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Noite de grande jogo em Curitiba

Por Marcelo Barboza

Na noite dessa terça-feira, às 21:30h, o Brasil encara o Coritiba no estádio Couto Pereira em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O Xavante vai em busca dos três pontos para melhorar a sua posição na classificação, hoje é o 13º, e a sua primeira vitória fora de casa.

Depois da sua primeira vitória no campeonato, contra o Figueirense em casa, Clemer começa a receber mais reforços vindos do departamento médico. Dessa vez o centroavante Luiz Eduardo estará a disposição para a partida. Outra estreia será na lateral-direita, onde Tiago Cametá será o camisa 2 do rubro-negro. Dessa forma, Éder Sciola deve ser avançado pro meio de campo. Calyson, que saiu machucado contra o Figueirense, não viajou. Bruno Collaço, suspenso, dá lugar à Artur na lateral-esquerda.

Assim o Brasil deve ir à campo com Marcelo Pitol, Cametá, Rafael Vitor, Heverton e Artur; Leandro Leite, Itaqui e Éder Sciola; Lourency, Michel e Welinton Júnior.

Já o Coritiba, sétimo colocado no campeonato, terá alguns desfalques para a partida. O lateral Abner e o atacante Kady estão no departamento médico. O treinador Eduardo Baptista segue em busca do seu time ideal. Será a quarta escalação diferente que o Corotiba usará nesse campeonato. O provável time que vai à campo deve ser Wilson, Leandro Silva, Thalisson Kelven, Alex Alves e Chiquinho; Vitor Carvalho, Julior Rusch, Yan Sasse e Jean Carlos; Pablo e Bruno Moraes.

Na história, Brasil e Coritiba só se enfrentaram duas vezes e a vantagem é do time paranaense. Em 1978, em jogo válido pela Taça Ouro, que hoje é a Série A do Brasileiro, o Coritiba venceu por 2 a 0 no Couto Pereira. No ano seguinte, 1979, também pela Taça Ouro, o Coritiba venceu o Brasil no Bento Freitas por 1 a 0. Nesse ano o Brasil vinha de 9 jogos invictos no campeonato e perdeu a invencibilidade nesse jogo pro Coritiba, o primeiro da segunda fase. Nessa partida o Brasil teve em campo Gilberto, Luis Carlos, Renato Mineiro, Renato Cogo e Cláudio Radar; Zé Augusto, Odir, Jorge Luiz; Flecha, Valdeci e Edson.

A expectativa é boa pelo lado do torcedor Xavante depois da boa atuação contra o Figueirense na Baixada. O time voltou a apresentar aquele futebol que jogou no Gauchão, com muita marcação e rápido contra ataque. O Coritiba está em fase de formação do time titular e vem sofrendo pra vencer os seus jogos. Foi assim contra o Criciúma em casa e contra o Oeste fora. Na estreia, perderam pro fraco Sampaio Correia.

Jogando hoje fora de casa, contra um bom time que vai em busca do resultado, teremos espaços para também atacar. Será um grande jogo e com certeza teremos apoio do torcedor Xavante nas arquibancadas. A XAPAR – Xavantes no Paraná, promete comparecer com um bom número de torcedores no Couto Pereira. A partida começa às 21:30h e terá transmissão do SporTV para todo Brasil, menos pro estado do Paraná, e pelo Premiere.

Deixa chover, deixa molhar…

por Marcelo Barboza

Um sábado de muita chuva em Pelotas e jogo contra um adversário direto na classificação. Esse era o programa para hoje no Bento Freitas. Mesmo com toda chuva que caiu, a drenagem do Bento Freitas garantiu totais condições de jogo. Espetáculo.

