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Enfim a primeira vitória do ano

Na sua segunda partida pela Copa da Primeira Liga, Brasil conquista a sua primeira vitória na temporada e bate o Criciúma por 2 a 1 no Bento Freitas com dois gols de Gustavo Papa.

Por Marcelo Barboza

O JOGO

O Criciúma enviou para Pelotas um time alternativo mesclando reservas e jogadores da base, mas a gurizada incomodou bastante. Na primeira etapa o time catarinense comandou as ações da partida. Mas mesmo com a posse de bola, quem abriu o placar foi o Brasil. Aos 30 minutos, o lateral Carlos Eduardo tentou recuar a bola de cabeça para o goleiro Eduardo mas acabou dando uma assistência para Gustavo Papa. O centroavante teve apenas que tocar de perna esquerda no canto do goleiro catarinense e abrir o placar no Bento Freitas. Gustavo que havia entrado aos 10 minutos no lugar de Bruno Lopes, que saiu machucado.

Logo após o gol do Brasil, Leandro Camilo falhou no corte de um lançamento e Hélio Paraíba sai na cara do goleiro Carlos Eduardo. O goleiro Xavante cresceu pra cima do atacante catarinense que bateu e Carlos Eduardo fez grande defesa. Dez minutos depois do primeiro gol, Tiago Silva cruzou da esquerda, a zaga do Criciúma desviou de raspão e Gustavo Papa se adiantou ao seu marcador e marcou de cabeça. O Criciúma, que jogava com a marcação adiantada, jogando no campo do Brasil, não conseguia transformar toda a posse de bola em gols. Aos 42 minutos, Aloísio lançou Juninho que arrancaria para o gol sem marcação. Porém o bandeira marcou impedimento, erroneamente, pois Juninho estava no campo de defesa. No último minuto do primeiro tempo, a defesa do Brasil teve um apagão em uma cobrança de falta e Alan saiu na cara do gol, cabeceou para o alto e acertou o travessão. Na sobra a defesa do Brasil afastou para escanteio. O Criciúma terminou o primeiro tempo com 69% de posse de bola.

Na segunda etapa o jogo não foi muito diferente. O Criciúma seguiu tomando conta do jogo e o Brasil saindo nos contra ataques. Aos 9 minutos, Hélio Paraíba recebeu dentro da área, girou, e bateu para fora. Aos 19 minutos, após cobrança de escanteio de Rennan Oliveira, Leandro Camilo quase marcou, mas a defesa do Criciúma afastou. Aos 24, Rennan Oliveira fez um belo lançamento para Jean Silva que invadiu a área e chutou para fora. Aos 38 veio o lance curioso da partida. Após cobrança de falta, Lucas pegou de primeira no rebote e marcou um belo gol. Porém o árbitro da partida havia marcado falta de Rennan Oliveira em cima de Lucas e anulou o gol. Mas na cobrança da falta, Carlos Eduardo mandou a bola na gaveta, um golaço. Depois do gol o Criciúma tentou fazer uma pressão mas sem sucesso. Enfim veio a primeira vitória do Brasil no ano.

Com a vitória o Brasil marcou os 3 primeiros pontos na Copa da Primeira Liga e se igualou ao Fluminense na segunda colocação. Porém mesmo com o mesmo número de pontos, vitórias, gols pró e contra, o time carioca leva vantagem pois o Brasil possui um cartão vermelho. Ou seja, o Brasil precisará vencer no Rio de Janeiro para seguir na Copa.

A próxima partida do Brasil será na próxima sexta-feira, 17/02, às 21:30h, contra o Ypiranga no Bento Freitas. Será a primeira final do ano. O time de Erechim está na lanterna do campeonato e não se pode pensar em outro resultado a não ser a vitória.

