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Visão

Por Xavante Munhoso

Hoje quando eu entro no Bento Freitas o que vejo? Jovens torcedores, obras, competições, eleições. É o futuro se desenhando quieto, mas sagaz. Uma ânsia matreira que cobra cada vez mais um passo forte e decisivo rumo ao encontro dos grandes do futebol brasileiro.

Vez por outra um sonho maluco de reeditar oitenta e cinco quando Silva, Lívio e Andrezinho davam aula de futebol para o País inteiro. Num flash também Claudio Milar chega para bater aqueles escanteios inconfundíveis para desespero dos goleiros adversários.

A Torcida, ah! Esta una e absoluta cantando “Vai dar trabalho! Vai dar trabalho! O Rubro Negro joga bola…” Até a Brigada está ali, atenta, alinhada; um cordão humano cumprindo o seu papel.

Às vezes, caio na real e sinto as mudanças que o tempo impôs. As regras mudaram. Minha garganta já não tem a mesma força e o grito agora é manifestado através de pensamentos registrados em blogs e páginas da internet.

A cobrança é maior e a responsabilidade de passar aos que agora chegam toma ares de conflitos. “Ele tem seu passado de glória” e não podemos deixar as conquistas de outrora cair no esquecimento.

Daí, meus olhos repetem o mantra que me mantém vivo: jovens torcedores, obras, competições, eleições. E minha alma se acalma na certeza de um futuro promissor.

Mas já já tem jogo; depois outro; e outro. Os adversários, cada vez mais fortes e é preciso achar forças para continuar a magnífica História que Breno Corrêa da Silva e Salustiano Brito iniciaram lá em sete de setembro de mil novecentos e onze.

 

 

 

Mais um tropeço

Por Alice Silveira

Na noite desta terça-feira (24), o Brasil viajou até Minas Gerais para encarar o América no Estádio Independência e acabou sofrendo uma derrota pelo placar de 2×0. Enquanto o torcedor esperava pelo primeiro triunfo fora de casa sob o comando de Bolívar, acabou recebendo mais uma demonstração de futebol pífio.

Assim como nos tropeços na derrota para o CRB em Maceió e no empate cedido nos últimos minutos contra o Figueirense em casa, a atuação de ontem expôs as carências do grupo: começando pelo elenco que apresenta baixíssima qualidade dentro de campo, o que já ficou evidente ao torcedor há muito tempo.

Somado a isso, em uma fórmula fadada ao caos, os salários atrasados da equipe levaram os atletas a se negarem a conceder entrevistas à imprensa antes e depois da partida de ontem em Belo Horizonte. Isto claramente também se refletiu dentro das quatro linhas, instaurando um clima tenso de preocupar qualquer um.

Diante de tudo isso, é possível ver que uma somatória de fatores culmina no atual momento rubro-negro. Ainda assim, o Brasil seguiu contando com mais sorte do que juízo. Os resultados paralelos ainda deixaram o time a quatro pontos da zona da degola. Mas até quando? É aqui que surge o dilema de procurar uma única solução para um problema que aparenta ter inúmeros culpados.

É possivel começar com a torcida adquirindo mais voz ativa dentro do clube, com os sócios participando de votações importantes como a do conselho deliberativo que acontece essa semana. Mas enquanto as soluções a longo prazo não causam efeito, resta se ater ao mais clichê: a nossa esperança, aquela que ninguém consegue nos tirar. Já estivemos na pior outras vezes e voltamos, não seria impossível de acontecer mais uma vez.

Prepara esse coração, ele ainda vai aguentar fortes emoções nesses próximos capítulos. Avante!

Foto: Mourão Panda / América

Peleia das boas

É época de eleições e a Torcida Xavante terá duas chapas para fazer a sua escolha.

Em disputa a Mesa Diretora do Conselho Deliberativo, o órgão soberano de manifestação coletiva do Clube (art. 32º dos Estatutos).

Mas nem todo Torcedor terá a oportunidade de decidir os destinos do Xavante no dia vinte e seis de setembro de dois mil e dezenove, das nove horas até às dezoito horas. Este direito está reservado aos Sócios em dia com, no mínimo, um ano de mensalidades adimplentes (art. 13º, letra b dos Estatutos).

Concorre pela Chapa 1 – Nilton Roberto Pinheiro (Presidente); Sérgio Andreia (Vice-Presidente); Carlos Moncks (Primeiro Secretário) e Fernando Ribeiro (Segundo Secretário). No Conselho Fiscal da Chapa 1 – Arthur Coelho, Paulo Medeiros, Sidnei Matias Fagundes, Rogério Guimarães e Clemente Fonseca.

