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Sonho apenas postergado

O Brasil viajou para Goiânia em busca de uma vitória para seguir brigando por uma chance de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, mas a noite na capital goiana não foi das melhores para o nosso Xavante. Depois de um bom primeiro tempo, o Brasil não repetiu a boa atuação no segundo tempo e o Vila Nova venceu a partida por 3 a 1 e postergou o nosso sonho de Série A para o ano que vem.

O Vila saiu na frente logo aos cinco minutos em cobrança de falta de Fabinho. O atacante goiano bateu com categoria, sem chances de defesa para Eduardo Martini. Logo em seguida o Brasil teve grande chance com Jonatas Belusso mas o atacante rubronegro chutou em cima do goleiro. O gol de empate saiu após cobrança de escanteio onde Belusso cruzou da esquerda e Marlon, que havia batido escanteio na direita, bateu cruzado, em curva e marcou um belo gol. Foi o primeiro gol de Marlon em 27 jogos com a camisa do Brasil.

Na segunda etapa o Brasil parece ter cansado e o time da casa tomou conta do jogo. Moisés e Frontini marcaram para o Vila e o Brasil pouco conseguiu reagir para buscar o empate. E assim terminou a partida, com vitória do Vila Nova por 3 a 1.

Com a derrota o Brasil ficou com 49 pontos e caiu para a 11ª posição na classificação da Série B e matematicamente sem chances de chegar à Série B. A próxima partida será contra o Oeste, no próximo sábado, no Bento Freitas.

A campanha do Brasil na Série B foi surpreendente. Entramos na competição pensando em não cair e estamos terminando com aquele gostinho que chegamos perto do acesso. O Brasil cravou os dois pés no G-4 durante várias rodadas e garantiu a permanência na Série B com várias rodadas de antecedência. Toda a nossa campanha será devidamente destrinchada aqui no blog, mas não agora. Agora vamos curtir esses três últimos jogos e agradecer à esses jogadores pelos grandes momentos que vivemos nesse segundo semestre.

Foto: Carlos Insaurriaga

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Pelotense AM/h4>

VÍDEOS

Melhores momentos – Imagens Premiere FC

Ainda sonhando com o acesso, Brasil enfrenta o Vila Nova-GO

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Diogo Oliveira é esperança de gols em Goiânia. Foto: Jonathan Silva

O Brasil entra em campo na noite dessa terça-feira em busca de uma vitória contra o Vila Nova-GO, em Goiânia, para seguir sonhando com o acesso à Série A. O Xavante precisa vencer seus próximos quatro jogos para tentar o acesso, tarefa nada fácil. Com 49 pontos na classificação, uma vitória hoje a noite colocará o Brasil novamente na briga pois as duas próximas partidas serão no bento Freitas, contra Oeste e CRB.

Rogério Zimmermann não contará com Elias, que ficou em Pelotas tratando a contusão que sofreu na partida contra o Joinville. No mais, todo o elenco está à disposição do comandante rubro-negro. O provável Brasil para hoje é Eduardo Martini, Weldinho, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira e Felipe Garcia; Jonatas Belusso e Ramon.

O Vila Nova tem 46 pontos e não busca mais nada na competição. O time goiano não contará com o zagueiro Guilherme Teixeira, expulso na última partida. O Vila dve começar a partida com Wagner Bueno, Maguinho, Reniê, Reginaldo e Marcelo Cordeiro; Caíque, Fagner, Victor Bolt e Wellington Simião; Fabinho e Moisés.

A partida começa às 20:30h, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia com arbitragem de Grazianni Maciel Rocha (RJ), auxiliado por Eduardo de Souza Couto (RJ) e Diogo Carvalho Silva (RJ).

Brasil já viajou rumo à Goiânia

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Foto: AI/GEB

Depois da grande vitória sobre o Vasco da Gama no último sábado, a delegação Xavante nem teve tempo para comemorar. No domingo o time fez um treino leve no Bento Freitas e no final do dia já viajou para Porto Alegre. Na manhã dessa segunda-feira a delegação embarcou para Goiânia onde o Brasil enfrentará o Vila Nova-GO na terça-feira, às 20:30h.

