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Cobertura dos jogos do Brasil

Foi na raça

Por Marcelo Barboza

Na noite dessa terça-feira o Brasil entrou em campo para enfrentar a forte equipe do Goiás em busca de se distanciar da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B. O time goiano também busca fugir da zona da degola e chegou em Pelotas em busca dos três pontos com um dos elencos mais caros da competição.

A partida começou boa pro time goiano, criando boas chances de gol até a metade do primeiro tempo e o Brasil chegando somente em bolas paradas. Tanto que o Goiás abriu o placar aos 29 minutos com Carlos Eduardo, o melhor jogador do time goiano. Marcelo Pitol foi sair jogando com as mãos com Teco mas passou a bola muito forte. Andrezinho recuperou a redonda, cruzou na área e no segundo pau estava Carlos Eduardo, que dominou, puxou para a direita e chutou cruzado no canto esquerdo de Marcelo Pitol.

O gol de empate do Brasil saiu aos 37 minutos na sexta cobrança de escanteio à favor do rubro-negro. Éder Sciola cruzou na área, Lincom cabeceou para o segundo pau e Leandro Leite devolveu para a pequena área onde estava Marcinho, que em velocidade se antecipou à Matheus Ferraz e tocou para o fundo das redes. Era o quarto gol do pequeno Nasarildo na Série B.

Na segunda etapa o Brasil voltou melhor organizado, principalmente com Rafinha mais participativo. Logo aos 12 minutos, Marcinho recebeu pelo lado esquerdo e invadiu a área alviverde driblando meio time deles. Na hora de marcar o golaço, Marcelo Rangel fez uma linda defesa e impediu que Marcinho fizesse o gol da virada colocando a bola para escanteio. Mas foi no escanteio que surgiu o gol da virada. Éder Sciola cruzou na área e de novo Lincom cabeceou para o meio da área, mas dessa vez a bola ia com destino à linha de fundo mas Juninho deu uma puxeta pro meio da área e Rafinha só teve o trabalho de tocar de cabeça para dentro do gol, sem goleiro. Também foi o quarto gol de Rafinha na Série B.

Do meio para o fim da segunda etapa, o Goiás se jogou pro ataque e cedeu o contra ataque para o Brasil, que já tinha Misael e Cassiano em campo. E em um desses contra ataques, Marcinho pifou Lincom na entrada da área e na hora de marcar, de cara com o goleiro, Lincom chutou de tornozelo para fora. Um gol daqueles imperdíveis. O Goiás chegou com real perigo nas duas últimas bolas do jogo. Em cabeçada de Junior Viçosa, Marcelo Pitol defendeu de mão trocada a bola que já ia encobrindo-o. Mas na continuação do lance, o endiabrado Carlos Eduardo foi lançado dentro da área e tocou por cima de Pitol, mas Leandro Camilo afastou para longe a bola que daria o gol de empate ao Goiás. E assim acabou a partida, com a torcida Xavante quase enfartando mas comemorando a importante vitória.

Com a vitória o Brasil chegou aos 30 pontos e por enquanto é o 10º colocado. A próxima partida será somente daqui há 15 dias, contra o Náutico em Recife.

Foi uma grande vitória. Nem tanto pela exibição, mas pela raça apresentada pelo time e pelo grande adversário. Clemer entrou em campo com Marcinho aberto de um lado e Juninho de outro. Marcinho está jogando muito, impressionante. Ainda se atrapalha com a bola em alguns lances, mas ele é liso demais. Hoje fez uma jogada de craque, driblando meio time do Goiás e por pouco não marcou um golaço. E o mais importante, está marcando gols importantes. Já Juninho é muita inspiração e pouca criação. Ele corre mais do que as pernas. Mas foi importante no lance do segundo gol e na recomposição na marcação. Lincom perdeu um gol daqueles de demissão por justa causa. Não pode perder. Porém foi quem cabeceou nos lances dos dois gols. Os laterais defenderam bem dessa vez, mesmo com o endiabrado Carlos Eduardo caindo nas costas deles.