Pela Chapa 2 – João José Fernandes Da Cruz (Presidente); Luiz Otávio Gomes Da Silva Moraes (Vice-Presidente); Raphael Torma Vianna (Primeiro Secretário); Mariana Vighi (Segunda Secretária). No Conselho Fiscal da Chapa 2 – Fernando Luiz Campelo Caldas, Mauro Martin Veiga de Azevedo, Octavio de Freitas Torres Jr., Gilson Brasil Maio e Luiz Claudio Dias Veiga.

Tanto Nilton Pinheiro quanto José Cruz são Xavantes da maior qualidade e os Sócios em dia estão diante de uma oportunidade de ouro para decidirem entre um ou outro. E seus pares de chapa também representam o desejo de um Brasil organizado, arrojado e com ambição de crescimento e vitórias no cenário nacional.

Daí é hora de decidirmos e o voto de cada um representa o desejo da Nação Xavante.

Nesta peleia não há como perder e a vontade da maioria vai ser aquele gol do Brasil que tanto queremos e festejamos.

Ah! Claro! Cada um tem que se posicionar e eu voto Chapa 2 – José Cruz e Luiz Otávio.

Um dia difícil

Por Xavante Munhoso

 

Ontem eu saí de casa, em Rio Grande, exatamente às 16:30h. A duas quadras da minha casa uma viatura da Brigada entrou na minha frente. Fui dirigindo devagar atrás deles por mais duas quadras até eles dobrarem na rua seguinte. Eu segui em frente. Menos de meio minuto depois eu ouvi aquelas sirenes altas e giroflex na minha cola. Parei o Uno 2009 que meu irmão e eu usamos pra trabalhar e que estava cheio de ferramentas no seu interior, abri a porta e quando saí tinha quatro Brigadianos apontando armas de todos os calibres pra mim. Mesmo sabendo que estava correto é impossível não gelar quando alguém te aponta uma arma.rsrs Numa abordagem padrão eles me revistaram, revistaram o carro, fizeram perguntas e em seguida me liberaram. Um dos PMs ainda me alertou de que um pneu estava um pouco vazio. Aviso…

Fui embora. Cheguei no pedágio, paguei e arranquei… De repente aquele barulho de pneu furado e o carro se tremendo todo na BR. Encostei e pensei: “- Bom. Vou trocar o pneu pelo step ligeirinho e sair fora.” Ledo engano! A porra do step estava vazio e após revirar todo o porta-malas, tirar caixa de ferramentas, furadeira, cabos etc percebi que a merda da chave de roda não estava no carro. Liguei e em seguida chegou a caminhonete da Ecosul e o rapaz prestativo pra caramba me disse que chamaria o guincho que me levaria até Pelotas, até aquele posto da entrada do Simões Lopes. Nesse tempo de espera liguei pro meu pai, pra uns amigos e meu irmão, pra avisar que eu iria demorar, e a maioria me sugeria pra voltar pra casa e blá blá blá…

Demorou… mas o guincho finalmente apareceu. Chegamos em Pelotas pouco antes das 19h. Dirigi com o Uno cambaleando por uns 300 metros até a borracharia que tem quase de frente pro Castelo. Alí o borracheiro demorou uns 30 minutos pra fazer o serviço. Me cobrou 15 pila… paguei 20. Sou desses que diz: “deixa assim.”

Me fui em direção à Baixada. “- Agora sim!” pensei. Quando ligo o rádio na Pelotense… Pênalti pro CRB. Azar.

Entrei no estádio aos 40 do primeiro tempo e vi o Rangel errar três escanteios e dar um bago por cima do gol só naquela caminhada da arquibancada do placar até o centro da arquibancada móvel. Perdemos o jogo e voltei pra Big River frustrado. rsrs

Ontem, mesmo com o azar que me bateu, com as idiotices que cometi e a frustração pós-jogo que tive, se às 16:29h um Anjo descesse do Céu só pra me dizer: “-Tchê (porque Deus e os Anjos sabemos que são Gaúchos), se eu fosse tu nem ia no jogo hoje porque só vai dar merda pra ti e ainda vão perder pro CRB.” …Então eu teria mandado o Anjo tomar no cu dele e teria ido da mesma forma… Isso porque a alegria que me dá só de estar no Bento Freitas, onde vivi tantas emoções, fiz amigos e descobri a paixão pelo meu Brasa, atropela deixando no chinelo qualquer clima ou situação ruim que eu possa ter vivido no dia.

