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Entenda a saída de Cristian do Brasil

Durante essa última semana a imprensa de Pelotas noticiou que o atacante Cristian estaria deixando o Brasil e indo para o futebol da Ucrânia. O que se sabe de verdade e o que é fofoca? Vamos esclarecer um pouco sobre esse caso.

Cristian começou na base do Brasil em 2017, vindo de Passo Fundo, e no ano de 2019 recebeu oportunidades no time profissional, onde teve um início promissor. Na sua segunda partida como titular, contra o Vitória-BA, pela Série B de 2019, Cristian marcou o seu primeiro gol como profissional e engrenou bons jogos naquela Série B. Marcou mais um gol contra o Oeste e fez grande partida contra o Coritiba, no Couto Pereira. Já no ano de 2020 foram apenas 9 jogos e o atacante acabou sendo emprestado ao Botafogo da Paraíba, quando era treinado pelo Rogério Zimmermann. Resumido um pouco do histórico de Cristian com o Brasil, vamos ao que vem por aí.

Na última terça-feira, Marcelo Prestes da Rádio Universidade entrevistou Junior Gaino, que trabalha na W. Sports, empresa que administra a carreira de Cristian. Nessa entrevista, muitas coisas foram esclarecidas sobre a forma que ocorreu a negociação. Já lá no final de 2019, o Zorya da Ucrânia, time para onde o atacante está indo, já havia mostrado interesse em Cristian. Os empresários do atacante procuraram o Brasil, mas naquela oportunidade não foi feito negócio. De lá pra cá, Cristian seguiu sendo monitorado pelo time Ucraniano e agora, perto do final do contrato com o Brasil em 31 de Julho, as conversas foram retomadas.

Mesmo com a demonstração de interesse do clube europeu, a Kuniy W. Sports disse que a prioridade no negócio era do Brasil, até pelo bom relacionamento da empresa com o Xavante. Lembrando que a Kuniy W. Sports também representa o atacante Chrigor, cria da base do Brasil e que hoje está no Red Bull Bragantino. Com o contrato chegando ao fim e Cristian podendo sair de graça, houve uma negociação entre os representantes do jogador, o Zorya e o Brasil, para que o Brasil tenha uma compensação financeira em uma futura venda de Cristian para um terceiro clube. Os números não foram abertos oficialmente, mas fala-se em 20% para o Brasil nessa futura negociação, além dos 5% por ser o clube formador.

Questionado sobre o motivo do Brasil não ter feito uma renovação de contrato com Cristian lá no passado, para que o jogador tivesse seu vínculo com o clube prorrogado, Junior Gaino disse:

“Ano passado fomos surpreendidos negativamente, quando o antigo executivo do Brasil nos passou que o Hemerson Maria não usaria mais o Cristian. Entendendo que para formação e continuidade do Cristian seria importante ele seguir jogando, ele foi emprestado para o Botafogo-PB até o final de janeiro. Sendo assim, como o contrato do Cristian com o Brasil acabava em maio, houve uma renovação de três meses, proposta pela direção do Brasil, para que dentro dessa previsão de lei, antes dos seis meses o Cristian não pudesse assinar um pré-contrato com outro clube. Naquela altura, houve um erro no ajuste das datas e o Cristian encerrou a Série C no Botafogo-PB e não pode jogar o final da Série B pelo Brasil. Lembro que o Brasil teve jogos sem atacantes no banco de reservas naquela oportunidade.”

Dessa forma, Cristian terá o seu contrato rescindido de imediato e já não joga mais pelo Brasil. O atacante deve se apresentar no clube Ucraniano em breve, lá na Turquia, onde eles fazem a pré-temporada. Cristian jogou 41 partidas pelo Brasil e marcou dois gols.

Alguns torcedores reclamaram da saída “de graça” de Cristian, alegando que o clube deveria ter renovado com o jogador por mais tempo, para ser compensado financeiramente de imediato. Mas será que o clube Ucraniano levaria ele se tivesse que pagar algo? Será que a não renovação com o Brasil já não era pensando nessa negociação com o Zorya? É algo em que o torcedor tem que pensar.

Agora é torcer pelo sucesso de Cristian na Europa, até mesmo para pingar uma grana para o Brasil em uma futura negociação.

Foto: Fernando Torres

Procura-se um camisa 9

Por Marcelo Barboza

A camisa 9 do G.E.Brasil sempre foi vestida por grandes jogadores em toda a sua história. Na história mais recente, Bira, Gilson Cabeção e Nena marcaram gols importantes vestindo a 9 Xavante. Vale ainda lembrar os gols de Leandrão na Série C de 2015 que ajudaram a colocar o Brasil na Série B de 2016.

No planejamento para 2017, Rogério Zimmermann já busca um camisa 9. Na Série B ficou evidente a falta que fez um camisa 9. Nena foi pouco aproveitado por Zimmermann e Gustavo Papa nada acrescentou. Ramon jogou como centroavante e marcou 9 gols no campeonato, porém não era a função dele. Quem acabou fazendo as vezes de matador, foi Felipe Garcia. É só ver os gols do camisa 7 Xavante no campeonato. Todos foram de bolas cruzadas na área, rebote do goleiro ou passe recebido dentro da área. Nenhum dos gols foi carregando a bola e invadindo a área, característica principal do Felipe. Arrisco até em dizer que com um bom camisa 9 teríamos ido mais longe na competição. Logicamente sem menosprezar os 9 gols do Ramon, que fez uma grande Série B ao lado de Felipe.

