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Líder, mas sem a invencibilidade

Guaratinguetá lanterna do campeonato, sem nenhuma vitória e jogando em Curitiba. Estava tudo perfeito para mais uma vitória do único time invicto no país, mas não rolou. O Brasil perdeu a sua primeira partida no Campeonato Brasileiro da Série C.

A partida foi ruim, muito ruim. O Guaratinguetá abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo em um lance “sem querer”. Léo Pereira chutou de fora da área e a bola desviou no atacante Giovanny e entrou. A bola iria para fora, mas o desvio matou Eduardo Martini e a bola balançou a rede Xavante. Cinco minutos depois Diogo Oliveira recebeu na entrada da área e soltou um foguete. A bola foi rasante e certeira, sem chances para o goleiro paulista. Um golaço. Depois do gol de empate o Brasil criou outras boas situações de gol, mas não conseguiu marcar. O Guaratinguetá chegou apenas mais uma vez no primeiro tempo e foi certeiro. Juninho foi lançado na área e deu um corte em Fernando Cardozo, ficando cara a cara com Eduardo Martini. O atacante paulista apenas deslocou o goleiro Xavante e colocou no canto. O Brasil ainda acertou uma bola na trave aos 46 minutos com Márcio Jonatan.

Na segunda etapa o jogo caiu de produção, talvez até pelo forte calor do meio-dia em Curitiba. Diogo Oliveira quase marcou de falta mas o goleiro paulista voou para pegar a bola que iria na gaveta. O Guaratinguetá só não marcou o seu terceiro gol porque Eduardo Martini fez um milagre. Em bola cruzada no segundo pau, Guilherme cabeceou pro meio da área e Juninho ia fazendo o gol, mas Eduardo Martini voou e tirou em cima da linha. Um milagre. Cleiton foi lançada na área, driblou o goleiro e caiu. O árbitro olhou pro bandeira, o bandeira olhou pro árbitro e ninguém marcou nada. Rogério Zimmermann tirou Márcio Jonatan e colocou Gustavo Papa para tentar o empate no jogo aéreo. Mas com poucos minutos em campo o centroavante Xavante foi expulso. O árbitro entendeu que Papa acertou o adversário em uma bola disputada pelo alto. Ninguém no estádio conseguiu entender a expulsão. O Guará seguiu na retranca e o Brasil desordenado tentava o empate que não veio. Foi-se a invencibilidade, mas seguimos na liderança.

Foi o jogo em que tudo deu errado. O time não conseguiu manter o mesmo nível de jogo de todo o campeonato. Leandrão praticamente não concluiu ao gol, o que ainda não havia acontecido com o camisa 9. Rogério Zimmermann estava alucinado com os erros do time à beira do campo. Mas isso é normal. A derrota um momento ou outro viria. Menos mal que foi para o lanterna da competição, sem darmos pontos a um time do alto da tabela. O momento é tão maduro que nem mesmo a torcida do Brasil ficou abalada com a derrota. A confiança segue muito grande nesse time.

E como sempre, há de se destacar a grande presença da torcida Xavante em Curitiba. Cerca de 250 torcedores estiveram presentes na partida. XAPAR e XASC ainda fizeram um grande churrasco no Parque Barigui após a partida.

Mesmo com a derrota o Brasil segue na liderança do grupo B, agora com o Tupi na cola com o mesmo número de pontos, 23. Londrina venceu o Juventude em Caxias por 3 a 1 e subiu para o terceiro lugar. Amanhã Portuguesa e Madureira fecham a rodada.

Agora o Brasil enfrenta o novo lanterna da competição, o Caxias, no estádio Bento Freitas no próximo domingo. O jogo será às 19 horas e será transmitido pela TV Brasil.

FICHA TÉCNICA

Guaratinguetá: Alexandre Cajuru; Jean Felipe, Rafael Zuchi, Ruan Renato e Marcão; Léo Pereira, Giovanny (Felipinho), João Pedro e Juninho (André Luis); Jonatan Lucca e Guilherme (Caique). Técnico: Sérgio Vieira.
G.E.Brasil: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Fernando Cardozo e Xaro; Leandro Leite (Galiardo), Washington, Cleiton (Felipe Garcia) e Diogo Oliveira; Márcio Jonatan (Gustavo Papa) e Leandrão. Técnico: Rogério Zimmermann.
Data: 15/08/2015.
Horário: 11 horas.
Local: Estádio Janguito Malucelli em Curitiba-PR.
Arbitragem: Bruno Rezende Silva, auxiliado por Alex dos Santos e Diego Grubba Schitkovski.
Cartões amarelos: Jean Felipe (Guaratinguetá); Leandro Leite, Washington e Márcio Jonatan (Brasil).
Cartão vermelho: João Pedro (Guaratinguetá); Gustavo Papa (Brasil).
Gols: Giovanny e Juninho (Guaratinguetá); Diogo Oliveira (Brasil).