O primeiro tempo foi de total domínio do Brasil. A marcação alta, no campo de defesa do CRB, fez com que o time alagoano não chegasse ao gol de Marcelo Pitol e que o Brasil criasse várias situações de gol. O primeiro gol do Brasil veio em boa jogada de Misael pela lado esquerdo. O atacante, que fazia sua estreia como titular, levou a bola para a linha de fundo, olhou para a área, viu Rafinha entrando sozinho e cruzou. O camisa 10 só teve o trabalho de cutucar de cabeça no canto esquerdo do goleiro Edson e abrir o placar na Baixada.

A segunda etapa já foi mais equilibrada, com Marcelo Pitol tendo que trabalhar. Breno errou um corte dentro da área e a bola sobrou para Neto Baiano que bateu mas Marcelo Pitol fez boa defesa com o peito. O CRB chegou novamente com perigo com Tony, que sentou um petardo de fora da área e Marcelo Pitol voou no ângulo direito para desviar o que seria o gol de empate do CRB. Uma baita defesa. O Brasil escapava nos contra ataques com Rafinha, Misael e Marcinho, e assim causava perigo pro goleiro Edson. O jogo foi chegando ao seu final e o CRB não conseguia pressionar. E em mais uma jogada individual de Misael, o atacante deu passe para Rafinha dentro da área, aos 47 minutos, e Rafinha chutou cruzado para sacramentar a vitória rubro-negra.

O Brasil foi muito superior ao CRB durante os 90 minutos de jogo. Soube se adaptar ao gramado levemente encharcado e conseguiu criar as principais chances de gol da partida. O time todo foi bem, mas alguns jogadores merecem ser citados. Pitol fez uma defesa espetacular, tirando uma bola que ia na gaveta. Muito seguro, garantiu o zero. Teco mais uma vez foi muito bem, tomou conta do Neto Baiano, que é chato pra caramba. Éder Sciola parece outro jogador, impressionante. Não é nem sombra daquele jogador inseguro e atrapalhado do Gauchão e início da Série B. Clemer não deve ter ensinado ele a jogar bola, deve ter dado tranquilidade para ele jogar.

Rafinha, que era dúvida por uma lesão no pé, carregou o Brasil pro ataque durante todo o jogo. Mesmo estando visivelmente cansado no final da partida, teve fôlego para marcar o segundo gol. Cassiano como centroavante foi uma boa surpresa. Fez muito bem o pivô e segurou a primeira linha do CRB toda a partida. Além de forte e rápido. E Misael, o garçom da partida, deu os dois passes para os gols de Rafinha. Driblador e com boa visão de jogo, foi muito bem na chuvosa tarde de sábado na Baixada.

O Brasil chegou aos 33 pontos e assumiu a 9ª colocação da classificação. A próxima partida será contra o Ceará na Arena Castelão no próximo sábado, às 19 horas. Jogo duro.

Clemer tem aproveitamento de G4. O comandante Xavante parece estar colocando o time nos eixos e dando um padrão de jogo. Hoje, mesmo sem Juninho, Itaqui e Lincom, o time foi muito consciente e soube encurralar o CRB com a marcação alta. Isso é treino. Isso é mão do treinador. A defesa deixou de ser a mais vazada do campeonato, agora o Figueirense assumiu o título.

Estamos no caminho certo. Mas o caminho ainda é duro e precisamos estar focados. Precisamos garantir a permanência na Série B. Esse é o nosso título esse ano.

Foto: Carlos Insaurriaga – AI/GEB

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Melhores Momentos – Imagens Premiere

Foi na raça

Por Marcelo Barboza

Na noite dessa terça-feira o Brasil entrou em campo para enfrentar a forte equipe do Goiás em busca de se distanciar da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B. O time goiano também busca fugir da zona da degola e chegou em Pelotas em busca dos três pontos com um dos elencos mais caros da competição.

A partida começou boa pro time goiano, criando boas chances de gol até a metade do primeiro tempo e o Brasil chegando somente em bolas paradas. Tanto que o Goiás abriu o placar aos 29 minutos com Carlos Eduardo, o melhor jogador do time goiano. Marcelo Pitol foi sair jogando com as mãos com Teco mas passou a bola muito forte. Andrezinho recuperou a redonda, cruzou na área e no segundo pau estava Carlos Eduardo, que dominou, puxou para a direita e chutou cruzado no canto esquerdo de Marcelo Pitol.

