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De olho no Fortaleza #2

Hoje apresentamos outra matéria do Globo Esporte do Ceará onde alguns jornalistas cearenses analisam os times do Fortaleza e do Brasil. Um deles, o nosso nobre Mário Kempes, do Diário do Nordeste, diz que “entre times, no papel, não dá pra comparar, o Fortaleza é muito melhor que o Brasil”. Veremos meu caro Kempes, veremos.

Classificação com o cara do Brasil

Quem criou a expressão de que “pro Xavante tem que ser sempre sofrido” não deve ter sangue correndo nas veias ou torce para algum outro time. O que foi essa tarde de domingo? Jogo longe de Pelotas e sem televisão, só para judiar dos nossos pobres corações. Mas o que para alguns parecia impossível, deu certo.

O Brasil venceu o Tupi por 2 a 0 com gols marcados por Diogo Oliveira, aos 54 segundos de jogo, e Nena. Mas somente a vitória não nos daria a classificação, precisávamos que a Portuguesa empatasse ou perdesse ou o Juventude não vencesse por dois gols a mais do que nós ou o Guarani não vencesse por cinco gols a mais do que nós. Como marcamos o primeiro gol logo no início, em nenhum momento estivemos fora do G-4 nesse domingo. A Portuguesa venceu o Tombense por 1 a 0 com um gol faltando dez minutos para o final do jogo. O Guarani venceu o Caxias por 5 a 3 e morreu na praia. Restava o jogo de Caxias do Sul, do Juventude contra o nem fede e nem cheira do Guaratinguetá. O Juventude abriu 2 a 0 nos primeiros minutos de jogo e parecia que seria uma barbada fazer seis ou sete. Mas o time da serra se complicou. Marcou o seu terceiro gol só aos trinta e poucos do segundo tempo. A partir dali foram os 15 minutos mais longos do ano. O time da serra se jogou pro ataque e o Guaratinguetá se defendendo como dava. O jogo do Brasil já havia acabado e Pelotas inteira estava ligada na Rádio Caxias. Um gol lá em Caxias e o Brasil parava por ali. Mas todo o nosso empenho foi premiado e a polentada não conseguiu fazer o quarto gol. Morreram bem gordinhos, coisa linda.

Dessa forma o Brasil se classificou para as quartas de finais do campeonato e enfrentará o Fortaleza em dois jogos, sendo o primeiro em Pelotas, transmitidos para todo o país pelo canal Esporte Interativo.

Seria justo o time que passou o campeonato inteiro no G-4 ficar de fora? Claro que não. Lógico que o rendimento baixou bastante no segundo turno e depois da derrota pro Guarani muito fizeram terra arrasada. Uma parte da nossa torcida parece não ter memória. Muita gente havia jogado a toalha no início da semana mais decisiva do ano. Os argumentos para não acreditar eram inúmeros e ninguém mais prestava. Mas com o passar dos dias, com os ânimos se acalmando, as redes sociais puxaram uma campanha chamada #EuEscolhiAcreditar, e o espírito mudou. Muitos podem não acreditar, mas toda essa onda de otimismo saiu dos computadores e parou dentro do vestiário. Claro que os jogadores já estavam focados e confiantes para o jogo, afinal passaram o campeonato nas cabeças e iam se entregar de barbada? Claro que não. Mas o apoio dado pela torcida foi essencial. Aos que se entregaram, aqueles que não sabem lidar com um revés, fica a lição. Aqueles que xingaram os jogadores e o treinador Rogério Zimmermann, tenham humildade e peçam desculpas. Errar eles erram, mas olhem o quanto eles mudaram as nossas vidas. Aprendam uma coisa, se é que já não sabem, nunca duvidem desse time.

Agora que venha o Fortaleza, mais um grande clube desse país. É de momentos como esses que a nossa torcida sempre esperou. Será possível passar pelo Fortaleza? Não sei lhes dizer. Mas que nós vamos brigar de igual para igual, não tenham dúvidas. Estamos há dois jogos da Série B. Vamos abarrotar o Bento Freitas e ganhar deles no grito.

Vamos com tudo!

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Os gols da partida – Imagens da GEBtv

 

 

Verde limão | Ivan H. Schuster

Tragédia! Que baita buléu tomamos ontem. Pretiô os óio da gatiada.

Minha culpa. Minha máxima culpa. Sim, companheiras e companheiros, sou o culpado e, humildemente, peço-lhes perdão. Se não sou o único culpado, provavelmente sou o maior deles. Vou contar-lhes o ocorrido.

Eis que minha amada esposa compra-me um lote de cuecas novas e substitui todas as até então existentes. Isto mesmo, adivinharam. Colocou fora a minha cueca de ir às apresentações Xavantes. De lá para cá não vencemos mais uma única partida. Como eu ia saber, perguntou-me ela com um ar entre surpresa e arrependida. Ora, respondi eu, qual outro motivo eu teria para usar uma cueca samba canção verde limão? Era óbvio, evidente, cristalino, que aquela tratava-se de uma cueca da sorte. Era olhar para saber. De lá para cá, não vencemos mais. Ela prometeu-me comprar outra igual. Sei não, amuletos não são facilmente substituídos. Até pensei em um divórcio por justa causa. Mas, é a vida. Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, com ou sem cueca, …

A meu ver, assistimos ontem a um bom jogo de futebol. Uma partida movimentada, franca, com ambas equipes procurando o melhor resultado. Futebol em nível de uma competição nacional. Perdemos. Não poderíamos ter perdido, sequer empatado. Mas perdemos. Se jogássemos a copinha, talvez tivéssemos mais facilidade. Prefiro não saber.