VÍDEOs

Lances da partida – Blog Xavante

Compacto gebTV

Sem jeito – Ivan H. Schuster

Perdemos. Não foi uma derrota arrasadora, um fiasco total, mas foi uma derrota. Não há como negar. Pegou mal porque foi para o último colocado na tabela. O primeiro perdeu para o último. Não era o esperado. Mas é do futebol. Pelo que ouvi no rádio, não fizemos uma apresentação de toda ruim. O time do Guaratinguetá chutou uma bola e marcou. Bateu em sei lá quem e desviou do Martini. Vi pela internet o gol de empate feito pelo Diogo Oliveira. Um gol bonito. Chute de fora da área, colocado no cantinho. Merecido, tem atuado muito bem. O segundo gol do Guará foi semelhante ao primeiro. Um chute com bola desviada do nosso goleiro. Tem dia que parece noite. É duro, mas é da vida. Foi-se a virgindade.

O problema em si não foi a derrota. Perder faz parte. Quem fica na sombra pode se molhar, ou algo assim. Só na nossa chave, tem outros nove times que gostariam de ter perdido para o Guaratinguetá, mas estarem na posição em que nos encontramos. Fora aqueles outros, que não posso dizer o nome porque dá azar danado, que não estão nem perto de estarem disputando uma competição nacional. Ficam por aí, vagando entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Mais pelo mundo dos mortos, na verdade. Salvem as baleias, porque os lobos não há mais como.

O problema, mesmo, é que estou perdido. Assim, meio sem jeito. Não sei como me portar. Ando de um lado para o outro, sem saber bem certo o que fazer, o que sentir, o que pensar. Faz tanto tempo que perdemos, que me esqueci de como agir. Tentei ficar revoltado, xingar o treinador ou algum jogador, colocar a culpa no preparador físico ou, até mesmo, chamar o diretor de futebol de burro e o presidente de ladrão. Não deu. A consciência pesou. Senti-me mal. Tive, então, a idéia de me deprimir, chorar, sofrer, ficar angustiado, mostrar ao mundo todo o tamanho da minha desgraça. Mas olhei a nossa posição na tabela e a posição que os Polenta ficaram – com a nossa colaboração – e não consegui ficar, sequer, sentido. Confesso-lhes que até sorri. Na verdade, gargalhei. Ah, maravilha. Chorem!

Domingo que vem, às 19h, teremos mais uma apresentação Xavante na Baixada. Uma apresentação esperada, frente aos Polenta e a torcida da turma da Xuxa. Aqueles que fazem coreografia batendo palminha e dando pulinhos. Umas gracinhas. Devem lotar um Fusca, se a diretoria contribuir. Para completar a noite, com a esperada a liberação das arquibancadas provisórias, deveremos ter lotação máxima, com um público certo de mais de 8.000 almas agraciadas por terem nascidas Xavantes. Vai ser um espetáculo e tanto, podem apostar. Quem viver, verá.

Pronto, já estou bem melhor. Já estou animado. É bom ser Xavante!

Abs.

Voando em campo

Leandro Camilo quase marcou de cabeça. Foto: Carlos Insaurriaga

Leandro Camilo quase marcou de cabeça. Foto: Carlos Insaurriaga

Jogando mais uma vez “fora de casa”, o G.E.Brasil enfrentou e venceu o Guaratinguetá por 2 a 0 no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Os gols da vitória foram marcados pelo meio-campo Washington e pelo centroavante Leandrão.

Na sua terceira partida pela Série C, mais uma vez o Brasil mostrou um impressionante volume de jogo e um caminhão de chances de gol. O ritmo que o time do comandante Rogério Zimmermann vem imprimindo é de deixar todo torcedor Xavante confiante. Pecamos apenas nas finalizações. Alex Amado e Felipe Garcia perderam gols cara a cara com o goleiro do Guaratinguetá. Impressionante. Foi jogo para fazer quatro ou cinco ao natural. Mas o importante é que a vitória veio e o bom futebol nos traz grandes expectativas para as próximas rodadas. Muito bom ver o Leandro Camilo fazendo uma grande partida, o Leandrão marcando, o Eduardo Martini sendo pouco exigido e o maestro Diogo Oliveira jogando o fino. Com os pés no chão e muito trabalho, boas coisas virão.

Com a vitória de domingo, o Brasil assumiu a terceira colocação no campeonato com cinco pontos somados. Atrás apenas do Londrina e Tupi que estão com sete pontos. A próxima partida é contra o Caxias, na serra, no domingo.

