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GEB X CSA

Por Antonio Luiz Munhoso

Olha gente, para mim é muito fácil falar do jogo de hoje.

Primeiro, porque cheguei em casa (minha residência) e o meu filho Anderson já foi dizendo:

“Perderam. Néh pai?!?!?!”.

“Perdemos filho”, respondi mais brocha do que anão capado.

“Dois a zero”, retrucou o guri e eu saltei, “Que dois a zero; foi um a zero”.

“Dois a zero pai” reafirmou o mandinho mais absoluto do que general da Ditadura.

A mulher me deu um olhar de revesgueio e perguntou: “Tu foi ao jogo mesmo?”

E os dois caíram de pau em mim.

Mesmo aporrinhado com a derrota “POR UM A ZERO” corrigi meu filho e perguntei donde ele tinha tirado isso.

“Da internet. Olha” e foi mostrando cheio de razão.

Tche! Que vexame! Mulher e filho rindo e duvidando de eu ter ido ao jogo.

E eu ali, insistindo no placar porque foi o que eu vi.

Liguei meu computador. Olhei o site do Brasil. Até àquela hora, nada.

Fui para o Globo Esporte. Báh! Aí doeu até na alma. Quanto mais eu explicava, mais a família deitava em mim.

Passaram a notícia para o meu compadre de Guaíba. Tô fodido!

E isto que eu não bebi nada.

Nem as fotos e os vídeos que fiz da Máfia Xavante e da Camisa 7 serviram de prova de que eu estava no jogo.

Parece estória de pescador.

Tomara que alguém tenha me visto naquele fiasco do Brasil e poste alguma coisa a meu favor no facebook.

Náutico 2×0 G.E.Brasil

O JOGO

Com um jogador a menos, Brasil luta, mas é derrotado pelo Náutico em Pernambuco

Não foi um resultado agradável para o Brasil na partida contra o Náutico, na noite desta sexta (7). Jogando na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, o time do técnico Rogério Zimmermann perdeu por 2 a 0. A equipe gaúcha jogou todo o segundo tempo com um jogador a menos, depois da expulsão de Washington, no final da etapa inicial. O resultado fez com o que Brasil continue com 45 pontos, na sétima posição da Série B do Brasileiro. Agora, a equipe irá até Salvador, onde na próxima sexta (14), às 21h30, enfrentará o Bahia na Arena Fonte Nova.

O primeiro tempo da partida foi de poucas chances de gol e muita discussão no final da etapa. O Brasil buscava abrir o placar e Washington, aos 19, quando tentou chute fora da área, mas a bola saiu sem perigo. Aos 30, foi a vez de Ramon tentar e parar na zaga do Náutico. Três minutos depois, Diogo Oliveira tentou passe para Ramon, a zaga cortou e a bola sobrou para Washington, de longe, chutar e Julio Cesar fazer boa defesa.

Weldinho, aos 36, fez boa jogada e tocou para Elias arriscar de fora da área. Desta vez, a bola passou pelo lado esquerdo do gol de Julio Cesar. Aos 40, um lance que gerou polêmica. Washington disputou bola no alto com Marco Antônio. O jogador do Náutico caiu no chão e o atleta rubro-negro acabou se chocando com o atleta do Timbu. No primeiro momento, o árbitro da partida deu cartão amarelo para o camisa 8 Xavante, mas os atletas pernambucanos pressionaram o auxiliar que orientou e Edmar da Conceição expulsou Washington. No lance seguinte, Marco Antonio encontrou Bergson na área do Brasil, o atacante dominou e tocou na saída de Eduardo Martini, decretando o 1 a 0 para os donos da casa na etapa inicial.

A etapa final reservou um Brasil aguerrido e lutador. Logo aos 2 minutos, Weldinho chutou de fora da área e ganhou escanteio. Aos 18, Weldinho cruzou, Elias dominou, ajeitou de letra e viu Felipe Garcia mandar uma bomba rasteira e Julio Cesar fazer um verdadeiro milagre para evitar o gol de empate.

Com um a menos, o Brasil lutava, fechava os espaços e tentava o empate, mas aos 37, em contra-ataque, Rony cruzou para a área, a bola desviou e entrou no gol de Martini. Era o segundo gol do Náutico. O Brasil ainda tentou descontar, aos 43, quando Marcão chutou de fora da área, e as 47, depois de Weldinho cobrar falta para a área e Cirilo cabecear para defesa de Julio Cesar.

