Mais um tropeço

Por Alice Silveira

Na noite desta terça-feira (24), o Brasil viajou até Minas Gerais para encarar o América no Estádio Independência e acabou sofrendo uma derrota pelo placar de 2×0. Enquanto o torcedor esperava pelo primeiro triunfo fora de casa sob o comando de Bolívar, acabou recebendo mais uma demonstração de futebol pífio.

Assim como nos tropeços na derrota para o CRB em Maceió e no empate cedido nos últimos minutos contra o Figueirense em casa, a atuação de ontem expôs as carências do grupo: começando pelo elenco que apresenta baixíssima qualidade dentro de campo, o que já ficou evidente ao torcedor há muito tempo.

Somado a isso, em uma fórmula fadada ao caos, os salários atrasados da equipe levaram os atletas a se negarem a conceder entrevistas à imprensa antes e depois da partida de ontem em Belo Horizonte. Isto claramente também se refletiu dentro das quatro linhas, instaurando um clima tenso de preocupar qualquer um.

Diante de tudo isso, é possível ver que uma somatória de fatores culmina no atual momento rubro-negro. Ainda assim, o Brasil seguiu contando com mais sorte do que juízo. Os resultados paralelos ainda deixaram o time a quatro pontos da zona da degola. Mas até quando? É aqui que surge o dilema de procurar uma única solução para um problema que aparenta ter inúmeros culpados.

É possivel começar com a torcida adquirindo mais voz ativa dentro do clube, com os sócios participando de votações importantes como a do conselho deliberativo que acontece essa semana. Mas enquanto as soluções a longo prazo não causam efeito, resta se ater ao mais clichê: a nossa esperança, aquela que ninguém consegue nos tirar. Já estivemos na pior outras vezes e voltamos, não seria impossível de acontecer mais uma vez.

Prepara esse coração, ele ainda vai aguentar fortes emoções nesses próximos capítulos. Avante!

Foto: Mourão Panda / América

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