João Afonso errou uns passes fáceis novamente, assim como fez em Londrina, porém tem muita qualidade para sair jogando e precisa estar confiante para fazer isso com excelência. E a dupla de zaga foi muito bem hoje, com botes certeiros e muito bem no jogo aéreo. E no gol Marcelo Pitol fez grandes defesas, apesar de ter saído jogando errado no gol do Goiás. Rafinha fez um primeiro tempo muito apagado mas voltou pra segunda etapa buscando o jogo. Na coletiva Clemer disse que ele está muito mal preparado fisicamente, que precisa aproveitar esses 15 dias sem jogos para se recuperar. É um jogador de extrema importância para o time.

O jogo de hoje foi o quarto de Clemer no Bento Freitas, com três vitórias e um empate. Se mantivermos esse rendimento em casa, deixamos qualquer risco de rebaixamento para trás e podemos sonhar com algo melhor. Mas ainda é muito cedo. O time ainda está em formação, temos jogadores por estrear e outros voltando de contusão. Mas o trabalho de 30 dias de Clemer já trouxe uma maior tranquilidade ao elenco e para a torcida.

Os jogadores estão de parabéns pela entrega de hoje. O Goiás teve melhor em alguns momentos da partida mas em nenhum momento os nossos jogadores deixaram de correr e buscar o gol. Foi como a torcida gosta de ver. Foi na raça.

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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De xiripa também vale

Por Marcelo Barboza

Depois de tirarmos a toca do Criciúma, tava na hora da toca do Guarani, clube que jamais havíamos vencido na história. Pelotas amanheceu com fortes chuvas e uma ventania danada na sexta-feira, e assim foi durante todo o dia. Na hora da partida a chuva deu uma trégua mas o vento e frio persistiram. E só quem é Xavante sabe o que é aquele vento que desce a Princesa Isabel e desemboca dentro do Bento Freitas. É congelante.

Com a bola rolando, o Brasil começou muito bem a partida. Logo nos primeiros minutos Teco e Itaqui quase marcaram. O Guarani chegou a primeira vez somente aos doze minutos, em um chute sem perigo. O Brasil chegou com perigo novamente com Itaqui em cobrança de falta. O camisa 8 cobrou falta pelo lado direito e a bola beliscou o travessão do goleiro Leandro Santos. Em cruzamentos de Éder Sciola, Juninho e Marcinho tiveram a oportunidade de marcar de cabeça mas mandaram para fora. Antes do apito final na primeira etapa, Teco teve um gol anulado, após cabeçada de Lincom e rebote do goleiro paulista. O zagueiro Xavante estava impedido.

Na segunda etapa o Guarani voltou melhor organizado e Marcelo Pitol começou a trabalhar. Jogando com o vento à favor, o Guarani começou a arriscar chutes de longa distância e Pitol teve que se virar. O Brasil chegou com perigo com Misael, que havia entrado no lugar de Juninho, com uma cabeçada que Leandro Santos defendeu no susto. Ednei ainda cobrou uma falta de longe que tinha destino certo mas Leandro Santos espalmou. O jogo era duro e parecia que o empate persistiria. Mas aos 37 minutos Misael fez linda jogada pela esquerda, driblou Diego Jussani, evitou a saída pela linha de fundo e cruzou para Lincom. O camisa 9 errou no domínio, a bola escapuliu na direção do goleiro Leandro Santos que tentou afastar com o pé mas chutou a bola no joelho de Lincom e a bola entrou. Um gol louco de feio, mas feio mesmo é não fazer gol. Foi aquele gol típico de centroavante. De xiripa, como diria meu pai. O Guarani ainda tentou buscar o empate mas a vitória era rubro-negra naquela fria noite em Pelotas.