O gol de empate do Brasil saiu aos 37 minutos na sexta cobrança de escanteio à favor do rubro-negro. Éder Sciola cruzou na área, Lincom cabeceou para o segundo pau e Leandro Leite devolveu para a pequena área onde estava Marcinho, que em velocidade se antecipou à Matheus Ferraz e tocou para o fundo das redes. Era o quarto gol do pequeno Nasarildo na Série B.

Na segunda etapa o Brasil voltou melhor organizado, principalmente com Rafinha mais participativo. Logo aos 12 minutos, Marcinho recebeu pelo lado esquerdo e invadiu a área alviverde driblando meio time deles. Na hora de marcar o golaço, Marcelo Rangel fez uma linda defesa e impediu que Marcinho fizesse o gol da virada colocando a bola para escanteio. Mas foi no escanteio que surgiu o gol da virada. Éder Sciola cruzou na área e de novo Lincom cabeceou para o meio da área, mas dessa vez a bola ia com destino à linha de fundo mas Juninho deu uma puxeta pro meio da área e Rafinha só teve o trabalho de tocar de cabeça para dentro do gol, sem goleiro. Também foi o quarto gol de Rafinha na Série B.

Do meio para o fim da segunda etapa, o Goiás se jogou pro ataque e cedeu o contra ataque para o Brasil, que já tinha Misael e Cassiano em campo. E em um desses contra ataques, Marcinho pifou Lincom na entrada da área e na hora de marcar, de cara com o goleiro, Lincom chutou de tornozelo para fora. Um gol daqueles imperdíveis. O Goiás chegou com real perigo nas duas últimas bolas do jogo. Em cabeçada de Junior Viçosa, Marcelo Pitol defendeu de mão trocada a bola que já ia encobrindo-o. Mas na continuação do lance, o endiabrado Carlos Eduardo foi lançado dentro da área e tocou por cima de Pitol, mas Leandro Camilo afastou para longe a bola que daria o gol de empate ao Goiás. E assim acabou a partida, com a torcida Xavante quase enfartando mas comemorando a importante vitória.

Com a vitória o Brasil chegou aos 30 pontos e por enquanto é o 10º colocado. A próxima partida será somente daqui há 15 dias, contra o Náutico em Recife.

Foi uma grande vitória. Nem tanto pela exibição, mas pela raça apresentada pelo time e pelo grande adversário. Clemer entrou em campo com Marcinho aberto de um lado e Juninho de outro. Marcinho está jogando muito, impressionante. Ainda se atrapalha com a bola em alguns lances, mas ele é liso demais. Hoje fez uma jogada de craque, driblando meio time do Goiás e por pouco não marcou um golaço. E o mais importante, está marcando gols importantes. Já Juninho é muita inspiração e pouca criação. Ele corre mais do que as pernas. Mas foi importante no lance do segundo gol e na recomposição na marcação. Lincom perdeu um gol daqueles de demissão por justa causa. Não pode perder. Porém foi quem cabeceou nos lances dos dois gols. Os laterais defenderam bem dessa vez, mesmo com o endiabrado Carlos Eduardo caindo nas costas deles.

João Afonso errou uns passes fáceis novamente, assim como fez em Londrina, porém tem muita qualidade para sair jogando e precisa estar confiante para fazer isso com excelência. E a dupla de zaga foi muito bem hoje, com botes certeiros e muito bem no jogo aéreo. E no gol Marcelo Pitol fez grandes defesas, apesar de ter saído jogando errado no gol do Goiás. Rafinha fez um primeiro tempo muito apagado mas voltou pra segunda etapa buscando o jogo. Na coletiva Clemer disse que ele está muito mal preparado fisicamente, que precisa aproveitar esses 15 dias sem jogos para se recuperar. É um jogador de extrema importância para o time.