ANÁLISE DA PARTIDA

A vitória demorou, mas veio em um momento importante. O Brasil terá um jogo muito decisivo contra o Ypiranga no Bento Freitas na próxima sexta-feira e essa vitória de hoje dará mais confiança aos jogadores. Hoje o Brasil não fez uma boa partida. Jogadores pareciam nervosos e as jogadas não fluíam. Nas oito partidas do ano, Rogério Zimmermann ainda não repetiu a mesma escalação em nenhuma partida. E isso fica evidente dentro do campo. O time ainda não está entrosado. O Criciúma veio a Pelotas com uma proposta de jogo diferente, com a saída de jogo pelo chão e marcando o time do Brasil com a defesa no meio do campo. Aos poucos o Brasil foi se encaixando no esquema de jogo do Criciúma e conseguiu acertar a marcação.

Na defesa, Evaldo fez mais um ótimo jogo ao lado de Leandro Camilo. Podem notar que hoje tivemos bem menos bagos para o ataque como tivemos nas últimas partidas. Wender mostrou toda a vontade de sempre na lateral-direita. No meio-campo, Galiardo sempre voluntarioso e mostrando que pode brigar por um lugar no time titular. Aloísio cansou rápido, mas segue sendo o cérebro do time. E no ataque, Jean Silva segue recebendo muita bola e criando muito pouco. Precisa ser mais agudo, mais vertical. E Gustavo Papa, de quem sempre cobramos boas atuações, fez o que tem que fazer todo bom centroavante, matar o jogo nas chances que tem. Em Veranópolis ele teve duas chances claras e não marcou. Hoje recebeu um presente do adversário, mas estava no lugar certo. E no gol de cabeça se antecipou muito bem à marcação e marcou o seu segundo gol. Mas ainda não podemos depender apenas de Gustavo Papa dentro da área. Precisamos de outro atacante de área para ser titular. Enfim parece que Rodrigo Silva poderá fazer a sua estreia. Já estava no banco de reservas hoje e poderá estar em campo na sexta-feira.

No futebol, confiança é a base de tudo. O jogador estando confiante, pode até o time estar mal, mas as coisas acontecem. E essa vitória de hoje pode muito ajudar a dar confiança ao time. O foco é o jogo de sexta e precisamos entrar como se fosse uma decisão. E é dessa forma que a torcida também tem que encarar. É jogo pra encher a Baixada e empurrar o Brasil para a vitória.

BOLA DENTRO

Evaldo foi muito bem na defesa. Mais ágil que Cirilo, ele praticamente não errou nenhum bote. Precisava ser titular ao lado de Leandro Camilo.

BOLA FORA

Jean Silva ainda não encontrou o seu jogo com a camisa do Brasil. É muito voluntarioso mas com a bola no pé ainda está devendo.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Carlos Eduardo; Wender, Leandro Camilo, Evaldo e Tiago Silva; Leandro Leite, Galiardo, Juninho, Aloísio (Rennan Oliveira) e Jean Silva; Bruno Lopes (Gustavo Papa). Técnico: Rogério Zimmermann.
Criciúma: Eduardo Babiuk; Carlos Eduardo, Nino, Ianson e Chico (Natan); Lucas, Bessa e Eduardo (Flávio); Matheus (Alan), Hélio Paraíba e Kalil. Técnico: Raphael Bahia.
Gols: Gustavo Papa, aos 31′ do 1º tempo e 41′ do 1º tempo (GEB); Carlos Eduardo, aos 41′ do 2º tempo (CRI).
Cartões amarelos: Galiardo, Leandro Leite, Rennan Oliveira e Evaldo (GEB); Eduardo Babiuk, Eduardo, Chico e Hélio Paraíba (CRI).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Melhores Momentos – Imagens Premiere

Péssimo futebol e nova derrota

Na abertura da terceira rodada do Gauchão 2017, o Brasil joga mal, perde pro Veranópolis, e pode terminar a rodada na lanterna da competição.