O Brasil agora irá encarar o Bahia, na próxima sexta (14), às 21h30, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Ficha técnica

Brasil: Eduardo Martini, Weldinho, Cirilo, Leandro Camilo, Brock, Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Marcão), Elias (Nathan) e Ramon (Jonatas Belusso). Técnico: Rogério Zimmermann.

Náutico: Julio Cesar, Joazi, Rafael Pereira, Igor Rabello, Gaston, Negretti, Rodrigo Souza (Renan Oliveira), Marco Antônio (Eurico), Vinicius, Rony e Bergson (Yuri Mamute). Técnico: Givanildo de Oliveira.

Cartões Amarelos: Felipe Garcia, Elias (B); Bergson, Gaston (N).

Cartão Vermelho: Washington (B).

Gols: Bergson aos 45min1T e Rony aos 37min2T (N).

FOTOS: Carlos Insaurriaga / GEB

TEXTO: Jonathan Silva

Áudios

Fornecidos pela Rádio Pelotense AM 620 kHz  

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Não se chuta lobo morto – Ivan H. Schuster

Observei ontem, durante a apresentação Xavante – O Xavante não joga, apresenta-se – que haviam alguns espaços vazios nas arquibancadas. Lugares que poderiam ter sido preenchidos pela Torcida Xavante.

Fiquei encucado e comecei a imaginar nas possíveis razões para estes espaços vazios. Uma constatação simples, e que parece-me sensata, é que a nossa Torcida, apesar de ser A Maior e Mais Fiel do Interior do RS, não possui número suficiente para ocupar todos os espaços, salvo em apresentações frente ao Flamengo, Vasco da Gama, Atlético/PR e outros grandes clubes contra os quais estamos nos acostumando a atuar. Grandes embates, grandes públicos.

Fiquei preocupado. Se não conseguimos encher o estádio agora, com estas arquibancadas metálicas, imaginem quando o novo Bento Freitas estiver concluído? Soluções precisam ser pensadas, ações precisam ser tomadas.

Uma das causas para o número insuficiente ou, ao menos, não na quantidade capaz de lotar o Caldeirão em todas as apresentações, pode estar atrelado ao tamanho da cidade. Se pegarmos São Paulo, por exemplo, são quase vinte milhões de habitantes na região. É bem mais fácil colocar quarenta mil no Itaquerão, do que nós, que estamos em uma região com uma população inferior a quatrocentos mil, colocarmos dez mil. Matemática simples. Regrinha de três básica.

Outra questão importante – não determinante, mas ainda assim importante – é o fato de existirem na cidade mais dois outros clubes, dividindo a preferência da população. Certo, não é uma divisão igualitária, mas influencia.

Identificado um problema, passemos as possíveis soluções.

É sabido que os dois outros clubes da cidade jogam apenas dois ou três meses ao ano e, ainda sim, normalmente de forma vexatória. E a tendência é piorar. Assim, pensei em o GEB montar uma parceria com estes clubes para criarem uma categoria de sócios que permitisse aos seus integrantes assistirem as apresentações do GEB na Baixada. Tenho até a sugestão de nome para o plano de um dos clubes(reservo-me o direito de não dizer qual clube): Luebo Fuerte

Teria vantagens para os dois lados. O GEB aumentaria o número de espectadores, com o consequente aumento da renda e, pelo lados deles, seria uma forma de dar um certo prazer e conforto a pobres almas aflitas. Teriam a oportunidade única em todo o interior do estado de assistirem apresentações envolvendo grandes clubes de expressão nacional e internacional. Bom para todos. Diríamos, que seria uma espécie de projeto comunitário e com forte apelo social e humanitário. Ser Xavante também é ser cidadão.

Outra idéia, acho esta até mais simples de ser implementada, seria a de estimulá-los e fecharem de vez as portas, venderem o patrimônio e quitarem as dívidas. Caso sobrasse algum dinheiro, poderiam montar um plano de saúde e distribuir anti-depressivos e estimulantes aos poucos remanescentes. Igualmente, aceitaríamos de bom coração a adesão de antigos torcedores destes clubes ao nosso plano de sócios.