Com a vitória o Brasil chegou aos 27 pontos e terminou a rodada na 11ª colocação. O próximo adversário será o Londrina na terça-feira, lá no Paraná, às 19:15h. O Londrina também tem 27 pontos, portanto o jogo será de extrema importância para nós.

O volume de jogo que o Brasil apresentou contra o Guarani foi muito satisfatório. Se impôs desde o início do jogo e por pouco não abriu o placar no primeiro tempo. Na segunda etapa o Guarani voltou melhor mas o Brasil soube aproveitar as oportunidades criadas e marcou um gol chorado, com cara de 1 a 0 magrinho, mas muito importante.

Clemer fez a sua quinta partida à frente do Brasil e venceu pela terceira vez, com um empate e uma derrota. Aproveitamento de 66%. Ótimo. A única derrota foi naquela noite horrorosa onde não vimos a cor da bola contra o ABC em Natal. O empate com o Boa na Baixada foi em uma noite onde se criou demais e não tivemos competência para marcar o gol. Aliás, empurrar a bola pra dentro tem sido a maior dificuldade do Brasil. A defesa parece ter se encaixado novamente. Teco fez uma partida perfeita ontem, não errou nenhum bote e colocou o Eliandro no bolso. O forte do Brasil nos últimos anos sempre foi o jogo defensivo, onde era muito difícil de levarmos gols. Porém esse ano levamos várias goleadas e hoje temos a defesa mais vazada na Série B ao lado do Figueirense, com 29 gols sofridos. Não que hoje temos tudo resolvido lá atrás, longe disso, precisamos melhorar muito, principalmente no jogo defensivo dos laterais. Mas a segurança já é maior.

Éder Sciola, que tem caído nas graças da torcida nas últimas partidas, e até nós brincamos com o bom momento do lateral em nossa Fanpage no Facebook, melhorou da água para o vinho após a chegada de Clemer. Mas essa melhora foi em relação a ele mesmo, ao que ele apresentou no Gauchão e no início da Série B. Sciola ainda apresenta erros defensivos que colocam a nossa zaga em perigo constante. Aos poucos Clemer precisa corrigir isso e, com a confiança que o jogador vem adquirindo, pode melhorar. Na esquerda Breno é muito inconstante dentro de uma mesma partida. Alterna bons e maus momentos. Marlon deve voltar em breve e assumir a titularidade. Logicamente que vai ter que tirar aquela preguiça do corpo que vinha apresentando esse ano.

Rafinha voltou ao time jogando mais centralizado e, dentro do que eu esperava, até que voltou bem. Para quem ficou quatro rodadas fora, com frio e com o gramado pesado como estava, o meia conseguiu desenvolver boas jogadas mas cansou no início do segundo tempo, quando estava errando demais. Deve seguir no time titular pois a criação é o setor de maior carência nesse elenco. Wagner teve várias oportunidades e não soube aproveitar. Aloísio pouco joga e Lenilson, reintegrado ao elenco, não é o jogador que precisamos. Elias já se machucou duas vezes e pelo que conhecemos dele, não é a solução também. Essa é uma posição onde a diretoria tem que investir e trazer um jogador diferenciado. Clemer pode jogar com Marcinho pela direita, Lincom de centroavante e Rafinha pela esquerda, cortando para o meio. O fato é que Rafinha tem que jogar perto da área, onde ele realmente é perigoso. Achei ele muito distante do gol nesse jogo com o Guarani.

Lincom mostrou mais uma vez o quanto é importante. Não fez um jogo espetacular, longe disso, mas foi muito importante fazendo parede nos lançamentos e passes que recebia de costas pro gol. Nisso ele é muito bom. E na única bola que ele concluiu para o gol, marcou. Ele não vai driblar, não vai dar longas arrancadas. Ele precisa de bola no pé e que pifem ele de frente pro gol, onde ele é muito bom. Marcou o seu sexto gol na Série B e já é o artilheiro do Brasil na temporada. E ainda temos o Marcinho, que tem sido o melhor jogador do Brasil nessa Série B. O pequeno Nasarildo é liso demais. Como já falamos aqui, se ele fosse bom nas conclusões, tava jogando na Série A. Ele perde uns gols inacreditáveis, mas daqui a pouco entra costurando pelos lados do campo e criando muitas chances de gol. E como apanha, meu Deus. É o jogador mais importante do time hoje. Misael é outro que entrou bem ontem, contra o Criciúma e contra o Boa. Poderá nos ajudar durante a competição.