Por Marcelo Barboza

O JOGO

Nos 10 minutos de jogo, os dois times quase não conseguiram chegar um na área do outro com perigo. Jogo feio e disputado no meio de campo. Aos 11 minutos, Cirilo foi afastar uma bola fácil e deu um bago para escanteio. Na cobrança, Mateus Santana entrou sozinho na área e cabeceou para abrir o placar da partida. O Brasil tentava criar perigo somente com ligações diretas, totalmente sem sucesso. Nas poucas vezes que colocou a bola no chão, conseguiu chegar. Marcinho deu belo passe para Gustavo Papa que chegou cara a cara com o goleiro Reynaldo e chutou de perna direita em cima do goleiro. Depois foi a vez de Nem, o mais lúcido do time, a fazer belo lançamento para Gustavo Papa que novamente saiu na cara do goleiro e chutou em cima de Reynaldo, de novo.

Na segunda etapa o Brasil conseguiu ser pior. Eder Sciola tomou um sufoco do rápido Keké, enquanto o Brasil não tinha jogada com a bola no chão. Enquanto isso o Veranópolis colocou uma bola na trave com Douglas e quase marcou com Keké em jogada ensaiada em cobrança de falta. O Brasil desvairadamente tentava buscar o gol de empate mas sem sucesso. Aos 41 minutos Keké foi lançado, invadiu a área e foi derrubado por Leandro Camilo. Ele mesmo foi para a cobrança e fechou o placar no Antônio David Farina. Veranópolis 2×0 Brasil. Os últimos minutos de jogo foram de gritos de Olé por parte da torcida do time da casa.

ANÁLISE DA PARTIDA

Vamos partir do princípio que o esquema de jogo do Brasil não pode ser o BAGO, desde o primeiro minuto de jogo. Não pode um time estar treinando há 45 dias e só ter essa jogada. E o pior, totalmente ineficiente. Nas poucas vezes que colocamos a bola no chão, João Afonso, Nem e Marcinho tentaram trocar passes e fazer algo. Mas o nosso camisa 10, Rennan Oliveira, jogou os 90 minutos escondido. Pouco pegou na bola e quando esteve com ela, não criou quase nada.

Pelo lado direito da defesa, Eder Sciola tomou um sufoco do Keké, atacante rápido do VEC. Praticamente não passou do meio do campo. Pelo lado esquerdo, Marlon tentava jogar com a bola no chão mas os meias pouco apareciam. Nas bolas paradas, Marlon errou muito. Conseguimos cabecear apenas uma bola em direção ao gol durante todo o jogo em quase vinte bolas cruzadas. É muito pouco. Gustavo Papa teve duas chances claras de gol e chutou em cima do goleiro. Gustavo é um cara muito bacana e bom de grupo, mas não pode ser o nosso titular. Jamais. Marcinho tentava fazer algo mas estava sozinho, sendo caçado pela defesa do time da casa. Cirilo só sai jogando na base do balão. E é balão sem noção. O gol do VEC saiu em um balão sem necessidade dele para escanteio. É um absurdo o Brasil renovar contrato com o Evaldo, jogando o que ele jogou contra o Avaí na última rodada da Série B e contra o Inter pela Primeira Liga, e mante-lo na reserva do Cirilo. Deve ter alguma coisa nos treinos que misteriosamente não sabemos. Não é possível.

A vontade é de sentar uma hora dessas com o presidente Ricardo Fonseca e o treinador Rogério Zimmermann e fazer muitas perguntas para eles. Algumas a imprensa de Pelotas já fez, mas a grande maioria dos absurdos, ninguém pergunta. Os erros desse péssimo início de ano já sabemos quais são, mas não vamos ficar aqui falando disso.

Agora é a hora do nosso treinador mostrar trabalho e provar que é um bom treinador de futebol. Tem que inventar algo diferente para fazer esse time jogar. Porque para jogar na base do balão, cá entre nós, é inaceitável.

Hoje vimos o VEC fazendo jogada ensaiada. Escanteios bem aproveitados. E o Brasil? Eduardo Martini pegando a bola e devolvendo pro adversário num bago gigante. Cirilo e Camilo despachando a bola para a defesa adversária. No melhor ano da história do clube, com a maior verba de dinheiro da história, apresentamos o pior futebol dos últimos anos. Tem algo errado aí. E não é o azar, o mercado ou o calendário. O presidente do clube disse que “recém começamos a competição”. Não presidente. Não. Faltam apenas oito jogos pro fim da primeira fase e temos um ponto. E o pior, jogando nada. Sem falar que vamos nos acadelar contra a dupla grenal e dificilmente somaremos pontos. Então temos seis jogos apenas para buscar pontos. Seis jogos, presidente.