Claro que estas idéias não bastariam para lotar o Novo Caldeirão, pois estamos falando de algumas dezenas, quiçá centenas, de torcedores frustrados, sofridos, amargurados e depressivos. Mas já seria um começo. Pensando melhor, o maior ganho seria sentirmos a emoção e o prazer de estarmos ajudando um semelhante nosso a sair desta difícil situação de não ter time para torcer.

#SouBQueroSerA

Abs.

Carregadores de piano – Ivan H. Schuster

Nós, Xavantes, estamos tendo a oportunidade de viver um tempo histórico, talvez único em muitas gerações. Gerações futuras comentarão o que hoje vivemos. Muitas histórias serão contadas. Espero que com final feliz. Contemplamos, esta semana, o final do capítulo um de uma história que, a andar tudo a contento, deverá contar como e quando iniciou-se a nova era do Grêmio Esportivo Brasil.

A chegada a Série B do Campeonato Nacional e a construção de um novo estádio de forma simultânea não é pouca coisa. Os desafios foram, são e serão enormes. Muitos são os riscos, alguns já identificados, outros ainda a serem descobertos, que poderão por tudo a perder. Em contrapartida, existem somente duas ações a serem tomadas para que todos os problemas possam ser superados: união e trabalho.

Não que o que eu escreva tenha alguma importância ou relevância, mas faço público o meu reconhecimento e agradecimento a todos que estão participando, direta ou indiretamente, deste processo. Do presidente do GEB ao mais ferrenho dos corneteiros. Em especial, a minha admiração pelo trabalho feito pelo Perceu, que não iniciou hoje, mas que já vem, pelo menos, desde os tempos da criação da Associação Cresce, Xavante!, provavelmente a ação envolvendo Torcedores Xavantes mais importante até hoje já realizada.

Já escutei inúmeras vezes Torcedores desmerecendo o trabalho do Perceu, afirmando que ele gosta de aparecer, que quer mídia e outros tantos comentários neste sentido. Pode ser, não me importo e acho que o Perceu também não está nem aí para os que pensam assim. O importante é que vem dando resultado. E bom resultado. Excelente resultado. Que continue aparecendo, e fazendo.

Diferentemente dos que acham que ficar cornetando o trabalho do RZ durante as apresentações Xavantes – O Xavante não joga, apresenta-se – é importante e indispensável, outros Torcedores realmente dedicam-se a construção de um GEB maior e mais vencedor. Ultrapassam os limites que se espera de um Torcedor, dirigente ou conselheiro. Vão além, fazem acontecer.

Ser realista – é assim que os corneteiros se definem – não é encontrar e anunciar os problemas, “exigindo” atitude, mudança, profissionalismo ou outra destas palavras que os corneteiros adoram dizer quando em surto. Ser realista é identificar os problemas, saber das condições existentes e trabalhar para solucioná-los. Ser realista sentado é fácil. Como eu costumo dizer, ouvir e criticar um recital de piano na cobertura de um edifício de 50 andares é fácil. Difícil mesmo, é levar o piano lá para cima. O que estamos precisando, e muito, é de carregadores de piano. O momento não é de crítica, mas de ação, atitude. Precisamos levar o piano lá para cima. O show não pode parar.

Nesta quase uma década que acompanho o trabalho do Perceu nunca o vi xingando o treinador na tela, exigindo a saída de algum jogador na porta do vestiário ou fazendo crítica pública contrária a diretoria do GEB. Acho até que teria este direito, pois nestes quase dez anos, já fez muito mais pelo GEB do que gerações inteiras de corneteiros. Mas não fez. E não fez, provavelmente, porque sabe a dificuldade que é construir. Sabe que melhor do que criticar é ajudar a fazer.

Não estou escrevendo para puxar saco do Perceu ou de quem quer que seja. Definitivamente não preciso disto. Nem tampouco para afrontar os corneteiros, que são o que são. Mas para fazer os poucos leitores que por aqui passam, pensar em quanto mais poderíamos faze, se outros Torcedores também se dispusessem a participar um pouco mais. Um pouco de muitos é mais forte, seguro e proveitosodo que muito de poucos. União e trabalho. Só assim poderemos, um dia, olhar para trás, ver tudo que foi feito e dizer com orgulho: “eu participei da construção deste clube”.