Estamos longe de criar a confiança de que poderemos algo a mais nessa Série B. Mas parece que voltamos a ter um pouco de segurança de que a coisa não vai desandar há qualquer momento como vinha acontecendo. Não sei vocês, mas eu tinha a impressão que todo chute do adversário seria gol até algumas rodadas atrás, tamanha a falta de confiança no time. Não que hoje tudo esteja uma maravilha, mas parece que tomamos o prumo novamente. Se mantivermos esse ritmo de jogo, podemos alcançar o grande objetivo dessa Série B, que é a permanência.

Agora vamos com tudo pra cima do Londrina. O retrospecto deles jogando em casa é horroroso e hoje levaram três do Inter. E foram três gols de cabeça. Temos que aproveitar o nosso centroavante e as bolas paradas. Mas, principalmente, continuar buscando o jogo pelo chão, como temos tentado nas últimas partidas.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

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*capturados da Rádio Xavante

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A vontade de vencer

Por Marcelo Barboza

Na noite da última sexta-feira, o Brasil foi à Criciúma fechar o primeiro turno em busca de pontos para não entrar na zona de rebaixamento ao fim da 19ª rodada. Mas mais do que pontos, o Brasil precisava buscar o bom futebol que raras vezes apareceu nesse ano de 2017. Depois de um empate com o Boa Esporte na Baixada, em uma partida de muitos erros, vencer no Heriberto Hulse parecia algo impossível aos olhos da torcida Xavante. Primeiro porque a fase não é das melhores e a outra é que jogar em Criciúma era sinônimo de derrota, desde sempre.

Clemer tinha mais opções para o jogo em Criciúma e acabou mexendo na equipe. Lincom e Marcinho voltavam ao time titular e Wagner começava no banco de reservas, dando lugar à Juninho. Por opção de Clemer, Leandro Leite voltava ao time titular e Itaqui seria o terceiro homem de meio de campo, função já testada com Nem em outras partidas. O jogo começou e o Brasil se comportava muito bem na partida. O Criciúma chegava com perigo mas o Brasil buscava o jogo pelo chão, sem balões. Criciúma chegou com perigo com duas bolas na trave de Silvinho. Mas quem abriu o placar foi o Brasil. Em um contra ataque pelo lado direito, Lincom deu belo passe para Juninho que invadiu a área e não viu Marcinho e Itaqui entrando sozinhos e tentou marcar o gol, mas o goleiro Luiz fez boa defesa. No rebote a bola caiu nos pés de Lincom, que deu alguns passos para o lado esquerdo e soltou um chutaço, em curva, na gaveta. Um baita golaço. Era o quinto gol de Lincom na Série B, artilheiro Xavante na competição e na temporada.

O Criciúma seguiu pressionando o Brasil e Marcelo Pitol fazendo boas defesas. E assim acabou o primeiro tempo, com o Brasil na frente do placar. A segunda etapa começou novamente com o Criciúma em cima. O gol dos catarinenses parecia questão de tempo. Mas o Brasil seguiu buscando o jogo, com a bola no chão, e assim chegou ao seu segundo gol, no auge da pressão catarinense. De uma cobrança de falta de Teco no campo defensivo, iniciou-se toda a jogada do segundo gol. Os dez jogadores de linha do Brasil tocaram na bola até ela rodar o campo todo e Marcinho dar uma linda assistência para Éder Sciola invadir a área e chutar de primeira, no canto direito do goleiro Luiz. Era o justo dois a zero para o Brasil, visto a sua eficiência defensiva e extrema competência no ataque.