O voo teve conexão agora pela manhã em São Paulo e devem chegar à Goiânia no início da tarde.

Com 49 pontos na classificação, o Xavante ainda sonha com uma briga pelo acesso à Série A. É difícil, mas com uma vitória amanhã em Goiânia e com dois jogos em casa na sequência, contra Oeste e CRB, o Xavante pode renascer na competição.

Em jogo de recuperação, Brasil empata com o Vila Nova

Brasil sai atrás do placar mas busca o empate contra o Vila Nova-GO no estádio Bento Freitas. Felipe Garcia mais uma vez foi o grande do Brasil na partida marcando duas vezes.

O JOGO

O Brasil começou a partida com o mesmo impeto de sempre, marcando forte a muito agressivo no ataque. Já nos primeiros minutos as chances de gol foram aparecendo. Mas o ataque do Vila Nova era muito rápido, principalmente com Fabinho. A primeira grande chance de gol foi do Brasil com Diogo Oliveira. O meia Xavante recebeu passe de Elias dentro da área e no domínio já tirou o goleiro Edson da jogada. Na hora de tocar para dentro, a zaga do Vila Nova tirou quase em cima da linha. Mas quem abriu o placar foi o time goiano. Em cobrança de falta pela lateral direita, Fabinho cabeceou a bola sozinho no segundo pau e Reginaldo tocou para dentro, quase em cima da linha. Quando o Brasil tentou colocar a bola no chão para buscar o empate, Fabinho avançou pela esquerda e cruzou na área. Fabinho chutou cruzado e Marlon ao tentar afastar, furou e a bola sobrou no pé de Robston que bateu rasteiro no canto de Eduardo Martini. Era o segundo gol do Vila Nova aos 36 minutos.

Com dois gols atrás no placar, o Brasil seguiu em busca do seu primeiro gol. E ele veio com o artilheiro Felipe Garcia aos 40 minutos. Elias avançou pelo meio e passou para Ramon, o atacante Xavante cruzou a bola na cabeça de Felipe Garcia que tocou para dentro do gol do goleiro Edson. Dois minutos depois, Diogo Oliveira quase marcou um gol de placa no retorno ao Bento Freitas. O maestro recebeu pelo lado direito de ataque e saiu driblando toda a defesa goiana. No último drible, Diogo puxou para a perna esquerda e bateu de chapa, em curva, e caprichosamente a bola beijou o travessão. Seria um golaço. Ainda antes do final do primeiro tempo, Diogo Oliveira arriscou na entrada da área e Edson colocou para escanteio.

Na segunda etapa o Brasil voltou com tudo. Já com 35 segundos de jogo o Brasil já conseguia um escanteio. E com um minuto de bola rolando no segundo tempo, o Brasil teve seu segundo escanteio. Na sobra da zaga, Leandro Leite levantou a bola na área e Felipe Garcia ganhou no alto e tocou de cabeça para Teco. O zagueiro Xavante deu uma de atacante e cruzou para Ramon que dominou de direita e bateu de esquerda mas Edson defendeu, mas a bola sobrou nos pés de Felipe Garcia que só teve o trabalho de empurrar para dentro. Era o segundo gol do Brasil e o nono de Felipe Garcia. Aos 5 minutos Victor Bolt largou a mão no rosto de Felipe Garcia e levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. O Bento Freitas foi a loucura. Aos 13 minutos o Brasil perdeu uma grande chance de gol com Ramon. Felipe Garcia puxou contra ataque pela direita e cruzou para Ramon na entrada da área. O camisa 11 do Brasil bateu de primeira para grande defesa de Edson.

Mas quando o Brasil dominava a partida o zagueiro Teco deu uma chegada forte por trás em Fabinho e levou o segundo cartão amarelo e na sequência o vermelho. Lance sem necessidade nenhuma de ser parado da forma que foi. Rogério Zimmermann decidiu não colocar um zagueiro em campo, acabou puxando Washington para a zaga. Da metade do segundo tempo até o final, o Vila Nova chegou muito pouco, mas sempre com perigo, e o Brasil resolveu tentar na base do abafa. Nena entrou no lugar de Ramon, Clébson no lugar de Elias e Nem no lugar de Diogo Oliveira. Muitos lançamentos diretos da zaga para Nena não davam em nada. Não por culpa de Nena, já a bola vinha de qualquer jeito. O Brasil ainda tentou aos 44 minutos com cabeçada de Felipe Garcia mas a bola foi para fora. E assim terminou a partida, Brasil 2 x 2 Vila Nova.