FICHA TÉCNICA

G.E.BRASIL: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Fernando Cardozo e Xaro; Leandro Leite, Washington e Diogo Oliveira (Márcio Hanh); Felipe Garcia (Galiardo), Alex Amado e Nena (Leandrão). Técnico: Rogério Zimermann
GUARATINGUETÁ: Felipe; Augusto, Fábio Bauru, Ruan Renato e Dodô; Valter, Tiago (Gigante), Gabriel e Jackson (Marcus Vinícius); Robinho e Henrique (Ricardinho). Técnico: João Rodrigues Telê.
GOLS: Washington e Leandrão.

VÍDEO

Globo Esporte RS

ÁUDIOS
*capturados da Rádio Pelotense AM

Uma orquestra | Ivan H. Schuster

Meus amigos e companheiros, supremacia é a melhor palavra que encontrei para descrever a apresentação Xavante no dia de ontem no Estádio do Vale. Foi de aplaudir em pé, chorando quietinho. Exagero? Talvez, mas foi sensacional. Ouso dizer que a apresentação de ontem foi o ápice do que podemos fazer. É o máximo que o grupo pode dar. Se tivermos mais o que evoluir, avisa o Guardiola, Mourinho, Luis Enrique, Allegri e companhia para se prepararem, porque chegaremos.

Claro, precisamos dar um desconto porque o time do Guaratiguentá é ruim. Desculpem-me, não é ruim, é muito ruim. Só não tão ruim a ponto de perder para o São Gabriel/RS, mas bem ruim. Poderíamos ter feito 5 ou 6 golos e não seria injustiça. Acredito que a maioria dos times que estão participando deste Campeonato Brasileiro 2015 – Série C ainda estão formando seus grupos, porque a diferença de qualidade entre o GEB e os demais está muito grande. Ontem ainda assisti a Guarani/SP x Tupi/MG e digo-lhes que dá para encararmos eles sem medo de sermos felizes. Podem se arremangar que estamos prontos. Que abram a porteira e deixem o touro sair. Aqui o peido é seco.

Não, não estou de salto alto e nem é soberba. É fato. É realidade. Se vamos ser campeões, nos classificarmos ou se nem sequer conseguiremos nos manter na Série C, não sei. Como diria um daqueles filósofos futebolísticos, “em futebol a gente perde, empata ou ganha”, mas que temos muitos motivos para estarmos confiantes em uma boa campanha, isto temos. Não dá para negar que, nas três apresentações, o time Xavante sobrou em campo. Fomos muito superiores. Fizemos apresentações de gala. Algo muito próximo a uma orquestra sinfônica regida com maestria e competência.

Na minha modestíssima opinião, ontem, o Diogo Oliveira foi o melhor em campo. Jogou muito. Fez tudo o que sempre sonhamos que um camisa 10 viesse a fazer sob o Manto Xavante. Amadinho infernizou a zaga adversária, mais uma vez. Está impossível de segurar. Nena jogou para o time, fazendo o pivô e se deslocando, abrindo espaço para os que vinham de trás. Wender e Xaro, apoiaram muito e em alta velocidade. Os volantes e laterais do Guará não conseguiam nem anotar a placa. Os volantes e zagueiros Xavantes formaram um muralha. Os jogadores adversários chegavam ali e batiam com a cara na parede. Raras vezes (duas ou três) conseguiram ir adiante da intermediária Xavante. O capitão Leandro Leite foi absoluto. Leandrão ficou pouco em campo, mas mostrou o que se espera de um atleta do seu nível, fazendo a função que faz. Deu brecha, ele senta a botina. É gol Xavante! Tem faro de gol. Não gostei do Martini. Está apoiando pouco. Acho que tem que subir mais, ter mais presença na área. Sim, porque não dá para ficar recebendo sem jogar. Já que a bola não chega nele, que vá procurar outra coisa para fazer. Que momento! É nóis!

Como sempre, não dá para deixar de falar na Torcida Xavante. Com o palco alugado, distante 300km de casa, a Maior e Mais Fiel se fez presente em bom número e em grande estilo. Nota especial para a Xavabanda que foi até o Estádio do Vale musicar a apresentação Xavante. Destaque para os elementos do sopro. De trombone e trompete, até saxofone. Estes são os “corneteiros” que todo time queria ter, mas só o GEB possui. Algumas torcidas tem banda, charanga ou sei lá como chamam aqueles amontoados de desritmados fazendo barulho. A Torcida Xavante tem musicistas. Temo que um dia apareçam com um piano de calda ou uma arpa. Chora secador! Tem que olhar, para aprender. Parabéns Xavabanda, foram nota 10!

Com tudo isto acontecendo em campo, mesmo que distante do solo pátrio, não dá para deixar de pagar a mensalidade em dia. Não basta dizer que é Xavante, tem que mostrar a carteirinha e o recibo do mês quitado. Xavante de verdade é sócio e paga em dia. Não podemos deixar a chama apagar.

Para concluir, fica o aviso para o pessoal da Polentolândia: Rubro-negro vem aí!

Abs.


Ivan H. Schuster

Onda Xavante – Porto Alegre/RS