Diogo Oliveira, Marlon e Weldinho serviram os atacantes com frequência no campeonato, mas algumas vezes faltava alguém para empurrar a bola para dentro. Marlon foi o segundo maior assistente para gols no campeonato (8) e o terceiro maior assistente para finalizações (57). Marlon e Weldinho, juntos, cruzaram 340 bolas na área do adversário durante toda a Série B, sendo apenas 82 deles aproveitados pelos atacantes rubro-negros.

Nena passou por uma má fase no Gauchão desse ano e praticamente não foi utilizado na Série B. O atacante deixou o Brasil com 108 jogos e 37 gols marcados, média de um gol a cada 2,92 jogos . Alguns desses gols de extrema importância pro Brasil. Como não lembrar do gol de cabeça contra o Veranópolis no Gauchão de 2014 que deu o título do interior ao Brasil e a vaga para a Série D. Como não lembrar do gol contra o Grêmio na vitória de 1 a 0 na Arena deles, no Gauchão de 2014. Dos gols contra o Londrina na semifinal da Série D. Do gol contra o Brasiliense, no jogo do acesso à Série C. Quando Leandrão nos deixou para ir jogar no Vasco, na reta final da Série C, Nena estava lá marcando gols importantes contra Tombense, Madureira e Tupi.

Gustavo Papa está no clube desde julho de 2012. No Gauchão de 2014, chegou a marcar três gols contra o Passo Fundo e indicava que seria um bom Gauchão do camisa 9. Porém acabou se machucando, mais de uma vez, e não rendeu o esperado. Em 104 jogos, marcou 17 vezes, ou seja, um gol a cada 6,11 jogos. Nos dois últimos anos o jogador tem sido aproveitado por Rogério Zimmermann sempre na segunda metade do segundo tempo, porém sem eficácia. Saiu do banco para mudar o resultado da partida somente uma vez, contra o São Paulo no Gauchão. Conhecido por ser muito bom de grupo e querido pelos jogadores, o jogador teve seu vínculo renovado com o clube para 2017, para a sua sexta temporada no clube.

Mas onde buscar o camisa 9? Um bom jogador da posição não é barato. Mas aí é problema da direção do clube e do treinador Rogério Zimmermann. O próprio presidente Ricardo Fonseca já disse que o Brasil terá o seu maior orçamento da história em 2017. É difícil que não encontrem um camisa 9 que venha a agregar ao elenco. Na Série B vimos em campo Léo Gamalho e Marcão pelo Goiás, Jael pelo Joinville, Leandrão pelo Vasco, Zé Carlos pelo CRB, Grampola pelo Bragantino, Bill pelo Ceará, bons jogadores mas que requerem um investimento maior, mas mostram resultado. Alguns falam que é difícil administrar jogador caro. Na verdade difícil é administrar jogador ruim, isso sim.

Se não buscarmos um camisa 9 já conhecido, com experiência, que se tente uma aposta. Algum jogador jovem que possa progredir junto com o time, assim como o Brasil apostou no Ramon e deu certo. Com todo respeito e admiração que possuímos pelo Gustavo Papa, que é um cara sensacional e faz muito bem para o grupo e muito nos ajudou, mas não podemos apostar nele, nem como opção de segundo tempo. Já com 37 anos, Papa já mira outros planos no futuro e os números jogam contra ele. Se for para ter alguém no banco, para elenco, que se invista em algum jovem que possa render algo lá na frente.

Quem virá nós não sabemos, mas precisamos de um camisa 9 matador. Rogério Zimmermann terá que reconstruir o time do meio para frente após as saídas de Diogo Oliveira, Elias, Felipe Garcia e Ramon, responsáveis por 27 dos 40 gols do Brasil na Série B. Não vai ser nada fácil, mas precisamos investir.

Chegou o Siloé

por Pedro Henrique Krüger

Desembarcou em Pelotas o mais novo atacante do G.E.Brasil para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, Siloé.

Em 2011, após ser escolhido como “Revelação do Campeonato Cearense”, quando atuava pelo Horizonte-CE, foi contratado por empréstimo pelo Internacional.

No ano seguinte, voltou a ser emprestado, mas para o Náutico. Ainda passaria por outros clubes como Boa Esporte-MG, Guarani-SP e São Caetano. Até chegar ao Santa Cruz de Recife, em 2013, quando subiu e foi campeão da Série C com o time da Arruda.

Em 2014, voltou ao Horizonte-CE e jogou a reta final da Série B pelo Sampaio Corrêa-MA. No ano passado, buscando livrar-se do rebaixamento, o Ceará o contratou. Em 16 jogos, Siloé marcou 4 gols e foi muito importante para a arrancada que manteve o clube na segunda divisão nacional.

Neste ano de 2016, com pouco espaço após a saída do técnico Lisca, e com dois gols marcados em 14 jogos, rescindiu o contrato no início de abril com o Ceará.

 

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SILOÉ

Nome: Siloé Maciel Pereira

Posição: atacante

Nascimento: 15/03/1991 (25 anos) – Juazeiro do Norte-CE

Estatura: 1,79 m

Passagens por: Sampaio Corrêa-MA, Santa Cruz-PE, São Caetano, Guarani-SP, Boa Esporte-MG, Náutico, Internacional, Horizonte-CE e Quixadá-CE

Último clube: Ceará

 

Lances e gols