Chega mais, vamos conversar. Parece que o ano de 2019 resolveu se despedir da torcida xavante de forma apenas metafórica, pois vemos uma repetição dos fatos da temporada passada se desenrolar diante dos nossos olhos.

Nada de gols, nada de vitórias, nada de bom desempenho. Assim como das outras vezes, existe um imenso leque de opções que podemos apontar tanto como culpados como também razões para essa situação em que nos encontramos.

Tudo vai e vem. Jogadores, dirigentes, presidentes e técnicos. Nós permanecemos, às vezes com o peso de aguentar um time que não corresponde ao esperado dentro de campo e que muitas vezes acabamos de mãos atadas sem poder fazer nada para ver a mudança acontecer.

Portanto, o quê fazer? Neste momento em que parece que aquela nuvem gigantesca que encobriu o nosso estádio no amistoso antes do campeonato gaúcho começar, ainda paira sobre a Baixada.

O mau tempo insistiu em permanecer, assim como nós faremos. Uma batalha a ser travada, é isso que nos resta. No final de tudo, é o que eu, você, todos nós passamos ao lado do Brasil que vai de fato importar.

Não importa quantas vezes saímos do estádio de cabeça baixa e prometemos não retornar. Nosso coração encontra o caminho de volta ao número 694 da Rua João Pessoa logo em seguida sem titubear.

Pertence à nossa identidade RESISTIR, sempre foi e sempre será assim.

Saudações xavantes,
Alice Silveira

Foto: Italo Santos