O jogo de hoje foi o quarto de Clemer no Bento Freitas, com três vitórias e um empate. Se mantivermos esse rendimento em casa, deixamos qualquer risco de rebaixamento para trás e podemos sonhar com algo melhor. Mas ainda é muito cedo. O time ainda está em formação, temos jogadores por estrear e outros voltando de contusão. Mas o trabalho de 30 dias de Clemer já trouxe uma maior tranquilidade ao elenco e para a torcida.

Os jogadores estão de parabéns pela entrega de hoje. O Goiás teve melhor em alguns momentos da partida mas em nenhum momento os nossos jogadores deixaram de correr e buscar o gol. Foi como a torcida gosta de ver. Foi na raça.

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

VÍDEOS

Compacto Blog Xavante

Melhores momentos – Imagens SporTV

De xiripa também vale

Por Marcelo Barboza

Depois de tirarmos a toca do Criciúma, tava na hora da toca do Guarani, clube que jamais havíamos vencido na história. Pelotas amanheceu com fortes chuvas e uma ventania danada na sexta-feira, e assim foi durante todo o dia. Na hora da partida a chuva deu uma trégua mas o vento e frio persistiram. E só quem é Xavante sabe o que é aquele vento que desce a Princesa Isabel e desemboca dentro do Bento Freitas. É congelante.

Com a bola rolando, o Brasil começou muito bem a partida. Logo nos primeiros minutos Teco e Itaqui quase marcaram. O Guarani chegou a primeira vez somente aos doze minutos, em um chute sem perigo. O Brasil chegou com perigo novamente com Itaqui em cobrança de falta. O camisa 8 cobrou falta pelo lado direito e a bola beliscou o travessão do goleiro Leandro Santos. Em cruzamentos de Éder Sciola, Juninho e Marcinho tiveram a oportunidade de marcar de cabeça mas mandaram para fora. Antes do apito final na primeira etapa, Teco teve um gol anulado, após cabeçada de Lincom e rebote do goleiro paulista. O zagueiro Xavante estava impedido.

Na segunda etapa o Guarani voltou melhor organizado e Marcelo Pitol começou a trabalhar. Jogando com o vento à favor, o Guarani começou a arriscar chutes de longa distância e Pitol teve que se virar. O Brasil chegou com perigo com Misael, que havia entrado no lugar de Juninho, com uma cabeçada que Leandro Santos defendeu no susto. Ednei ainda cobrou uma falta de longe que tinha destino certo mas Leandro Santos espalmou. O jogo era duro e parecia que o empate persistiria. Mas aos 37 minutos Misael fez linda jogada pela esquerda, driblou Diego Jussani, evitou a saída pela linha de fundo e cruzou para Lincom. O camisa 9 errou no domínio, a bola escapuliu na direção do goleiro Leandro Santos que tentou afastar com o pé mas chutou a bola no joelho de Lincom e a bola entrou. Um gol louco de feio, mas feio mesmo é não fazer gol. Foi aquele gol típico de centroavante. De xiripa, como diria meu pai. O Guarani ainda tentou buscar o empate mas a vitória era rubro-negra naquela fria noite em Pelotas.

Com a vitória o Brasil chegou aos 27 pontos e terminou a rodada na 11ª colocação. O próximo adversário será o Londrina na terça-feira, lá no Paraná, às 19:15h. O Londrina também tem 27 pontos, portanto o jogo será de extrema importância para nós.

O volume de jogo que o Brasil apresentou contra o Guarani foi muito satisfatório. Se impôs desde o início do jogo e por pouco não abriu o placar no primeiro tempo. Na segunda etapa o Guarani voltou melhor mas o Brasil soube aproveitar as oportunidades criadas e marcou um gol chorado, com cara de 1 a 0 magrinho, mas muito importante.