Com o empate o Brasil chegou aos 23 pontos e ainda se manteve na oitava posição. A próxima partida será contra o Oeste, na Arena Barueri, na próxima terça-feira.

ANÁLISE DA PARTIDA

O Brasil fez um ótimo jogo ofensivo e um mau jogo defensivo. Tudo bem que o Vila Nova chegou pouco ao ataque, mas quando chegou, marcou. Os dois gols do time goiano foram marcados em falhas de marcação do Brasil. Talvez isso tenha sido o diferencial da partida e que não deu a vitória ao Brasil, a inconsistência defensiva. No ataque quase tudo funcionou muito bem. Ramon centralizado, sem precisar marcar o lateral adversário, participou muito mais dos lances de ataque. Elias jogando pelo lado esquerdo e puxando para o meio, criou bons lances também. E Diogo Oliveira hoje jogou demais. Merecia ter marcado aquele gol que a bola bateu no travessão.

Um fato a ser notado, é a queda de rendimento de Felipe Garcia na segunda etapa em quase todas as partidas do Brasil nessa Série B. Ele simplesmente some do jogo. Obviamente ele tem sido o principal jogador do Brasil na competição, mas ele produz muito pouco nas segundas etapas. Pode ser o cansaço, visto que o que ele corre durante a partida não é piada. Talvez hoje o Nem pudesse ter entrado no lugar dele e não do Diogo. E nossos volantes hoje não foram bem. Leandro Leite muito lento em vários lances, sem chances de corrida contra o rápido ataque do Vila Nova. E Washington, apesar de ter feitos bons desarmes, com a bola no pé foi um terror. No final da partida quase entregou a rapadura para o Vila Nova em um lance bisonho, sorte que os goianos não souberam aproveitar. A torcida do Brasil vaiou o camisa 8 hoje. A paciência para tanto erro de passes parece ter chegado ao limite. Mas o professor Rogério falou em sua coletiva: “- No próximo jogo é Washington e mais dez”.

Mas mesmo desperdiçando muitas chances de gol, o resultado de empate não foi de todo o mal, visto os dois gols tomados no primeiro tempo. O Brasil fez um grande jogo ofensivamente e se não fossem os erros de marcação, com certeza teríamos saído com os três pontos. Vale comemorar o retorno ao Bento Freitas e a manutenção da invencibilidade jogando em casa.

FICHA TÉCNICA

G.E.Brasil: Eduardo Martini, Weldinho, Leandro Camilo, Teco, Marlon, Leandro Leite, Washington, Felipe Garcia, Diogo Oliveira (Nem), Elias (Clebson) e Ramon (Nena). Técnico: Rogério Zimmermann.
Vila Nova-GO: Edson, Magno Silva (Joãozinho), Guilherme, Reniê, Marcelo Cordeiro, Reginaldo, Robston, Victor Bolt, Jean Carlos, Fabinho (Frontini) e Rafinha (Vitor Rossini). Técnico: Guilherme Alves.
Gols: Felipe Garcia aos 40′ do 1º tempo e a 1′ 2º tempo (GEB); Reginaldo aos 26′ e Robston aos 36′ do 1º tempo (VIL).
Cartões Amarelos: Leandro Camilo, Teco e Marlon (GEB); Edson, Magno Silva, Guilherme, Robston, Victor Bolt e Vitor Rossini (VIL).
Cartões Vermelhos: Teco (GEB); Victor Bolt (VIL).