A pressão do Criciúma persistiu, agora de forma desesperada. E em um dos inúmeros cruzamentos na área do Brasil, aos 23 minutos, Teco foi afastar de perna direita e acabou marcando contra. Ali o torcedor Xavante sentiu calafrios, pois sabia que o Criciúma viria com tudo pro ataque. Seriam mais vinte e poucos minutos de sufoco. E realmente o Criciúma se jogou pro ataque, mas o Brasil soube se fechar muito bem e jogar no contra ataque. Em dois deles, Juninho e Marcinho quase marcaram o terceiro gol. E assim foi até os últimos minutos, com o Criciúma desesperado, desordenado, e o Brasil fechado e jogando com a bola no chão, buscando manter a posse de bola. Depois de cinco minutos de acréscimos, o juizão apitou o fim do jogo e enfim o Brasil vencia o Criciúma no Heriberto Hulse.

Foi uma noite para acalmar o coração rubro-negro. Enfim tivemos um bom futebol em 2017, em agosto, no final do primeiro turno da Série B. Meio tarde demais, não? Mas ainda temos um turno inteiro pela frente. Obviamente um jogo e um resultado como o de sexta-feira deixam o torcedor empolgado, mas ainda temos muita coisa para arrumar e melhorar. Mas o que se viu em Criciúma, mais importante do que os três pontos, foi a vontade de vencer. Mesmo ganhando por 1 a 0, o Brasil foi lá e marcou outro no segundo tempo. Aos 48 do segundo tempo estava marcando o Criciúma no campo de ataque. No apito final a vibração de Leandro Leite mostra que o momento é outro. Aquela consternação de aceitar uma derrota, ou a trava para buscar uma vitória, parecem ser passado.

Clemer parece ter conseguido mexer com o espírito dos jogadores, algo que parecia estar apagado. E esse é o primeiro passo, que pode nos trazer vitórias, como em Criciúma. Mas somente isso não basta. O elenco possui jogadores que não estão no nível de uma Série B, portanto Clemer vai ter muito trabalho para manter esse time jogando o que jogou sexta. O presidente disse que reforços devem chegar. E realmente precisamos. Juninho tem entrado bem nas partidas, mas é muito afobado na hora de marcar o gol. Foi assim em Natal contra o ABC, foi assim ontem. É novo, precisa ter mais calma, levantar a cabeça. Éder Sciola parece outro jogador, impressionante a autoconfiança que ele está mostrando, coisa que nunca teve com a camisa do Brasil. Raras eram as vezes que ele ultrapassava a linha do meio de campo.

No nosso segundo gol trocamos passes durante exatos um minuto, onde todos os jogadores de linha tocaram na bola. Breno e Misael tiveram a chance de cruzar a bola na área em mais de uma oportunidade e não fizeram. Rodaram o jogo até chegar ao gol. Isso é treinamento. Tempos atrás se passava da linha de meio de campo e já se cruzava a bola na área, à espera de um milagre. Normalmente as bolas nem chegavam até a área. Ouvíamos que Lincom tinha como ponto forte o jogo aéreo, por isso tanto cruzamento. Mas dos cinco gols marcados por ele nessa Série B, quatro foram com o pé. Olhem o passe que ele deu pro Juninho no primeiro gol, genial. Jogadores bons precisam de bola no pé. Marcinho tem sido um dos melhores jogadores do Brasil nessa Série B, com uma velocidade absurda e criando grandes jogadas. Se soubesse concluir ao gol com maestria, estaria jogando a Série A ou fora do país. Temos que aproveitar a boa fase do nosso pequeno Nasarildo. E ainda tem o Rafinha voltando de lesão.