Clemer fez a sua quinta partida à frente do Brasil e venceu pela terceira vez, com um empate e uma derrota. Aproveitamento de 66%. Ótimo. A única derrota foi naquela noite horrorosa onde não vimos a cor da bola contra o ABC em Natal. O empate com o Boa na Baixada foi em uma noite onde se criou demais e não tivemos competência para marcar o gol. Aliás, empurrar a bola pra dentro tem sido a maior dificuldade do Brasil. A defesa parece ter se encaixado novamente. Teco fez uma partida perfeita ontem, não errou nenhum bote e colocou o Eliandro no bolso. O forte do Brasil nos últimos anos sempre foi o jogo defensivo, onde era muito difícil de levarmos gols. Porém esse ano levamos várias goleadas e hoje temos a defesa mais vazada na Série B ao lado do Figueirense, com 29 gols sofridos. Não que hoje temos tudo resolvido lá atrás, longe disso, precisamos melhorar muito, principalmente no jogo defensivo dos laterais. Mas a segurança já é maior.

Éder Sciola, que tem caído nas graças da torcida nas últimas partidas, e até nós brincamos com o bom momento do lateral em nossa Fanpage no Facebook, melhorou da água para o vinho após a chegada de Clemer. Mas essa melhora foi em relação a ele mesmo, ao que ele apresentou no Gauchão e no início da Série B. Sciola ainda apresenta erros defensivos que colocam a nossa zaga em perigo constante. Aos poucos Clemer precisa corrigir isso e, com a confiança que o jogador vem adquirindo, pode melhorar. Na esquerda Breno é muito inconstante dentro de uma mesma partida. Alterna bons e maus momentos. Marlon deve voltar em breve e assumir a titularidade. Logicamente que vai ter que tirar aquela preguiça do corpo que vinha apresentando esse ano.

Rafinha voltou ao time jogando mais centralizado e, dentro do que eu esperava, até que voltou bem. Para quem ficou quatro rodadas fora, com frio e com o gramado pesado como estava, o meia conseguiu desenvolver boas jogadas mas cansou no início do segundo tempo, quando estava errando demais. Deve seguir no time titular pois a criação é o setor de maior carência nesse elenco. Wagner teve várias oportunidades e não soube aproveitar. Aloísio pouco joga e Lenilson, reintegrado ao elenco, não é o jogador que precisamos. Elias já se machucou duas vezes e pelo que conhecemos dele, não é a solução também. Essa é uma posição onde a diretoria tem que investir e trazer um jogador diferenciado. Clemer pode jogar com Marcinho pela direita, Lincom de centroavante e Rafinha pela esquerda, cortando para o meio. O fato é que Rafinha tem que jogar perto da área, onde ele realmente é perigoso. Achei ele muito distante do gol nesse jogo com o Guarani.

Lincom mostrou mais uma vez o quanto é importante. Não fez um jogo espetacular, longe disso, mas foi muito importante fazendo parede nos lançamentos e passes que recebia de costas pro gol. Nisso ele é muito bom. E na única bola que ele concluiu para o gol, marcou. Ele não vai driblar, não vai dar longas arrancadas. Ele precisa de bola no pé e que pifem ele de frente pro gol, onde ele é muito bom. Marcou o seu sexto gol na Série B e já é o artilheiro do Brasil na temporada. E ainda temos o Marcinho, que tem sido o melhor jogador do Brasil nessa Série B. O pequeno Nasarildo é liso demais. Como já falamos aqui, se ele fosse bom nas conclusões, tava jogando na Série A. Ele perde uns gols inacreditáveis, mas daqui a pouco entra costurando pelos lados do campo e criando muitas chances de gol. E como apanha, meu Deus. É o jogador mais importante do time hoje. Misael é outro que entrou bem ontem, contra o Criciúma e contra o Boa. Poderá nos ajudar durante a competição.