Foram dois tempos distintos. No primeiro, o GEB mostrou um bom futebol, tocando bola, invertendo jogadas e dominando por completo as ações. Gostei muito do ataque formado com Felipe Garcia, Nena e Cleverson. Aliás, enquanto teve pernas, o Cleverson apresentou-se muito bem. Tomamos um gol besta. Daqueles que não dá para acreditar. Na verdade, nem vi a bola entrar. Achei que o Martini estava com ela, quando notei os jogadores do bugre comemorando algo. Suspense, aflição e decepção.

No segundo tempo, embalado por um lindo gol logo no início, o GEB foi bem até aos 20 minutos, mais ou menos. Aí, parece-me, o time cansou. Principalmente os jogadores de meio campo. Subiam e ficavam sem pernas para voltar. Não lembro de outra apresentação nossa em que isto tenha acontecido. Mas foram muitas as vezes que o time paulista puxou contra-ataques levando perigo. No fim, morremos gordinhos, levando mais um gol, digamos, do tipo sei lá como entrou. Me caíram os butiás do bolso. Choque! Com as minhas cuecas verde limão certamente isto não teria acontecido.

Mas se o resultado me desagradou, e muito, mais ainda a atitude da torcida, vaiando o Martini. Memória curta, ingratidão ou apenas falta de costume com derrota? Sim, porque este mesmo time vem alcançando todos, eu disse, todos, os objetivos propostos há três anos. Será esta uma equipe fracassada? Serão estes atletas merecedores de vaias? Certo que não. Vaias merecem estes Torcedores de pouca fé, que se acham “lúcidos”, mas na verdade são uns desesperados que se entregam ao primeiro sinal de adversidade. Provavelmente tentam transferir para os jogadores suas frustrações pessoais. Freud deve explicar.

A todos que já se deram por vencidos, provavelmente aqueles mesmos que no início diziam que se não caíssemos já estava de bom tamanho, digo-lhes: só termina quando acaba, quem morre na véspera é o peru. Se ganharmos do Tupi, no próximo final de semana, passamos para a outra fase. Ainda dependemos apenas de nossas forças. Difícil? Pode ser, mas longe de ser impossível. O Tupi é aquele mesmo que amassamos no Bento Freitas e que escapou devido a uma grande atuação de seu goleiro.

Não vi nenhum time melhor que o nosso neste campeonato. Frente aos cinco clubes que ainda disputam conosco uma vaga para a próxima fase, enfrentamos todos de igual para igual e até com superioridade. Frente ao Tupi, fizemos uma apresentação muito superior. Com o Londrina, fomos melhores em casa e equivalentes fora. Nos dois enfrentamentos com o Juventude, demos dois bailes. Frente a Portuguesa, trituramos eles em São Paulo, apesar do empate, e goleamos em casa. E frente ao Guarani, foram duas apresentações parelhas. Isto sem falar que estamos na zona de classificação desde o início.

Eu acredito, melhor, eu confio. Sou Xavante!

Abs.

Brasil empata em Madureira e se mantém no G-4

Jogando no Rio de Janeiro, o G.E.Brasil enfrentou o Madureira e empatou em 1 a 1 em jogo válido pela décima sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. O time carioca saiu na frente com um golaço de fora da área de Bruno, aos 11 minutos do segundo tempo. O Brasil empatou aos 20 minutos com Nena, de cabeça, após cruzamento de Diogo Oliveira.

Com o resultado o Xavante chegou aos 26 pontos e se mantém na terceira colocação do Grupo B. Na outra partida do sábado o Tombense empatou em 3 a 3 com o Guaratinguetá. Agora precisamos secar o Juventude contra o Tupi nesse domingo e a Portuguesa contra o Guarani na segunda-feira. Se Juventude e Portuguesa perderem os seus jogos nesse final de semana, o Brasil poderá garantir classificação com uma vitória contra o Guarani no próxima final de semana no Bento Freitas, com uma rodada de antecedência.

FICHA TÉCNICA

Madureira: Márcio, Iago Soares, Daniel, Luis Felipe e Wallace; Gilson, Bruno, Geovane Maranhão e Leandro Chaves (Leo Guerreiro); Arthur Farias e João Carlos. Técnico: Bruno Reis.
G.E.Brasil: Eduardo Martini, Wender, Leandro Camilo, Teco e Xaro; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia (Cleiton) e Diogo Oliveira; Soares (Cleverson) (Marcio Jonatan) e Nena. Técnico: Rogério Zimmermann.
Arbitragem: Arílson Bispo da Anunciação, auxiliado por Vanderson Zanotti e Ramires Cândido.
Local: Estádio Aniceto Moscoso – Madureira/RJ.

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Os gols da partida – gebTV