O Xavante será do tamanho que quisermos.

Abs.

O tempo e o vento | Ivan H. Schuster

Em um passado recente, a cidade de Pelotas, e toda a Região Sul do Estado, não existia no cenário futebolístico nacional. As notícias relevantes mais amplas já datavam de 30 anos ou mais. Uma pessoa com menos de 40/45 anos, de um estado do centro-oeste ou nordeste do Brasil, por exemplo, para ter escutado alguma coisa a respeito dos clubes pelotenses, certamente deveria ser um aficcionado pelo esporte, daqueles que acompanham tudo de todos. Fora isto, só se o seu time estivesse participando das séries D ou C do campeonato brasileiro e, coincidentemente, tivesse jogado frente ao GEB. Sei bem disto, porque já morei fora, viajei bastante e sei por experiência própria.

A bem da verdade, mesmo dentro do RS o nosso futebol vivia de passado. Éramos a lembrança dos mais velhos de um tempo que parecia não voltar mais. Um tempo em que a dupla gre-nal, quando tinha que vir jogar em Pelotas, já vinha com o discurso do “empate é bom resultado”. E era mesmo. Jogar no “estádio mais humano do mundo”(prof. Ruy Carlos Ostermann), não era tarefa fácil. Saudosa maloca.

Felizmente, este quadro está mudando. E graças ao nosso Grêmio Esportivo Brasil. No RS nosso nome já se destaca entre os demais clubes. Excetuando-se a dupla gre-nal, que estão em outro patamar financeiro, faz dois anos que não tem para ninguém. É nóis na fita, mano! As muitas vitórias frente aos polenteiros e, inclusive, ao Portoalegrense, em plena Arena da OAS, confirmam este nosso bom momento. Já o acesso, de forma incontestável, da Série D para a Série C do Campeonato Brasileiro – que por pouco não veio acompanhado de um título nacional – com a permanência de praticamente todo o plantel e comissão técnica, mostrou que não estávamos para brincadeiras. E não estamos.

Mas, sabemos bem que não existe almoço grátis. Por conta das nossas boas campanhas e, principalmente, pelo bom futebol apresentado, começamos chamar a atenção. De repente estamos na mídia, nosso nome aparece, nossos feitos são vistos e comentados em todo o território nacional. Quem é este GEB que lidera o Campeonato Brasileiro / 2015 – Série C, que tem o mesmo treinador há mais de 3 anos, que normalmente tem o goleador e a defesa menos vazada dos campeonatos de que participa, que tem uma torcida fiel, que está sempre presente, mesmo sem estádio, que não tem dono e não depende de “empresários”? É possível, Arnaldo?

E assim, nos descobriram. Descobriram os nossos guerreiros, o nosso comandante, os nossos diretores, os nossos patrocinadores e até mesmo – vejam só como a vida é – os nossos adversários ganharam algum destaque. Nossa história começa a ser contada novamente. Começamos novamente a aparecer, a existir. Ou, como gostamos muito de dizer, conseguimos atravessar a Ponte do Retiro. Nosso território de lutas tornou-se maior e as nossas lutas mais sangrentas.

É fato que não gostei da saída do Amadinho, como não gostaria da saída de qualquer outro dos nossos atletas ou membro da comissão técnica. O time tem conjunto, está coeso e equilibrado. Qualquer perda pode comprometer todo este equilíbrio. Mas, faz parte. Faz parte da vida de qualquer clube grande. Os clubes brasileiros da Série A frequentemente perdem seus melhores valores para os clubes da Europa durante a janela de transferência, que ocorre bem no meio da maior competição nacional.

Temos que nos prepararmos e nos acostumarmos a estas situações. Muitas mais irão acontecer. Estamos em fase de crescimento e teremos muitos desafios a enfrentar. Não vejo como ruim. Prefiro enfrentar os desafios, ser protagonista, a ser como poeira levada pelo vento. Não é à toa que nos chamam de Xavantes, uma tribo de guerreiros vencedores. Povo que não se entrega, luta.

Crescer tem o seu preço e, sinceramente, prefiro pagá-lo a ser um medíocre eternamente.

Abs.