovendo as partidas, chamando o público para o estádio, torcendo para o crescimento do futebol local. Mas em Pelotas é diferente. Se um clube vai bem em uma competição nacional, é caso de tristeza para imprensa. Eles vão ter que viajar X quilometros e isso os incomoda. É trabalho demais. Não poderão ficar fofocando no Café Aquário durante o dia todo. Tempos atrás surgiu um jornalista de Porto Alegre, que foi para Pelotas ser correspondente do Zero Hora, que causou inveja nos menos capacitados. Eduardo Cecconi foi criticado por parte da imprensa esportiva simplesmente por fazer um trabalho bem feito. Uma pessoa com novas ideias. Um jornalista novato não poderia ter mais ibope do que os velhos dinossauros das rádios falidas. Cecconi alçou voos mais altos e voltou para Porto Alegre para trabalhar na RBS. Talvez esse seja o motivo de tanta inveja, saber que eles não tem capacidade de crescer profissionalmente, pois do jeito que adoram uma fofoca, no máximo chegariam à estagiários do Leão Lobo.

Quando os clubes estão em uma semana tranquila, lá vem uma fofoca ou fatos inventados. E não é somente sobre o Brasil. Aqueles menos limitados, em quem podemos tentar ouvir ou ler algo produtivo, de vez em quando surtam e jogam invenções ou intrigas aos quatro cantos para poder ter o que falar. Os programas de debate esportivo são sofríveis, uma gritaria. Um dia um briga com o outro por causa de um jogador, ao vivo. Uma baixaria. ” Se tu gosta tanto do fulano, pega ele pra ti”, coisas desse tipo são ouvidas, aos berros.

Notícias como “Milar vai pro Pelotas”, “Brasil quer Jorge Bopp”, “Luiz Muller não vem pro Brasil”, “Canetaço de 1985 é uma lenda”, “Brasil não venceu a seleção uruguaia em 1950”. Para que serve isso? Qual o motivo de querer rebaixar a imagem dos clubes pelotenses? Eu vejo um motivo apenas, limitação de conhecimento: burrice. Para alguns pseudo-jornalistas, isso serve para dar audiência ao seu blog na internet. Blogs esses que só tem acessos quando polêmicas são criadas pela mente pequena de seus criadores. Um clubismo exagerado e sem nenhum teor jornalistico.

Os clubes de Pelotas estão longe de serem exemplos de profissionalismo. Longe disso. Eles têm muito a crescer. Porém enquanto tivermos uma imprensa pobre dessas, puxando os clubes para baixo, o processo se tornará cada vez mais lento.

Mas como eu disse, temos raras exceções que eu poderia até citar os nomes, mas não vem ao caso. Essas pessoas sabem quem merece o respeito e quem não merece. O que me anima é que uma nova geração está nascendo e mesmo com os dinossauros tentando poda-los, a gurizada toca a barca.