Estamos longe de criar a confiança de que poderemos algo a mais nessa Série B. Mas parece que voltamos a ter um pouco de segurança de que a coisa não vai desandar há qualquer momento como vinha acontecendo. Não sei vocês, mas eu tinha a impressão que todo chute do adversário seria gol até algumas rodadas atrás, tamanha a falta de confiança no time. Não que hoje tudo esteja uma maravilha, mas parece que tomamos o prumo novamente. Se mantivermos esse ritmo de jogo, podemos alcançar o grande objetivo dessa Série B, que é a permanência.

Agora vamos com tudo pra cima do Londrina. O retrospecto deles jogando em casa é horroroso e hoje levaram três do Inter. E foram três gols de cabeça. Temos que aproveitar o nosso centroavante e as bolas paradas. Mas, principalmente, continuar buscando o jogo pelo chão, como temos tentado nas últimas partidas.

Foto: Carlos Insaurriaga/AI GEB

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*capturados da Rádio Xavante

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A vontade de vencer

Por Marcelo Barboza

Na noite da última sexta-feira, o Brasil foi à Criciúma fechar o primeiro turno em busca de pontos para não entrar na zona de rebaixamento ao fim da 19ª rodada. Mas mais do que pontos, o Brasil precisava buscar o bom futebol que raras vezes apareceu nesse ano de 2017. Depois de um empate com o Boa Esporte na Baixada, em uma partida de muitos erros, vencer no Heriberto Hulse parecia algo impossível aos olhos da torcida Xavante. Primeiro porque a fase não é das melhores e a outra é que jogar em Criciúma era sinônimo de derrota, desde sempre.

Clemer tinha mais opções para o jogo em Criciúma e acabou mexendo na equipe. Lincom e Marcinho voltavam ao time titular e Wagner começava no banco de reservas, dando lugar à Juninho. Por opção de Clemer, Leandro Leite voltava ao time titular e Itaqui seria o terceiro homem de meio de campo, função já testada com Nem em outras partidas. O jogo começou e o Brasil se comportava muito bem na partida. O Criciúma chegava com perigo mas o Brasil buscava o jogo pelo chão, sem balões. Criciúma chegou com perigo com duas bolas na trave de Silvinho. Mas quem abriu o placar foi o Brasil. Em um contra ataque pelo lado direito, Lincom deu belo passe para Juninho que invadiu a área e não viu Marcinho e Itaqui entrando sozinhos e tentou marcar o gol, mas o goleiro Luiz fez boa defesa. No rebote a bola caiu nos pés de Lincom, que deu alguns passos para o lado esquerdo e soltou um chutaço, em curva, na gaveta. Um baita golaço. Era o quinto gol de Lincom na Série B, artilheiro Xavante na competição e na temporada.

O Criciúma seguiu pressionando o Brasil e Marcelo Pitol fazendo boas defesas. E assim acabou o primeiro tempo, com o Brasil na frente do placar. A segunda etapa começou novamente com o Criciúma em cima. O gol dos catarinenses parecia questão de tempo. Mas o Brasil seguiu buscando o jogo, com a bola no chão, e assim chegou ao seu segundo gol, no auge da pressão catarinense. De uma cobrança de falta de Teco no campo defensivo, iniciou-se toda a jogada do segundo gol. Os dez jogadores de linha do Brasil tocaram na bola até ela rodar o campo todo e Marcinho dar uma linda assistência para Éder Sciola invadir a área e chutar de primeira, no canto direito do goleiro Luiz. Era o justo dois a zero para o Brasil, visto a sua eficiência defensiva e extrema competência no ataque.

A pressão do Criciúma persistiu, agora de forma desesperada. E em um dos inúmeros cruzamentos na área do Brasil, aos 23 minutos, Teco foi afastar de perna direita e acabou marcando contra. Ali o torcedor Xavante sentiu calafrios, pois sabia que o Criciúma viria com tudo pro ataque. Seriam mais vinte e poucos minutos de sufoco. E realmente o Criciúma se jogou pro ataque, mas o Brasil soube se fechar muito bem e jogar no contra ataque. Em dois deles, Juninho e Marcinho quase marcaram o terceiro gol. E assim foi até os últimos minutos, com o Criciúma desesperado, desordenado, e o Brasil fechado e jogando com a bola no chão, buscando manter a posse de bola. Depois de cinco minutos de acréscimos, o juizão apitou o fim do jogo e enfim o Brasil vencia o Criciúma no Heriberto Hulse.