ÁUDIOS

*capturados da Rádio Xavante

VÍDEOS

Compacto Blog xavante

Melhores Momentos – Imagens PFC

Por favor, fique em casa – Ivan H. Schuster

Frequento o Bento Freitas há muito tempo. Mais tempo do que consigo lembrar com clareza. Lembro das primeiras vezes que fui, provavelmente com 7 ou 8 anos, e que havia um ponteiro direito de nome Vanderlei. Um baixinho de perna grossa que corria muito e era driblador. Esta imagem tenho clara na memória. Geóvio é outro de quem lembro bem, provavelmente por seu porte físico. Meus eternos ídolos.

Em todos estes anos, além de torcer, sempre gostei de olhar os movimentos da Torcida Xavante. Se é algo que gosto de observar é o balanço das torcidas. No final dos anos 70, fui a um Fla-Flu, com Zico em campo e um Maracanã lotado. Pouco vi do jogo. Passei a maior parte do tempo observando a “guerra” entre as torcidas. Vale lembrar que, naquele tempo, em clássicos, os estádios eram divididos meio e meio, metade para cada torcida. Saudades.

Por mais que tenha observado e tentado decifrar os comportamentos dos torcedores durante uma partida de futebol, nunca consegui entender a vaia para o próprio time. Acho uma aberração, um ponto fora da curva, algo totalmente sem propósito. Uma espécie uma auto mutilação, um ato masoquista. Quem, em sã consciência, acredita que, vaiando, conseguirá motivar a equipe? Óbvio que não. Se vaia motivasse alguém a melhorar, professores, executivos de empresas e pais, estariam vaiando seus alunos, funcionários e filhos. Já imaginaram um funcionário, por não atingir as metas, ser colocado no meio do salão ou do pátio da empresa e tomar uma vaia dos acionistas? Ou um adolescente ser vaiado, por todos seus familiares, por não ter conseguido passar no vestibular? Pois é.

Já ouvi muito que a vaia é um direito do torcedor. Não concordo, mas, mesmo isto sendo verdade, é de uma estupidez gigantesca. Não conheço e nunca ouvi falar de uma única pessoa que produza mais e melhor quando sobre pressão, desconfiança e desaprovação de forma expositiva. Imagine-se sendo vaiado por seu professor, chefe ou pai/mãe, em público, por não ter alcançado o resultado esperado. Um de meus poucos e bons gurus disse-me uma vez, alogia-se em público, repreende-se no privado. Creiam, funciona. Motivar é apoiar e não criticar.

As vais ouvidas, neste sábado, durante a apresentação Xavante frente ao Vila Nova/GO, foram muito além da estupidez. Foram injustas, injustificadas e ingratas. Injustas, porque o time vem fazendo boa campanha. Na verdade, uma campanha além da imaginada pelo mais otimistas dos Xavantes. Injustificadas, porque o time vinha fazendo uma boa apresentação. Embora com placar adverso, a equipe Xavante apresentava-se de forma superior ao adversário e construindo boas jogadas, que resultavam em oportunidades. Ingratas, porque este grupo já nos deu alegrias que nenhum outro conseguiu. Pelo menos, não nos últimos 50 anos.

Talvez, aqueles que vaiam, estejam apenas projetando em nossos atletas suas próprias frustrações e derrotas pessoais. Utilizam-se, provavelmente de forma subjetiva e inconsciente, dos tropeços da equipe, para colocarem para fora as decepções consigo mesmos. Talvez sua própria performance na cama na noite anterior. Não sei. Talvez algum psicólogo ou psiquiatra possa entender e explicar melhor estes eventos. Para mim, são corneteiros. Nem mais e nem menos Xavantes, apenas corneteiros. Almas aflitas, angustiadas, fracos. Na verdade, dignos de pena.

Deixaria estes atos passarem em branco, não fosse um detalhe. Tenho plena convicção que estão prejudicando e não contribuindo para uma melhora da nossa performance. A idéia de haver torcida em um estádio é para que o time tenha apoio, que sintam que nas arquibancadas existe uma multidão que estão com eles até o apito final. Haja o que houver somos um só, time e torcida.

Meu amigo e companheiro, se não consegues ir para apoiar, por favor, fique em casa, assista pela TV. Deixe o estádio para os fortes, para quem aguenta o tranco, para os que não se curvam frente as adversidades, para os que confiam, para os que acreditam, para os que sabem torcer.

Ser XAVANTE não é para qualquer um!

Abs.