BOLA DENTRO

O meio-campo Nem foi um dos poucos que criou algo. Arriscou duas vezes de fora da área e deu belo passe para Gustavo Papa perder um gol cara a cara com o goleiro.

BOLA FORA

Treinador Rogério Zimmermann leva o bola fora de hoje. A insistência em algumas escolhas de jogadores e o mau futebol desse início de ano, são frutos do trabalho da comissão técnica que não vem rendendo. Como ele mesmo diz, escolheram os jogadores à dedo.

Foto: Carlos Insaurriaga

ÁUDIO

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEO

Melhores Momentos – Imagens SporTV

Jogo ruim, resultado ruim

Por Marcelo Barboza

Fazendo a sua estreia no estádio Bento Freitas nessa temporada, o Brasil enfrentou o Cruzeiro-POA em partida válida pela segunda rodada do Gauchão 2017 e perdeu pelo placar de 1 a 0, gol de Lukão, aos 20 minutos do segundo tempo.

O JOGO

Como fez jogando em casa em toda a Série B no ano passado, o Brasil saiu em cima do Cruzeiro nos primeiros minutos. Com poucos minutos de jogo o Brasil já havia criado duas boas chances de gols com Aloísio em cobrança de falta e uma cabeçada de Bruno Lopes. Porém o Cruzeiro soube amenizar a volúpia Xavante e equilibrou o jogo, criando boas oportunidades de abrir o placar ainda na primeira etapa. O jogo foi para o intervalo muito igual mas sem gols.

Na segunda etapa o Brasil esqueceu o futebol no vestiário. Nada deu certo dali em diante. E o Cruzeiro soube aproveitar o mau momento rubro-negro. Aos 13 minutos Tiago Alagoano quase abriu o placar depois de sair cara a cara com Eduardo Martini e chutar para fora. Mas aos 20 minutos veio o gol. Em bela cobrança de falta de Lukão, a bola foi na gaveta de Eduardo Martini que nada pode fazer. Com o placar favorável, o Cruzeiro jogou com o desespero do Brasil ao seu favor e cozinhou o jogo. O Brasil tentava o gol de empate mas sem organização e qualidade. Assim a partida se arrastou até o apito final e com vitória para o Cruzeiro.

Com a derrota, o Brasil é o penúltimo na tabela de classificação com apenas 1 ponto. A próxima partida será na sexta-feira, contra o Veranópolis fora de casa, às 21:30h. Partida transmitida pelo canal Premiere.

ANÁLISE DA PARTIDA

O jogo foi feio. Muito feio. Tanto pelo lado do Brasil quanto do Cruzeiro. O Brasil ainda sem muito entrosamento, abusa dos bagos da defesa para o ataque e das jogadas aéreas. Soluções pouco eficientes nos últimos jogos. Mesmo agora tendo o Nem no meio de campo, com uma qualidade de passe melhor, a bola segue passando da defesa para o ataque pelo alto em grande parte do jogo. Não sabemos se por ordem do treinador ou opção dos zagueiros. O meio de campo ganhou qualidade nessas novas contratações que vieram para a temporada desse ano. Além de Nem, Lenilson e Aloísio já mostraram qualidade com a bola nos pés. Talvez o maior problemas seja a bola chegar no pé deles. Na frente, Bruno Lopes tentou se virar contra os altos zagueiros do Cruzeiro, mas só em bola dividida, levou a pior na maioria das jogadas.

O bom de ver foi o meia Aloísio. Que qualidade esse nosso camisa 10 possui. Ele precisa participar mais do jogo, tem muita bola pra jogar. Jogador técnico e com pensamento rápido. Pode ser que com o tempo ele entrose melhor com o Lenilson e a dupla de ataque e seja o condutor do Brasil para as vitórias.

