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Brasil já viajou rumo à Goiânia

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Foto: AI/GEB

Depois da grande vitória sobre o Vasco da Gama no último sábado, a delegação Xavante nem teve tempo para comemorar. No domingo o time fez um treino leve no Bento Freitas e no final do dia já viajou para Porto Alegre. Na manhã dessa segunda-feira a delegação embarcou para Goiânia onde o Brasil enfrentará o Vila Nova-GO na terça-feira, às 20:30h.

O voo teve conexão agora pela manhã em São Paulo e devem chegar à Goiânia no início da tarde.

Com 49 pontos na classificação, o Xavante ainda sonha com uma briga pelo acesso à Série A. É difícil, mas com uma vitória amanhã em Goiânia e com dois jogos em casa na sequência, contra Oeste e CRB, o Xavante pode renascer na competição.

Luxo – Ivan H. Schuster

Na volta para Porto Alegre, enebriado por uma tarde inesquecível na terra mãe, vinha pensando sobre qual deveria ser a tônica deste texto. O encontro, sempre emocionando, com velhos e novos amigos na muvuca pré-espetáculo; a emoção de ver o Bento Freitas, a nossa casa, sendo reconstruída; ou, a apresentação de gala Xavante, orquestrada, provavelmente, pelo treinador mais importante da história dos Negrinhos da Estação. Resolvi escrever sobre um pouco de cada.

Começo pela muvuca. Em um futebol cada vez mais pasteurizado e homogeneizado, emociono-me com o entorno da Baixada nas horas que antecedem as apresentações Xavantes – o Xavante não joga, apresenta-se. Os inúmeros churrasquinhos no tonel à beira da calçada; a cerveja gelada no isopor; as rodinhas de amigos, o vai-e-vem de centenas, milhares de almas agraciadas por terem nascidas Xavantes; a expectativa e o êxtase quando da chegada do ônibus com a delegação Xavante; a chegada da Garra Xavante; a ansiedade, a conversa, o abraço, a alegria, a esperança, a saudade, a emoção de estar ali, apenas aguardando para ser feliz. Não, não é apenas futebol.

Acredito no futebol como um movimento de expressão popular de massa. E a muvuca pré-apresentação Xavante é a prova disto. Tem que ser muito azedo para não sentir a grandeza do momento e se emocionar. Se algum dia, os amargos vencerem e fizerem da Baixada uma arena, onde os Torcedores forem substituídos por espectadores, assistindo friamente – e não mais fazendo parte – o espectáculo sentados, rezo para a muvuca resistir. Enquanto ela existir e resistir, haverá esperança. É ali, que a chama da paixão Xavante arde forte.

Por falar em estádio, a nova arquibancada é linda. Aos que achavam que deveríamos reformar a arquibancada antiga, digo-lhes, agora com muita propriedade: vocês estavam errados. Um novo Bento Freitas está nascendo. Falta muito? Falta, mas já deu para sentir que o Caldeirão vai ser transformado em uma panela de pressão. Um novo estádio, mas com o mesmo calor, a mesma emoção. “O mais humano” de sempre(obrigado prof. Ruy Carlos Ostermann).

Quanto a apresentação Xavante, foi um espetáculo épico. Em dia de festividade pela inauguração da nova arquibancada, onde o orgulho e a alegria já se faziam presentes, o time Xavante, acompanhado por uma grande exibição da sua Torcida, fez um primeiro tempo de encher os olhos e transbordar a alma. O Gigante da Colina, atolou no banhado do Pepino. Nem em meus maiores devaneios, imaginei um dia ver o time do Vasco da Gama jogar no Bento Freitas, frente ao nosso esquadrão, acolherado, sufocado, jogando pelo empate e sendo chamado merecidamente de timinho. Que momento! Chora Eurico Miranda.

RZ deu aula tática, liquidou com o time do Jorginho. Só para não deixar passar, é bom salientar que o elenco do Vasco conta com nomes de peso: Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique, Luan, Madson, Martin Silva, todos jogadores consagrados. Isto sem falar no próprio Jorginho, com passagem pela seleção brasileira como jogador e auxiliar técnico. E o que vimos foi o espetáculo de um Xavante aguerrido, comprometido, unido, coeso, atacando e defendendo em bloco, ocupando os espaços, jogando um futebol moderno e com intensidade. Sim, uma aula. Foi tanta a superioridade, que não houve um único lance de perigo contra nós em todo o primeiro tempo.

O segundo tempo foi mais parelho. Depois de um único vacilo na marcação, onde o time carioca aproveitou a oportunidade e fez o seu gol, o que só reforça a nossa grande atuação, o time Xavante voltou a ser superior e obteve o gol da justiça com Marcos Paraná.

E foi assim que vivi este sábado, 5 de novembro de 2016. Ansioso, emocionado, feliz e abençoado. Um dia para guardar na alma.