Foi uma noite para acalmar o coração rubro-negro. Enfim tivemos um bom futebol em 2017, em agosto, no final do primeiro turno da Série B. Meio tarde demais, não? Mas ainda temos um turno inteiro pela frente. Obviamente um jogo e um resultado como o de sexta-feira deixam o torcedor empolgado, mas ainda temos muita coisa para arrumar e melhorar. Mas o que se viu em Criciúma, mais importante do que os três pontos, foi a vontade de vencer. Mesmo ganhando por 1 a 0, o Brasil foi lá e marcou outro no segundo tempo. Aos 48 do segundo tempo estava marcando o Criciúma no campo de ataque. No apito final a vibração de Leandro Leite mostra que o momento é outro. Aquela consternação de aceitar uma derrota, ou a trava para buscar uma vitória, parecem ser passado.

Clemer parece ter conseguido mexer com o espírito dos jogadores, algo que parecia estar apagado. E esse é o primeiro passo, que pode nos trazer vitórias, como em Criciúma. Mas somente isso não basta. O elenco possui jogadores que não estão no nível de uma Série B, portanto Clemer vai ter muito trabalho para manter esse time jogando o que jogou sexta. O presidente disse que reforços devem chegar. E realmente precisamos. Juninho tem entrado bem nas partidas, mas é muito afobado na hora de marcar o gol. Foi assim em Natal contra o ABC, foi assim ontem. É novo, precisa ter mais calma, levantar a cabeça. Éder Sciola parece outro jogador, impressionante a autoconfiança que ele está mostrando, coisa que nunca teve com a camisa do Brasil. Raras eram as vezes que ele ultrapassava a linha do meio de campo.

No nosso segundo gol trocamos passes durante exatos um minuto, onde todos os jogadores de linha tocaram na bola. Breno e Misael tiveram a chance de cruzar a bola na área em mais de uma oportunidade e não fizeram. Rodaram o jogo até chegar ao gol. Isso é treinamento. Tempos atrás se passava da linha de meio de campo e já se cruzava a bola na área, à espera de um milagre. Normalmente as bolas nem chegavam até a área. Ouvíamos que Lincom tinha como ponto forte o jogo aéreo, por isso tanto cruzamento. Mas dos cinco gols marcados por ele nessa Série B, quatro foram com o pé. Olhem o passe que ele deu pro Juninho no primeiro gol, genial. Jogadores bons precisam de bola no pé. Marcinho tem sido um dos melhores jogadores do Brasil nessa Série B, com uma velocidade absurda e criando grandes jogadas. Se soubesse concluir ao gol com maestria, estaria jogando a Série A ou fora do país. Temos que aproveitar a boa fase do nosso pequeno Nasarildo. E ainda tem o Rafinha voltando de lesão.

O que se ouve vindo do Bento Freitas é que “o clima é outro”. E esse espírito precisa se espalhar no campo e na arquibancada. A relação entre o time e a torcida vem sendo bem conturbada. É hora do clube, com o presidente, treinador e jogadores, trazerem a torcida novamente para o seu lado. A verdade é que estamos loucos para gritar “time de guerreiros” ao fim de uma grande vitoria na Baixada. Dar tapa na careca do Sciola na chegada do time aos gritos de “Vamos, vamos a ganhar”. A hora é agora. Sexta-feira, contra o Guarani na Baixada, é dia de ganhar no bafo, no grito da torcida. O mais importante parece termos recuperado, que é a vontade de vencer. O resto vem com muito trabalho e com a arquibancada do Bento Freitas.

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

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