O discurso da direção do clube e do treinador Rogério Zimmermann é o esperado. Uma pré temporada menor que acontecia normalmente, a perda de jogadores, o tal “abismo” entre os clubes do interior e a dupla grenal e aquele blá blá blá todo. Mas que a pré temporada seria curta, sabia-se há muitos meses, desde que saiu o calendário do futebol brasileiro para 2017. Que perderíamos jogadores era certo. Que a dupla grenal tem muito mais dinheiro do que nós, é óbvio. Mas tudo isso já sabíamos e deveríamos ter pensado e planejado isso lá no ano passado e não em janeiro desse ano.

Jogamos 38 jogos contra times da Série B e não trouxemos quase ninguém de lá? A dupla grenal tem um investimento infinitamente maior que o nosso porém nós temos muito mais recursos que a grande maioria dos times do interior. Argumento de que o Cruzeiro está treinando há mais tempo do que nós não pode ser dado como uma das justificativas para uma derrota. É obrigação do Brasil ter um time melhor que o Cruzeiro, que o Passo Fundo e todos os demais. Não é menosprezar os outros times do interior, mas é o que se espera de um time que está na Série B do Brasileiro. Porém com o nosso mau planejamento, nos igualamos a eles nesse início de campeonato.

O Gauchão é curto e precisamos reagir na próxima partida. Não podemos dar sopa pro azar. É hora de muito trabalho e foco no que é importante. Temos boas peças no elenco e Rogério Zimmermann precisa faze-los jogar o quanto antes. Te vira professor.

BOLA DENTRO

Aloísio foi o destaque pelo lado do Brasil na partida de hoje. Um dos poucos lúcidos e que não entrou em desespero em busca do gol. Com um melhor preparo físico e entrosamento com o time, poderá nos dar muitas alegrias.

BOLA FORA

O entrosamento do time foi o ponto negativo na partida. Os jogadores tentam se achar e ainda não se conhecem direito. Aí vem o bago, aí vem o cruzamento lá do meio do campo e a consequência é a falta de gols.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini; Éder Sciola, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Nem, Lenílson (Juninho, Rennan Oliveira), Aloísio e Jean Silva (Marcinho); Bruno Lopes. Técnico: Rogério Zimmermann.
Cruzeiro: Giovani; John Lennon, Dão, Vladimir e Sander; Ben-Hur, Reinaldo, Lucas (Tawan), Willian Kozlowski (Matheus) e Tiago Alagoano; Lukão (Raul). Técnico: Benhur Pereira.
Cartões amarelos: Rennan Oliveira, Leandro Camilo e Nem (GEB); Ben-Hur, Reinaldo e Giovani (CRU).
Gol: Lukão aos 20 minutos do 2º tempo (CRU).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Na estreia do Gauchão, Brasil empata com o Juventude

A estreia no Gauchão desse ano era diferente para a torcida Xavante. Acostumados a saber o time do 1 ao 11, dessa vez iniciávamos o campeonato com muitas caras novas e muitas dúvidas, principalmente. Com a saída de muito jogadores após a Série B do ano passado, a direção Xavante teve que se virar para reformular o elenco para o ano em que o Brasil terá o melhor calendário de sua história. O planejamento escolhido pelo clube não foi dos melhores, chegou no mercado tarde demais e teve dificuldades para acertar com alguns jogadores. Para agravar um pouco, o tempo de pré-temporada foi menor do que os demais anos e, com a chegada tardia de alguns jogadores, o ajuste do time acontecerá com o Gauchão e a Copa da Primeira Liga em andamento.

O JOGO

Na primeira partida oficial do ano, o adversário era o Juventude, vice-campeão gaúcho e agora nosso companheiro de Série B. O time da serra também passa por reformulação, pois perdeu treinador e vários jogadores importantes. A expectativa era de um jogo muito igual e realmente foi.