Ontem foi foda. Hoje eu dou risadas de ontem. Amanhã, se preciso for, farei a mesma coisa, mas não sem antes fazer o checklist do veículo antes de pegar a estrada. hahaha

Tudo isso pra ver o meu Brasil jogar

Não importa se perder, não importa se ganhar!!” – Douglas Mendes

Nota de Xavante Munhoso:

Douglas Mendes é mais um daqueles “louco, fanático e sem vergonha de ser Xavante”. Morador da cidade de Rio Grande/RS faz qualquer coisa para estar presente no Estádio Bento Freitas em dias de jogos do G. E. Brasil. Faça chuva ou faça sol ele sempre põe o pé na estrada só para ver o Brasil jogar. Claro que pé na estrada é força de expressão porque ele tem um Fiat de 2009, mais capenga do que a nossa “meia-cancha”. Com temperamento apropriado ao clima do Caldeirão, não mede as palavras para defender o Rubro Negro da Princesa do Sul, mas está indignado com a atual campanha do Time. Ele segue a cartilha por mim apregoada noite e dia de que “Quer xingar, xinga! Quer vaiar, vaia! Quer aplaudir, aplaude! Quer concordar, concorda! Mas lá na Bento Freitas”. Será que Douglas Mendes ainda fecha 1000% com Rogério Zimmermmann?

 

Uma nova luz

Por Xavante Munhoso

É assim que vejo a argumentação que o Torcedor Xavante João Francisco Collares trouxe para o questionamento da atual capacidade de público do Estádio Bento Freitas.

A peleia é das brabas pois há n interesses no meio e o principal deles é dos adversários porque quanto mais dificuldades para Nós, melhor para eles.

Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e demais agentes públicos seguem regras e determinações superiores e é aí que está o pulo do gato.

João Francisco trás à tona a comparação entre o estádio Germano Krüger do Operário Ferroviário E. C. e o Bento Freitas do G. E. Brasil.

No estádio do clube paranaense a capacidade é de 10.632 espectadores enquanto na Baixada Xavante esta é de 10.472. Estes números podem variar para mais ou para menos, mas em nenhum desses estádios a capacidade é menor do que o exigido pela CBF para o Campeonato Brasileiro – Série B.

A questão está em como Brasil e Operário se prepararam para atingir a marca mínima necessária para terem os seus estádios aptos para a competição nacional.

O G. E. Brasil, como todos sabem, está refazendo totalmente o Bento Freitas. Etapa por etapa num projeto que, quando pronto, tornará o “Caldeirão da Baixada” um estádio moderno e novinho em folha.

Tudo sob normas rígidas e espelhadas nas determinações para a construção dos estádios para a Copa do Mundo no Brasil em 2014.

Já o estádio Germano Krüger passou de 8.832 lugares para 10.632 após readequação (sem necessidades de obras) aprovada pelo Corpo de Bombeiros do Paraná. –https://www.tribunapr.com.br/esportes/estadio-do-operario-passa-por-obras-pra-serie-b-pra-aumentar-capacidade/

Está errado o G. E. Brasil? Não. Está errado o Operário Ferroviário E. C.? Não. Que diachos então eu quero dizer?

A questão está nas normas. O Corpo de Bombeiros do Paraná e o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul embora entidades com a mesma finalidade seguem determinações de seus respectivos comandos.

Acontece que o entendimento dos paranaenses não é necessariamente igual ao entendimento dos gaúchos na questão de segurança nos estádios, por exemplo.

Não digo que lá as normas de segurança não estão dentro de parâmetros aceitáveis, mas sim que as aplicadas para o Estádio Bento Freitas exigem além do necessário para a competição que ambos os clubes estão participando.

Detalhes técnicos e subsídios mais fortes têm na argumentação do João Francisco Collares que começou esta luta no grupo “Apaixonados pelo Xavante” no faceboock.

O que eu quero chamar a atenção aqui é para a desvantagem ou até injustiça que estas normas estão trazendo ao G. E. Brasil e consequentemente à Torcida Xavante, pois devido a necessidade de manter a capacidade mínima do Estádio Bento Freitas em dez mil lugares temos que arcar com despesas extras alugando arquibancadas móveis.

Como se não bastasse o prejuízo financeiro, tem outro que é pior ainda. Enquanto não descartarmos as arquibancadas provisórias ao longo da av. Juscelino Kubitschek, não podemos construir as arquibancadas definitivas. Estas sim, com a finalidade do Estádio acomodar um bom público e assim atender as exigências da CBF.

Há muita coisa a dizer a respeito, mas o principal no momento é solicitar a paridade de condições com o estádio do Operário. Lá cabem mais de dez mil torcedores então que usem o mesmo parâmetro e verão que o Estádio Bento Freitas também tem estas condições sem precisar contar com as arquibancadas ora montadas ao longo da JK.

Esta luta deve ser de toda a Torcida Xavante. Seja Sócio ou não; de Torcida Organizada ou não. Basta amar e torcer por este Clube para fazer nossa voz chegar àqueles que têm o poder de decisão.

Isto não é ser contra a Diretoria, muito pelo contrário, é lutar pelos interesses do G. E. Brasil.

Vamos clamar ao Comando da Brigada Militar, ao Comando do Corpo de Bombeiros, aos srs. Deputados e até ao Governador do Estado se preciso for.

Esta luta não é impossível. Basta uma nova interpretação ao que a frieza da Lei nos impôs através de normas.


Informe publicitário

Vital Saúde – Serviço de ambulância em Pelotas.