O que se ouve vindo do Bento Freitas é que “o clima é outro”. E esse espírito precisa se espalhar no campo e na arquibancada. A relação entre o time e a torcida vem sendo bem conturbada. É hora do clube, com o presidente, treinador e jogadores, trazerem a torcida novamente para o seu lado. A verdade é que estamos loucos para gritar “time de guerreiros” ao fim de uma grande vitoria na Baixada. Dar tapa na careca do Sciola na chegada do time aos gritos de “Vamos, vamos a ganhar”. A hora é agora. Sexta-feira, contra o Guarani na Baixada, é dia de ganhar no bafo, no grito da torcida. O mais importante parece termos recuperado, que é a vontade de vencer. O resto vem com muito trabalho e com a arquibancada do Bento Freitas.

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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Brasil derruba o Juventude no Alfredo Jaconi

Por Marcelo Barboza

O Brasil viajou para Caxias do Sul em busca de somar pontos contra o líder do campeonato, o Juventude, sabendo que teria um jogo duro pela frente. O jogo realmente foi duro, mas mais duro ainda foi pro Juventude. Muito efetivo defensivamente, o Brasil soube aproveitar as oportunidades e venceu a partida.

Antes mesmo do apito inicial, a torcida do Brasil já estava apreensiva. A angústia era pela escalação do time. Quando a Assessoria de Imprensa do clube lançou a escalação, uma hora antes do embate, foi um burburinho. O capitão Leandro Leite pela primeira vez era reserva em um jogo do Brasil. Rogério Zimmermann resolveu manter Itaqui no time titular depois do belo jogo que ele fez contra o Vila Nova-GO na rodada passada. Marlon e Wagner voltavam de suspensão e ao time titular.

A partida começou com o Juventude comandando as ações do jogo. Em um lance de impedimento, Fahel cabeceou dentro da área e Martini fez grande defesa. O Juventude seguia chegando em chutes de fora da área, principalmente de Ramon, mas sem perigo para Eduardo Martini. O Brasil tentava escapar com lançamentos de Wagner e com a velocidade de Rafinha. E foi em uma dessas escapadas de Rafinha, aos 30 minutos, que saiu o primeiro gol do Brasil. Rafinha recebeu pela esquerda e da entrada da área bateu forte, rasteiro, em curva, no canto esquerdo de Matheus, e marcou um belo gol. O Juventude sentiu o gol e não ameaçou o gol de Eduardo Martini até o apito final do primeiro tempo.

A segunda etapa foi quente. O Brasil, com Leandro Leite no lugar de João Afonso, voltou um pouco mais fechado buscando o contra ataque. Mas foi o Juventude que marcou, aos 14 minutos. Caprini arriscou de longe, em chute rasteiro, e Eduardo Martini fez a defesa parcial. A bola foi lentamente em direção à linha de fundo mas Ramon alcançou e chutou na direção do gol. Evaldo, que chegava para tentar cortar, acabou tocando para dentro do gol. Era o empate do Juventude e a certeza que eles iriam para cima do Brasil.

Em outros dois jogos em casa, o Juventude havia saído atrás do placar e conseguiu buscar a virada. Mas o Brasil manteve o seu ótimo jogo defensivo e o Juventude não conseguiu chegar ao gol de Eduardo Martini. Aos 19 minutos Marlon cobrou falta na área e Wagner surgiu sozinho no segundo pau. O camisa 7 tocou de primeira, de baixo para cima, mas a bola subiu demais e foi por cima do gol de Matheus. Aos 26 Rafinha cobrou falta de longe, com maestria, mas Matheus mandou para escanteio. O mesmo Rafinha cobrou o escanteio no segundo pau e Leandro Camilo subiu no terceiro andar para mandar a bola para as redes. Era o Brasil novamente na frente do placar.

O Juventude se jogou para o ataque e chegou com perigo em dois chutes de Ramon. O Brasil tinha o contra ataque arreganhado. Em um deles, Wagner chegou na entrada da área mas na hora de finalizar a defesa afastou. No desespero, o Juventude não conseguiu furar o bloqueio Xavante e o Brasil levou os três pontos para Pelotas.