A disputa foi tão intensa que com menos de um minuto de jogo o centroavante Gustavo Papa levou uma cotovelada maldosa do zagueiro Juan, na primeira disputa de bola. Foi o primeiro cartão amarelo do jogo. O Juventude começou melhor e criou algumas oportunidades de gol. Mas o Brasil respondeu rápido, principalmente com as jogadas do meia Aloísio, que fazia a sua estreia oficial com a camisa Xavante. Nesse momento do jogo, Gustavo Papa já havia saído de campo pois teve tonturas por conta do lance inicial da partida. No seu lugar entrou o também estreante Bruno Lopes. E foi Bruno que teve uma das principais chances de gol na primeira etapa. Aloísio arrancou pelo meio de campo e depois de cortar um zagueiro, na entrada da área, passou para Bruno que tentou marcar o gol com uma cavadinha, por cima do goleiro Douglas, mas a bola acabou indo para fora. Outra grande chance pro Brasil foi em uma cobrança de escanteio de Marlon, pelo lado direito de ataque. O lateral colocou a bola na primeira trave e Nem cabeceou para grande defesa de Douglas, que colocou a bola para escanteio. O Juventude também chegou com perigo, mas Eduardo Martini estava em uma grande noite, como tem sido recorrente nos últimos anos. Uma muralha.

Na segunda etapa os dois times mostraram desgaste físico. Mas o Juventude foi quem dominou a posse de bola. O Brasil tentava escapar nos contra ataques com Aloísio e Jean Silva. Em uma dessas arrancadas, Lenilson recebeu pelo lado esquerdo, puxou para o meio e bateu forte, de direita, para boa defesa de Douglas. O Juventude tentou ensaiar uma pressão mas não teve efeito. A defesa rubro-negra estava intransponível. E assim a partida terminou, sem gols.

Agora o Brasil volta as suas atenções para a Copa da Primeira Liga. O Xavante enfrenta o Internacional, no estádio Beira-Rio, na próxima quarta-feira, às 19:30h. A partida será transmitida para todo país pelo canal SporTV e para o Rio Grande do Sul pelo canal fechado Premiere. É a hora de colher os frutos do grande trabalho feito nos últimos anos. Grande jogos e grandes adversários. O Brasil viaja para Porto Alegre na terça-feira, de avião.

ANÁLISE DA PARTIDA

A expectativa era enorme por parte da torcida. O sentimento era novo para nós. Não teríamos mais em campo aquela base já conhecida. Teríamos novos nomes, principalmente do meio para frente. Lenilson, Aloísio, Jean Silva, Marcinho, Juninho, Bruno Lopes… todos eram novidades e um tanto que desconhecidos por nós torcedores. Mas conforme o jogo foi começando, já dava pra ver que o estilo de jogo era o mesmo da Série B. A comparação pode não ser própria, mas não há como não comparar. Leandro Leite e Nem eram os volantes. Lenilson fez o lado direito, assim como Felipe Garcia fazia. Inclusive voltando para marcar as subidas do lateral-esquerdo adversário. Aloísio jogou mais centralizado, assim como Diogo Oliveira jogava. Pela esquerda, Jean Silva fazia o papel de Elias e na frente Gustavo Papa talvez fosse fazer as vezes do Ramon. Como jogou pouco, não temos como saber. Mas o esquema era esse, o mesmo da Série B. São nomes diferentes, características diferentes, mas o esquema de jogo parece seguir o mesmo.

O Brasil jogou como jogou grande parte das partidas fora de casa na Série B. Muito bem fechado atrás e buscando o contra ataque. Se o time já estivesse com um ritmo legal de jogo, daria para fazer uma análise melhor, mas hoje foi tudo na base da vontade. Bem organizado, mas na vontade. Claramente os jogadores cansaram na segunda etapa, o que é totalmente normal. Mas já deu pra ver que Bruno Lopes é muito aguerrido e tem jeito com a bola. Aloísio foi o nosso melhor jogador, carregando o time para o ataque e criando as nossas melhores chances de gol. Lenilson jogou mais taticamente do que individualmente, mas aguentou bem os 90 minutos. No geral, foi uma boa estreia.

Agora é ver com que time vamos à campo na quarta. Talvez Juninho e Marcinho sejam opções para o ataque, até mesmo para rodar o elenco e evitar maiores desgastes nesse início de temporada.