Em tempo:

1) Aos corneteiros em geral: vocês entendem nada. Sinto pena de suas almas aflitas. Reflitam, ainda é tempo;

2) Aos que criticam Washington e Leandro Leite: provavelmente formam a melhor dupla de volantes em atividade no Brasil, quiçá da América Latina. Criticá-los, é apenas salientar o desconhecimento mínimo sobre futebol;

3) Aos que insistem em vaiar o RZ: pensem antes de vaiar. Se conseguirem se conter, evitarão um constrangimento desnecessário. Sim, vocês estão errados. Entendem nada. Tem que ser muito fraco para não ter visto que o Diogo Oliveira foi substituído porque estava cansado, que perdíamos o meio campo, e o Paraná poderia, como aconteceu, dar novo ânimo ao time;

4) Aos que ainda insistem em só criticar e achar tudo ruim: fiquem em casa. O meu Xavante não precisa de vocês;

5) Ao comentarista de rádio que insiste em criticar o RZ: troca de profissão, mané. Pede para sair antes que o façam por ti. És um néscio. Tua ignorância sobre futebol afronta a audiência.

6) Não sei quem é a menininha da foto batida por mim. Se os pais/responsáveis acharem ruim a exposição, por favor, façam-me saber que troco a imagem.

É bom ser Xavante!

Abs.

A vitória do merecimento

A semana foi intensa no Bento Freitas, dentro e fora de campo. Fora de campo, todo o sufoco para se conseguir a liberação da nova arquibancada para esse sábado, contra o Vasco. E no campo, um jogo tenso era muito esperado contra o time carioca. A arquibancada foi liberada aos 49 do segundo tempo e o Brasil venceu com o Vasco por 2 a 1. Uma semana repleta de alegrias.

A tarde desse sábado foi digna da vida de todo torcedor Xavante. Desde o início da manhã as ruas do entorno da Baixada jpa recebiam os torcedores organizando as suas churrasqueiras e iniciando os trabalhos. Jogo do Brasil vai muito além de 90 minutos de 22 marmanjos correndo atrás de uma bola, é meio que um ritual. Churrasco e samba rolando nas esquinas até a hora do jogo. E a expectativa por parte da torcida era enorme, não pela arquibancada nova ou busca pelo G-4, mas queria muito a vitória para coroar a grande campanha feita até agora nessa Série B. E para isso, nada melhor do que vencer o grande Vasco da Gama.

A partida já começou com pressão do Brasil. Logo aos 15 segundos de jogo, Diogo Oliveira chutou de fora da área e Martin Silva teve que fazer grande defesa e mandar pra escanteio. Na cobrança do escanteio, Washington cabeceou no primeiro pau e Martin Silva fez outra grande defesa. Com um minueto de jogo o Brasil já tinha criado duas chances claras de gol. O Vasco pouco ameaçou o gol de Eduardo Martini durante todo o primeiro tempo, já o Brasil tentava com arremates de fora da área. E em um desses, Diogo Oliveira fez jogada individuas e bateu de perna esquerda, de fora da área, e mandou a bola no ângulo. Um golaço.

Na segunda etapa foi o Vasco que pressionou nos primeiros minutos e logo aos três marcou o gol de empate. Em jogada pela esquerda, Nenê entrou na área, ameaçou chutar ao gol e pifou Douglas que, sozinho, chutou de primeira pro gol. Após o gol, o time carioca seguiu pressionando mas diminuiu as chegadas ao gol de Eduardo Martini. Então o Brasil conseguiu equilibrar a partida após os 20 minutos da segunda etapa. Já com os times desgastados com o forte calor que fez hoje em Pelotas, o ritmo diminuiu bastante. Rogério Zimmermann começou a fazer as substituições e uma deles deu efeito. Marcos Paraná entrou no lugar de Diogo Oliveira e marcou o gol da vitória Xavante. Aos 41 minutos Ramon deu belo passe para Marcos Paraná dentro da área e o meia Xavante, com pouco ângulo, enfiou o pé na bola e encobriu Martin Silva. Um belo gol. Após o gol, o Vasco pouco ameaçou e o Brasil controlou a grande vitória.

Com a vitória, o Xavante chegou aos 49 pontos e assumiu a décima posição. A próxima partida será contra o Vila Nova em Goiânia, na próxima terça-feira.

A vitória veio a coroar tudo o que esses jogadores fizeram pelo Brasil nessa Série B. Mesmo com a queda de rendimento nas últimas partidas, eles jamais deixaram de lutar pelos resultados. E hoje não foi diferente. Durante todos os 90 minutos, cada dividida era encarada como a última do campeonato. Não aliviamos para eles. Nenê e Jorge Henrique cheios de manhas, reclamando de tudo, assistiram Marlon e Leandro Leite cagando eles a grito. Aqui não, seus malas. Foi um jogo perfeito aos olhos da torcida. Começou cedo, passou pelo churrasco regado à geladas, teve arquibancada nova, golaços e vitória em cima do clube mais rico da Série B e com direito a gol no finalzinho.

Que tarde, meus amigos. Que momento nós vivemos. Ao Brasil, somente temos à agradecer, nada a mais.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini; Weldinho, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Marcos Paraná) e Jonatas Belusso (Nem); Ramon (Gustavo Papa). Técnico: Rogério Zimmermann.
Vasco: Martin Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Júlio César; Douglas, William (Bruno Gallo), Andrezinho, Nenê e Jorge Henrique (Thales); Ederson (Júnior Dutra). Técnico: Jorginho.
Local: Estádio Bento Freitas, Pelotas-RS.
Horário: 16:30h.
Cartões amarelos: Leandro Camilo, Washington e Xaro (GEB); Douglas e Madson (VAS).
Gols: Diogo Oliveira aos 27′ 1º tempo (GEB) e Marcos Paraná aos 42′ 2º tempo; Douglas aos 3′ 2º tempo (VAS).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM

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