Com a vitória o Brasil chegou aos 14 pontos e é o quinto colocado no campeonato. A próxima partida será contra o Internacional no Bento Freitas, no próximo sábado, às 16:30h.

ANÁLISE DA PARTIDA

O jogo foi muito disputado e muito igual. Mas o diferencial para o Brasil conseguir a vitória foi a consistência defensiva. Impressionante como o Brasil se postou bem na defesa. E com a defesa bem fechada, o meio de campo recebeu mais bolas e conseguiu colocar os atacantes no jogo. Wagner e Rafinha comandaram as ações do ataque do Brasil na noite de ontem, e muito bem por sinal. A sensação do Juventude no campeonato, o centroavante Tiago Marques, não viu a cor da bola. Leandro Camilo e Evaldo não deram folga para o camisa 9 do Juventude. Foram perfeitos.

Rafinha foi o melhor em campo. Com muita velocidade e muita precisão no primeiro gol, Rafinha vem se firmando como o craque desse time. Wagner é muito habilidoso e quando tiver espaço para jogar, vai nos dar alegrias. Bruno Lopes novamente com muita volúpia tática, mas com a bola no pé ainda tá devendo. Corre uma enormidade, impressionante, mas na hora de fazer o gol ou dar a assistência, não tem sido muito feliz. Marcinho novamente entrou bem. Lincom foi importante na retenção da bola no campo de ataque, mas teve poucas chances para marcar o gol. E mais uma vez Wender foi bem na primeira etapa e cansou na segunda. Precisamos da contratação de um lateral-direito, e parece que está por vir. Eder Sciola nem lista pegou nos dois últimos jogos, parece estar fora dos planos do Rogério.

Foi uma baita vitória, com a cara do Brasil do Rogério Zimmermann. Muito bem defensivamente e cirúrgico nas oportunidade ofensivas. O time vem evoluindo, pois os melhores jogadores vêm sendo escalados. Pedimos muito isso, inclusive aqui no Blog. Tardou mas enfim parece que o professor está convicto de quem são os melhores. Futebol é assim, jogam os melhores e os demais treinam forte para buscar a titularidade. Assim se faz um grupo campeão.

E é impressionante como o Brasil vem jogando bem contra o Juventude lá no Jaconi nos últimos anos. Já podemos dizer que eles são nossos filhos jogando lá. Wagner que o diga.

Que venha o Internacional. Estamos com uma vitória sobre eles engasgada há muito tempo e a chance é sábado. Não podemos deixar passar.

Foto: Jonathan Silva/AI GEB

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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Em noite de bom futebol, Brasil vence o Vila Nova-GO

Em busca da reabilitação no Campeonato Brasileiro da Série B, o Brasil entrou em campo na noite desse sábado para enfrentar o Vila Nova-GO no Bento Freitas e venceu depois de duas derrotas. Mas mais importante do que vencer, foi jogar bem.

Desde o início da partida, quem tomou as ações do jogo foi o Brasil. Aos 10 minutos Rafinha entrou à drible na área e bateu para defesa do goleiro Wendel. No rebote Bruno Lopes perdeu grande chance chutando para fora. Em outra jogada de Rafinha, o meia ameaçou o chute de canhota e passou para Elias que tentou cruzar, ao invés de bater no gol, e a defesa afastou para escanteio. Bruno Lopes e Rafinha ainda arriscaram chutes de fora da área mas sem muito risco ao goleiro Wendel. Eduardo Martini fez a sua primeira defesa aos 35 minutos do segundo tempo, em um chute mascado de Marcos Paulo. Com controle da partida, o Brasil ia para o final do primeiro tempo com o placar em branco. Mas aos 42 minutos, em bola roubada por Itaqui na frente da área, o camisa 5 Xavante passou para Lincom que deu um toque para o lado e bateu cruzado, rasteiro, e abriu o placar da partida.