VÍDEOS

MELHORES MOMENTOS – IMAGENS PREMIERE FC

Melhores momentos – Juventude 0x0 Brasil

🎬 Confira os melhores momentos de Juventude 0x0 Brasil, estreia Xavante no Gauchão 2017 🔴⚫

🎥 Imagens: Premiere Futebol Clube

Publicado por Grêmio Esportivo Brasil em Domingo, 29 de janeiro de 2017

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ENTREVISTA COLETIVA COM O TREINADOR ROGÉRIO ZIMMERMANN – IMAGENS AI/GEB

2017 começou

Depois de um 2016 que será lembrado sempre como um ano de consagração, estamos às vésperas do início das competições de 2017, ano que nos propiciará o melhor calendário esportivo de toda a história Xavante. Três competições de alto nível, sendo duas nacionais: Gauchão – Série A; Primeira Liga; e, Campeonato Brasileiro – Série B. Que momento!

A turma do sopro já está limpando os bocais de suas cornetas. Estão aflitos porque o plantel ainda não está completo. Deveríamos já estar com 30 atletas, no mínimo, é o que dizem. Muita calma nessa hora.

Fiquei satisfeito ao saber que o GEB possui um perfil definido para o tipo de atleta a ser contratado e não abre mão de certos valores. Acho que este é o caminho. Tal qual uma empresa, o GEB precisa ter valores que devem ser repassados e exigidos de seus funcionários, atletas e até mesmo de nós, Torcedores. É comum nos processos de seleção de admissão em empresas bem administradas, haver questionamentos quanto ao comportamento e gostos pessoais do candidato, tais como, hobbies, trabalhos voluntários que realiza e grupos sociais de que participa. Por que isto? Para formar um grupo mais homogêneo possível e com pensamento aderente ao “ser” da empresa. Sinergia é a palavra.

Acho até que este perfil deveria ser escrito, aprovado e auditado pelo Conselho Administrativo. Não apenas em relação aos atletas, mas para todos os cargos da comissão técnica e demais funcionários. Vou além, acho que o CA poderia e deveria ser mais atuante, assumir mais responsabilidades. Por exemplo, cobrando/coordenando a confecção de um planejamento estratégico para ser analisado e aprovado, elaborado em cima de princípios pré-estabelecidos pelo próprio CA.

Ouço e leio muito sobre a necessidade da profissionalização dos clubes de futebol. Na maioria das vezes o assunto esgota-se na contratação de profissionais de mercado para o departamento de futebol, como se esta fosse a questão primordial e a solução para todos os males. Não é.

Alguns clubes chegam a terceirizar o departamento de futebol inteiro, sob o argumento da profissionalização. Entregam a terceiros a razão de sua existência. Viram apenas uma marca, um logotipo. Algo como uma indústria terceirizar toda a sua linha de produção, da concepção a fabricação do produto. Um atestado inequívoco de incompetência e incapacidade para exercer a atividade fim da organização. A menos que a proposta seja ser uma organização de gestão de marcas, o que, ao meu ver, no futebol não faz sentido.

A profissionalização – e aí entende-se fazer o clube funcionar de forma eficaz e eficiente, e não como uma ação entre amigos – está mais relacionada a processos do que a pessoas. Não existe administração possível sem processos, objetivos e metas definidos, orçamento, princípios e valores estabelecidos, etc. Depois vêm as pessoas adequadas e capazes para executar todo o definido e planejado. Medir é comparar. Não há gerência sem medição e não há como medir se não houver com o que comparar. Planejamento é a base da toda a boa administração. Simples assim.

Por que falo disto? Porque acho este o melhor momento para investirmos em boas práticas de administração. Estamos com boa experiência sobre o que funcionou e o que não deu certo e possuímos recursos para contratar empresas especializadas que nos auxiliem na organização necessária. Acredito que só assim teremos uma base sólida que propicie a sustentação de um crescimento contínuo de longo prazo.

Quanto ao time, deixem o homem trabalhar.

 

Abs.