No segundo tempo o Brasil não deu nenhuma chance para o Vila. Com 18 segundos de jogo, Rafinha arrancou do meio de campo e bateu perto da trave esquerda de Wendel. E as coisas ficaram um pouco mais fáceis com 1 minuto de segundo tempo. Maguinho, que já tinha cartão amarelo, subiu para uma disputa de bola com Lincom e deixou o braço na cabeça do camisa 9 Xavante. Cartão vermelho para ele. Aos 14 minutos Bruno Lopes recebeu de Rafinha e chutou duas vezes para duas defesas de Wendel. Marcinho entrou no primeiro tempo, no lugar de Elias, machucado, e enlouqueceu a defesa goiana. Em uma de suas jogadas, Marcinho arrancou do meio de campo, invadiu a área e caiu. O árbitro da partida entendeu como simulação e deu cartão amarelo para Marcinho. Atitude acertada.

Aos 26 minutos, veio o lance mais bonito da partida. Evaldo deu uma assistência de camisa 10 para Lincom, que tocou por cobertura na saída do goleiro Wendel e marcou o seu segundo gol na partida e o quarto na Série B. A partir do segundo gol o Brasil rodou a bola e foi administrando a partida. Eduardo Martini não fez nenhuma defesa no segundo tempo. E quando parecia que o dois a zero seria o placar final, Rafinha fez um golaço de falta, pelo lado esquerdo, onde colocou a bola na gaveta. Uma baita bucha! E o gol foi para fechar o placar nessa bela vitória do Brasil.

Com a vitória o Brasil chegou aos 11 pontos e alcançou a 12ª colocação na classificação. A próxima partida será contra o líder Juventude na próxima terça-feira, às 19:15h, em Caxias do Sul.

ANÁLISE DA PARTIDA

Sem sombra de dúvidas foi o melhor jogo do Brasil no ano. Com a bola no chão e rodando o jogo, o Brasil mandou no jogo. E enfim temos um camisa 9 matador. Lincom pouco toca na bola, mas finaliza com uma precisão gigante. Marcou o seu quarto gol e em três partidas já é o artilheiro do Brasil na temporada, ao lado de Gustavo Papa. Rafinha foi muito bem jogando pelo meio e não pelo lado, como ele jogou outras vezes. Marcinho entrou voando no jogo, muito bem. Lá atrás a defesa foi firme e com grande atuação de Evaldo.

Mas o destaque da partida foi a dupla de volantes. João Afonso é o jogador que mais comete faltas na Série B, porém é o 9º que mais desarma e o jogador do Brasil que mais acerta passes na competição. Foram 245 passes certos em 8 jogos. E hoje não foi diferente. João Afonso acertou 60 passes e errou apenas dois. Mas o diferencial de hoje para outras partidas foi a entrada de Itaqui no lugar de Leandro Leite. A qualidade na saída de bola aumentou uma barbaridade. Itaqui acertou 60 passes hoje, três vezes mais que Leandro Leite, que teve 20 passes certos em uma partida como sua melhor marca nessa Série B. Leandro Leite sabe da sua deficiência com a bola no pé e se esconde na saída de bola. Com Itaqui tivemos outro time em campo, além de ótima qualidade na bola parada. Breno foi outro que entrou muito bem no time. Com toque rápido e velocidade, foi uma das opções de ataque do Brasil pelo lado esquerdo.

Esse time de hoje encaixou e fica o problema para Rogério Zimmermann, que para o jogo com o Juventude terá Wagner, Leandro Leite e Marlon à disposição. Mas eu aposto dois litrões com vocês que Leandro Leite e Marlon voltam pro time semana que vem. Se isso é certo ou errado, é o professor quem sabe. Nós aqui só damos pitaco e cornetamos, com excelência, aliás.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

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*capturados da Rádio Pelotense AM

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